Transtorno de personalidade narcisista: como ele afeta os relacionamentos

01/02/2023 às 12:003 min de leitura

Encarar o lado mais negativo que possuímos pode ser uma tarefa bem difícil sem uma análise honesta e realista. E com a enxurrada de posts que vemos nas redes sociais acerca de uma série de transtornos de personalidade, podemos até ficar em dúvida se nos enquadramos em um deles.

Quando se trata do transtorno de personalidade narcisista, em particular, pode-se dizer que ele vai além de um mero traço, por se tratar de um padrão mais complexo. Por isso, antes de cogitar que você ou alguém conhecido possui o transtorno, é necessário se atentar a alguns sinais de alerta.

Em primeiro lugar, considere que ainda que alguns deles estejam presentes, não é garantia de que você ou qualquer outra pessoa seja narcisista, de fato. O acompanhamento psicológico especializado, portanto, é fundamental para um diagnóstico preciso.

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Entendendo seu funcionamento

Capaz de se refletir numa série de comportamentos, o transtorno não possui uma única causa definida. O que se sabe é que há diversos elementos que podem desencadear no seu surgimento, como fatores genéticos, traumas de infância e situações de abuso.

Conjuntamente ou não, como resultado, a pessoa acaba desenvolvendo uma personalidade bastante voltada para as próprias necessidades. A partir disso, aqueles que estão próximos podem ser bastante afetados por essa postura, a exemplos de pais que, mesmo sem saber, acabam despejando uma enorme carga emocional nos filhos.

Nesse caso, além de projetar nas pessoas próximas as mais altas expectativas, a cobrança nos filhos é bastante exagerada, resultando numa relação pouco equilibrada em que não há respeito aos desejos e anseios do familiar. Além disso, quem tem pais com esse tipo de transtorno parental apresenta maior chance de desenvolver a condição futuramente.

Devido aos danos sofridos em meio à convivência durante a infância e adolescência, os filhos acabam enfrentando uma série de dificuldades em seu desenvolvimento, o que pode torná-los adultos inseguros e mesmo com a presença de outros transtornos, como a ansiedade e a depressão. Como resultado, muitos evitam contato com a família na idade adulta.

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Muitas características podem se manifestar ao mesmo tempo

O excesso de confiança e a noção restrita da realidade fazem com que o narcisista acredite que é superior às demais pessoas e mesmo que se julgue bastante invejado, exagerando na dimensão que dá às suas realizações. Essa mentalidade, que se alimenta de elogios constantes, faz com que a pessoa fique presa em fantasias e que também possa sofrer com o medo do fracasso.

A partir disso, a falta de limites e de respeito com o próximo faz com que o narcisista assuma uma posição abusiva nos relacionamentos. Mas diferente do que ocorre na psicopatia, em que há um comportamento frio, violento e calculista sem limites desde o nascimento, o narcisista apresenta sentimentos, remorso, empatia, e se arrepende daquilo que faz, ainda que o transtorno afete sua postura em níveis variados de pessoa para pessoa.

Se dentro de um relacionamento um dos parceiros se comporta de forma bastante egoísta, ambiciosa, rancorosa e competitiva, pode ser um sinal de alerta. A falta de maturidade nos narcisistas também faz eles se eximirem da culpa por aquilo que acontece, já que eles apresentam dificuldades para dialogar quando são confrontados. Por dentro, isso pode ser insegurança e medo da rejeição, mas pode abalar profundamente o próximo.

(Fonte: Shutterstock/Reprodução)(Fonte: Shutterstock/Reprodução)

A busca por tratamento é essencial

O comportamento, de forma geral, está sempre voltado tirar vantagem das pessoas ao redor nos atos mais simples, como ao monopolizar conversas, ainda que não seja algo proposital. Mas como consequência, as pessoas acabam se afastando do narcisista quando dimensionam o quanto o convívio pode ser instável, tóxico e pouco recíproco.

Ou seja, olhando isoladamente os sinais de alerta, pode-se chegar a uma série de diagnósticos precipitados e potencialmente errados, já que muitos comportamentos também estão presentes entre pessoas que são imaturas ou possuem mau-caráter, além de indivíduos que tiveram mudanças em seu comportamento em virtude de outro tipo de condição.

Por esse motivo, a busca por análise e tratamento, quando apontada como necessária por um psicólogo ou psiquiatra, é fundamental, permitindo que se reavalie um ponto de partida para a mudança e a adoção de uma postura mais adulta e positiva.

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