5 enganos comuns sobre a Revolução Francesa

23/01/2022 às 13:003 min de leitura

A Revolução Francesa foi um período marcante na história da Europa, sobretudo pela agitação política e social que despertou na França. E, apesar de ter sido uma época tão relevante para a forma como compreendemos a sociedade atualmente, muitas informações propagadas sobre esse evento histórico por aí não estão exatamente corretas.

Pensando nisso, nós fizemos uma lista com cinco enganos comuns que cometemos sobre a Revolução Francesa para você conhecer melhor o tema. Então, preste bem atenção!

1. Les Misérables conta a história da Revolução Francesa

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Muitas pessoas acreditam que o musical francês Les Misérables (1985) se passa durante a Revolução Francesa e conta a história daquela época. Entretanto, essa obra não só não conta como foi a revolução, como é literalmente ambientada em meio a outra revolta francesa — algo bastante comum entre nossos colegas europeus. 

A Revolução Francesa teve início em meados da década de 1780 e teve "fim" em 1799, quando Napoleão Bonaparte tomou o poder. Já no musical, o protagonista Jean Valjean é liberado da prisão no início do roteiro e o ano já era 1815. Logo, o clímax da história se passa durante a Revolta de Paris de 1832, uma insurreição antimonarquista dos republicanos parisienses.

2. Os rebeldes tomaram a Bastilha para libertar prisioneiros políticos

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Quando a Bastilha, uma das principais prisões para presos políticos de Paris, foi invadida no dia 14 de julho de 1789, apenas 7 pessoas estavam sendo mantidas presas. Assim, 1 delas era um parente rebelde enviado por sua família, 4 estavam cumprindo pena por falsificação e 2 haviam sido julgados por insanidade.

Em outras palavras, a teoria de que a tomada da Bastilha teria sido para recuperar presos políticos não funciona muito bem; mas por que, então, invadir uma prisão? O principal motivo, segundo historiadores, era para obter munição para armas, visto que era ali onde a monarquia francesa guardava parte de seu arsenal.

3. Todos os reformistas franceses queriam o fim da monarquia

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A crise econômica "trouxe luz" para alguns dos maiores problemas de longa data na França, principalmente os efeitos do feudalismo naquela sociedade. A nobreza e os membros do alto escalão do clero não só eram donos da maior parte das terras, como também eram isentos de taxas e tinham diversas regalias.

Foi assim que diversos reformistas franceses se reuniram em passeatas durante 1789 para demonstrar indignação, com a grande maioria concordando com a opinião de que aquele sistema político deveria acabar. Entretanto, uma parte das facções políticas da época acreditavam que apenas mudar para uma monarquia constitucional seria suficiente para resolver todos os problemas.

4. A guilhotina foi inventada durante a Revolução Francesa

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Embora o nome "Guilhotina" tenha surgido em homenagem ao físico francês Joseph-Ignace Guillotin, essa não foi exatamente uma invenção que aconteceu durante a Revolução Francesa. Versões dessa máquina de decapitação já eram utilizadas pelo mundo muito antes dessa época. 

Na Escócia, por exemplo, o "Maiden" foi usado entre a metade dos anos 1500 até o começo dos anos 1700. Acredita-se que até a própria França tenha usado uma máquina tipo guilhotina antes do século XVIII. No fim das contas, a única contribuição verdadeira de Guillotin foi sugerir que o país padronizasse as execuções. 

5. Maria Antonieta disse "que comam brioche"

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Reza a lenda que, quando Maria Antonieta foi informada de que a população francesa passava fome nas ruas, a rainha da França teria respondido com a frase "Que comam brioches!". Em outras palavras, a realeza não compreendia o problema da população e acreditava que os pedintes deveriam buscar outro tipo de alimento.

Na época, o brioche já era um tipo de pão caro e não exatamente algo que a plebe consumia. A 1ª referência da frase veio por meio do filósofo Jean-Jacques Rousseau em seu livro Confissões, escrito na década de 1760. Entretanto, Maria Antonieta só foi se mudar de verdade para a França para se casar com o futuro rei em 1770. Logo, podemos assumir que Rousseau estava se referindo a outra princesa ou a outra situação.

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