Ciência
13/07/2017 às 02:00•3 min de leitura
O intrigante caso envolvendo Alan Godfrey, um respeitado policial britânico — hoje aposentado —, ocorreu em 1980, enquanto ele patrulhava a região de Todmorden, cidadezinha situada no condado de West Yorkshire, no noroeste da Inglaterra. Segundo Alan, ele estava atendendo a um chamado envolvendo o desaparecimento de um pequeno rebanho de bovinos nas primeiras horas da chuvosa manhã do dia 28 de novembro.
Então, enquanto buscava pelos animais, o policial avistou um grande veículo na estrada vindo em sua direção. Em um primeiro momento, Alan pensou que era um ônibus transportando trabalhadores até a cidadezinha. Entretanto, ao se aproximar mais do veículo, ele percebeu que se tratava de algo muito, muito estranho.
De acordo com Alan, o veículo que ele pensou ser um ônibus era, na verdade, um objeto que flutuava a cerca de 1,5 metro do solo. Assustado, o policial tentou pedir reforços pelo rádio, mas descobriu que o aparelho estava completamente mudo. Foi nesse momento que ele decidiu tomar notas do que estava testemunhando e fazer um desenho do tal objeto. Veja a seguir o esquema feito pelo oficial:
Desenho feito por Alan
Segundo descreveu em seu bloco de notas, a nave tinha pouco mais de 4 metros de altura e cerca de 6 metros de largura. Além disso, conforme relatou, ela apresentava forma ovalada e parecia estar girando sobre o próprio eixo no sentido anti-horário a grandes velocidades, fazendo com que a vegetação da estrada se agitasse com o movimento.
Então, enquanto fazia as anotações do ocorrido, Alan contou que percebeu um forte clarão e, depois disso, a próxima coisa da qual ele se recorda é de “voltar a si” vários quilômetros de distância do local do avistamento — e de ter sofrido um lapso de tempo de 15 minutos. O policial chegou a retornar até a área onde ele havia visto o objeto, mas só encontrou um enorme círculo seco no pavimento, enquanto o resto da estrada se encontrava molhada.
Versão estilizada do objeto descrito por Alan
Ao não ver mais vestígios da suposta nave, Alan regressou à base policial — e decidiu não contar a ninguém sobre a sua experiência por medo de ser ridicularizado pelos colegas. Entretanto, mais tarde, o policial descobriu que outras testemunhas, incluindo oficiais de outra base que patrulhavam uma região próxima, também haviam relatado ter visto um objeto voador não identificado na área.
Depois de descobrir que não havia sido a única testemunha do avistamento, Alan tomou coragem e decidiu apresentar um relatório oficial sobre o incidente. O problema é que o documento acabou vazando e a história foi publicada por um jornal local, ganhando grande repercussão na época.
Alan posando junto ao seu carro
Com a exposição, uma investigação foi iniciada e novos detalhes começaram a vir à tona, como o fato de o oficial não ter memória de todo o ocorrido e de suas botas terem sofrido danos nas solas, indicando que ele poderia ter sido arrastado no asfalto da estrada. Alan foi submetido a sessões de hipnose para tentar descobrir o que havia acontecido durante os 15 minutos de lapso de memória, e foi então que ele soltou informações mais estranhas ainda.
Segundo contou, a bateria do carro, o rádio e o fone de comunicação “morreram” um pouco antes do clarão. Depois, Alan se lembrou de estar em uma sala na presença de um enorme cão e de um homem barbado que se comunicava com ele através da telepatia. Segundo o policial, esse sujeito se chamava Yosef, estava acompanhado por uma porção de criaturas robóticas com cabeças que pareciam lâmpadas, e o grupo tentou conduzi-lo até uma espécie de maca.
Ilustração criada a partir dos relatos do policial
O oficial aparentemente não conseguiu recordar todos os pormenores de sua experiência, mas não qualificou o incidente como traumático — nem descreveu ter passado por experimentos médicos desagradáveis, como é comuns ouvir em relatos de abduções. Para Alan, o que ele testemunhou foi real, e uma investigação psicológica conduzida pelo departamento de polícia concluiu que ele não sofria de problemas mentais. Entretanto...
Durante as investigações, Alan revelou que havia passado por experiências bem estranhas no passado. Segundo o policial, ele se lembrava de ver uma esfera de luz em seu quarto quando era criança e, anos mais tarde, quando já era adolescente, de ver uma figura fantasmagórica enquanto levava uma namorada para casa. Nessa ocasião, Alan também sofreu um lapso de tempo, estimado em duas horas.
Alan atualmente
Por conta dessas revelações, há quem acredite que a experiência de Alan tenha sido provocada pelo cansaço e falta de sono — e que ele tenha “sonhado” seu encontro com os alienígenas. De qualquer maneira, vale destacar que a região na qual o oficial afirma ter sido abduzido era famosa por conta dos inúmeros relatos de avistamentos, e a polícia aparentemente chegou a investigar diversas ocorrências na área.
Alan, por sua vez, independentemente de ter passado por uma experiência real ou sido vítima de um truque de sua própria mente, se tornou protagonista de um dos primeiros casos de abdução alienígena registrados no Reino Unido.
*Publicado em 06/06/2016