Como os telescópios espaciais conseguem imagens tão coloridas?

27/04/2024 às 17:002 min de leituraAtualizado em 27/04/2024 às 17:00

Basta uma breve pesquisa sobre o espaço na internet para você encontrar milhares de imagens extremamente coloridas do universo ao nosso redor, certo? Também é bem provável que você acredite que os telescópios atuais são tão modernos que produzem fotografias coloridas automaticamente.

Porém, todas as câmeras digitais — desde a que está no seu celular até a do Telescópio Espacial James Webb (JWST) — não conseguem realmente ver em cores. Então, como nós temos esse acervo tão grande de imagens coloridas por aí? Esse é um processo um tanto quanto complexo.

Construção das imagens coloridas

Fotografias espaciais passam por longo processo de compilação de informações até estarem prontas. (Fonte: GettyImages)
Fotografias espaciais passam por um longo processo de compilação de informações até estarem prontas. (Fonte: Getty Images)

Simplificando, as câmeras digitais gravam imagens como se fosse um monte de números 0 e 1, determinando a quantidade de luz que atinge seus sensores. Cada pixel de uma imagem, por sua vez, possui um filtro colorido que varia entre o vermelho, o verde e o azul. Esses pixels permitem a passagem somente de alguns comprimentos de onda específicos de luz.

E o que isso quer dizer? Com todos esses dados em mãos, o hardware de computação do aparelho fotográfico consegue combinar as informações em uma imagem colorida. Algo parecido acontece com as câmeras telescópicas, porém, elas precisam captar imagens com um filtro de cada vez — de modo que todas as fotos necessitam ser combinadas posteriormente por especialistas em uma imagem composta.

Tendo em mente os resultados magníficos fornecidos pelo JWST nos últimos meses, pode-se dizer que processar dados científicos em belas imagens coloridas é um verdadeiro trabalho integral. Sem esses profissionais exercendo seus cargos, você jamais teria esses exemplos tão impressionantes de como o espaço se parece. 

Compilando informações

Todos os processos das imagens obtidas pelo telescópio James Webb até chegarem ao resultado final. (Fonte: JWST)
Todos os processos das imagens obtidas pelo telescópio James Webb até chegarem ao resultado. (Fonte: JWST/Reprodução)

Antes de pensarmos em imagens coloridas, é importante saber de algo: os especialistas que trabalham com fotografias espaciais precisam equilibrar previamente os dados obtidos pelas câmeras em tons claros e escuros. Afinal, as câmeras científicas foram projetadas para registrar uma ampla gama de brilhos além do que nossos olhos conseguem captar.

Sendo assim, as imagens brutas dos telescópios parecem muito escuras aos nossos olhos — sendo necessário clareá-las para vermos algo. Assim que as imagens em preto e branco surgem pela primeira vez, os pesquisadores começam a adicionar cores. O resultado depende do tipo de dados com os quais esses trabalhadores terão que operar.

Normalmente, os cientistas tentam manter as imagens o mais próximo possível da realidade. Contudo, lidar com fotografia espacial também é lidar com um espectro invisível ao olho humano. Nesses momentos, é preciso fazer escolhas sobre quais cores visíveis podem ser utilizadas.

A análise de imagens é e sempre será uma grande parte da astronomia, uma vez que encontra maneiras de ver o cosmos além das limitações da nossa visão. Logo, toda vez que você se deparar com uma bela imagem espacial a partir de agora, lembre-se: tudo isso só é possível graças a uma fusão maravilhosa entre a ciência e a arte.

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