Pearl se destacou não apenas por sua ousadia e feminilidade, mas também por se tornar um ícone representativo das mulheres que desafiavam as expectativas sociais impostas.

No vasto cenário do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126973-mais-3-fatos-bizarros-que-voce-nao-sabia-sobre-o-velho-oeste.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Velho Oeste americano</a>, onde a poeira se misturava com o sonho de liberdade, uma figura destemida se destacou entre os criminosos famosos da época: Pearl Hart, também conhecida como Lady Bandit ("Dama Bandida" em tradução livre). Sua vida excêntrica a transformou não só numa lenda do crime, mas um símbolo do poder feminino contra os padrões de uma época.Nascida como Pearl Emma Taylor em 1871, na comunidade de Lindsay, no Canadá, a jovem parecia destinada a uma vida convencional. No entanto, sua jornada tomou um rumo inesperado quando ela se apaixonou por Fred Hart, um jogador canastrão de 32 anos, fugindo com ele quando tinha apenas 16 anos.&nbsp;O casamento rapidamente se tornou um pesadelo de abusos e desilusões, levando Pearl a uma busca por liberdade e aventura.<h2 style="text-align:justify;">Uma mulher forte</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09190618660354.jpg" alt="Pearl não se enquadrava no padrão feminino americano. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Pearl não se enquadrava no padrão feminino americano. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Antes de qualquer coisa, é preciso destacar que, naquela época, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/102804-mulher-maravilha-poder-feminino-dos-bastidores-as-telas-analise-critica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papel da mulher</a> era estritamente definido: cuidar da casa, dos filhos e manter uma moralidade impecável. Mulheres que desviavam desse padrão tradicional eram vistas com desconfiança e censuradas pela sociedade.&nbsp;No entanto, Pearl Hart não se encaixava nesse molde. Ela era autossuficiente, aventureira e ousada,&nbsp;características extremamente raras para uma mulher daquele tempo.E foi em meio ao frenesi da Feira Mundial de Chicago, em 1893, que Pearl encontrou sua inspiração para uma nova vida no Oeste selvagem. Encantada pela exibição de tiro de Annie Oakley, uma lendária atiradora, ela viu na paisagem do Ocidente uma chance de escape e reinvenção.&nbsp;Deixando para trás seu passado tumultuado, Pearl partiu rumo ao Colorado, seduzida pelo glamour e pela liberdade dos cowboys e <a href="https://www.megacurioso.com.br/historias-macabras/44680-5-matadores-de-aluguel-temiveis-de-quem-voce-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pistoleiros</a>. No entanto, a realidade do Oeste provou ser muito diferente de seus sonhos românticos. Pearl encontrou trabalho árduo e pouco glamour, lutando para sobreviver como cozinheira e trabalhadora de lavanderia em cidades do Arizona e do Colorado.&nbsp;A vida difícil a levou a momentos de desespero, culminando em uma tentativa de suicídio enquanto ela enfrentava a perspectiva angustiante de não poder mais ver sua mãe, que estava doente.<h2 style="text-align:justify;">Par perfeito no crime</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09191019205355.jpg" alt="Pearl Hart pronta para uma vida de crimes. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>Pearl Hart pronta para uma vida de crimes. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Foi nesse momento de desespero que Pearl encontrou um aliado improvável em Joseph W. Boot, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118503-mineiros-fantasmas-o-trabalho-ilegal-em-minas-de-ouro-na-africa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mineiro</a> com um plano audacioso: roubar uma diligência.&nbsp;Com uma mistura de determinação e desespero, Pearl concordou em participar do assalto, vestindo roupas masculinas para se disfarçar e amedrontar os passageiros.O roubo da diligência aconteceu em 30 de maio de 1899, no deserto do Arizona, e marcou o ápice da vida criminosa de Pearl Hart. Sob a liderança de Boot, ela confrontou os passageiros, arrebatando centenas de dólares em um ato de total ousadia.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Julgada e condenada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/09/09191249121356.jpg" alt="A Dama Bandida era uma mulher que não cabia no seu tempo. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>A Dama Bandida era uma mulher que não cabia no seu tempo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No entanto, a glória efêmera do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-crime-que-inspirou-agatha-christie-em-seu-primeiro-romance-policial-1" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crime&nbsp;</a>logo deu lugar à captura e ao julgamento, onde Pearl enfrentou o escrutínio da lei e da sociedade.Apesar de sua fama instantânea, Pearl Hart não escapou das consequências de suas ações. Condenada a cinco anos de prisão, ela passou um tempo na infame Prisão Territorial de Yuma antes de ser liberta por bom comportamento.Contudo, sua vida após a prisão permanece envolta em mistério, com relatos contraditórios sobre seu destino final.Embora a verdade por trás da história de Pearl Hart possa ser obscurecida pelo véu do tempo e da mitologia, seu legado perdura como um símbolo da audácia feminina e da luta pela liberdade no Velho Oeste.

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Pearl Hart: a rainha dos criminosos do Velho Oeste americano

É possível dizer que a ideia da maconha como uma "droga" começou pelos problemas de legislação, falta de estudos e popularização da planta no século XIX.

A <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/a-ciencia-da-larica-fumar-maconha-da-fome-mesmo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maconha</a> nunca foi um problema; as pessoas, sim. Afinal, apesar de ter sido registrada pela primeira vez em 1894 por meio do nome hispânico marijuana, a famosa Cannabis (sativa, indica&nbsp;e ruderalis) começou a ser usada pela humanidade entre 2000 e 1000 a.C. nas regiões da Ásia Central — de onde os três táxons são nativos.Tudo indica que viajantes trouxeram a planta para o Ocidente durante expedições feitas pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/128559-the-hump-a-operacao-americana-que-perdeu-600-avioes-no-himalaia-durante-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Himalaia</a> e para a Índia. Eles chamavam a canábis de ganja, um termo provavelmente oriundo do persa antigo para se referir a “tesouro” – e eles não estavam errados quanto a isso.Em algum momento entre os séculos III e VIII, curandeiros passaram a usar a planta de maneira medicinal para tratar catarro em excesso, diarreia e até mesmo gripe. Foi nesse ínterim, inclusive, que a canábis adquiriu caráter folclórico ao ser incorporada em mitos populares sobre a deusa Shiva e em outros contextos divinos. A partir disso a planta começou a ser queimada como oferenda à deusa e <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124397-5-drogas-recreativas-comumente-usadas-na-antiguidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fumada</a> para facilitar o diálogo com seres de outro plano, firmando suas raízes na cultura indiana e fazendo do país o berço da maconha.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08142621159189.jpg" alt="(Fonte: Ancient Origins/Reprodução)"><figcaption>A canábis já foi um produto de valor tão alto que foi usado como moeda. (Fonte: Ancient Origins/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No século XVII, o cânhamo da canábis chegou no Ocidente enquanto a Grã-Bretanha se expandia pela América do Norte, se tornando cultura obrigatória para os agricultores. A canábis era plantada, colhida e transformada em produtos têxteis. Foi assim que a planta se tornou tão valorizado a ponto de servir até como moeda.Na história europeia, a viagem da maconha se transformou em meados de 1841, quando Sir William Brooke O’Shaughnessy, um prestigiado médico irlandês no campo da farmacologia, introduziu ainda mais a planta na medicina ocidental após sua estadia na Índia. Ele conheceu a maconha no país como droga recreativa, quando misturada com tabaco, e como remédio, ao ser extraída em resina e misturada com outros componentes.O médico não poderia imaginar que isso mancharia a reputação da planta para sempre.<h2>Da solução ao problema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08142820822190.jpg" alt="Sir William Brooke O’Shaughnessy. (Fonte: Radio Kermes/Reprodução)"><figcaption>Sir William Brooke O’Shaughnessy. (Fonte: Radio Kermes / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Todo o fascínio de O’Shaughnessy pela maconha e pela quantidade de soluções que ela oferecia para várias <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/116084-como-a-cannabis-age-no-organismo-do-ser-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças</a>, da diarreia à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119553-o-medico-que-descobriu-como-a-colera-contaminava-as-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cólera</a>, foi exposto no Provincial Medical Journal de 1842. Seu trabalho eletrizou a comunidade médica vitoriana e, em 1856, ele lançou as bases para a terapia intravenosa com maconha, colocando a planta em livros de farmacologia em toda a Grã-Bretanha e a Europa.A maconha passou a ser usada em pacientes em seu estado de extrato, dissolvida em álcool e administrada por via oral. Além disso, foi adotada como tratamento para histeria, funcionou como sedativo geral, anestesia durante o parto e até como remédio para ciclos menstruais muito dolorosos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08143007320191.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Na Era Vitoriana, a maconha foi usada para tratar doenças simples, como diarreia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com isso, a popularização e uso excessivo da maconha encontrou seu maior inimigo: a falta de estudos. Embora tudo tenha acontecido na segunda metade do século XIX, quando o campo da farmacologia sintética havia começado a decolar, muito ainda não estava claro sobre os ativos da planta, sobretudo o tetraidrocanabinol (THC) – que só foi descoberto em 1964.A maconha usada na Era Vitoriana foi inteiramente preparada de maneira orgânica, portanto, variou amplamente o quanto do ingrediente ativo se poderia obter em um determinado lote de canábis. Ou seja, tanto sua eficácia quanto seus efeitos colaterais não podiam ser previstos de forma confiável. Era a receita para o desastre.<h2>O início de uma má reputação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08143043610192.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Os viciados em ópio buscaram a maconha como alternativa. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Aspectos técnicos que a comunidade médica enfrentou foram responsáveis pela diminuição do uso da maconha. A começar pela agulha hipodérmica, desenvolvida em 1853, que oferecia melhores formas de administrar tratamentos. Contudo, uma vez que a maconha não é solúvel em água, o uso dela por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127530-cientistas-criam-alternativa-para-injecao-inspirada-nos-polvos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">injeção</a> dificultou cada vez mais sua administração. Quando inovações tecnológicas encontraram o desenvolvimento de drogas sintéticas, a maconha e outros remédios fitoterápicos começaram a cair em desuso.Tudo aconteceu muito rápido, ainda na segunda metade do século XIX — tanto a ascensão quanto a queda do uso da maconha pela comunidade médica. A essa altura, alguns campos da sociedade já estavam viciados em maconha, principalmente nos hospitais psiquiátricos.Sem legislação para controlar o uso da planta, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos enfrentaram uma situação quase tão ruim quanto a do ópio.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/08/08143150901193.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>O vício em maconha se tornou comum na alta sociedade.(Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 1891, o The Pioneer, um jornal inglês da Índia, relatou o crescimento da venda de maconha e seus efeitos em pacientes com doença mental na Índia controlada pelos britânicos. A Grã-Bretanha se deparou com o ópio sendo substituído pela maconha, visto que os políticos lutavam ativamente em campanhas contra a droga, considerada um símbolo dos males do imperialismo para os políticos liberais que se opunham ao Império Britânico. É bom ressaltar que o vício em maconha se limitou às instituições médicas psiquiátricas e aos círculos da alta sociedade, em que o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121828-vicio-em-opio-tambem-assolou-as-sociedades-ancestrais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ópio</a> era consumido em larga escala.Muito embora um estudo de 1893 sobre os efeitos da canábis tenha mostrado pouca ou nenhuma evidência de que a planta estava relacionada à insanidade, as alegações do The Pioneer incitaram o governo britânico e os opositores ao ópio a determinar a maconha como uma droga que poderia causar insanidade. Era o início da má reputação da maconha no horizonte moderno que surgia.

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Como a reputação da maconha foi manchada na Era Vitoriana?

O cardápio dos primeiros humanos se baseava em plantas, de acordo com uma nova pesquisa.

Popular entre as pessoas interessadas na perda de peso e em uma vida saudável, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121049-5-dietas-populares-controversas-entre-os-especialistas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dieta paleolítica</a> tem o consumo de proteínas como um de seus pilares. Mas parece que o cardápio dos homens das cavernas, no qual ela se baseia, era bem diferente e incluía carnes apenas ocasionalmente, como aponta um novo estudo.Divulgada na revista Nature Ecology &amp; Evolution no dia 29 de abril, a pesquisa analisou restos mortais de caçadores-coletores que viveram no final da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124203-como-era-a-fala-dos-seres-humanos-na-idade-da-pedra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Idade da Pedra</a>, encontrados em Taforalt, no Marrocos. O objetivo era entender as quantidades de carnes, peixes e plantas ingeridas por essas pessoas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/04/04185420172002.jpg" alt="Os caçadores-coletores não comiam tanta carne quanto imaginávamos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os primeiros caçadores-coletores não comiam tanta carne quanto imaginávamos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A dieta paleo atual, inspirada em suposições sobre o que os nossos ancestrais comiam, recomenda porcentagens baixas de carboidratos e níveis um pouco mais altos de proteínas e gorduras. Nela, também são incluídos alimentos como frutas, verduras e sementes, enquanto produtos lácteos, cereais e legumes geralmente ficam de fora.Os adeptos dessa “dieta pré-histórica” acreditam que o cardápio, parecido com o consumido no passado, contribui para o emagrecimento se combinado a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128596-por-que-sentimos-dores-musculares-apos-praticar-atividades-fisicas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercícios físicos</a>. Porém, os autores da investigação encontraram resquícios de alimentos que sugerem uma dieta diferente dos caçadores-coletores.<h2>Como era a dieta paleolítica original?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06104000476039.jpg" alt="Detalhes sobre as refeições dos nossos antepassados ainda não são totalmente conhecidos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Detalhes sobre as refeições dos nossos antepassados ainda não são totalmente conhecidos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A análise de dentes e ossos localizados no norte da África, pertencentes a humanos que viveram entre 15 mil e 13 mil anos atrás, revelou que a dieta dessas pessoas se baseava principalmente em plantas. Isso contraria a crença de que o cardápio dos antigos possuía uma quantia considerável de proteína animal.Esses humanos até comiam carne, ocasionalmente, mas priorizavam os vegetais. Eles também consumiam boas quantidades de nozes e cereais ricos em amidos, que provavelmente ficavam armazenados por longos períodos, ajudando a saciar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122501-estar-com-fome-realmente-nos-deixa-irritados-segundo-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fome</a> em períodos de maior dificuldade.Sinais da dieta rica em plantas foram encontrados nos dentes desses indivíduos e também havia instrumentos no local que podem ter sido utilizados para o processamento de pinhões e legumes. Curiosamente, a opção pelos vegetais aconteceu antes da chegada da agricultura à região, como ressalta a pesquisa.<h2>Preparo dos alimentos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/06/06104917075047.jpg" alt="O cuidado com o preparo dos alimentos acontece há tempos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O cuidado com o preparo dos alimentos acontece há tempos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além de consumir mais plantas do que carnes, os humanos antigos tinham um cuidado especial na hora de preparar os alimentos, processo que envolvia diversas etapas, incluindo maior atenção aos temperos. Detalhes sobre esses rituais foram revelados em um estudo do ano passado.Essa investigação se baseou na análise de restos de comida carbonizados, datados de 70 mil anos, e também identificou uma grande presença de vegetais na dieta do passado. Conforme a pesquisa, tanto os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127970-cientistas-recriam-rosto-de-neandertal-que-viveu-ha-56-mil-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neandertais</a> quantos os primeiros humanos modernos consumiam plantas e sementes e se esforçavam para o preparo da comida.

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Como as pessoas comiam na Era Paleolítica?

A criação da roda é um importante marco civilizatório, mas antes dela a humanidade já tinha inventado outras coisas tão relevantes e impactantes quanto.

Na trajetória da humanidade, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/20375-por-que-demoramos-tanto-para-inventar-a-roda-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">invenção da roda</a> é um marco civilizatório de extrema importância, a partir do qual temos uma evolução cada vez maior em termos econômicos, políticos e geográficos. Todavia, sua criação não é, necessariamente, o ponto inicial dessa jornada. Aliás, é quase jovem quando comparada a outras invenções.Enquanto os primeiros vestígios da adoção da roda remontam a 3.500 a.C., outros marcos importantes foram conquistados com técnicas que não precisavam dela. E isso inclui o transporte de objetos enormes, como os moais, as grandes estátuas de pedra feitas nativos polinésios da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128924-escrita-misteriosa-da-ilha-de-pascoa-e-anterior-a-colonizacao-europeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ilha de Páscoa</a>.<h2>1. Barcos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01122421945001.jpg" alt="Parte considerável da locomoção humana foi feita por barcos. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Parte considerável da locomoção humana foi feita por barcos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Muito antes do ser humano cogitar a roda, o principal meio de transporte utilizado era o barco. O mais antigo já encontrado por arqueólogos é a canoa Pesse, localizada na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128523-johan-de-witt-o-primeiro-ministro-holandes-que-foi-devorado-pela-populacao-em-1672.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holanda</a> e datada de 10 mil anos. Porém, acredita-se que a história desse meio de locomoção seja ainda mais antiga.Linhas de pesquisa sugerem que a humanidade já dominava algum meio de transporte marítimo há pelo menos 45 mil anos, período em que indivíduos cruzaram os mares para povoar regiões como Austrália, Indonésia e as ilhas do Pacífico.<h2>2. Instrumentos musicais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01122633116002.jpg" alt="Flauta feita de ossos. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Flauta feita de ossos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>A música também entra na lista de invenções humanas anteriores à roda. Na Alemanha, dentro das passagens escuras da caverna Hohle Fels, existe um sítio arqueológico em que flautas de osso datadas de 43 mil anos foram encontradas. São os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120634-5-instrumentos-musicais-inusitados-e-desconhecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">instrumentos musicais</a> mais antigos dos quais se têm notícia. Apesar do caráter meio assustador, as flautas utilizavam asas de abutre e presas de mamutes.Nicholas Conard, arqueólogo da Universidade de Tuebingen, chegou a elaborar uma réplica do instrumento. Em entrevista à rádio NPR, ele disse que o resultado não foi bonito para os padrões atuais de música. Para ele, o ponto principal era menos a sonoridade e mais a demonstração de que a criatividade sempre esteve nos seres humanos.<h2>3. Arco e flecha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01122757576003.jpg" alt="Homem utiliza o arco e flecha há mais de 9000 anos. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Homem utiliza o arco e flecha há mais de 9.000 anos. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Em Holmegårds Mose, na Dinamarca, foram encontrados os restos de cinco arcos datados de 9 mil anos. Mas pesquisadores creem que caçadores experientes podem ter inventado arcos e flechas ainda antes, como arma para matar animais à distância.Um grupo de arqueólogos encontrou em 2010 evidências de flechas e arcos com pontas de pedra na Caverna Sibudu, na África do Sul. Caso sejam confirmadas, estes objetos com 64 mil anos seriam os mais antigos já registrados.<h2>4. Culinária</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01123100068004.jpg" alt="Estabelecimento da culinária tem ligação com o domínio do fogo. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Estabelecimento da culinária tem ligação com o domínio do fogo. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Dominar o fogo foi outro passo importante para a humanidade, especialmente para a sua sobrevivência e para desenvolvimento da culinária. Até aquele momento, plantas e carnes eram consumidas in natura. Com o controle do fogo, isso não era mais necessário, e assim o ser humano passou a quebrar as fibras da carne e das plantas, diminuindo o esforço e a energia empregados para mastigar e digerir esses alimentos.Um artigo publicado na revista Scientific American sugere que a culinária teria surgido há 1,8 milhão de anos, criada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/falar-navegar-viajar-o-que-os-homo-erectus-eram-capazes-de-fazer" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Homo erectus</a>, ancestral do Homo sapiens. O mesmo artigo propõe que essa criação foi preponderante na evolução humana, permitindo o aumento do nosso cérebro.<h2>5. Cerâmica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01123337376005.jpg" alt="Cerâmica grega feita cerca do ano 1.000 a.C. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Cerâmica grega feita cerca do ano 1000 a.C. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Os objetos feitos de cerâmica mais antigos de que temos conhecimento possuem 20 mil anos e foram produzidos na China. Antes da invenção da roda, milhares de anos depois, as civilizações humanas já estavam fabricando toda diversidade de recipientes para beber, comer e armazenar produtos.Essas cerâmicas foram resultado do uso da argila em diferentes processos, até que ela ficasse em ponto de servir para as finalidades citadas anteriormente.<h2>6. Bebida alcoólica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/05/01/01122241050000.jpg" alt="No Egito Antigo já se fabricava uma espécie de cerveja. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>No Egito Antigo já se fabricava uma espécie de cerveja. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Hoje, na arqueologia, há uma linha de pesquisadores que sugere que os primeiros agricultores tenham domesticado grãos pensando em produzir <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127359-estudo-diz-que-a-cerveja-foi-a-grande-responsavel-pelo-desenvolvimento-da-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a>, não pão. A relação das bebidas alcoólicas com a humanidade ainda é tema de debate, especialmente sua influência, mas não sua antiguidade.A evidência mais antiga de uma bebida com álcool data de 9 mil anos e foi encontrada em um recipiente em Jiahu, na China.

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Cerâmicas, barcos e 6 invenções humanas que surgiram antes da roda

Enquanto algumas pessoas espirram baixinho, outras espirram de forma tão escandalosa que até deixam amigos e familiares envergonhados — e fazem desconhecidos tomarem um susto.

Todo mundo conhece alguém que parece desencadear uma explosão sônica toda vez que espirra. Mas, por que algumas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118684-por-que-os-seres-humanos-espirram.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pessoas emitem espirros</a> tão estrondosos enquanto outras são tão delicadas que a gente quase não percebe? Se você acha que a altura do barulho tem a ver com a pessoa "querer aparecer", saiba que tal fato está longe da verdade. E quem diz isso é a ciência.&nbsp;De acordo com neurologistas e especialistas em otorrinolaringologia, existem vários fatores que podem influenciar como uma pessoa espirra. Segundo eles, nossos espirros podem revelar muito sobre nossa personalidade,&nbsp;anatomia e até sobre a cultura em que estamos inseridos.<h2 style="text-align:justify;">Questões de personalidade e cultura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30111937109092.jpg" alt="Mulheres espirram quase como um "><figcaption>Mulheres espirram quase como um "anjo", enquanto homens são mais espalhafatosos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Um estudo conduzido pela Smell &amp; Taste Treatment and Research Foundation, em Chicago, sugere que a maneira como espirramos pode refletir nossa personalidade subjacente. Por exemplo, pessoas extrovertidas tendem a ter espirros mais explosivos, enquanto as mais tímidas podem tentar conter seus espirros, resultando em algo mais parecido com um murmúrio. É quase como se nossos espirros fossem uma forma peculiar de expressão pessoal.Mas não se engane pensando que os espirros são apenas uma questão de personalidade: fatores culturais e sociais também desempenham um papel importante. Em algumas culturas, espirrar alto é considerado rude, enquanto em outras, é simplesmente uma parte normal da vida.&nbsp;E embora esteja em uma&nbsp;mesma cultura, as expectativas de comportamento podem variar com base no gênero. Essa é uma das razões por trás do fato de normalmente as mulheres fazerem menos barulho, já que a sociedade, num geral, espera que a mulher seja mais delicada e educada. Por outro lado, o homem, que cresce tendo maior liberdade e menor pressão social, fica "livre" para espirrar mais alto.<h2 style="text-align:justify;">Resposta anatômica</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30112305048098.jpg" alt="Pessoas com maior pulmão tendem a espirrar mais forte. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Pessoas com pulmões maiores tendem a espirrar mais forte. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Além de fatores de personalidade e de cultura, outra influência considerável vem da anatomia de cada indivíduo. O tamanho dos nossos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122280-paul-alexander-o-ultimo-homem-vivendo-com-pulmao-de-ferro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pulmões</a>, por exemplo, pode afetar a intensidade do espirro.Quanto mais ar inspiramos antes de espirrar, mais intenso será o espirro. E se você segura a respiração antes de liberar aquele belo e libertador "atchim", você está pronto para realizar um evento quase dramático. &nbsp;A resposta para isso está no fluxo de ar que acompanha o espirro. Quando o ar é liberado rapidamente pela boca ou pelo nariz, ele produz o som característico do espirro. E há até mesmo um certo grau de controle sobre o som final do espirro. Tanto que algumas pessoas até incorporam palavras ou expressões ao espirrar, adicionando um toque pessoal à experiência.Diante desse controle na hora de espirar, uma coisa é certa: segurar um espirro não é uma boa ideia. Isso porque a pressão gerada por um espirro pode ser intensa, e contê-lo pode resultar em <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128331-caso-de-traqueia-rasgada-por-segurar-espirro-e-registrada-por-medicos-pela-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">danos sérios</a>, como ruptura de tímpano ou até mesmo um aneurisma. Então, é melhor deixar o espirro sair em toda a sua glória do que arriscar uma lesão grave.Em última análise, o fato é que os espirros são uma função involuntária do corpo, projetados para proteger as vias respiratórias de agentes nocivos. E embora possam ser um pouco barulhentos às vezes, não podemos negar que são uma parte essencial da experiência humana.

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Por que algumas pessoas espirram tão mais alto que outras?

Ilha dos Açores tem roupa feminina estranha que protege contra a chuva e olhares indesejados.

O capote e capelo açoriano é uma peça de vestuário que transcende o simples ato de se vestir, tornando-se um símbolo complexo e multifacetado da identidade cultural e social das Ilhas dos Açores, pertencente a Portugal.O traje em si é uma obra de arte funcional, composta por duas peças essenciais: o capote, que envolve o corpo dos ombros aos pés em um pano durável, e o capelo, um amplo capuz sustentado por um arco de osso de baleia.Além de seu propósito prático, o capote e capelo era um símbolo de status e tradição. Passado de geração em geração, integrava o dote das mulheres açorianas e, em alguns casos, era até mesmo usado como traje de casamento.<h2>Proteção contra o frio</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516446132.jpg" alt="805391.jpeg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516461133.jpg 113w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516508134.jpg 364w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516711136.jpg 546w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153516539135.jpg 728w," sizes="100vw"><figcaption>Mulheres em Açores. (Fonte: Publico.pt / Reprodução)</figcaption></figure>O capote e capelo era confeccionado com materiais robustos e duráveis, como tecido forrado com cânhamo, proporcionando uma barreira física contra as intempéries do clima.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128043-o-que-aconteceu-com-o-ouro-brasileiro-levado-por-portugal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que aconteceu com o ouro brasileiro levado por Portugal?</a></li></ul>Nas ilhas açorianas, onde as condições meteorológicas podem ser imprevisíveis e muitas vezes adversas, essa proteção contra o vento, a chuva e o frio era essencial para o conforto e o bem-estar das mulheres que precisavam se deslocar ao ar livre.Nas condições climáticas frequentemente severas das ilhas, essa proteção era fundamental para evitar doenças relacionadas ao frio e à umidade, bem como para manter uma temperatura corporal adequada.<h2>Manto de invisibilidade</h2><figure class="image image_resized" style="width:75%;"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718265142.jpg" alt="805393.jpeg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718265143.jpg 106w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718328145.jpg 341w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718312144.jpg 511w,https://mega.ibxk.com.br/2024/05/03/03153718343146.jpg 681w," sizes="100vw"><figcaption>Homem e mulher açorianos. (Fonte: Publico.pt / Reprodução)</figcaption></figure>A vestimenta proporcionava às mulheres uma forma de se movimentarem pelas ruas de forma relativamente anônima e discreta, o que poderia ser útil em situações em que desejavam evitar a atenção indesejada, especialmente dos marinheiros que desembarcavam nas ilhas em busca de companhia feminina.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128447-por-que-nao-se-deve-levar-roupas-camufladas-em-um-cruzeiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que não se deve levar roupas camufladas em um cruzeiro?</a></li></ul>O capelo amplo e o capote que envolviam completamente o corpo, juntamente com a possibilidade de puxar o capuz para a frente, permitiam que apenas uma pequena parte do rosto e os pés da mulher fossem visíveis.<h2>Cores locais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30140229062179.jpg" alt="Roupa tradicional virou cartão postal nas Ilhas Açores. (Fonte: Virtual Memories/Reprodução)"><figcaption>Roupa tradicional virou cartão postal nas ilhas Açores. (Fonte: Virtual Memories / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O azul-escuro e o preto por conta das cores tradicionalmente obtidas por meio de tinturas naturais, muitas vezes derivadas de plantas ou minerais disponíveis localmente.Nas Ilhas dos Açores, por exemplo, o pastel-dos-tintureiros (Isatis tinctoria) era uma planta amplamente cultivada para a produção de corantes azuis. Este corante azul, conhecido como "pastel azul", era extraído das folhas da planta e utilizado para tingir <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/117210-artista-cria-retratos-incriveis-utilizando-pedacos-de-tecidos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecidos</a>, criando assim uma tonalidade intensa e duradoura.<h2>Origem e Fim</h2>A origem do traje permanece envolta em mistério, com teorias que vão desde uma possível importação da Flandres até uma adaptação de moda portuguesa dos séculos XVII e XVIII. No entanto, sua importância transcende as origens, tornando-se um símbolo arraigado na vida e na cultura açoriana.Com o passar do tempo e a modernização dos costumes, o capote e capelo gradualmente caiu em desuso, transformando-se em uma curiosidade histórica. Hoje, é mantido vivo principalmente através das representações folclóricas e da memória coletiva das ilhas.

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A ilha portuguesa que escondia mulheres em um estranh traje

O acervo da colecionadora inclui 400 mil horas de gravações, distribuídas entre mais de 71 mil fitas.

Um impressionante acervo com mais de 400 mil horas de gravações de programas de TV, distribuídas por cerca de 71 mil fitas. É o que acumulou a americana Marion Stokes ao longo de aproximadamente 30 anos.Nascida em 1929, ela foi bibliotecária, ativista dos direitos civis e produtora de TV. Seu interesse por registrar a programação televisiva começou por volta de 1975, quando ela adquiriu o primeiro gravador de vídeo <a href="https://www.tecmundo.com.br/sony/89141-lembra-dele-betamax-sony-so-deixar-existir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Betamax</a> para gravar séries, documentários e o noticiário do dia.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30113416581106.jpg" alt="Marion Stokes. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Marion Stokes. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Especula-se que Stokes&nbsp;tenha iniciado o trabalho de arquivamento das fitas em 1977, mas foi a partir de 1979 que ela passou a fazer gravações diariamente, 24 horas por dia, até a sua morte em dezembro de 2012. A obsessão pelos registros se aprofundou com a cobertura da crise dos reféns no Irã.Ela chegou a usar oito televisores, que ficavam ligados o dia inteiro conectados aos gravadores, realizando a troca das fitas Betamax e VHS a cada seis ou oito horas, dependendo da duração, o que exigia adaptações nos compromissos diários. O trabalho teve a participação do marido dela, John Stokes Jr., em vários momentos.<h2>Por que Marion Stokes gravava a programação da TV?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/29/29214005551000.jpg" alt="A ativista fez gravações diárias por mais de 30 anos. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A ativista fez gravações diárias por mais de 30 anos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>De acordo com o filho de Marion Stokes, Michael Metelits, sua mãe tinha medo que detalhes históricos noticiados na TV desaparecessem para sempre. Por isso, ela decidiu gravar os programas de forma obsessiva, garantindo que todos pudessem ver como uma determinada história foi relatada originalmente, evitando a <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/280362-fake-news-passado-noticias-falsas-espalhavam-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">disseminação de informações falsas</a>.Mas com o passar do tempo, ela começou a ter problemas com o acervo, pois a coleção não cabia mais em seu apartamento. A solução foi usar o dinheiro arrecadado com o investimento em ações da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128908-colocar-o-celular-para-secar-no-arroz-pode-piorar-os-danos-no-aparelho-segundo-a-apple.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Apple</a> para comprar nove apartamentos, usados exclusivamente para armazenar as fitas, segundo o All That’s Interesting.Falando na Maçã, Marion, que era uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116619-maior-acumulador-britanico-tinha-tesouro-de-5-milhoes-de-dolares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">acumuladora compulsiva</a>, também tinha obsessão pelos dispositivos da marca mesmo antes de a empresa se tornar gigante. Ela possuía um total de 192 computadores Macintosh, que ficavam armazenados em um depósito climatizado e acabaram vendidos no eBay após a sua morte.<h2>O que aconteceu com o acervo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/30/30113826160109.jpg" alt="As dezenas de milhares de fitas que ela gravou estão sendo digitalizadas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As dezenas de milhares de fitas que ela gravou estão sendo digitalizadas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As mais de 71 mil fitas pertencentes a Marion Stokes foram doadas ao projeto Internet Archive, que ficou responsável pela conservação e digitalização do material para disponibilização online gratuita, tarefa que deve durar vários anos. Foram necessários quatro contêineres para transportá-las até a sede da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113884-internet-archive-disponibiliza-1-4-milhao-de-livros-gratuitamente.htm?f" rel="noopener noreferrer" target="_blank">instituição</a>, em São Francisco (EUA).O documentário Recorder: The Marion Stokes Project foi lançado em 2019 contando um pouco mais sobre a obsessão da arquivista em preservar a história da televisão americana.

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Marion Stokes: a mulher que gravou programas de TV por 30 anos?

Durante os anos 1920 e 1930, vários americanos arriscaram a saúde em bizarras competições de dança.

As maratonas de dança foram eventos comuns nos Estados Unidos durante as décadas de 1920 e 1930, que configuravam como verdadeiras provas de resistência: os casais ficavam dançando por horas e até dias. Ganhava a dupla que ficasse de pé por mais tempo.Era uma bizarra forma de entretenimento ao vivo, que ficou muito popular durante a Grande Depressão americana, e fez com que várias pessoas passassem mal e até mesmo morressem.<h2>O surgimento das grandes maratonas de dança</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/28/28110609820002.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>As maratonas de dança mobilizaram os Estados Unidos na década de 1930. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122536-4-fenomenos-que-ficaram-virais-muito-antes-da-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">maratonas de dança</a> surgiram na década de 1920, e tinham inicialmente um propósito mais simples de diversão. Contudo, com a chegada da grande crise econômica nos Estados Unidos, elas logo evoluíram para se tornar espetáculos públicos que exploravam as pessoas.Tudo começou em 1923, quando uma instrutora de dança chamada Alma Cummings estabeleceu um recorde: ela dançou por 27 horas ininterruptas no Audubon Ballroom de Nova York, com seis parceiros diferentes.Nas semanas seguintes, essa "febre" da dança se espalhou pelo país. Pessoas em vários estados se dispuseram a entrar em competições para quebrar o recorde de Alma – e foram conseguindo. Muito rapidamente, as maratonas foram se tornando cada vez mais populares.Mas o espírito otimista da década de 1920 acabou dando lugar para os difíceis anos 1930. Por consequência, muita gente começou a ver esses concursos como uma forma de ganhar o dinheiro que não conseguia em outros lugares. Os eventos passaram a oferecer alimentação, hospedagem e altos prêmios em dinheiro aos competidores, o que significava, para muitas pessoas, o equivalente a ter um salário.<h2>O espetáculo cruel das maratonas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/28/28110826652008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Várias pessoas sofreram consequências terríveis ao participar das competições. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>As regras das maratonas de dança eram simples, e compreendiam permanecer de pé movimentando os pés sem parar. De tempo em tempo, os competidores tinham direito a 15 minutos de intervalo para descansar em camas colocadas na própria <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127212-pista-de-danca-onde-joao-batista-teria-sido-morto-pode-ter-sido-achada-por-arqueologos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pista de dança,</a> o que permitia que eles continuassem sendo observados pelo público.Os dançarinos recebiam comida enquanto e podiam realizar tarefas, como ler, limpar-se e fazer a barba, mas desde quem se mantivessem em movimento. Muitos recebiam bofetadas ou eram mergulhados em água fria para despertar do descanso.Só que, à medida que o tempo foi passando, o espetáculo foi ficando mais sinistro. Os competidores passaram a sofrer os efeitos da privação de sono, às vezes com consequências trágicas. Em abril de 1923, um homem chamado Homer Morehouse, de 27 anos, morreu após dançar por 87 horas. Isso levou à proibição das maratonas de dança em Boston. Em seguida Los Angeles repetiu o exemplo.Em 1928, em Seattle, uma mulher chamada Gladys Lenz tentou o suicídio logo após ser eliminada de uma competição. Ela também havia levado um soco no queixo do parceiro, que entrou em surto por conta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124264-5-mitos-famosos-a-respeito-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">privação de sono</a>. Por conta disso, eles receberam apenas US$ 50 (o primeiro prêmio era de US$ 1 mil), o que a fez tentar se matar.Para completar, havia também escândalos envolvendo as maratonas, como denúncias de que os resultados fossem manipulados. Mesmo assim, elas duraram bastante tempo e até formaram algumas celebridades. Uma delas foi June Havoc, que depois se tornaria estrela da Broadway. Ela ganhou várias competições e ficou bastante famosa pelo feito.Uma curiosidade: o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/4-recordes-mundiais-que-foram-negados-pelo-guinness" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guinness World Records</a> ainda monitora os recordes da maratona de dança, mas tem várias regras para avaliar as competições. Entre elas, está a presença de intervalos frequentes e a autorização para que só pessoas com mais de 16 anos possam tentar. O recorde atual é das irmãs nepalesas Alisha e Rubisha Shrestha, que dançaram por 41 horas em maio de 2019.

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Maratonas de dança: a bizarra moda que matou várias pessoas

Esses 4 produtos apresentam data para expirar, mas muitas vezes as pessoas esquecem de verificar.

Em nosso lar, há produtos que são indispensáveis. Mas ironicamente, são justamente eles que permanecem armazenados mesmo após vencidos.Ou melhor, só percebemos que certos itens estão fora do prazo de validade por acaso ou na hora que mais precisamos deles. Para evitar surpresas, listamos itens que merecem atenção e selecionamos dicas importantes para evitar riscos desnecessários.<h2>1. Protetor solar</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25224504740002.jpg" alt="Protetor solar vencido é garantia de queimadura, por isso, fique de olho! (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Protetor solar vencido pode render queimaduras, por isso, fique de olho! (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar da recomendação de uso diário do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127941-o-que-e-o-paradoxo-do-protetor-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protetor solar</a>, ele costuma ser mais lembrado no período de férias. E com isso, pode acontecer de parte do volume do frasco ficar sobrando por meses.E então, ao passar o protetor solar vencido na pele, o resultado pode ser desastroso, pois ele deixa de fazer efeito. Ou seja, queimadura na certa. Uma dica para evitar esse risco é fazer uma checagem dos produtos de forma recorrente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/maquiagem-vencida-como-descobrir-quando-e-hora-de-dizer-adeus" rel="noopener noreferrer" target="_blank">descartando maquiagens, produtos de skincare e outros itens</a> sempre que necessário.<h2>2. Rede de proteção para janelas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25224628340005.jpg" alt="A verificação se a rede de proteção de janela permanece íntegra deve ser realizada periodicamente. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A checagem se a rede de proteção da janela permanece íntegra deve ser realizada periodicamente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Trata-se de um item de proteção importante, especialmente para quem tem crianças ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/quais-paises-tem-mais-animais-de-estimacao-abandonados-no-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">animais de estimação</a> em casa. Mas apesar de aparentar estar em bom estado de conservação, não há como evitar que ele degenere e se torne inútil. Afinal, se trata de um item exposto à ação do tempo de forma contínua, recebendo sol e chuva ao longo do ano. A checagem, portanto, é indispensável.Na hora de comprar a rede de proteção para janelas, além de verificar o material e o peso que ela aguenta, certifique-se de que apresenta proteção contra raios UV e suporta exposição a altas temperaturas. A recomendação é que o produto seja instalado por empresas especializadas e que seja trocado das janelas assim que finalizar a validade indicada pela fabricante.<h2>3. Preservativos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25224816513006.jpg" alt="Além de ficar de olho na data de validade, é preciso ter atetnção à forma como os preservativos são armazenados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Além de ficar de olho na data de validade, é preciso ter atenção à forma como os preservativos são armazenados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Até mesmo o material dos preservativos se degrada com o passar do tempo, o que representa uma chance considerável dele rasgar durante o uso se estiver fora da validade. Isso também vale se a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105483-voce-conhece-a-historia-da-camisinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camisinha</a> não for armazenada da forma adequada.Por isso, nada de deixá-la guardada em gavetas sem verificar a validade ou solta em qualquer lugar dentro da bolsa, ou mochila, sob o risco de avariar a embalagem do produto. O mesmo se aplica na hora de colocar o item no bolso da calça ou na carteira, pois a fricção, bem como temperaturas mais altas, podem fazer o produto estragar antes do indicado na validade.<h2>4. Remédios</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25225037254008.jpg" alt="Para evitar que remédios vençam, o ideal é guarda-los em um único local e verificar periodicamente quais devem ser descartados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Para evitar que remédios fiquem fora do prazo de validade, o ideal é guardá-los em um único local, fora do alcance da luz, do calor e da umidade, e verificar periodicamente quais devem ser descartados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Muitas das pesquisas relacionadas aos medicamentos envolvem a seguinte dúvida: faz mal tomar um remédio vencido? Por isso, não é demais chamar a atenção para o fato que, muitas vezes, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128548-4-coisas-que-nunca-devem-ser-guardadas-em-cima-da-geladeira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamentos acabam esquecidos em cima da geladeira</a> ou em algum outro canto da casa. E o pior: mesmo fora da validade, são ingeridos em meio a um momento de desatenção ou de crise, por causa de uma dor aguda.Há casos em que tomar remédio vencido não oferece risco, pois muitos deixam de fazer qualquer efeito, mas há casos em que podem ocasionar alergias e intoxicação nesse cenário. Ou seja, atenção redobrada com antibióticos e medicamentos de uso contínuo. O ideal é nunca se arriscar, até porque há situações mais sérias em que é necessário ter o medicamento agindo no organismo o quanto antes.

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4 produtos que têm data de validade e você provavelmente não sabia

Muitos produtos foram criados com a intenção de estimular bons comportamentos entre as pessoas. 

Ao longo da história, acreditou-se que muitas coisas poderiam estimular a pessoas a terem comportamentos errados ou imorais. Ocorre que simplesmente proibir nem sempre adiantava: houve quem estimulasse o uso de certos produtos e práticas para desencorajar maus comportamentos.Por incrível que pareça, vários objetos — que envolvem <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121933-5-dos-mais-antigos-jogos-de-tabuleiro-da-humanidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jogos de tabuleiros</a>, aparelhos de ginástica e até refrigerantes — foram criados com o inusitado propósito de passar lições de moral, sobretudo para as crianças. Se o objetivo funcionou? Ninguém sabe o certo.<h2>1. Banco Imobiliário (Monopoly): crítica ao capitalismo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25184224228284.jpeg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>A versão original do Banco Imobiliário visava conscientizar sobre os perigos do capitalismo. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O jogo que deu origem ao Banco Imobiliário foi criado com um objetivo de passar certas lições. Elizabeth Magie patenteou seu jogo “Landlord's Game” em 1904, com a pretensão de que ele envolvesse dois conjuntos de regras.O primeiro, que ela chamou de "regras monopolistas", incentivava os jogadores a adquirir propriedades de maneira egoísta, exigindo aluguel dos moradores. Mas havia outra versão, chamada "prosperidade", que previa a cobrança de impostos aos jogadores que comprassem propriedades. Esse dinheiro coletado era dividido entre os jogadores, fazendo com que todos ganhassem.&nbsp;A ideia é que os jogadores comparassem as duas versões e decidissem qual era melhor para eles. Assim, Elizabeth Magie queria expor os problemas do sistema <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112625-monopoly-e-o-lado-sombrio-do-capitalismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">capitalista</a>, o que o tornou muito popular entre os acadêmicos progressistas. Só que quando os irmãos Parker adquiriram os direitos do jogo, eles abandonaram a regra da "prosperidade" e o nomearam "Monopólio" (monopoly, no termo original).<h2>2. Montanha-russa: uma alternativa à libertinagem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25184912717287.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>As montanhas-russa deveriam ser um entretenimento saudável para os cristãos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um inventor americano chamado LaMarcus Thompson criou, no fim do século XIX, a montanha-russa, um brinquedo que se tornaria uma grande atração nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105836-as-cidades-com-os-melhores-parques-de-diversao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">parques de diversão.</a> Mas a ideia de Thompson surgiu de forma bem estranha: por ser um cristão devoto, ele se sentia perturbado pela popularidade de bares e bordéis em sua cidade. Por conta disso, inventou uma alternativa a esse "entretenimento" que considerava mais saudável.Thompson teve o insight quando esteve em uma cidade de mineração de carvão na Pensilvânia, onde as pessoas pagavam um dólar para viajar no trem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/36844-carvao-e-oxigenio-liquido-muito-mais-legal-em-camera-lenta-video-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carvão</a> porque os trilhos tinham uma queda acentuada, atingindo uma velocidade de cerca de 100 km/h.A partir dessa inspiração, ele vendeu o negócio que possuía e usou o dinheiro para construir uma pista em Coney Island. Embora sua montanha-russa atingisse só 10 km/h, foi um sucesso absoluto, tornando-o rico.<h2>3. Esteiras: punição a prisioneiros</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25185723014294.jpeg" alt="(Fonte; Wikimedia Commons/ Reprodução)"><figcaption>Originalmente, a esteira foi usada como máquina de tortura. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As esteiras ergométricas são hoje muito usadas nas academias do mundo todo. Mas, por incrível que pareça, elas foram criadas para punir as pessoas, ao invés de distraí-las.A ideia foi de William Cubitt, que em 1818 inventou uma esteira para uso em prisões inglesas, onde até 24 prisioneiros por vez ficavam andando em cima delas. Logo elas se tornaram muito populares nas prisões do país. Embora tivessem fins de <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42768-sofrimento-vejam-quais-sao-as-tecnicas-de-tortura-mais-crueis-ja-criadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tortura</a>, elas também acionavam moinhos ou bombas d'água. O sucesso foi tanto que, em 1822, elas começaram a ser instaladas também nas prisões americanas.<h2>4. Coca-Cola: refrigerante no lugar do vinho</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/25/25190820767296.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A Coca-Cola surgiu como uma versão a uma bebida com vinho. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na década de 1880, muita gente – incluindo presidentes, membros da realeza e até mesmo o Papa – adorava bebidas produzidas à base de <a href="https://www.megacurioso.com.br/publicidade-e-marketing/40390-tem-coca-ai-na-geladeira-mas-sera-que-tem-cocaina-na-coca-cola-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coca</a>. E sua favorita era o “Vin Mariani”, um vinho infundido com extrato de folhas de coca e vendido como tônico. Sua promessa era que a bebida fosse nutritiva inclusive para as crianças.Em 1884, um farmacêutico em Atlanta chamado John Pemberton resolveu vender seu próprio vinho de folhas de coca. Era o French Wine Coca, uma mistura de vinho Bordeaux com extrato de coca. Em 1886, decidiu então produzir uma bebida não alcoólica para cobrir a demanda existente no puritano mercado norte-americano.E foi essa bebida que realmente decolou – o resto é história. Surgia então um refrigerante que misturava folha descocainizada, extrato de nozes-de-cola, óleos aromatizantes de limão, laranja, lima, noz-moscada, canela chinesa, coentro e baunilha. Além disso, Pemberton acrescentou ácido fosfórico e nunca revelou a fórmula secreta da <a href="https://www.megacurioso.com.br/papo-de-bar/39086-coca-cola-10-curiosidades-sobre-uma-das-bebidas-mais-consumidas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coca-Cola</a>, que conquistou o mundo.

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