Artes/cultura
04/10/2022 às 06:07•4 min de leitura
Se você escrever “maçonaria” no Google, encontrará mais de 5 milhões de resultados para a sua busca. Se tentar em inglês com o termo “freemansory”, o número passará de 9 milhões de resultados. Talvez esse seja um indício de que, primeiramente, o interesse e a curiosidade acerca dessa ordem ganham cada vez mais espaço e, em segundo lugar, que a maçonaria não é assim tão secreta quanto se imagina.
A maçonaria é a maior e mais antiga sociedade fraternal que busca promover valores como a integridade, a bondade e a justiça, além de ser conhecida por suas doações e ações de caridade. Fato é que definir o que é maçonaria em apenas uma linha é uma tarefa complicada.
Com quase 300 anos de história, a maçonaria reúne uma série de rituais e símbolos, além de ter sido adotada por muitas personalidades que marcaram a história do Brasil e do mundo. Para ficar por dentro de mais detalhes dessa ordem que reúne curiosos e admiradores, siga conosco.
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A falta de documentos e registros confiáveis não nos permite afirmar com certeza onde estão as origens da ordem. Existem especialistas que acreditam que a maçonaria teve início na Mesopotâmia, enquanto outros acreditam que ela possa ter surgido entre as primeiras manifestações religiosas que ocorreram no Egito. Há também quem defenda que a construção do Templo de Salomão marca o início da maçonaria. Ainda, é frequente ver a Ordem dos Cavaleiros do Templo e a Fraternidade Rosa-Cruz sendo citadas como influências na criação da maçonaria.
Já a sociedade fraternal nos moldes que conhecemos hoje foi estabelecida em 1717 na Inglaterra a partir de ideais iluministas e com a ajuda dos maçons já existentes e de construtores que haviam se reunido para reerguer a cidade de Londres após o incêndio de 1666.
Atualmente, os maçons somam mais de seis milhões de pessoas que não formam exatamente uma sociedade secreta – ou não estaríamos falando sobre isso abertamente –, mas sim uma organização que mantém seus segredos. Nesse sentido, Nigel Brown, grande secretário do United Grand Lodge da Inglaterra em entrevista à BBC, revelou que até 2017, ano em que a ordem completará seu tricentenário, a organização pretende ser mais “aberta e transparente” para “afastar os mitos da cabeça das pessoas”.
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A maneira mais comum de entrar para a ordem é contando com a indicação de um maçom, mas também é possível submeter uma solicitação a uma loja – como são chamados os templos maçônicos. O candidato precisa ser maior de idade e do sexo masculino, embora também existam organizações que admitem mulheres. Ainda, é preciso acreditar em um ser ou força superior, mas por não ser uma religião, a maçonaria aceita muçulmanos, católicos, espíritas etc. Por esse motivo, temas controversos – como religião e política – não podem ser discutidos durante as reuniões.
A maçonaria é composta por ritos, sendo que atualmente cerca de 50 ritos são praticados no mundo. Obrigatoriamente, ele compreende três graus: aprendiz, companheiro e mestre. Após essa fase, eles são classificados em diferentes categorias e os nomes variam de acordo com o rito.
Os ritos têm características particulares e em cada um dos graus os maçons compartilham diversos ensinamentos. Quando um irmão alcança um grau, acontece um ritual cheio de simbologia. Nessas ocasiões, os maçons vestem túnicas, chapéus, aventais e faixas próprios para cada ritual, além de ter palavras e gestos específicos durante o evento.
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Originalmente, o nome da ordem vem do francês maçonnerie, que significa “construção” ou “pedreira” e faz referência ao maçon, que seria o “construtor” ou “pedreiro”. Por extensão, pode se dizer que o termo significa uma “associação de pedreiros”. Por esse motivo, a ordem retirou boa parte da sua simbologia da arte de lapidar pedras e construir prédios: “Assim como na construção, a maçonaria significa avançar de nível em nível conforme você ganha conhecimento e experiência”, explica Brown.
Fonte da imagem: Reprodução/Loja São Paulo 43
Dessa maneira:
Outros símbolos importantes que podem ser encontrados nos templos são:
Fonte da imagem: Reprodução/Olhar Para o Fim
*Publicado originalmente em 27/02/2014