Imagem de Kakeibo: aprenda a economizar dinheiro com a sabedoria japonesa no megacurioso

Descubra o kakeibo, uma técnica japonesa centenária de orçamento que vai além das finanças para se tornar uma filosofia de gastos conscientes

<head></head><body>No mundo moderno, onde a tecnologia muitas vezes domina nossas vidas financeiras, o kakeibo (ou kakebo) surge como uma abordagem tradicional japonesa para o controle de despesas e economia. Mais do que uma simples técnica orçamentária, este método simples pode transformar a maneira como você lida com seu dinheiro, promovendo economia e reflexão sobre suas escolhas financeiras.<h2>Como o kakeibo funciona?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20204341512006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Kakeibo é um termo japonês que significa "razão financeira doméstica". Em sua essência, ele é um diário de orçamento físico, uma forma de registro manual de despesas e receitas. Ao contrário de aplicativos modernos de orçamento, esse método não requer tecnologia; é uma prática de caneta e papel, sem downloads complicados ou links para contas bancárias.Os adeptos respondem a perguntas financeiras, definem metas de economia e acompanham suas despesas, proporcionando uma visão clara de suas finanças ao final de cada mês. Categorizando despesas em pilares como necessidades, desejos, cultura e inesperado, os usuários são incentivados a pensar cuidadosamente sobre cada compra.<h2>A origem do kakeibo e suas raízes culturais</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20211017446009.png" alt="Hani Motoko. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)">Hani Motoko. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)Criado pela jornalista Hani Motoko em 1904, o sistema de contabilidade rapidamente ganhou popularidade entre as donas de casa japonesas, fornecendo uma maneira eficaz de gerenciar os orçamentos domésticos. A filosofia por trás do kakeibo reflete as crenças culturais japonesas sobre a importância de <a href="https://www.megacurioso.com.br/economia/101644-5-bons-motivos-para-voce-economizar-dinheiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">economizar dinheiro</a>.No <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118627-7-fatos-curiosos-que-provam-que-o-japao-e-um-pais-unico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Japão</a>, o dinheiro é tratado com respeito cerimonial, e o método reflete essa abordagem única para as finanças pessoais. A publicação do guia Kakeibo: a arte japonesa de economizar dinheiro, por Fumiko Chiba, em 2018, trouxe a tendência para o Ocidente.<h2>Como o kakeibo se diferencia de outros métodos orçamentários</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/20/20204412203007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)O kakeibo se destaca por considerar as motivações por trás dos gastos de maneira única. Ao exigir que os usuários registrem manualmente suas despesas e respondam a perguntas de reflexão no final de cada período, o método promove uma consciência profunda sobre a relação individual com o dinheiro.A prática de escrever à mão, associada à categorização cuidadosa de despesas, incentiva uma abordagem mais reflexiva em comparação com métodos automatizados. Desse modo, ele não visa apenas cortar despesas, mas sim incentiva a melhoria contínua.Em um mundo movido pela tecnologia, o kakeibo destaca a importância da simplicidade e atenção plena nas decisões financeiras. Essa <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115869-amezaiku-a-arte-japonesa-de-esculturas-de-doce.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">arte japonesa</a> de economizar dinheiro vai além de apenas rastrear gastos; ela promove uma mudança de mentalidade em relação ao dinheiro.Quem se torna adepto do método pode descobrir não apenas como economizar mais, mas também entender melhor suas prioridades financeiras e tomar decisões mais conscientes. Então, se você está pronto para transformar sua relação com o dinheiro, pegue um caderno, uma caneta e embarque nessa jornada única para uma vida financeira mais equilibrada e consciente.</body>

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Kakeibo: aprenda a economizar dinheiro com a sabedoria japonesa

Imagem de Por que o prêmio da Mega da Virada nunca acumula? no megacurioso

Se você já fez a sua fezinha para esse ano, descubra aqui o motivo pelo qual a Mega da Virada sempre tem vencedores após o sorteio

<head></head><body>Para muitos brasileiros, a chegada de um novo ano é perfeita para tentar uma mudança de vida. Umas das formas de conseguir isso é tentando a sorte na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118210-mega-da-virada-para-onde-vai-o-dinheiro-nao-resgatado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mega da Virada</a>, que costuma pagar prêmios milionários aos vencedores.Além de ter seu sorteio realizado na última noite do ano, independentemente do dia da semana, esse concurso também tem a peculiaridade de nunca acumular. Porém, você sabe por que isso acontece? Se a resposta for negativa, confira o motivo nas linhas a seguir.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29004403646002.jpg" alt="Prêmio da Mega da Virada de 2023 será o maior já pago em um concurso do gênero. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Prêmio da Mega da Virada de 2023 será o maior já pago em um concurso do gênero. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Concurso especial</h2>De maneira direta, podemos dizer que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/257502-mega-virada-acontece-o-ganhador-nao-retirar-o-premio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mega da Virada</a> não acumula por ser um sorteio especial da Loteria da Caixa. Por conta disso, pelo menos uma pessoa sempre será premiada após a definição das seis dezenas.Dessa forma, o prêmio máximo de R$ 570 milhões oferecidos neste ano serão repassados para quem acertar as seis dezenas. Caso mais de uma pessoa acerte, o prêmio é dividido entre os palpites sortudos.Se não houver um palpite certeiro para os seis números, são considerados vencedores os jogos que acertarem a quina, depois a quadra e por aí vai, até ser encontrado um vencedor.Dessa forma, de alguma maneira uma ou mais pessoas entram no novo ano com a conta bancária mais gorda, já que esse valor não é carregado para o concurso seguinte.<h2>Como é definido o prêmio da Mega da Virada?</h2>Se a pergunta acima já passou pela sua cabeça, veja a seguir como é composto o prêmio oferecido na Mega da Virada:<ul><li>62% são oriundos da arrecadação do concurso Mega da Virada;</li><li>5% vem do total acumulado de cada concurso regular da <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/87902-4-dicas-para-facilitar-a-vida-de-quem-quer-jogar-na-mega-sena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mega-Sena</a> realizado ao longo do ano;</li><li>22% do total acumulado dos quatro concursos imediatamente anteriores (acúmulo para concursos de final 0 ou 5);</li><li>Por fim, o total acumulado na primeira faixa (sena) do concurso anterior, quando houver.</li></ul><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/29/29004445047003.jpg" alt="Milhões de brasileiros devem tentar a sorte para ganhar os R$ 570 milhões oferecidos no sorteio deste ano. (Fonte: Getty Images/Reprodução)">Milhões de brasileiros devem tentar a sorte para ganhar os R$ 570 milhões oferecidos no sorteio deste ano. (Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Quais foram os valores pagos em concursos anteriores?</h2>Por fim, vamos relembrar aqui quais foram os valores pagos em edições anteriores da Mega da Virada:<ul><li>2009: premiação total de R$ 144,9 milhões;</li><li>2010: premiação total de R$ 194,3 milhões;</li><li>2011: premiação total de R$ 177,6 milhões;</li><li>2012: premiação total de R$ 244,7 milhões;</li><li>2013: premiação total de R$ 224,6 milhões;</li><li>2014: premiação total de R$ 263,2 milhões;</li><li>2015: premiação total de R$ 246,5 milhões;</li><li>2016: premiação total de R$ 220,9 milhões;</li><li>2017: premiação total de R$ 306,7 milhões;</li><li>2018: premiação total de R$ 302,5 milhões;</li><li>2019: premiação total de R$ 304,2 milhões;</li><li>2020: premiação total de R$ 325,2 milhões;</li><li>2021: premiação total de R$ 378 milhões;</li><li>2022: premiação total de R$ 541,9 milhões.</li></ul></body>

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Por que o prêmio da Mega da Virada nunca acumula?

Imagem de O que aconteceria se os danos climáticos pudessem ser revertidos? no megacurioso

Embora nações estejam começando a trocar o conceito de 'débito climático' por ações de conservação da natureza, como é possível salvar o mundo sem entrar em uma enorme crise econômica global?

<head></head><body>Há centenas de quilômetros da costa da América do Sul, as ilhas rochosas vulcânicas de Galápagos escondem criaturas incomuns, de alegres pássaros de patas azuis à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127678-como-as-tartarugas-de-galapagos-estao-restaurando-seu-proprio-ecossistema.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tartarugas gigantes</a>. Além disso, a região também é conhecida por inspirar pensamentos inovadores.No início de 2023, o Equador, que tem soberania sobre Galápagos, anunciou um acordo recorde. Com a ajuda do banco de investimento privado Credit-Suisse e do banco de desenvolvimento dos Estados Unidos, o país refinanciou US$ 1,6 bilhão em obrigações governamentais a uma taxa reduzida, e emitiu uma nova dívida.Em troca, pelo menos US$ 12 milhões por ano do dinheiro economizado por este empréstimo, serão agora canalizados para esforços de conservação no remoto arquipélago. E como esse caso pode servir de exemplo para o restante do mundo?<h2>Dívidas com a natureza</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19033147637004.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Conhecidas como trocas de dívida por natureza ou "débito climático", essas novas ferramentas financeiras estão ganhando espaço entre países gravemente endividados, como Barbados e Belize. Ao libertar dinheiro para restaurar ecossistemas e criar resiliência, algumas nações acreditam estar fazendo parte de um movimento de financiar a resposta mundial às <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128284-7-doencas-que-podem-aumentar-devido-as-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>.Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as economias em desenvolvimento precisarão de US$ 2,4 trilhões anuais de investimento em ações climáticas nos próximos anos. Contudo, as nações mais ricas têm sido lentas no cumprimento dos compromissos financeiros para ajudar as nações mais pobres a adaptarem-se a um mundo mais quente.Embora a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128308-2023-deve-se-tornar-o-ano-mais-quente-ja-registrado.htm#:~:text=Calor%20acima%20da%20m%C3%A9dia&amp;text=Enquanto%20ocorria%20a%2028%C2%AA%20Confer%C3%AAncia,na%20nossa%20hist%C3%B3ria%20at%C3%A9%20novembro." rel="noopener noreferrer" target="_blank">COP28</a> de 2023 tenha anunciado um novo fundo de US$ 400 milhões, países em desenvolvimento podem perder mil vezes mais a cada ano devido às mudanças climáticas, segundo novas estimativas. Esse dinheiro poderia ser usado para financiar projetos que reforcem as defesas naturais, como a restauração de manguezais para ajudar na proteção contra inundações ou a reforma da agricultura para melhorar a resiliência do sistema alimentas.<h2>Medo de uma crise econômica</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19033205802006.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Um dos grandes problemas no cenário atual é que muitas nações também não estão em condições de financiar as mudanças citadas anteriormente. Embora empréstimos possam ajudar, mais de 50 países em desenvolvimento já estavam gravemente endividados antes de buscarem ajuda no mercado financeiro. Atualmente, algumas nações estão pagando aos seus credores mais de 12 vezes o que gastam em medidas climáticas.Uma maneira das nações endividadas responderem à crise financeira é aumentar as exportações de recursos primários como combustível e recursos naturais — o que seria um movimento contrário ao almejado para salvar a natureza. Em meio a essas crises combinadas de natureza, clima e custo de vida, seria possível que as trocas de dívidas para as nações mais pobres se apresentem como uma resposta para mudar o cenário atual?Uma vantagem de tais trocas é que elas não prejudicam a classificação de crédito de uma nação, o que tornaria mais caro o empréstimo no longo prazo. Contudo, nem todos pensam que tais conversões de dívida são uma boa abordagem. O cancelamento imediato de uma dívida existente poderia acarretar uma crise econômica de proporções ainda maiores.Em vez disso, o cenário mais provável é que nós teremos que buscar um menu mais amplo de reformas que poderão desempenhar um papel para ajudar a tornar essas dívidas mais acessíveis e, ao mesmo tempo, reforçar o financiamento climático.</body>

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O que aconteceria se os danos climáticos pudessem ser revertidos?

Imagem de Quincy: a cidade onde os habitantes ficaram ricos graças à Coca-Cola no megacurioso

Por muitos anos, Quincy foi a cidade mais rica dos EUA, e até hoje se beneficia do império que a Coca-Cola se tornou

O valor de uma empresa &eacute; normalmente representado pela sua capitaliza&ccedil;&atilde;o de mercado, ou pelo pre&ccedil;o atual das a&ccedil;&otilde;es, multiplicado pelo n&uacute;mero de a&ccedil;&otilde;es em circula&ccedil;&atilde;o. Atualmente, o patrim&ocirc;nio l&iacute;quido da <a href="https://www.megacurioso.com.br/publicidade-e-marketing/40390-tem-coca-ai-na-geladeira-mas-sera-que-tem-cocaina-na-coca-cola-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coca-Cola&nbsp;</a>&eacute; de US$ 238,83 bilh&otilde;es. De acordo com um gr&aacute;fico desenvolvido pela Macrotrends, mais de 1,9 bilh&atilde;o de garrafas de Coca-Cola s&atilde;o vendidas por dia em mais de 200 pa&iacute;ses, em uma rede que emprega direta e indiretamente 700 mil funcion&aacute;rios. Nos doze meses encerrados em 30 de setembro de 2023, a gigante varejista faturou US$ 44 bilh&otilde;es.
A Coca-Cola se estabeleceu e se espalhou como uma esp&eacute;cie de v&iacute;rus por v&aacute;rias partes do mundo, gra&ccedil;as &agrave; campanha agressiva e estrat&eacute;gia comercial adotada pelo empres&aacute;rio Asa Candler, que comprou os direitos de propriedade da bebida de John Pemberton e dominou o mercado global de refrigerantes ao longo do s&eacute;culo XX e XXI.&nbsp;
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120600-qual-o-significado-da-tampinha-amarela-nas-garrafas-de-coca-cola.htm" target="_blank" rel="sponsored">Qual &eacute; o significado da tampinha amarela nas garrafas de Coca-Cola?</a></li>
</ul>
Para garantir ampla distribui&ccedil;&atilde;o do produto, Candler fez acordos com engarrafadoras locais e tamb&eacute;m parcerias com restaurantes e lanchonetes para que a bebida fosse onipresente e associada sempre a uma boa refei&ccedil;&atilde;o ou ao lazer.
Em 1919, a empresa entrou para a Bolsa de Valores com a&ccedil;&otilde;es a US$ 40, mas chegou a cerca de US$ 19 devido a conflitos entre seus fornecedores. Quando veio a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123020-como-a-grande-depressao-afetou-o-brasil-em-1929.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Depress&atilde;o</a>, que quebrou a economia estadunidense, o banqueiro Mark Welch Munroe viu a oportunidade de fazer fortuna. Mas ele n&atilde;o pensou s&oacute; em si, ele encorajou uma cidade inteira a seguir seus passos.
Conhe&ccedil;a a hist&oacute;ria de Quincy, a cidade onde os habitantes ficaram ricos comprando a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola.
<h2>O banqueiro vision&aacute;rio</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15105617888117.jpg" alt="Mark Welch Munroe. (Fonte: Florida Memory/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Mark Welch Munroe. (Fonte: Florida Memory/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em meio ao caos da Grande Depress&atilde;o, Munroe percebeu que, n&atilde;o importasse o qu&atilde;o empobrecida uma pessoa estivesse, ela sempre gastaria seu &uacute;ltimo centavo em uma garrafa de Coca-Cola. Foi isso que o convenceu de que a bebida seria um investimento perfeito a longo prazo, considerando, principalmente, o quanto a empresa estava se enraizando na cultura e imagin&aacute;rio popular.
O banqueiro, no final das contas, poderia n&atilde;o fazer ideia de que a pechincha que estavam as a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola naquela &eacute;poca seria o neg&oacute;cio do s&eacute;culo, mas sabia que gostava do que via, por isso passou a comprar a&ccedil;&otilde;es da empresa sem parar. N&atilde;o contente com isso, Munroe convencia qualquer pessoa que entrava em seu banco a pedir um empr&eacute;stimo para investir nas a&ccedil;&otilde;es. Foi assim com professores, agricultores, merceeiros e qualquer outro profissional. O banqueiro n&atilde;o apenas os encorajou a comprar as a&ccedil;&otilde;es como tamb&eacute;m os aconselhou a mant&ecirc;-las, n&atilde;o importasse quais flutua&ccedil;&otilde;es de mercado de curto prazo elas sofressem.
O neg&oacute;cio era simplesmente tentador e ningu&eacute;m conseguia dizer n&atilde;o para Munroe. Esse foi o caso, por exemplo, do pai do ex-deputado estadual de Quincy, Bob Woorward Jr., que pediu um empr&eacute;stimo agr&iacute;cola de US$ 2 mil ao banqueiro, que liberou US$ 4 mil, com uma condi&ccedil;&atilde;o: que o homem investisse em a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola. Ele aceitou a proposta e o dinheiro do seu investimento ajudou a fam&iacute;lia a sobreviver e prosperar durante a Grande Depress&atilde;o. E isso foi apenas o come&ccedil;o.
<h2>A cidade dos milion&aacute;rios</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15105859162120.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)" />(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
O que aconteceu na pacata cidade de Quincy &eacute; que ela se tornou a mais rica dos Estados Unidos, com 67 milion&aacute;rios que passaram sua riqueza por v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es apenas porque seguiram o conselho de Munroe, n&atilde;o s&oacute; comprando as a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola, mas tamb&eacute;m n&atilde;o abrindo m&atilde;o delas.
<ul>
<li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120773-conheca-a-coca-pola-a-bebida-colombiana-que-esta-em-guerra-com-a-coca-cola.htm" target="_blank" rel="sponsored">Conhe&ccedil;a a Coca-Pola, a bebida colombiana que est&aacute; em guerra com a Coca-Cola</a></li>
</ul>
Todo mundo que comprou pelo menos uma a&ccedil;&atilde;o da empresa em seu IPO por US$ 40, e reinvestiu todos os dividendos, agora teria mais de US$ 10 milh&otilde;es. Nem seria necess&aacute;rio, no entanto, investir t&atilde;o cedo para ter um retorno significativo. Ainda que a pessoa tivesse recebido uma liga&ccedil;&atilde;o da empresa em 1949 dizendo que receberia um b&ocirc;nus de US$ 500 pelo ano, e decidisse investi-lo apenas em 2020, esse investimento ainda valeria mais de US$ 1,23 milh&atilde;o. Isso porque o retorno total &eacute; calculado sob a suposi&ccedil;&atilde;o de que os dividendos est&atilde;o sendo reinvestidos.
O racioc&iacute;nio por tr&aacute;s disso funciona como um efeito bola de neve que se agrava com o tempo. Se voc&ecirc; est&aacute; comprando mais a&ccedil;&otilde;es da a&ccedil;&atilde;o com seu dividendo, isso aumenta o pr&oacute;ximo pagamento de dividendo, aumentando tamb&eacute;m o n&uacute;mero de a&ccedil;&otilde;es que &eacute; poss&iacute;vel comprar em seguida, gerando um lucro ainda maior. Al&eacute;m disso, o pr&oacute;prio pagamento de dividendos aumentar&aacute; com o tempo e &agrave; medida que a empresa continue a aumentar seus lucros.
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15105943212122.jpg" alt="(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)" />(Fonte: Hulton Archive/Getty Images)
Mesmo n&atilde;o sendo de Quincy, o famoso investidor e filantropo Warren Buffet, presidente do conselho e diretor executivo da companhia Berkshire Hathaway, foi atr&aacute;s das a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola ao ver a oportunidade. Em 1988, ele comprou 6,2% da empresa por US$ 1 bilh&atilde;o. Em 2020, ele detinha 9,3% da Coca-Cola, avaliada em quase US$ 22 bilh&otilde;es, o que lhe rendeu US$ 656 milh&otilde;es em dividendos &mdash; que ele decidiu n&atilde;o reinvestir porque, claramente, conseguiria um neg&oacute;cio melhor.
Buffet &eacute; apenas um exemplo de como as a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola tiveram o poder de transformar a vida de quem sabia investir e, principalmente, ter paci&ecirc;ncia para esperar.&nbsp;
A riqueza geracional que mudou o curso das vidas de v&aacute;rias fam&iacute;lias em Quincy gerou um efeito cascata que ajudou a pr&oacute;pria cidade, visto que os dividendos das a&ccedil;&otilde;es da Coca-Cola mantiveram a economia local viva e est&aacute;vel em momentos de necessidade, garantindo que a cidade n&atilde;o s&oacute; sobrevivesse &agrave; Grande Depress&atilde;o como &agrave; todas as recess&otilde;es que surgiram depois. Uma a&ccedil;&atilde;o da Coca-Cola dos dividendos da era Munroe vale mais de US$ 10 milh&otilde;es se reinvestidos, e paga mais de 270 mil por ano em dividendos. Atualmente, 64% dos ativos fiduci&aacute;rios do antigo banco de Munroe permanecem investidos em a&ccedil;&otilde;es na empresa.

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Quincy: a cidade onde os habitantes ficaram ricos graças à Coca-Cola

Imagem de 5 fazendas bem diferentes do que você imagina no megacurioso

De fazenda de neve a plantações submarinas, você vai se surpreender com estes espaços

<head></head><body>Fazendas são propriedades destinadas rurais principalmente à produção agrícola, pecuária ou outras atividades relacionadas ao meio rural. Elas desempenham um papel fundamental na produção de alimentos, combustíveis e outros recursos naturais.&nbsp;Além disso, ao redor do mundo podem ser encontradas algumas fazendas pra lá de diferentes. Confira algumas:<h2>1. Fazenda submarina</h2>O mergulhador Sergio Gamberini criou sua fazenda, anos atrás, após um lampejo de curiosidade se seria possível cultivá-la debaixo da água. E assim foi feito: na costa de Noli, na Itália, ele instalou enormes balões subaquáticos, a 6 metros de profundidade, posteriormente enchidos de oxigênio. No local, Gamberini cultivou morangos, alface, feijão e manjericão.Segundo o visionário, sua fazenda possui condições perfeitas para o crescimento das plantas, como temperatura constante, umidade do efeito estufa e bons níveis de dióxido de carbono. O mar, porém, destruiu algumas plantações. Mesmo assim, a inovação poderia ser replicada em lugares com pouco solo fértil.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09183922658002.jpg" alt="Fazenda submarina (Foto: Divulgação/Nemo's Garden)">Fazenda submarina (Foto: Divulgação/Nemo's Garden)<h2>2. Fazenda no deserto</h2>Mais da metade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45378-proxima-parada-australia-um-selvagem-e-fascinante-pais-cheio-de-belezas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Austrália</a> é composta de um imenso deserto, o Outback. Ainda assim, 10% dos australianos vivem neste local inóspito, tendo que se virar para conseguir plantar alguma coisa. A Sundrop Farms, por exemplo, é uma que tem conseguido prosperar na região sul do país, em uma região desértica.Foi construída uma gigantesca estufa para receber as plantas, semeadas em cascas de coco, irrigadas com&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115180-engenheiros-desenvolvem-nova-tecnica-de-dessalinizacao-de-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água dessalinizada</a> – processo também feito na própria fazenda. Além disso, o local é alimentado quase inteiramente por painéis solares. O resultado chega a mais de 17 mil toneladas de tomates cultivados anualmente.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09184107559003.jpg" alt="Fazenda no deserto (Foto: Divulgação/Sundrop Farms)">Fazenda no deserto (Foto: Divulgação/Sundrop Farms)<h2>3. Fazenda flutuante</h2>Se dá para plantar debaixo do mar, também é possível acima dele. A Universidade da Austrália Meridional desenvolveu uma fazenda flutuante na qual cultiva brócolis, acelga chinesa e alface.Para isso, a fazenda é dividida em dois andares: no de baixo, há um complexo sistema de dessalinização da água do mar por meio de energia gerada pelo sol e pelo calor. Depois, a água é levada para o andar superior, no qual canteiros verticais são irrigados automaticamente.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09184458752004.jpg" alt="Fazenda flutuante (Foto: Divulgação/UniSA)">Fazenda flutuante (Foto: Divulgação/UniSA)<h2>4. Fazenda de neve</h2>As fazendas remetem normalmente à pecuária e/ou agricultura, mas o Sunshine Village Ski Resort, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/45694-proxima-parada-canada-um-pais-gelado-e-com-paisagens-maravilhosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Canadá</a>, “colhe” algo diferente: neve! Assim como outros locais para esqui da região, o Sunshine produz sua própria neve para antecipar a temporada de turismo. A maioria dos resorts, porém, utiliza máquina para isso, mas aqui é diferente!O Sunshine instalou aproximadamente 25 km de cercas no ponto mais alto de seu terreno. Assim, elas acumulam a neve trazida pelo vento. Ou seja, um processo de colheita de uma produção natural. A invenção deu tão certo que alguns concorrentes passaram a aplicar a mesma técnica.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09184731549005.jpg" alt="Fazenda de neve. (Foto: Reprodução/SmithsonianMAG)">Fazenda de neve. (Foto: Reprodução/SmithsonianMAG)<h2>5. Fazenda de cachorros</h2>A Golden Dog Farm, localizada no estado de Vermont, nos Estados Unidos, viralizou por conta de um atrativo muito fofo: os visitantes podem aproveitar a fazenda na companhia de numerosos – e felizes – cães da raça <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127778-golden-retrievers-tem-gene-especial-que-podem-faze-los-viver-mais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">golden retriever</a>. A fazenda produz xarope de bordo, mel e frutas, mas são os bichinhos que mais atraem a atenção.O sucesso online se reverteu em um significativo aumento das vendas. Quem gosta disso, além dos proprietários da fazenda, são os próprios goldens: eles têm disposição de sobra para brincar, correr, receber carinho ou posar para fotos o dia inteiro!<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09184948403006.jpg" alt="Fazenda de cachorros. (Foto: Divulgação/Golden Dog Farm)">Fazenda de cachorros. (Foto: Divulgação/Golden Dog Farm) </body>

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5 fazendas bem diferentes do que você imagina

Imagem de Spotify: como o maior streaming de música pode entrar em falência no megacurioso

Após um ano de tanto sucesso, o Spotify anunciou uma demissão em massa de sua força de trabalho. O que justifica?

<head></head><body>Quando os suecos Daniel Ek e Martin Lorentzon se reuniram em Estocolmo para criar uma startup que faria streaming de música, eles só tinham a intenção de frear o problema que era a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/123101-por-que-a-pirataria-no-brasil-e-social-e-moralmente-aceita.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pirataria</a> musical que começou a assombrar a indústria musical no final da década de 1990 e atingiu seu ápice ao longo da primeira década dos anos 2000.O lançamento do formato MP3 em 1994, que permitiu a compressão de áudio sem perder a qualidade, deu uma guinada no negócio da música gravada, inserindo-a na era do mundo digital. Dessa forma, gravadoras e artistas viram uma enorme oportunidade de descobrir, promover e distribuir música de uma forma que não era possível antes, bem como entregar seu trabalho para qualquer canto do mundo em poucos minutos. Além disso, os apreciadores de música podiam ouvir suas faixas preferidas quando e onde quisessem.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08090803104014.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A distribuição de música digital, no entanto, também abriu as portas para aproveitadores que fizeram da pirataria musical seu modo de vida. Vários serviços de compartilhamento de arquivos, do Napster ao LimeWire, se tornaram os maiores pesadelos da indústria da música gravada. Esses serviços permitiram que milhões de usuários de todo o mundo baixassem ilegalmente cópias de músicas, álbuns inteiros e até títulos raros que não estavam disponíveis ao público. Isso significou bilhões de dólares escoando todos os anos, tanto dos bolsos das gravadoras, quanto da propriedade intelectual dos artistas.Os suecos, portanto, enxergaram no streaming de música uma maneira de assegurar a integridade de quem produz música e também viabilizar o acesso de quem deseja consumi-la de forma ilimitada sem precisar comprar dezenas de faixas individuais. Assim surgiu o Spotify, uma simples ideia que hoje está presente em 180 países e possui mais de 551 milhões de usuários mundiais, de acordo com dados do Statista.Apesar de sua fama e de toda a revolução que causou na indústria, a verdade é que o Spotify pode falir, e aqui está o motivo.<h2>No topo da indústria</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08090911116017.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)É curioso ouvir que o Spotify está ferrado sabendo dessa quantidade de usuários e bem quando acabou de lançar os dados de sua campanha Wrapped 2023, em que revela os artistas, músicas, álbuns e podcasts mais transmitidos do ano. No topo de sua lista, apareceu, nada ironicamente, a cantora Taylor Swift como a artista mais escutada globalmente. Doze vezes vencedora do Grammy Awards e dona da turnê feminina mais rentável da história da indústria musical – a The Eras Tour, que apresentou 6 shows no Brasil no final de novembro e terminará em dezembro de 2024, após 150 datas esgotadas e mais de US$ 1,5 bilhão em receita –, Swift foi a responsável por 26,1 bilhões de streams na plataforma de música desde 1º de janeiro.Em 2014, a cantora/compositora tomou a iniciativa de retirar do serviço seu catálogo de música, avaliado pelas Forbes em US$ 500 milhões (o mais caro da indústria), como forma de boicote pelo pouco que os artistas recebiam em royalties da empresa por cada faixa reproduzida.Três anos depois, após um acordo que revolucionou a indústria de música em streaming, Swift disponibilizou suas músicas novamente na plataforma, e esse ano deve receber US$ 100 milhões do serviço por todos seus streams.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08091008891020.jpg" alt="Taylor Swift, The Eras Tour 2023. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Taylor Swift, The Eras Tour 2023. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Vale lembrar que o catálogo do serviço conta, atualmente, com mais de 11 milhões de artistas e criadores, e faturou em 2023 cerca de US$ 3,64 bilhões. Olhando por esse lado, como o serviço de música mais famoso da atualidade pode estar indo mal das pernas?Logo depois que fez um grande espetáculo para anunciar Taylor Swift como a dominadora dos seus números e sua famosa campanha Wrapped 2023, a empresa comunicou que faria um corte de 17% de sua força de trabalho, o equivalente a cerca de 1.500 pessoas, a terceira vez nesse ano.<h2>O anúncio de Ek</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08091103661024.jpg" alt="Daniel Ek. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Daniel Ek. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Conforme a fala do CEO Daniel Ek, após divulgar um memorando a sua equipe sobre o primeiro trimestre lucrativo de 2023, a empresa expandiu significativamente sua força de trabalho e ofertas entre 2020 e 2021, graças ao capital de custo mais baixo. No entanto, agora se depara com os mesmos problemas que as startups de todos os setores enfrentam, como custos elevados de capital e crescimento econômico lento.Quando disse isso, Ek estava se referindo à temida desaceleração que assombra o mundo corporativo sobre uma recessão prevista para 2024, embora o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos tenha desafiado as previsões temerárias de Wall Street este ano, expandindo a um ritmo mais rápido do que o esperado. Sobre o aumento dos custos de capital, seus comentários destacam uma questão diferente e deve servir como um lembrete de uma "bomba-relógio" do mercado de dívida que pode causar estragos no setor corporativo nos próximos anos.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08091232889027.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar dos seus números e influência imensa (no final de 2022, o serviço detinha 30% do mercado de música), o Spotify não só luta para obter lucros consistentes como tenta pagar a dívida que assumiu em fevereiro de 2021."Em 2020 e 2021, aproveitamos a oportunidade apresentada pelo capital de menor custo e investimos significativamente em expansão de equipe, aprimoramento de conteúdo, marketing e novas verticais", disse o CEO a sua equipe.A empresa levantou US$ 1,3 bilhão em capital oferecendo notas permutáveis que vencem em 2026. Esse tipo de investimento funcionou e contribuiu para o aumento da produção da gigante de streaming e o crescimento robusto da plataforma no ano passado."No entanto, agora nos encontramos em um ambiente muito diferente", acrescentou Ek. "E, apesar de nossos esforços para reduzir custos no ano passado, nossa estrutura de custos para onde precisamos estar ainda é muito grande."<h2>O que acontece</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/08/08091356455028.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O que aconteceu foi que o Spotify estava aproveitando os custos de empréstimos historicamente baixos, com a Federal Reserve tendo cortado as taxas de juros de referência para perto do zero em uma tentativa de sustentar a economia vacilante dos EUA durante a pandemia de covid-19.No entanto, assim que a economia americana saiu dessa zona cinzenta, o Fed aumentou os juros para cerca de 5,5% em uma tentativa de acabar com a inflação alta. Agora, o Spotify precisa cortar os custos para conseguir levantar US$ 1,3 bilhão em dinheiro para pagar seus credores. Se não conseguir fazer isso, será muito mais caro para a empresa refinanciar, e isso pode significar o início do seu fim.Conforme dados da S&amp;P Global, cerca de 561 empresas estadunidenses entraram com pedido de falência em 2023. Ainda não há nenhum indício de que o esse tipo de medida alcance o Spotify, afinal, suas ações dispararam cerca de 7% desde as demissões massivas de Ek, indicando que Wall Street aprovou seu movimento, mas ainda há uma sombra de incerteza.</body>

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Spotify: como o maior streaming de música pode entrar em falência

Imagem de Braskem: quem é a empresa que está afundando Maceió? no megacurioso

A extração de sal-gema ocorre em Maceió desde a década de 1970, mas, após um tremor de terra em 2018, a Braskem fechou suas 35 minas

<head></head><body>Presente nos trending topics pela sua responsabilidade em um dos maiores desastres ambientais urbanos na história do Brasil, a Braskem é uma empresa global de química e petroquímica, com sede em São Paulo e unidades industriais no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e México. Ela é líder na produção de resinas termoplásticas (PE+PP+PVC) nas Américas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112606-tecnologia-brasileira-vai-reciclar-plastico-da-estacao-espacial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e a sexta maior petroquímica do mundo</a>.&nbsp;Quanto à situação financeira, após fechar 2022 com receita de R$ 95,6 bilhões e um prejuízo de R$ 338 milhões, a multinacional brasileira reportou, no terceiro trimestre de 2023, um prejuízo de R$ 2,418 bilhões, perda 119,2% maior quando comparada ao resultado negativo no mesmo período do ano passado. Conforme a B3, a petroquímica possui 49 mil investidores PF, 3,6 mil PJ e 373 investidores institucionais.Seus principais acionistas hoje são a Petrobrás e a Novonor (ex-Odebrecht), que, segundo a Folha de S. Paulo, busca há anos vender parte de suas ações. De acordo com a publicação paulistana, os controladores estão avaliando uma proposta no valor de R$ 10 bilhões vinda da ADNOC (Abu Dhabi National Oil Company), dos Emirados Árabes Unidos.<h2>A história da Braskem</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;APA Alagoas&nbsp;" data-fonte-url="https://i0.wp.com/www.historiadealagoas.com.br/wp-content/uploads/2019/04/Planta-industrial-da-Salgema-nos-anos-80-1-e1596456157401.jpg?resize=820%2C410&amp;ssl=1"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/06/06153956372639.jpg" alt="(Fonte: APA Alagoas)">(Fonte: APA Alagoas)A trajetória da Braskem em Maceió <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/274460-minas-sal-gema-impactos-o-meio-ambiente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">segue a exploração de 35 minas de sal-gema</a>, mineral composto principalmente por cloreto de sódio (NaCl) encontrado em depósitos subterrâneos. A mina 18, que ameaça agora colapsar, é uma das estruturas usadas desde 1976, quando a empresa ainda se chamava Salgema Indústrias Químicas S/A.&nbsp;O sistema que a empresa usava para extrair a matéria-prima da soda cáustica e do policloreto de vinila (PVC) era o seguinte: a Salgema cavava um poço e injetava água para obter sal através da salmoura. Depois, a solução era retirada na superfície, e a empresa então preenchia o poço, para dar estabilidade ao solo.Porém, após 40 anos de exploração, algumas dessas minas tiveram vazamento de líquido, o que causou grande instabilidade no solo de Maceió, resultando em inúmeros buracos. Após um tremor de terra sentido na cidade em março de 2018, a Braskem encerrou a extração de sal-gema na região em maio de 2019 e passou a preencher todos os poços novamente.<h2>O desastre ambiental</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/nGbzeRSazrI" title="VEJA O ANTES E DEPOIS DO BAIRRO PINHEIRO EM MACEIÓ, QUE ESTÁ SOB RISCO DE AFUNDAMENTO" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Mesmo antes do tremor de terra em 2018, começaram a surgir, no tradicional bairro do Pinheiro em Maceió, rachaduras nos imóveis, fendas nas ruas, afundamentos de solo e crateras que começaram a aparecer do nada. Logo circularam boatos de que teria havido uma acomodação do solo e que a antiga estrutura de contenção das minas poderia ser o motivo dos danos provocados na superfície.A área dos danos foi gradativamente aumentando, abrangendo ainda naquele ano imóveis e ruas do bairro do Mutange, abaixo do Pinheiro, e do vizinho Bebedouro. No ano seguinte, moradores do Bom Parto também relataram danos em seus imóveis. Para esclarecer a natureza do fenômeno, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) estudou o solo dos locais atingidos e em pouco tempo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124470-a-africa-esta-se-partindo-em-duas-por-que.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descartou uma causa geológica natural</a>.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120475-maceio-entenda-por-que-o-solo-da-cidade-esta-afundando.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Entendo porque o solo de Maceió está afundando</a></li></ul>De acordo com o Ministério Público Federal em Alagoas, os cientistas participantes do estudo afirmaram "que o tremor de terra ocorrido em março de 2018 se deu em razão do desmoronamento de uma dessas minas". Agora, em 2023, novamente a ameaça do desabamento de outra mina (a 18) mantém 14 mil moradores fora de suas casas. O Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL) multou a Braskem em R$ 72 milhões.&nbsp;</body>

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Braskem: quem é a empresa que está afundando Maceió?

Imagem de 'Apartamentos públicos' abrigam 80% da população de Singapura no megacurioso

As unidades habitacionais construídas pelo governo estão altamente valorizadas e podem custar mais de US$ 1 milhão

<head></head><body>Considerado uma das melhores soluções para o problema da moradia em todo o mundo, o sistema de habitação pública de Singapura está entre os pilares da transformação da ilha pobre em uma das nações mais ricas do planeta. O modelo começou a ser desenvolvido antes da independência do país.Aproveitando os terrenos públicos, a agência governamental Housing and Development Board (HDB) deu início à erradicação das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112612-voce-sabe-qual-a-origem-da-palavra-favela.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">favelas</a> em meados da década de 1960. A população foi reassentada em prédios de baixo custo que, com o passar do tempo, ficaram altamente valorizados.Dados do governo apontam que 80% da população de Singapura vive nos “apartamentos públicos”, atualmente, mostrando o sucesso do projeto que funciona de forma diferente de outros territórios. Nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128100-conheca-6-nomes-incomuns-de-cidades-americanas-com-origens-surpreendentes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Estados Unidos</a>, por exemplo, as moradias públicas são alugadas para pessoas de baixa renda, idosos e pessoas com deficiência.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27185628912396.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Já na <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108556-12-fatos-curiosos-sobre-singapura-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ilha do sudeste asiático</a>, as habitações públicas são arrendadas pelo governo para praticamente qualquer pessoa interessada. No entanto, adquirir um imóvel nestes conjuntos habitacionais tem sido cada vez mais difícil, diante da grande concorrência.<h2>Como são os apartamentos públicos?</h2>Desde 1960, mais de 1 milhão de unidades de habitações públicas de Singapura foram construídas e novos conjuntos seguem sendo erguidos. Os apartamentos estão disponíveis em diferentes modelos, como os mais simples, de dois quartos, e aqueles com adicionais como varanda e escritório.Há também as opções para famílias maiores, incluindo quatro quartos e três banheiros, e os apartamentos comunitários para idosos, com piso antiderrapante e corrimões. E após a aquisição, o proprietário pode mudar o interior da casa conforme suas preferências e necessidades, desde que não comprometa a estrutura do edifício.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/27/27185742774397.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Em geral, os apartamentos públicos fazem parte de grandes blocos de prédios construídos para incentivar a interação social e a integração. Eles costumam ter academias, playgrounds, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/108406-10-ideias-interessantes-que-algumas-cidades-adotaram-em-prol-das-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hortas comunitárias</a> e outros espaços de uso comum, além de ficarem próximos a estações de metrô, escolas, bancos, hospitais e shoppings.No modelo atual, os compradores das habitações públicas de Singapura assinam um contrato de arrendamento de 99 anos, podendo viver na residência ou alugá-la. Existe também a possibilidade de revenda do imóvel após cinco anos.<h2>Preço recorde</h2>Embora tenham sido desenvolvidos para a população de baixa renda, os apartamentos do governo de Singapura estão ficando cada vez mais caros na revenda. Em junho, uma unidade de quatro quartos no cobiçado bairro de Tiong Bahru foi vendida pelo equivalente a US$ 1,1 milhão (R$ 5,3 milhões pela cotação atual), um recorde para a modalidade.Para a compra junto ao governo, as pessoas interessadas precisam ter 35 anos, no mínimo, se solteiras, serem cidadãs ou viverem com um cidadão, ou residente fixo, da cidade-estado se casadas, e não ultrapassarem um determinado limite de renda. Em 2022, foram registradas 117.251 candidaturas para o financiamento contra apenas 23.184 imóveis disponíveis.</body>

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'Apartamentos públicos' abrigam 80% da população de Singapura

Imagem de 5 coisas curiosas que foram vendidas por US$ 1 no megacurioso

De médicos altruístas a um jovem e desconhecido cineasta, algumas pessoas não se importam em vender coisas por apenas um dólar

<head></head><body>O que você consegue comprar com um dólar? Isso pode variar muito dependendo de onde (e quando) você está. Mas ao longo do tempo, diversas coisas foram vendidas por um dólar, seja como um valor simbólico ou para garantir algum tipo de vantagem.&nbsp;Seja como for, abaixo você pode ver cinco coisas improváveis que já foram vendidas por apenas um dólar.<h2>1. Os direitos de engarrafamento da Coca-Cola</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17124639433851.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)A Coca-Cola Company é uma das maiores empresas do mundo. Por dia, são vendidas quase 2 bilhões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/39086-coca-cola-10-curiosidades-sobre-uma-das-bebidas-mais-consumidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">garrafas de Coca-Cola</a>, principal produto da empresa. E os números poderiam ser ainda maiores, caso o seu fundador não tivesse decidido vender os direitos de engarrafamento por apenas um dólar.Em 1888, quando Asa Candler comprou os direitos da fórmula da Coca-Cola, a bebida era vendida como xarope concentrado — assim como a maioria dos refrigerantes — que seria misturado com água com gás na frente do cliente. Quando dois advogados o abordaram com a ideia de engarrafar a bebida, Candler achou que aquilo não iria funcionar. Ele acabou comprando a ideia, mas convencido de que era uma estupidez vender o refrigerante já engarrafado, vendeu os direitos por um dólar.<h2>2. A patente da insulina</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17124726720852.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Desde a sua descoberta, a insulina permitiu que dezenas de milhões de pessoas com diabetes pudessem ter uma chance de sobreviver à doença. Ela é, até hoje, uma das maiores descobertas científicas da medicina. Sabendo disso, seu criador, o médico e pesquisador Frederick Banting, não quis lucrar com sua patente. Ele achava antiético um médico lucrar com remédios e teria dito que “a insulina pertence ao mundo, não a mim”.Para tentar garantir que o medicamento pudesse chegar a um maior número de pessoas, Banting e seus colegas — Charles Best e John Mcleod — venderam a patente para a Universidade de Toronto, onde eles eram professores, por apenas um dólar para cada. Ele esperava que dessa maneira, o medicamento pudesse ser comercializado por um valor menor. Infelizmente, depois de um século da descoberta, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124682-por-que-a-insulina-e-tao-cara-nos-eua-e-como-se-tornou-inacessivel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o medicamento pode passar dos US$ 600 nos EUA</a> — enquanto que no Brasil, ele é adquirido gratuitamente pelo SUS.<h2>3. Os direitos do roteiro de O Exterminador do Futuro</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17124800638853.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Em 1982, James Cameron era um jovem cineasta que havia dirigido apenas um longa-metragem — Piranhas 2: assassinas voadoras. Ele não era conhecido e não tinha como comprovar para nenhum estúdio que era capaz de trabalhar em um grande sucesso. Por isso, quando ele apresentou o roteiro de O exterminador do futuro para a produtora Gale Anne Hurd, ela queria que outra pessoa dirigisse o filme.Cameron decidiu apostar em si mesmo, acreditando no potencial do filme e fez um acordo com Hurd: ele venderia os direitos do roteiro por um dólar, com a condição de que ele também pudesse dirigir. Embora ele se arrependa da decisão até hoje, o filme foi um sucesso, garantiu para ele uma sequência e o transformou em um dos diretores mais conhecidos — e mais bem pagos — de Hollywood.<h2>4. Os direitos cinematográficos dos contos de Stephen King</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17124856161854.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Atualmente, de acordo com o IMDb, Stephen King é creditado por mais de 300 adaptações — somando filmes, séries de TV, curtas-metragens e antologias. Por ser um escritor tão famoso, os estúdios gostam de colocar “baseado em uma obra de Stephen King” para divulgar suas produções, mesmo que nem todo o resultado final seja memorável.Mas, essa quantidade de adaptações tem uma explicação, além do fator promocional. King vende os direitos de adaptação dos seus contos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127565-stephen-king-autor-vende-direito-de-adaptacao-de-suas-obras-por-apenas-1-dolar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">por apenas um dólar para jovens cineastas</a>. Frank Darabont foi um dos diretores que aceitou a oferta de Stephen King e comprou os direitos do conto A Mulher no Quarto, do livro Sombras da Noite. Darabont acabou se tornando famoso e mais tarde também dirigiu Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre e O Nevoeiro, todos baseados em histórias de King.<h2>5. O Oscar, mas apenas para a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/17/17124941614857.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)O Oscar é o prêmio mais importante para Hollywood e aqueles que conseguem uma estatueta a consideram um prestígio para toda a vida. Seu valor, considerando apenas o seu material — a estatueta é feita em bronze e banhada em ouro — é de aproximadamente US$ 400. Porém, esse valor pode subir muito, dependendo de quem o ganhou — o Oscar de Orson Welles por Cidadão Kane foi vendido em leilão por mais de US$ 860 mil.Para tentar diminuir esse comércio, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas criou uma regra de que qualquer pessoa que queira vender seu prêmio deve dar à Academia o direito de comprá-lo primeiro por 1 dólar. Isso se estende até mesmo após a morte, de modo que se um membro da família herdar o prêmio, eles ficam vinculados às mesmas condições.</body>

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5 coisas curiosas que foram vendidas por US$ 1

Imagem de Por que é difícil doar para universidades no Brasil? no megacurioso

Ao contrário dos EUA, a cultura de doações às vezes até a atrapalha o orçamentos das universidades do Brasil

Doar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127524-como-era-a-vida-dos-estudantes-nas-primeiras-universidades-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades</a> brasileiras t&ecirc;m sido uma pr&aacute;tica desafiadora, apesar do potencial de impacto positivo que isso pode ter na educa&ccedil;&atilde;o superior do pa&iacute;s. V&aacute;rias raz&otilde;es contribuem para essa dificuldade, sejam entraves legais, a falta de uma cultura de doa&ccedil;&atilde;o e, at&eacute; mesmo, uma discuss&atilde;o sobre a moral e a raz&atilde;o das doa&ccedil;&otilde;es.
<h2>Barreiras legais</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18143722259366.jpg" alt="Atualmente &eacute; mais f&aacute;cil fazer doa&ccedil;&atilde;o de bens m&oacute;veis ou im&oacute;veis, do que de dinheiro para universidades brasileiras. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Atualmente &eacute; mais f&aacute;cil fazer doa&ccedil;&atilde;o de bens m&oacute;veis ou im&oacute;veis, do que de dinheiro para universidades brasileiras. (Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Uma das principais dificuldades de doar para <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118766-6-mitos-sobre-a-universidade-publica-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades p&uacute;blicas no Brasil</a> &eacute; entender a legisla&ccedil;&atilde;o sobre o tema &mdash; ou a falta dela. Como a maioria das universidades s&atilde;o federais ou estaduais, elas ficam sujeitas &agrave;s normas do Governo Federal. Uma regra que afetou as institui&ccedil;&otilde;es foi a Emenda Constitucional 241/95. Instaurada em 2016, ela imp&ocirc;s um teto dos gastos p&uacute;blicos, ou seja, o crescimento dos gastos do governo ficou limitado &agrave; varia&ccedil;&atilde;o da infla&ccedil;&atilde;o. Na pr&aacute;tica, isso impede que as universidades federais e estaduais possam aceitar algumas doa&ccedil;&otilde;es, j&aacute; que a verba passa a incorporar o or&ccedil;amento da institui&ccedil;&atilde;o, que agora tem limites.
Em 2019, a Lei 13.490/2017 foi promulgada para tentar facilitar as doa&ccedil;&otilde;es. Com ela foi permitido que as doa&ccedil;&otilde;es fossem direcionadas a setores ou projetos espec&iacute;ficos das institui&ccedil;&otilde;es benefici&aacute;rias. Essa lei modificou a Lei de Diretrizes e Bases da Educa&ccedil;&atilde;o Nacional (LDB) de 1996, que impedia a aloca&ccedil;&atilde;o direta de recursos de doa&ccedil;&otilde;es para &aacute;reas espec&iacute;ficas das universidades.
Esta medida, por&eacute;m, tamb&eacute;m gera algumas cr&iacute;ticas, j&aacute; que a destina&ccedil;&atilde;o da verba n&atilde;o seria feita pela Universidade. Na pr&aacute;tica, os doadores privados poderiam investir apenas em projetos que lhe interessassem, at&eacute; em termos de conseguir retorno financeiro futuro. Isso p&otilde;e em cheque a raz&atilde;o de uma educa&ccedil;&atilde;o para todos.
Outra barreira para a doa&ccedil;&atilde;o nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/113172-politicas-de-inclusao-em-universidades-brasileiras-funcionam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universidades brasileiras</a> &eacute; a complexidade dos processos. Muitas vezes, os interessados em contribuir enfrentam burocracia e dificuldades ao tentar fazer doa&ccedil;&otilde;es. Simplificar e agilizar os procedimentos para doa&ccedil;&otilde;es poderia ser uma maneira eficaz de encorajar as pessoas a contribuir.
Atualmente, as universidades lutam para conseguir que a legisla&ccedil;&atilde;o avance no sentido de permitir as doa&ccedil;&otilde;es, mas tamb&eacute;m para conseguir um controle maior sobre a verba. Isso garantiria que &aacute;reas do saber de menor interesse financeiro n&atilde;o ficassem sem recursos.
<h2>Outras op&ccedil;&otilde;es de doa&ccedil;&otilde;es</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31184214913470.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
No momento, as doa&ccedil;&otilde;es de bens m&oacute;veis, im&oacute;veis e de consumo s&atilde;o mais comuns e menos complicadas. Com isso, muitos filantropos chegam a doar at&eacute; mesmo im&oacute;veis que podem ser incorporados ao patrim&ocirc;nio das Universidades.&nbsp;
Outro modo de doa&ccedil;&atilde;o que tem ganhado apoiadores e tentativas de instaura&ccedil;&atilde;o no Brasil s&atilde;o os endowments. Nessa modalidade, o dinheiro doado seria investido no mercado financeiro e apenas os rendimentos gerados seriam utilizados para apoiar iniciativas da universidade. Isso garantiria que o fundo fosse perene e que seu lucro fosse usado por longo per&iacute;odo na institui&ccedil;&atilde;o.
<h2>Quando as doa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o o problema</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/31/a-31184227020471.jpg" alt="a" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A quest&atilde;o das doa&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m reca&iacute; sobre um problema ideol&oacute;gico. Parte da popula&ccedil;&atilde;o t&ecirc;m a percep&ccedil;&atilde;o de que a educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica &eacute; um dever somente do Estado e, portanto, n&atilde;o veem a necessidade de contribuir com institui&ccedil;&otilde;es de ensino. Isso contrasta com pa&iacute;ses onde as universidades dependem muito mais de doa&ccedil;&otilde;es e t&ecirc;m uma cultura forte de contribui&ccedil;&otilde;es, e at&eacute; de incentivos fiscais para quem doa.
Muitas das cr&iacute;ticas dirigidas &agrave; dificuldade de fazer doa&ccedil;&otilde;es no Brasil apontam para os&nbsp;<a href="http://www.megacurioso.com.br/ciencia/127697-quem-financia-os-projetos-da-nasa.htm" target="_blank" title="Quem financia os projetos da NASA?">Estados Unidos</a> como um sistema a ser copiado. Por outro lado, esta cultura de doa&ccedil;&otilde;es pode ser bastante problem&aacute;tica.&nbsp;
Uma das quest&otilde;es &eacute; que por l&aacute; as doa&ccedil;&otilde;es, muitas vezes, geram corrup&ccedil;&atilde;o. Em 2019, um grande esquema de facilita&ccedil;&atilde;o de entrada de alunos nas mais renomadas universidades foi revelado. Celebridades do cinema, grandes empres&aacute;rios e qualquer um com muito dinheiro conseguia colocar seus filhos na universidade que quisesse, mediante, &eacute; claro, a grandes doa&ccedil;&otilde;es. Isto tamb&eacute;m coloca em xeque o processo de admiss&atilde;o das universidades dos EUA, que deveria procurar os &ldquo;melhores candidatos&rdquo;.
Al&eacute;m disso, a entrada na universidade &eacute; bem diferente. As principais universidades s&atilde;o mantidas, majoritariamente, com fundos privados, muitas vezes abastecidos por doa&ccedil;&otilde;es. Al&eacute;m disso, as taxas de admiss&atilde;o (tuition) s&atilde;o exorbitantes, afastando a maioria das pessoas ou, pelo menos, fazendo-as contrair grandes d&iacute;vidas para terminarem o Ensino Superior. Segundo a Forbes, no final de 2022, 43 milh&otilde;es de americanos ainda detinham d&iacute;vidas estudantis totalizando US$ 1,7 trilh&otilde;es.
Manter um sistema de educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica com a qualidade que as universidades brasileiras t&ecirc;m &eacute; um trabalho herc&uacute;leo. Por&eacute;m, olhar para novas maneiras de financiar as institui&ccedil;&otilde;es pode impedir que elas fiquem paradas no tempo.

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