A inteligência surpreendente do calau-oriental: uma nova perspectiva sobre a cognição animal

06/03/2024 às 08:001 min de leituraAtualizado em 03/05/2024 às 17:19

Um estudo recente publicado na revista Biology Letters revelou descobertas notáveis sobre as habilidades cognitivas do calau-oriental, uma ave que habita principalmente as zonas da África Subsariana e do sul da Ásia. Por meio de testes rigorosos, os investigadores demonstraram que o calau-oriental possui uma compreensão sofisticada de conceitos como espaço, tempo e causalidade, comparável à de crianças pequenas.

A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade Nacional de Singapura, baseou-se nas seis fases de permanência do objeto definidas por Jean Piaget. Os calaus foram treinados para encontrar uma recompensa escondida, indicando-a com o bico. Os resultados foram impressionantes: as aves foram capazes de acompanhar o deslocamento visível e invisível da recompensa, mesmo quando esta era escondida sob outro objeto.

Ainda mais intrigante é a descoberta de que apenas os calaus com experiência de reprodução completaram a etapa final do teste, que exigia a compreensão do deslocamento invisível da recompensa. Essa correlação levanta a possibilidade de que o processo de reprodução, com a fêmea se isolando em uma cavidade e o macho a alimentando sem contato visual, possa ser crucial para o desenvolvimento cognitivo da espécie.

As descobertas sobre o calau-oriental desafiam as noções preconcebidas sobre a inteligência animal. Elas demonstram que aves, além de primatas e cetáceos, também podem desenvolver habilidades cognitivas sofisticadas. Essa nova perspectiva abre caminho para pesquisas futuras que explorem a inteligência em outras espécies e os fatores que a influenciam.

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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.

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