Mistério do vestido de noiva real perdido há 179 anos é resolvido

01/09/2023 às 03:002 min de leitura

Depois que a imperatriz austríaca Elizabeth se casou com o imperador Franz Joseph em Viena, no ano de 1854, seu vestido de noiva simplesmente desapareceu. Chamada de Sisi, a imperatriz é há muito tempo uma verdadeira celebridade na Europa, com sua personalidade rebelde sendo tema de filmes como Corsage e a série da Netflix A Imperatriz

No entanto, apesar de sua popularidade, o seu vestido de matrimônio tem sido mantido em segredo por quase 200 anos. Agora, graças a uma nova série de pistas que surgiram, pesquisadores acreditam ter solucionado o quebra-cabeça de seu sumiço.

Sumiço do vestido real

(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)

O conhecimento do vestido real sempre esteve mantido em segredo. Isso porque jornalistas, ilustradores ou qualquer pessoa que pudesse contar sua história foram banidos do casamento imperial. Sem imagens confirmadas ou descrições detalhadas sobre a vestimenta, o vestido tornou-se um grande mistério. 

Contudo, um vestígio seu permaneceu intacto: uma cauda luxuosa, que acredita-se ter sido anexada à peça da imperatriz. Esse artefato está em exibição no Museu Imperial de Carruagens de Viena, do qual a Dra. Kurzel-Runtscheiner — quem lidera as buscas incessantes pela roupa — é diretora.

Kurzel-Runtscheiner foi chamada de "caçadora do tesouro perdido" pela mídia. Ela investigou esse caso específico durante anos, vasculhando arquivos de bibliotecas em busca por respostas, mas sempre sem muita sorte. Em 2021, no entanto, o primeiro avanço foi dado. Ela foi contratada pela pesquisadora autônoma espanhola Silvia Santibañez, que lhe disse ter encontrado um obscuro retrato de Elizabeth de 1857 no Museu da Silésia em Opava, na República Tcheca.

Nesta pintura, Sisi está usando um vestido de noiva, incluindo a cauda que está em exposição em Viena. “Finalmente tive provas, além da tradição familiar, de que Sisi realmente usou nossa cauda na época de seu casamento. Além disso, mostrava como era o vestido que o acompanhava, algo que antes só podia ser especulado", comentou.

Primeiras respostas

(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)

O retrato apresentado a Kurzel-Runtscheiner passou meses sendo decodificado. Esta pintura era incomum por dois motivos principais. Em primeiro lugar, foi pintada três anos depois do casamento. Em segundo lugar, não foi feita por um artista da corte imperial, como era tradição, mas por um pintor chamado Joseph Neugebauer.

Isso pode levar algumas pessoas a pensarem que a obra não era autêntica. Contudo, a pesquisadora destacou que o vestido era mostrado com tantos detalhes que é basicamente impossível que Neugebauer não o tenha visto pessoalmente. Foi assim que a jornada em busca da vestimenta começou.

Kurzel-Runtscheiner viajou para o Museu da Silésia com fotógrafos para registrar imagens em alta definição da pintura. Em seguida, designers gráficos do museu de Viena usaram essas fotos, bem como a cauda original do vestido, para criar uma repetição do padrão da peça de Sisi.

Reproduzindo o vestido

(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)(Fonte: Kurzel-Runtscheiner/Reprodução)

Depois de meses de estudo, a equipe de pesquisadores localizou alguém que pudesse imprimir o padrão das imagens em tecido até que a estampa ficasse perfeita. Em seguida, esse tecido foi levado a um restaurador em Viena, que fez à mão uma réplica em tamanho real da vestimenta.

O vestido recriado, juntamente com o retrato original de 1857, agora está em exibição no Museu Imperial de Carruagens até o dia 5 de novembro. “Essa é a reconstrução mais precisa do vestido original com base nos recursos visuais limitados disponíveis”, afirmaram os pesquisadores.

A equipe que trabalhou no caso agora acredita que investigadores podem usar pistas contidas no retrato de 1857 para tentar identificar o designer do vestido e a origem de seus materiais. Apesar de tudo isso, Kurzel-Runtscheiner ainda não promete que seu trabalho está concluído.

Como próxima etapa, ela pretende visitar mosteiros na Hungria e na Baviera para examinar artefatos que estariam ligados ao vestido real. Em sua visão, a probabilidade da a peça recriada realmente ser uma cópia exata do vestido desaparecido da Imperatriz ainda é de 50%, o que explica o fato dele ser tão misterioso assim. 

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