Simone Segouin: a guerrilheira da resistência que matava nazistas

19/06/2021 às 04:002 min de leitura

Muito diferente do que muitas pessoas pensam, os civis também resistiram à ocupação dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, e não apenas as tropas de soldados que lutavam em campos de batalha enquanto as cidades eram devastadas pelas tropas da SS. 

Simone Segouin estava em meio a esses cidadãos que se recusavam a ceder. Nascida em 3 de outubro de 1925, em Chartres, na França, ela esteve inserida nesse cenário desde muito cedo, visto que seu pai foi um soldado condecorado durante a Primeira Guerra Mundial. Ele ensinou-lhe e a seus outros três filhos a como se defender em um período onde o cenário de violência era potencializado pela ascensão do fascismo na Europa e no mundo.

Em maio de 1940, Segouin só tinha 14 anos quando os nazistas invadiram Paris e a forçaram a se mudar com a família para uma fazenda no interior, abandonando a escola.

A guerreira da resistência

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Enquanto isso, Segouin aprendeu a como manusear metralhadoras e desenvolver táticas de guerra. Em 1943, ela já integrava a Resistência Francesa após ser recrutada pelo tenente Roland Boursier, um ex-engenheiro que procurava por jovens corajosos para lutar contra o fascismo.

“Eu a estudei por um longo tempo para ver quais eram suas vontades”, revelou Boursier em entrevista. “Quando descobri que ela tinha os mesmos propósitos que eu, contei sobre o trabalho que fazíamos e perguntei se ela teria medo de executá-lo. Ela disse que não, e afirmou que gostaria de matar soldados alemães”.

Foi ele quem ensinou Segouin a como operar uma submetralhadora alemã MP-40, confiscada de um nazista morto pela resistência. Assim que entrou para o grupo na frente francesa, ela recebeu a identidade secreta de Nicole Minet. Uma das envolvidas na libertação de sua cidade natal, ela ficou responsável por descarrilar trens com tropas nazistas, matar e capturar os soldados.

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Além de lutar ativamente na batalha civil em que havia se transformado as ruas de sua cidade, Segouin atuou como mensageira em esconderijos, fazendo de sua própria fazenda um centro de operações, onde também guardava os documentos que coletava dos cadáveres dos soldados nazistas que matava.

Em 23 de agosto de 1944, Segouin foi fotografada por Robert Capa para a revista Life enquanto comia um sanduíche carregando sua metralhadora e assistia à cidade de Chartres celebrar sua libertação iminente.

Dois dias depois, a jovem guerrilheira recebeu a Croix de Guerre por sua ajuda ativa na libertação de Paris. Com o fim da guerra, Segouin voltou a levar uma vida normal, retomando os estudos e se tornando enfermeira pediátrica em sua cidade natal. 

Sobre o seu legado, Simone Segouin, atualmente com 95 anos, disse que fica feliz em saber que as pessoas não são indiferentes a esse período de sua vida. "Eu estava lutando pela resistência, só isso. Se eu tivesse que começar de novo, eu o faria, porque não me arrependo".

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