A lenda das crianças verdes de Woolpit gera dúvidas até hoje

15/05/2023 às 04:002 min de leitura

A raiz de algumas lendas pode ter relação com fatos. Por isso, é comum que historiadores analisem os mitos mais populares de um país para tentar entender quais situações teriam dado origem a essas histórias. Um exemplo disso é a lenda das crianças verdes de Woolpit — por muitos anos considera um relato de contato com aliens.

Diz a lenda que em um dia calmo do século XII, um casal de crianças apareceu desacompanhado no vilarejo de Woolpit em Suffolk, na Inglaterra. Até aí, nada de estranho, não é? Casos de crianças desaparecidas são comuns até hoje. Contudo, essas crianças não falavam uma única palavra de inglês e o mais estranho: elas eram verdes. Não se tratava de pintura. A pele das crianças era realmente esverdeada.

Desacompanhadas, a menina e o menino foram levadas à casa de um dos moradores do vilarejo, Richard de Calne. Esse senhor passou a tutelá-las, cuidando delas até que seus responsáveis aparecessem, o que nunca ocorreu.

As crianças verdes de Woolpit só comiam feijões

Reprodução: The BlazedReprodução: The Blazed

Um dos desafios do Sr. Calne foi alimentar as crianças. Tudo o que ele oferecia era rejeitado por elas, até elas encontrarem feijões. Algumas versões dessa lenda dizem que as crianças comeram os feijões crus, direto dos pés que encontraram no quintal de Calne.

Com o passar das semanas, elas teriam aceitado outros tipos de alimentos. Em alguns relatos, é descrito que um dos irmãos verdes de Woolpit, o menino, teria morrido dias após ser acolhido. Já a menina teria chegado à vida adulta, completamente adaptada ao estilo de vida do vilarejo.

Crianças teriam vindo do subsolo

Reprodução: MythsReprodução: Myths

Após aprender inglês, a garota contou aos moradores do vilarejo qual teria sido a sua origem: ela e o irmão seriam moradores de um mundo subterrâneo, em que não havia luz solar, não se falava a língua da superfície e nem se comiam as mesmas comidas.

Aliás, depois de passar a se alimentar adequadamente, a garota perdeu sua cor verde e passou a ter uma aparência comum.

Os pequenos teriam sido perseguidos pelo rei Henrique II

Os historiadores que se debruçaram sobre a história das crianças verdes de Woolpit chegaram a uma conclusão diferente do relato da sobrevivente. Em 1998, o historiador Paul Harris afirmou que a causa da cor verde relatada era consequência de uma grave anemia, uma vez que as crianças teriam ficado semanas sem comer adequadamente. O menino, inclusive, teria morrido de desnutrição.

A fala enrolada que ninguém do vilarejo entendia era apenas outro idioma, já que os pequenos teriam sido perseguidos por serem descendentes de flamengos.

O fato deles não se lembrarem da sua história, criando uma narrativa de serem moradores do subterrâneo, poderia ser explicada como consequência de um trauma, o que encontra lógica na hipótese de que teriam sido vítimas de um grave ataque, que provavelmente matou toda a sua família.

A menina foi batizada como Agnes e teria se casado com um militar do vilarejo. Seu irmão teria morrido depois do batismo, ainda criança.

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