O beato morto em 2006 e considerado o "santo da internet" pode ser canonizado

<p>Quando pensamos em um santo católico, as imagens costumam remeter à antiguidade ou à Idade Média. No máximo a um padre ou freira, geralmente idosos, com sua batina ou hábito.&nbsp;</p><p>De fato, a Igreja Católica reconhece cerca de 10 mil santos. 912 deles foram canonizados pelo atual <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124551-o-que-mudou-na-igreja-catolica-nos-10-anos-do-papa-francisco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papa Francisco</a> e o mais "jovem" deles nasceu em 1926. Contudo, ao que tudo indica, <strong>os fiéis católicos logo terão um santo&nbsp;</strong><i><strong>millennial</strong></i>, cujo corpo está exposto com agasalho esportivo, para pedir intercessão.&nbsp;</p><p>É o beato <strong>Carlo Acutis</strong>, cujo segundo milagre foi reconhecido pelo Vaticano em 2024. Assim, o caminho está aberto para a canonização do garoto, nascido em 1991 e morto em 2006.&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/29/29092431261013.jpg" alt="O corpo de Carlo Acutis está exposto numa igreja de Assis, com agasalho esportivo (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>O corpo de Carlo Acutis está exposto numa igreja de Assis, com agasalho esportivo (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><h2>A vida de Carlo Acutis, o santo millennial</h2><p>Carlo Acutis nasceu em Londres, em 1991, filho único de uma rica família italiana moradora em Milão. Antonia Salzano, a mãe do futuro santo, conta que ele ajudava os amigos, fazia caridade a pessoas em situação de rua e pedia para visitar igrejas desde muito pequeno. E Antonia não era católica até então, mas se converteu por influência do filho.&nbsp;</p><p>A fé de Carlo também influenciou na conversão de um empregado indiano e de sua família. Ao crescer, ele logo buscou formas de ajudar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-grandes-reviravoltas-na-historia-da-igreja-catolica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a> em Milão. A principal ideia de Carlo para isso não poderia ser mais moderna: criar sites para organizações cristãs e para catalogar informações de milagres. Isso rendeu ao garoto o apelido de "padroeiro da internet".&nbsp;</p><p>Em outubro de 2006, com apenas 15 anos, Carlo ficou doente. O que parecia apenas uma inflamação na garganta se revelou ser uma leucemia grave, que levou à morte do jovem naquele mesmo mês. Esse foi o início de seu caminho para a canonização.</p><p>Pouco antes de sua morte, Carlo já parecia conformado e ofereceu seu sofrimento à Igreja — deixando diversas mensagens que inspiraram outros fiéis. Em Milão, ele recebeu homenagens e missas, ganhando uma fama que só cresceu nos anos seguintes.&nbsp;</p><p>Antonia Salzano e Andrea Acutis, que só tinham Carlo como filho e nunca mais conseguiram conceber, ganharam gêmeos em 2010, exatamente quatro anos após a morte do primogênito. Um milagre que à mãe atribui à intercessão do filho morto.&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/29/29093804669017.jpeg" alt="A mãe de Carlo Acutis defende a canonização filho (Fonte: National Catholic Register/Reprodução)"><figcaption>A mãe de Carlo Acutis defende a canonização filho (Fonte: National Catholic Register / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Os milagres e a possível canonização de Carlo Acutis</h2><p>No catolicismo, é comum pedir a intercessão de pessoas mortas — para que elas "conversem com Deus" e peçam milagres por você. Quando uma pessoa começa a ter milagres atribuídos a sua intercessão, ela pode ser considerada santa pela Santa Sé.&nbsp;</p><p>Para Carlo Acutis, essa trajetória começou quando a Arquidiocese de Milão deu entrada nos pedidos de canonização em 2012. Esse processo tramita num órgão chamado Dicastério para as Causas dos Santos, que faz parte da Santa Sé, no <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128840-ha-95-anos-o-vaticano-se-tornava-um-estado-como-isso-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Vaticano</a>.&nbsp;</p><p>O primeiro passo é investigar toda a vida do candidato a santo, para comprovar que ele tinha "virtudes heroicas". Mais do que ajudar o próximo ou ser um estereótipo de boa pessoa, isso demanda uma vida (ou morte) realmente dignas de reconhecimento pela Igreja. Para Carlo, o reconhecimento chegou em 2018, quando ele foi declarado "venerável" pelo papa Francisco.</p><p>Para se tornar beato e, depois, santo — os próximos "níveis" na hierarquia do catolicismo — foi necessário reconhecer milagres atribuídos à intercessão de Carlo Acutis.&nbsp;</p><p>O primeiro milagre aconteceu no Brasil: uma criança sofria com uma rara doença pancreática, até que um padre pediu pela intercessão de Carlo e a criança teve contato com uma camiseta com sua foto. Após uma missa, ele disse que não se sentia mais enjoado e queria uma comida sólida, sendo que ele precisava manter uma dieta líquida até aquele momento. Com isso, Carlo foi beatificado, em 2020.&nbsp;</p><p>O segundo milagre — que possibilita a canonização — precisa acontecer após a beatificação. Isso aconteceu em 2022, quando uma jovem costarriquenha sofreu um acidente de bicicleta em Florença, ficando entre a vida e a morte. Sua mãe rezou junto ao corpo de Carlo Acutis e pediu pela recuperação da filha, que começou a acontecer no mesmo dia.&nbsp;</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/29/29094223986019.jpg" alt="Papa Francisco reconheceu milagres de Carlo Acutis, abrindo caminho para sua canonização (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Papa Francisco reconheceu milagres de Carlo Acutis, abrindo caminho para sua canonização (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><h2>Como a Igreja Católica reconhece um santo?</h2><p>Nos primeiros séculos do catolicismo, não havia um processo formal para reconhecer alguém como santo. Talvez seja por isso que nós tenhamos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119333-6-santos-catolicos-com-historias-bem-curiosas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">santos com histórias tão curiosas</a> — como aquele que supostamente morreu duas vezes e aquela que tinha oito irmãs gêmeas.&nbsp;</p><p>Ainda na Idade Média, o poder de reconhecer um santo passou para o papa. Em 1588, a Igreja criou um órgão com um processo formal para isso: a Sagrada Congregação dos Ritos, que é o atual Dicastério para as Causas dos Santos.&nbsp;</p><p>Nesse órgão, existia uma pessoa conhecida como "advogada do diabo", que deveria investigar a vida dos santos e seus supostos milagres com ceticismo. Esse papel só foi abolido em 1983, embora a Santa Sé ainda realize esse tipo de investigações. Nesse ano, também mudaram as regras de tempo para começar um processo de canonização: antes era necessário esperar 50 anos, agora são só cinco. Em alguns casos emblemáticos, como os da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120319-anjo-do-inferno-as-controversias-envolvendo-madre-teresa-de-calcuta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madre Teresa</a> e do Papa João Paulo II, foi permitido começar até antes disso.</p><p>Para reconhecer os milagres concedidos pela intercessão dos santos, o Vaticano conta com médicos e especialistas — já que, de maneira geral, são casos de curas inexplicáveis. Quando os especialistas afirmam que não há explicação para a cura, a Igreja entende que ela pode ser atribuída à intercessão do santo.&nbsp;</p><p>É o caso dos dois milagres de Carlo Acutis, o primeiro santo <i>millennial</i> e padroeiro da internet.</p>

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Carlo Acutis vai se tornar o 1º santo millennial — mas como faz para virar santo?

Quem visita o templo de Veerabhadra na Índia se assusta com um pilar de 20 toneladas que parece não tocar no chão.

<p>Destino imperdível para os turistas que visitam a Índia, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128158-6-edificios-religiosos-famosos-no-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o templo de Veerabhadra em Lepakshi, no estado de Andhra Pradesh</a>, chama a atenção pela sua impressionante arquitetura Vijayanagara (do século XIV ao XVII), com esculturas complexas, altas colunas e portais imponentes (gopurams). Mas, entre as colunas, uma chama a atenção de todos.</p><p><strong>Um dos pilares, com cerca de 9 metros de altura e 20 toneladas de peso, parece não encostar no chão</strong>, ficando suspenso sobre uma base quadrada de 76 centímetros, o que lhe valeu o apelido de "pilar flutuante". No entanto, quando os visitantes tentam passar um pedaço de pano ou de papel naquele espaço de cerca de 1 centímetro, não conseguem, pois a pedra deve tocar o chão em algum cantinho oculto.</p><p>Dessa forma, o mistério do pilar flutuante permanece em aberto, o que reforça a sua lenda de "milagroso" e acaba atraindo mais visitantes ao local. Mesmo sem encostar aparentemente no chão, ou encostando na prática, <strong>o pilar é uma prova da combinação de criatividade e misticismo, o que, na Índia (e não só), é sempre sinônimo de poder</strong>.&nbsp;</p><h2>Qual a importância do templo de Veerabhadra?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/20/20160422428227.jpg" alt="X (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Veerabhadra é uma manifestação feroz do deus Shiva. &nbsp;(Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Considerado Patrimônio Universal da Unesco, o templo de Veerabhadra teve entre suas principais características relacionadas com o seu Valor Universal Excepcional <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106584-kailasa-o-incrivel-templo-indiano-esculpido-em-um-imenso-bloco-de-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">justamente os seus pilares esculpidos, além dos afrescos e esculturas monolíticas,</a><strong>&nbsp;</strong>como o famoso touro (Nandi) cavalgado por Veerabhadra (o deus Shiva em sua forma ígnea), com 4,5 metros de altura.</p><p>Embora datado no do período Vijayanagara, o templo não apresenta nenhuma inscrição que comprove o início da sua história. O que se sabe é que o desenvolvimento do complexo do templo pode ser remetido <strong>aos avanços arquitetônicos ocorridos entre os anos 1100 e 1350 d.C., quando se criaram os pilares, pilastras e nichos</strong>.&nbsp;</p><p>Em sua justificativa para considerá-lo monumento da humanidade, a Unesco afirma que o templo "é o melhor exemplo da continuidade dos traços culturais evoluídos e da transformação através do intercâmbio de valores culturais durante muitos anos de arte e história cultural indiana".</p><h2>As teorias sobre o pilar flutuante de Veerabhadra</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/95PeHmmCIOs" title="The Hanging Pillar of Lepakshi Temple | Anantapur, Andhra Pradesh" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/conheca-8-segredos-de-angkor-wat-o-maior-templo-religioso-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o templo é muito bem projetado,</a> surgiram diversas teorias, ao longo dos anos, tentando explicar o mistério do pilar flutuante, <strong>com alguns defendendo que a "falha" foi propositalmente projetada pelos arquitetos originais</strong>.&nbsp;</p><p>Outros, no entanto, acham que o desnível foi provocado de um engenheiro britânico que, fascinado pelo mistério, tentou mover o pilar, para entender as técnicas de construção usada pelos artesãos indianos, <strong>mas causou um deslocamento ainda maior</strong>.&nbsp;</p><p>Entre as teorias, uma das maiores populares diz que <strong>o pilar foi esculpido com tal precisão milimétrica, que foi criada uma base côncava que se encaixaria perfeitamente em uma elevação imperceptível no chão</strong>. Esse ressalto, impossível de ser visto a olho nu, funcionaria na realidade como um suporte para dar essa ilusão de que o pilar flutua.</p>

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O mistério do pilar flutuante do Tempo de Veerabhadra

O monstro marinho gigante era capaz de afundar navios e sugar marinheiros, segundo a lenda.

<p>Pessoas que viajavam pelo mar entre a Noruega e a Islândia, no século XIII, supostamente se depararam com um animal gigantesco, capaz de destruir navios e matar quem estivesse a bordo. Os avistamentos da criatura assustadora teriam continuado ao longo dos séculos seguintes, dando origem à <strong>lenda do Kraken</strong>.</p><p>Segundo o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128611-qual-foi-o-lugar-mais-distante-que-os-vikings-alcancaram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">folclore escandinavo</a>, trata-se de um <strong>monstro que aterrorizava os marinheiros, pescadores e exploradores</strong>. Ele tinha o poder de esmagar embarcações de diferentes tamanhos e capturar qualquer tipo de presa, incluindo humanos, usando um vórtice de sucção tão poderoso do qual ninguém conseguia escapar.</p><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17203421270323.jpg" alt="A lenda começou a surgir por volta do século XIII. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A lenda começou a surgir por volta do século XIII. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Descrições do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/capelobo-conheca-a-lenda-da-criatura-hibrida-que-assombra-as-florestas-do-brasil" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ser mitológico</a> são encontradas em vários diários e livros. O padre italiano Francesco Negri comentou sobre ele após uma expedição pela Escandinávia, no século XVIII, afirmando que a besta se parecia com um <strong>peixe de vários braços e chifres</strong>, diferenciando-a da serpente marinha, outra lenda local.</p><p>Já o missionário Hans Egede o comparou a uma Hafgufa, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127853-novo-monstro-marinho-pre-historico-e-descoberto-e-ganha-nome-viking.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monstro marinho</a> das sagas nórdicas, enquanto o historiador dinamarquês Erik Pontoppidan o descreveu de outra maneira. De acordo com ele, o Kraken era <strong>redondo, plano, cheio de braços e tinha mais de 2 km de diâmetro</strong>, além de apresentar um “cheiro forte e peculiar”.</p><h2>Semelhanças com polvos e lulas gigantes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/17/17204017688326.jpg" alt="Encontros com lulas e polvos gigantes teriam dado origem ao mito. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Encontros com lulas e polvos gigantes teriam dado origem ao mito. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Inúmeros outros relatos também sugerem que o monstro tinha várias cabeças e garras, muitas vezes se mostrando maior que os navios. Mas será que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121227-a-expedicao-que-encontrou-a-lula-gigante-o-kraken-da-vida-real.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lenda do Kraken</a> tem algo de real? Para alguns pesquisadores, sim, <strong>porém os antigos marinheiros viam polvos e lulas gigantes</strong> e não uma criatura sobrenatural.</p><p>Como destaca o <i>All That’s Interesting</i>, <strong>determinadas espécies de lulas podem atingir tamanhos enormes</strong>, com seus tentáculos e braços, se aproximando das descrições feitas por quem avistou o animal mitológico. Encontrar um desses gigantes durante a navegação naquela época, sob certas condições, poderia ser uma experiência ruim.</p><p>Já para o especialista em moluscos do Museu de História Natural de Londres, Jon Ablett, alguns dos avistamentos que deram origem à lenda podem ter sido de <strong>restos de polvos e lulas gigantes parcialmente digeridos que se misturavam, ficando ainda maiores e com formas estranhas</strong>. Isso dificultava a identificação pelos navegantes.</p><h2>Delírio dos marinheiros?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/18/18190736983001.jpg" alt="O Kraken era real ou apenas imaginação dos marinheiros? (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Kraken era real ou apenas imaginação dos marinheiros? (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Há outras teorias sobre o surgimento do monstro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-armas-poderosissimas-que-existiam-na-mitologia-abraamica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia</a> escandinava, como a que afirma que ele não passava de imaginação dos navegadores. Conforme especialistas, o <strong>longo isolamento enfrentado pelos primeiros exploradores dos oceanos poderia resultar em efeitos psicológicos</strong>.</p><p>Suspeita-se que <strong>eles tinham</strong> <strong>mais medo da possibilidade de existir uma criatura gigante com capacidade de afundar a embarcação do que do monstro propriamente dito</strong>. A imagem assustadora teria sido criada a partir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114829-cicatrizes-em-tubarao-indicam-suposto-ataque-de-lula-gigante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">encontros anteriores com lulas</a>.</p>

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Kraken: a criatura da mitologia escandinava que assombrava os marinheiros

Muitos indianos veem Topi Amma como uma deidade, mas há quem desconfie que ela tenha alguma deficiência mental.

<p>Quem já foi para a Índia, sabe que este é um país tomado por devotos religiosos. Não por acaso, de tempos em tempos, surge um novo "santo" popular. E uma dessas deidades é uma mulher chamada Topi Amma.</p><p>Também chamada de "siddha", ela recebeu a alcunha de Topi Amma pois o termo quer dizer algo como "mãe de boné". A mulher circula pela cidade-templo de Tiruvannamalai, em Tamil Nadu, enquanto é seguida por centenas de pessoas. Muitas vezes, estes crentes pegam objetos deixados por ela, como copos, e compartilham entre si como se fossem objetos devocionais.</p><h2>Uma santidade popular</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/11/11180342505000.jpg" alt="(Fonte: MDig/ Reprodução)"><figcaption>Muitas pessoas reverenciam Topi Amma na Índia. (Fonte: MDig / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O fato é que, como uma figura religiosa, Topi Amma é uma "santa" bem inusitada. Isso porque ela anda quase o tempo todo com um chapéu ou boné, e costuma ser reverenciada por seus seguidores como uma "<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122003-6-artes-marciais-das-quais-voce-provavelmente-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">siddha</a>", termo que designa os seres iluminados que atingiram a perfeição. Contudo, quem não segue uma visão de mundo religiosa tem outra opinião. Essas pessoas desconfiam que Topi Amma tenha alguma deficiência mental e precisaria de algum atendimento médico.</p><p>Sua vida antes de se tornar uma deidade conhecida em Tiruvannamalai é um mistério, e é muito provável que isso tenha contribuído para a sua popularidade. Como ela não pronuncia palavras muito coerentes, isso acaba abrindo espaço para a propagação de muitas histórias sobre ela, sejam inventadas ou não.</p><p>Na internet, é possível vê-la em vídeos espalhados nas redes sociais, que mostram Topi Amma circulando enquanto os seguidores vão atrás dela e reconhecem os copos que ela tomou café ou os seus restos de comida. É uma cena bizarra, uma vez que eles tratam esses conteúdos como "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105745-voce-sabe-quem-e-o-descendente-vivo-mais-proximo-do-dodo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">prasad</a>" (oferendas abençoadas).</p><h2>Diferentes opiniões sobre Topi Amma</h2><p style="text-align:center;"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/TUHCI1nbEmE?si=6WYsWxiYdja88wea" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></p><p>As opiniões sobre a "santidade" de Topi Amma divergem bastante. Há os que a cultuam incondicionalmente, mas muita gente, embora a respeite, considera que esta é uma pessoa sofrendo de algum problema psiquiátrico.</p><p>Mas é provável que a fama da mulher se relacione também com o lugar de onde ela veio. Topi Amma é da cidade-templo de Tiruvannamalai, que é um dos lugares mais venerados de Tamil Nadu. O local também se trata de um centro da religião Saiva, e é considerado um dos patrimônios mais antigos da Índia. Já o templo presente em Tiruvannamalai chama-se Annamalaiyar e é dedicado ao deus <a href="https://www.megacurioso.com.br/oriente-bizarro/45662-indianos-acreditam-que-vaca-nascida-com-tres-olhos-e-reencarnacao-de-shiva.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Shiva</a>.</p><p>Nas redes sociais, é possível encontrar vários vídeos de pessoas que filmaram Topi Amma e que a chamam de termos como "mãe iluminada". Em um deles, lê-se a descrição: “neste vídeo, mergulhamos na vida e nos ensinamentos de Topi Amma, lançando luz sobre sua profunda sabedoria espiritual e o impacto transformador que ela tem sobre aqueles que têm a sorte de encontrá-la”.</p><p>Só que as pessoas que não a seguem questionam se a mulher, que aparece dando bênçãos, recebendo comida ou tendo seus pés lavados por um devoto estaria realmente dando algum "ensinamento" ou simplesmente andando um pouco atordoada.</p><p>O fato é que ninguém sabe ao certo o que ela é, nem como cresceu o misticismo em torno dela. Mas caso você viaje para a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128110-4-produtos-valiosos-exportados-pela-india-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Índia</a>, pode cruzar com esta mulher de chapéu vagando pelo Arunachalam Kshetra, uma colina sagrada associada a Shiva.</p>

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Topi Amma: a mulher com transtorno mental venerada como deusa na Índia

Descubra fatos fascinantes sobre Angkor Wat, um magnífico templo que simboliza a grandiosidade e a história do Camboja.

<p>Erguendo-se majestosamente na paisagem cambojana, Angkor Wat é um marco monumental que testemunhou os altos e baixos do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112597-pesquisadores-encontram-capital-perdida-do-imperio-khmer-no-camboja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Khmer</a> durante o século XII. Esse complexo religioso é uma proeza arquitetônica impressionante que abriga uma rica história entrelaçada com mitologia, engenharia e transformações culturais. Descubra oito detalhes fascinantes por trás desse magnífico templo.</p><h2>1. Uma cidade-templo gigantesca</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12190223193002.jpg" alt="Parte de Angkor Wat. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Visão de parte do templo gigantesco. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Angkor Wat é um vasto complexo que abrange mais de 400 acres de terra e inclui mais de mil estruturas, representando o coração do antigo Império Khmer no Sudeste Asiático. Sua escala monumental rivaliza com as pirâmides do Egito, refletindo a magnitude do poder imperial.</p><h2>2. Engenharia e mão de obra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12190546847003.jpg" alt="Estátua de elefante de pedra em Angkor Wat. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Estátua de elefante de pedra em Angkor Wat. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A construção de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122598-angkor-a-antiga-capital-que-se-desenvolveu-e-sucumbiu-devido-a-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Angkor Wat</a> foi uma conquista impressionante que exigiu milhares de trabalhadores e 6 mil elefantes ao longo de três décadas. O templo monumental demandou grandes quantidades de pedra, transportadas pelos elefantes das pedreiras até o local de construção. Além disso, a engenharia avançada foi empregada na criação de sistemas de água complexos para abastecer o templo.</p><h2>3. Transformação religiosa</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12191053966004.jpg" alt="Jayavarman VII. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Jayavarman VII. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Inicialmente dedicado ao deus hindu Vishnu, o templo passou por uma mudança religiosa significativa após o saque de Angkor no século XIII. Sob o reinado de Jayavarman VII, o local foi convertido ao budismo, adicionando uma nova camada de significado e iconografia.</p><h2>4. Narrativas esculpidas em pedra</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12191534052006.jpg" alt="Esculturas esculpidas nas paredes de Angkor Wat. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Esculturas esculpidas nas paredes de Angkor Wat. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Os baixos-relevos em Angkor Wat contam histórias épicas da mitologia hindu, como o Ramayana e o Mahabharata. Existem milhares de figuras adornando as paredes do templo.</p><h2>5. Abandono e redescoberta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12192121248007.jpg" alt="Desenho de Angkor Wat feito por Henri Mouhot. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Desenho de Angkor Wat feito por Henri Mouhot. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Após o declínio do Império Khmer no século XV, Angkor Wat foi capturada e saqueada por forças tailandesas em 1431, levando ao abandono gradual da cidade, que foi engolida pela selva ao longo dos séculos seguintes. A história de Angkor Wat permaneceu obscurecida até 1863, quando o naturalista francês Henri Mouhot "redescobriu" as ruínas cobertas pela vegetação. Seus relatos detalhados despertaram o interesse europeu pelo patrimônio cultural do Camboja, e reavivaram o interesse global por essa civilização perdida.&nbsp;</p><h2>6. Orientação astronômica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12192412546008.jpg" alt="Posição do templo. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Vista externa de Angkor Wat. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>O templo está orientado para o oeste, diferindo da orientação típica dos templos hindus. Essa escolha incomum sugere que o local pode ter sido concebido como um possível mausoléu para o rei Suryavarman II, pois a orientação reflete rituais funerários brâmanes, em que a direção oeste e rituais reversos são comuns.</p><h2>7. Equinócio da primavera</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12192751287009.jpg" alt="Parte interna do templo. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Parte interna do templo. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Angkor Wat foi meticulosamente construído para que, no equinócio da primavera, o sol nasça diretamente sobre a torre central do templo. Esse alinhamento celestial não apenas ressalta o domínio dos construtores sobre a astronomia, mas também adiciona uma dimensão espiritual à estrutura, criando um momento especial que atrai milhares de visitantes todos os anos.</p><h2>8. Atração turística</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/12/12192855798010.jpg" alt="O templo é um dos destinos mais procurados por turistas. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>O templo é um dos destinos mais procurados por turistas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Angkor Wat foi designado como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/quais-sao-os-6-geoparques-brasileiros-na-lista-oficial-da-unesco" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Patrimônio Mundial da UNESCO</a> em 1992, em reconhecimento por sua importância cultural e histórica para a humanidade. Desde então, o templo se tornou um dos destinos turísticos mais populares do Camboja, atraindo milhões de visitantes todos os anos.</p>

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Conheça 8 segredos de Angkor Wat, o maior templo religioso do mundo

Descubra a história das primeiras formas de religião e como elas deram origem às crenças espirituais modernas.

<p>Desde os primórdios da humanidade, a busca por significado e conexão espiritual tem sido uma constante na evolução cultural. A ideia de uma "primeira religião" é fascinante, mas também complexa de definir claramente. No entanto, ao explorar os vestígios deixados pelos antigos, podemos vislumbrar as origens dessa expressão espiritual que moldou o curso da história.</p><h2>As origens primitivas: vestígios de animismo e espiritualidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/07/07222640972010.jpg" alt="Ossadas de neandertais revelaram que eles praticavam rituais fúnebres. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ossadas de neandertais revelaram que eles praticavam rituais fúnebres. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Na busca pela primeira religião conhecida, nossos passos nos levam aos tempos antigos, onde povos primitivos expressavam uma conexão intrínseca com o mundo ao seu redor. Evidências sugerem que cerca de 150 mil anos atrás, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126820-apos-40-mil-anos-os-neandertais-ainda-vivem-em-nosso-dna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> já realizavam rituais funerários, enterrando seus mortos com artefatos simbólicos como penas, garras e pigmentos vermelhos.</p><p>Avançando no tempo, culturas de caçadores-coletores começaram a desenvolver sistemas de crenças mais complexos, como o animismo. Essa visão de mundo atribuía alma e identidade espiritual a plantas, animais e objetos inanimados, conectando a humanidade a um cosmos vivo e interconectado.</p><p>O animismo deu origem à crença na vida após a morte e à prática do xamanismo, onde os xamãs atuavam como mediadores entre o mundo espiritual e o físico, trazendo cura e sabedoria espiritual para suas comunidades.</p><h2>O surgimento de crenças estruturadas: politeísmo e práticas ritualísticas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/07/07223102632012.jpg" alt="Ganesh é uma das divindades do hinduísmo, considerado a primeira religião por muitos historiadores. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ganesha é uma das divindades do hinduísmo, considerado a primeira religião por muitos historiadores. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Entre 10000 a.C. e 5000 a.C., sociedades antigas começaram a desenvolver sistemas religiosos mais definidos. Os sumérios, por exemplo, adotaram um politeísmo antropomórfico, atribuindo características humanas aos deuses que governavam o céu, a terra e os elementos. Templos e rituais religiosos eram parte integrante da vida social e política dessas civilizações, estabelecendo uma estrutura hierárquica teocrática.</p><p>No período do Megalitismo (4000 a.C. a 2000 a.C.), houve a construção de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128158-6-edificios-religiosos-famosos-no-mundo-todo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">monumentos religiosos</a> impressionantes, refletindo práticas relacionadas ao culto aos ancestrais e observações astronômicas. As interações culturais e comerciais entre civilizações, como as do Vale do Indo e do Oriente Médio, também influenciaram o desenvolvimento religioso. Um marco importante desse período foi o surgimento do hinduísmo por volta de 2000 a.C.</p><p>Para muitos historiadores, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121041-6-curiosidades-sobre-ganesha-o-deus-hindu-com-cabeca-de-elefante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hinduísmo</a> é a primeira religião do mundo devido à sua antiguidade e ao seu impacto duradouro na história espiritual e cultural da Índia e da região do subcontinente indiano. Ele é conhecido pelos textos sagrados, como os Vedas, e por sua diversidade de práticas, crenças e filosofias, incluindo o conceito de carma, reencarnação e a busca pela liberação espiritual (moksha).</p><p>Embora seja desafiador identificar uma "primeira religião" definitiva, as origens da espiritualidade remontam aos primórdios da humanidade. Desde práticas animistas até sistemas religiosos organizados, a busca por significado transcendente tem sido uma constante na história humana. Ao explorar essas raízes antigas, podemos apreciar melhor a riqueza e a profundidade das expressões religiosas que continuam a moldar o mundo contemporâneo.</p>

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Qual foi a primeira religião conhecida?

Novas descobertas da datação por radiocarbono reforçam a veracidade de eventos-chave na história de Jerusalém conforme descritos na Bíblia.

<p>A aplicação da datação por radiocarbono em sítios arqueológicos é uma ferramenta poderosa para estabelecer cronologias precisas e confirmar eventos históricos importantes. Recentemente, estudos em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusalém</a> têm empregado essa técnica para validar acontecimentos bíblicos cruciais, como a colonização e a destruição da cidade.</p><p>Combinando métodos de datação avançados com análises detalhadas de sedimentos, pesquisadores liderados por Elisabetta Boaretto, do Instituto Weizmann de Ciência em Rehovot, Israel, obtiveram uma visão sem precedentes da história urbana antiga da cidade sagrada. O estudo foi publicado na revista <i>Proceedings of the National Academy of Sciences</i> (PNAS).</p><h2>Colonização e expansão urbana</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06230517871046.jpg" alt="Cidade de Davi. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cidade de Davi. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A pesquisa empregou uma abordagem multidisciplinar para investigar a cronologia da Jerusalém antiga. Uma análise minuciosa de 103 amostras de sementes e restos em cinco locais na Cidade de Davi revelou que a colonização da cidade remonta aos séculos XII e X a.C.</p><p>Além disso, evidências indicam uma expansão significativa para o oeste durante o século IX a.C. Esses dados concretizam relatos históricos e confirmam a presença urbana na Jerusalém antiga em períodos cruciais descritos na narrativa bíblica.</p><p>A equipe também identificou marcas de um terremoto no meio do século VIII a.C., evento mencionado nas escrituras, mas anteriormente não datado com precisão. Camadas de pedras desabadas e materiais de construção danificados, seguidos por um período de reconstrução, corroboram relatos históricos e oferecem uma linha do tempo concreta para esses eventos.</p><h2>Destruição babilônica e estabilidade política</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06231518277052.jpg" alt="Cerco de Jerusalém em 587 a.C. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cerco de Jerusalém, em 586 a.C. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>A datação por radiocarbono permitiu ancorar eventos cruciais na história de Jerusalém. O estudo revelou que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103507-historiadores-comprovam-passagem-biblica-sobre-o-incendio-de-jerusalem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">destruição babilônica</a> ocorreu em 586 a.C., como descrito tanto na Bíblia quanto em registros neobabilônicos. Esse evento catastrófico pôs fim a um período de estabilidade econômica e política, marcando o término da fase de colonização e crescimento urbano na antiga Jerusalém.</p><p>Além disso, a análise detalhada das camadas de sedimentos indicou períodos de uso prolongado dos sítios arqueológicos entre o terremoto do século VIII a.C. e a destruição babilônica. Essa continuidade de ocupação e atividade econômica oferece detalhes valiosos sobre a vida urbana durante esse período turbulento da história da cidade.</p><p>A pesquisa utilizando datação por radiocarbono e análises micro arqueológicas forneceu uma cronologia detalhada dos principais eventos históricos em Jerusalém, confirmando relatos bíblicos e lançando luz sobre o desenvolvimento urbano da cidade antiga.</p><p>Embora algumas controvérsias persistam, essas descobertas representam um avanço significativo na compreensão da história da região e destacam a importância da aplicação de métodos avançados de datação para validar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123147-4-evidencias-historicas-que-comprovam-passagens-da-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">narrativas históricas antigas</a>. Esse estudo é um exemplo marcante de como a ciência moderna pode iluminar os eventos do passado, enriquecendo nossa compreensão da história mundial.</p>

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Eventos bíblicos são confirmados pela ciência com datação por radiocarbono

Ler a Bíblia permite encontrar diferentes profecias e parábolas narrando objetos amaldiçoados, que carregam um importante simbolismo religioso.

<p>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127689-quem-escolheu-quais-livros-entrariam-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Bíblia</a> conta histórias reais, mas uma parcela considerável dos relatos ali presentes são repletas de simbolismo, advertências e mensagens profundas, que conectam as escrituras sagradas e quem nelas crê. Não à toa, é fácil encontrar profecias e parábolas falando sobre objetos amaldiçoados, ou que imputam punições a quem os possui.</p><p>Estudiosos das escrituras bíblicas sugerem que no livro é possível encontrar e compreender aspectos importantes de como os antigos israelitas e os primeiros <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128406-pela-primeira-vez-cristaos-sao-menos-da-metade-na-inglaterra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristãos</a> concebiam o que era poder, pecado e de que maneira poderiam encontrar a redenção. Na Bíblia, objetos foram amaldiçoados principalmente pela forma como eram utilizados, mas também por seu contexto.</p><h2>1. Estátua de Nabucodonosor</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08112612729107.png" alt="Nabucodonosor teria vislumbrado a estátua em sonho. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Nabucodonosor teria vislumbrado a estátua em sonho. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Líder do Império Babilônico, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121068-6-curiosidades-sobre-os-jardins-suspensos-da-babilonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nabucodonosor</a> teria recebido uma revelação divina por meio de um sonho. Ela continha uma profecia, que o imperador não soube interpretar. No fim, ele encomendou a construção de uma estátua gigantesca de ouro que representava a si mesmo, simbolizando seu poder e divindade. A partir dali, o imperador passou a exigir que todos os cidadãos adorassem a esta estátua.</p><p>Em uma situação, ele teria testado a fé de Sadraque, Mesaque e Abednego que, ao se recusarem a obedecer, foram jogados no fogo ardente. Deus teria salvado os três por demonstrarem sua fé, dando a Nabucodonosor uma lição sobre os perigos da opressão e da idolatria.</p><h2>2. A maçã de Adão e Eva</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08113452394113.jpeg" alt="Adão e Eva teriam cometido o pecado original. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Adão e Eva teriam cometido o pecado original. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Deus teria feito o homem à sua imagem e semelhança, criando primeiro Adão e a partir dele, Eva. A ambos, ofereceu o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/127563-em-qual-lugar-do-mundo-o-jardim-do-eden-estava-localizado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jardim do Éden</a>, apontando que não deveriam comer do fruto de uma árvore específica. O fruto representava a proibição divina contra o conhecimento de todo o bem e mal.</p><p><strong>Leia também:&nbsp;</strong><a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124486-por-que-pensamos-que-o-fruto-proibido-da-biblia-e-uma-maca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank"><strong>Por que pensamos que o 'fruto proibido' da Bíblia é uma maçã?</strong></a><br>&nbsp;</p><p>Porém, a dupla decidiu cair na tentação da serpente e comeu o fruto, cometendo o chamado pecado original, dando início à mortalidade humana. A história do surgimento dos seres humanos é, até hoje, um dos principais símbolos bíblicos sobre as consequências da desobediência e sobre as profundas ramificações dele para a humanidade.</p><h2>3. As moedas de Judas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08114236855117.jpeg" alt="Judas tornou-se símbolo de traição e desesperança. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Judas tornou-se símbolo de traição e desesperança. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121768-como-cada-um-dos-12-apostolos-de-jesus-morreu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Judas Iscariotes</a>, o traidor de Jesus e um de seus apóstolos, entregou-o por trinta moedas de prata. Seu desespero por não saber lidar com o que havia cometido fez com que ele se enforcasse, tornando seu nome sinônimo de traição. As moedas que Judas recebeu são muito simbólicas na Bíblia.</p><p>Elas representam muito mais do que a traição e a deslealdade do apóstolo com Jesus, mas também o remorso e a tragédia pessoal dele. Estudiosos das escrituras sagradas indicam que a simbologia das moedas ensina sobre as consequências emocionais e espirituais de maus atos, especificamente a traição e a desesperança.</p><h2>4. Pecado de Acã</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08114924084124.jpg" alt="Acã roubou objetos e sua ganância condenou toda comunidade. (Fonte: Recursos de Evangelismo/Reprodução)"><figcaption>Acã roubou objetos e sua ganância condenou toda comunidade. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Acã era um israelita que roubou objetos destinados à destruição, trazendo para o povo da cidade de Jericó severas consequências. Entre os frutos de seu roubo estavam uma capa babilônica, duzentos siclos de prata e uma barra de ouro.</p><p>A simbologia desta história trata especialmente de como a ganância pode ter consequências graves para toda uma comunidade.</p><h2>5. Bezerro de Ouro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08111622230102.jpeg" alt="O Bezerro de Ouro teria sido criado por Arão após Moisés receber os 10 Mandamentos. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>O Bezerro de Ouro teria sido criado por Arão após Moisés receber os 10 Mandamentos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure><p>Na tradição judaico-cristã, Moisés teria subido o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125554-3-conspiracoes-que-quase-aconteceram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Monte Sinai</a> chamado por Deus, que naquele momento redigiu a ele os mandamentos que todos os homens e mulheres deveriam seguir. Neste momento, Arão, irmão mais velho de Moisés, teria sido forçado pelo povo a forjar um ídolo, capaz de os conduzir ao Egito.</p><p>Contada no livro de Êxodo, a história do bezerro simbolizaria a tentativa das pessoas em canalizar sua necessidade de segurança espiritual. Porém, ao invés disso, a construção do objeto gerou a ira divina, que viu neste ato uma grava insubordinação. Como resultado, cerca de 3 mil homens teriam sido mortos, em uma espécie de aviso e lembrete das consequências de trocar a adoração a Deus pela idolatria material.</p>

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5 objetos presentes na Bíblia que foram amaldiçoados

Saiba mais sobre os motivos e procedimentos que podem levar à excomunhão, que exclui os indivíduos da comunhão e dos sacramentos.

<p>De tempos em tempos, surgem notícias sobre figuras públicas sendo excomungadas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-grandes-reviravoltas-na-historia-da-igreja-catolica" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Igreja Católica</a>, e uma das celebridades mais conhecidas nesse contexto é Madonna. Você sabia que a rainha do pop foi excomungada três vezes?</p><p>Mas, o que leva alguém a ser excomungado? <strong>Esse procedimento é utilizado para condutas que contrariam os princípios da fé católica</strong>. Continue lendo para descobrir por que alguém pode ser excomungado da igreja e como esse processo é conduzido.</p><h2>Razões para excomunhão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06221356673023.jpg" alt="A profanação da hóstia consagrada é uma das razões da excomunhão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A profanação da hóstia consagrada é uma das razões da excomunhão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>A excomunhão na Igreja Católica é reservada para casos extremamente graves que violam diretamente seus ensinamentos e princípios fundamentais. Entre as principais razões estão:</p><ul><li><strong>Aborto</strong>: participar ativamente de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123804-quando-o-aborto-virou-pecado-para-a-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aborto</a> resulta em excomunhão automática, conforme o Código de Direito Canônico;</li><li><strong>Expressar heresia</strong>: promover crenças contrárias à doutrina católica estabelecida é considerado uma ofensa grave que pode levar à excomunhão;</li><li><strong>Renúncia pública à fé católica (apostasia)</strong>: qualquer ato público de renúncia à fé católica pode resultar em excomunhão;</li><li><strong>Violação do sigilo da confissão</strong>: quebrar o sigilo absoluto exigido pelo sacramento da confissão é considerado uma ofensa grave;</li><li><strong>Excomunhão </strong><i><strong>Latae Sententiae</strong></i>: situações graves, como a consagração de um bispo sem mandato papal ou a profanação da hóstia consagrada, resultam em excomunhão automática.</li></ul><h2>Procedimentos para excomunhão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06221136527021.jpg" alt="As autoridades eclesiásticas conduzem o processo de excomunhão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As autoridades eclesiásticas conduzem o processo de excomunhão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>O processo de excomunhão na Igreja Católica inicia-se de maneiras distintas dependendo da natureza da ofensa. No caso da apostasia, ele começa com uma manifestação pública de renúncia à fé católica e seus ensinamentos.</p><p>Após essa manifestação, o próximo passo é redigir uma carta formal ao bispo local solicitando a remoção da lista de membros católicos, o que notifica oficialmente a autoridade eclesiástica sobre a apostasia do indivíduo.</p><p>Para outras ofensas graves, como o aborto ou a heresia, o início do processo pode variar, mas geralmente envolve uma investigação cuidadosa da situação pelo bispo local. A decisão final sobre a excomunhão é tomada pelas autoridades eclesiásticas após essa avaliação, assegurando que o procedimento seja conduzido conforme os princípios da fé católica e mantendo a integridade da comunidade eclesiástica.</p><p>Essa formalidade e seriedade no procedimento garantem a integridade e a disciplina da comunidade eclesiástica.</p><h2>Pessoas famosas excomungadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06221257116022.jpg" alt="Madonna já foi excomungada três vezes pela igreja. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Madonna já foi excomungada três vezes pela igreja. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure><p>Durante a história, várias figuras públicas notáveis foram excomungadas pela Igreja Católica devido às suas ações ou crenças contrárias aos ensinamentos da fé católica.</p><p>Por exemplo, Martinho Lutero desafiou as práticas e doutrinas católicas, resultando em sua excomunhão em 1521 e dando início à Reforma Protestante. Napoleão Bonaparte entrou em conflito com a autoridade papal e foi excomungado em 1809. Já Elizabeth I da Inglaterra foi excomungada em 1570 por sua oposição ao catolicismo romano.</p><p>No cenário contemporâneo, a cantora pop <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108677-madonna-60anos-relembre-as-vezes-em-que-a-rainha-do-pop-redefiniu-a-moda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Madonna</a> foi excomungada três vezes devido a performances consideradas ofensivas pela Igreja Católica, como no videoclipe "Like a Prayer" em 1989 e durante suas turnês em 1990 e 2006. Apesar das excomunhões, Madonna expressou algumas vezes seu interesse pela reconciliação com a igreja.</p><p>Como vimos, a excomunhão na Igreja Católica é uma medida disciplinar aplicada em resposta a ofensas graves contra a fé e os princípios da Igreja. Os indivíduos excomungados enfrentam restrições sacramentais e perda de direitos eclesiásticos. Para aqueles que desejam formalmente renunciar à sua afiliação católica, seguir o processo estabelecido pela Igreja é essencial para obter a excomunhão oficial.</p>

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O que faz alguém ser excomungado pela Igreja Católica?

Descubra a história colorida e intrigante por trás do festival da Flora na Roma Antiga, uma celebração única da primavera e da fertilidade.

<p>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga Roma</a>, o festival Florália <strong>era uma festividade animada realizada em honra à deusa Flora</strong>, deusa das flores e da primavera. Esse festival ocorria anualmente entre os dias 28 de abril e 3 de maio e tinha como objetivo celebrar o florescimento da natureza após o inverno e invocar a proteção da deusa sobre as colheitas. Vamos explorar os detalhes fascinantes desta festa única e seu significado cultural para os romanos.</p><h2>História e mitologia da Florália</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/02/02104307540077.jpg" alt="Estátua em homenagem à deusa Flora. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Estátua em homenagem à deusa Flora. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure><p>Segundo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118103-qual-a-ligacao-entre-os-deuses-gregos-e-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mitologia romana</a>, Flora surgiu da ninfa Clóris, associada aos campos e à vegetação. Após casar-se com Zéfiro, o deus do vento oeste, Clóris transformou-se na deusa Flora, personificando a primavera e o renascimento da natureza após o inverno. Sua influência mítica se estendia além das flores, incluindo videiras, oliveiras, ervilhas e outras plantas essenciais para a subsistência romana.</p><p>O festival Florália foi criado em 240 a.C. pelos irmãos edis romanos Públio e Marco Publício Maleolo. Eles estabeleceram essa celebração em honra à Flora pelo florescimento da natureza e pela fertilidade das plantas. A Florália ocorria no final de abril e início de maio, marcando o período de transição para a primavera, e tinha como objetivo invocar a proteção de Flora sobre as colheitas e os campos agrícolas.</p><p>Essa festividade era celebrada principalmente em Roma, com atividades festivas realizadas no Circo Máximo e outros locais públicos da cidade. Os romanos acreditavam que celebrar Flora durante o Florália traria fertilidade e prosperidade às terras agrícolas, assegurando colheitas abundantes. Afinal, Flora era venerada como “mãe das flores” e guardiã dos pomares, videiras, oliveiras e outras plantas cruciais para a agricultura.</p><h2>Características e tradições do festival</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03174040113244.jpg" alt="1280px-Prosper_Piatti_and_workshop_Floralia.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03174040051243.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03174040113246.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03174040113245.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03174040144247.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Pintura de Prosper Piatti representando a Florália. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure><p>O festival Florália na Roma Antiga era conhecido por suas características marcantes e tradições peculiares. Durante esse evento festivo, ocorria uma variedade de jogos e entretenimentos, incluindo representações teatrais que homenageavam a deusa e celebravam a chegada da primavera. No Circo Máximo, os romanos participavam de competições e divertimentos, enquanto animais como cabras e lebres eram soltos, simbolizando a fertilidade e a abundância na natureza. Um costume notável era o lançamento de grãos-de-bico entre os participantes como um gesto auspicioso de fertilidade e prosperidade.</p><p>O aspecto mais distintivo do Florália era sua licenciosidade e exuberância. Durante o festival, prostitutas desempenhavam papéis proeminentes em representações teatrais, muitas vezes atuando nuas no palco e na arena de gladiadores. As vestimentas usadas durante a Florália eram vibrantes, coloridas e adornadas com coroas florais, refletindo a atmosfera festiva e a celebração da natureza exuberante da primavera.</p><p>O festival era uma verdadeira explosão de cores e aromas, com essências perfumadas e flores decorando todos os espaços festivos. Essa combinação de elementos tornava a Florália uma festividade extravagante e sensorialmente rica, destacando-se como uma das celebrações mais vibrantes e peculiares da antiga Roma.</p><p>Embora o festival Florália não seja mais observado em sua forma original, sua influência e essência persistem. A celebração da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104071-primavera-chegou-como-as-flores-sabem-que-e-a-hora-de-florescer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">primavera</a> e da fertilidade continua sendo uma parte importante de muitas culturas ao redor do mundo, refletindo a alegria e o renascimento associados a essa época do ano. A deusa Flora, mesmo não sendo tão proeminente na mitologia contemporânea, representa o ciclo contínuo da natureza e a beleza das flores que ainda encantam e inspiram a cada primavera.</p>

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