Imagem de Coelhos assassinos: por que eles eram retratados em textos medievais? no megacurioso

Realidade distorcida ou senso de humor afiado? Coelhos assassinos e controversos lotavam as páginas dos antigos manuscritos medievais

<head></head><body>Atualmente considerados animais fofinhos e de estimação, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120108-napoleao-bonarpate-quase-foi-morto-por-coelhos-domesticados.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">coelhos</a> levaram anos para se tornarem o que são hoje, especialmente após as pequenas controvérsias com as quais se envolveram durante a Idade Média. Isso porque os animais eram retratados como figuras assassinas e bárbaras e protagonizavam sátiras curiosas, onde a violência gráfica e simbólica surgia como grande plano de fundo de suas tramas "fabulásticas".Normalmente encontradas em livros feitos para o clero, as ilustrações de coelhos, conhecidas como "marginalia", estavam repletas de simbolismos. Os criadores das artes utilizavam o pequeno roedor para desprezar figuras de autoridade, inserindo espadas, machados, lanças, arcos e todo tipo de equipamento em suas patas e passando a impressão de uma "opressão reversa", onde o ser teoricamente mais poderoso estava sempre em posição de vulnerabilidade.“Muitas vezes, nas margens dos manuscritos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121356-3-habitos-alimentares-medievais-que-mudaram-a-historia-da-culinaria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medievais</a>, encontramos imagens estranhas com todos os tipos de monstros, meio-homens-feras, macacos e muito mais”, comenta Marjolein de Vos, da Sexy Codicology. “Mesmo em livros religiosos, as margens às vezes têm desenhos que simplesmente zombam de monges, freiras e bispos.”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01101106863062.jpg" alt="(Fonte: The British Library / Reprodução)">(Fonte: The British Library / Reprodução)Vistos como sinônimos de pureza e desamparo, os coelhos passaram a ter seus retratos vinculados a brincadeiras que distorciam a realidade. Criadas por artistas conhecidos como drolleries, elas dramatizavam o lado cômico e relativo das verdades absolutas, passando a representar tanto o poder tanto da liberdade total quanto da farsa. Essa ideia atraía os artistas a partir do momento que oferecia a chance de se rebelar com segurança, pelo menos em pequena escala, contra as graves desigualdades dos sistemas feudais de sua época.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01105036916088.jpg" alt="(Fonte: The British Library / Reprodução)">(Fonte: The British Library / Reprodução)O gênero jocoso intitulado de "vingança do coelho" logo se popularizou e tendia a mostrar "a covardia ou a estupidez da pessoa ilustrada", onde caçadores se encolhiam na presença dos pequenos animais. Essas "monstruosidades ridículas" — como foram conhecidas pelo monge cisterciense francês Bernardo de Clairvaux — montavam em leões e humanos para mutilar todo tipo de oponente, mostrando como o mundo virou de "cabeça para baixo".<h2>A subversão cultural</h2>Os coelhos cruéis das margens de manuscritos medievais tornaram-se exemplos concretos da subversão cultural, expressão que seria comentada apenas séculos depois, com a criação do termo “<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/113408-carnaval-saiba-tudo-sobre-a-mais-brasileira-das-festas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">carnavalesco</a>” pelo filósofo e crítico literário russo Mikhail Bakhtin. Segundo ele, a categoria permitia a retratação de humor e caos como forma de satirizar a psique humana, tanto em relação ao indivíduo quanto ao coletivo.Uma das maiores piadas da época, os "coelhos assassinos" tornaram-se uma espécie de fuga do convencional e exibiram todo o potencial imaginativo dos artistas, destacando como seria possível transgredir em meio a uma época rigorosa onde prevalecia o controle social, desde na forma como as pessoas se comportavam até mesmo em relação ao que pensavam. Dessa forma, o "espelho cultural" transformou o mundo das brincadeiras e revolucionou o modelo de expressão tradicional.</body>

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Coelhos assassinos: por que eles eram retratados em textos medievais?

Imagem de "Dragão da morte": nova espécie de pterossauro é encontrada na Argentina no megacurioso

Vivo entre 146 milhões e 66 milhões de anos atrás, o animal é o maior pterossauro já descoberto no continente

<head></head><body>Durante escavações próximas à cidade de Mendoza, Argentina, paleontólogos do Laboratório e Museu dos Dinossauros encontraram restos fossilizados de uma nova espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121297-maior-fossil-de-pterossauro-desde-o-jurassico-e-encontrado-na-escocia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pterossauro</a>. Os vestígios pertenciam a dois indivíduos que viveram entre 146 milhões e 66 milhões de anos atrás e foram intitulados de "dragões da morte", sendo os maiores predadores alados já descobertos na América do Sul e um dos maiores do mundo.Segundo Leonardo D. Ortiz David, líder do projeto, o pterossauro viveu no Cretáceo Superior cerca de 20 milhões de anos antes de um asteroide catastrófico atingir a Terra. O primeiro espécime identificado, que parece ser um adulto, tem uma envergadura de mais de 9 metros, enquanto o segundo, aparentemente um indivíduo jovem, possui sete metros de envergadura. Não há clareza se os animais tinham algum tipo de relação enquanto vivos.&nbsp;“Não temos um registro atual de nenhum parente próximo que tenha uma modificação corporal semelhante a essas feras”, disse Ortiz. “Os restos de Thanatosdrakon apresentam diferentes particularidades que nos permitem diferenciá-los de outros pterossauros conhecidos. Fundamentalmente, essas características são encontradas nas vértebras e membros. Isso nos permitiu estabelecer uma nova espécie de pterossauro.”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01085405522015.jpg" alt="(Fonte: MEF / Reprodução)">(Fonte: MEF / Reprodução)Thanatosdrakon amaru combina os termos gregos para “<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121849-dragao-como-a-lenda-desse-ser-surgiu-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dragão</a>” e “morte” e a expressão “serpente voadora”, localizada na língua indígena quíchua e referência a um bicéfalo, considerado divindade inca. O animal foi um dos primeiros predadores dos céus e se destaca por possuir "crânios muito grandes — às vezes maiores que seus corpos — bem como seus pescoços hiperalongados e corpos curtos e robustos".<h2>Incrível condição de preservação</h2>Os restos mortais de Thanatosdrakon amaru chamaram a atenção por estarem incrivelmente bem preservados, especialmente se o histórico de vestígios encontrados for considerado. De acordo com James Kirkland, paleontólogo estadual do Utah Geological Survey, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120546-quantos-ossos-o-corpo-humano-tem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ossos</a> finos dos animais são raramente encontrados devido à sua consistência, favorável a sedimentar-se em condições adversas.“Desde o início, dois fatos nos chamaram a atenção: o primeiro foi o tamanho dos restos mortais e sua preservação em três dimensões, uma condição incomum nesse grupo de vertebrados”, completou Ortiz. “O segundo foi a quantidade de restos encontrados no local, já que pterossauros gigantes são conhecidos apenas de restos fragmentários (com algumas exceções).”<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/06/01/01085519413016.jpg" alt="(Fonte: MEF / Reprodução)">(Fonte: MEF / Reprodução)O principal autor do projeto encontrou os dois animais em meados de 2012, mais precisamente no antigo sítio na Formação Plottier, um grupo de rochas sedimentares contendo restos de saurópodes, terópodes, tartarugas, crocodilos e pterossauros. Apesar da grande quantidade de encontros, a descoberta chocou os estudiosos e era um encontro raro na região, mesmo com os incontáveis vestígios que sugiram nas últimas décadas.Hoje, os fósseis do T. amaru estão armazenados no Laboratório e Museu de Dinossauros da Universidade Nacional de Cuyo, em Mendoza, e são protegidos do público em geral porque são muito valiosos. Apesar disso, uma réplica detalhada e completa da criatura está em exibição no local, assim como alguns moldes de seus ossos.</body>

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'Dragão da morte': nova espécie de pterossauro é encontrada na Argentina

Imagem de Lixo rejeitado em bases militares soviéticas revela coisas incríveis  no megacurioso

Pertences e itens esquecidos em antigas bases de armas nucleares na Polônia fornecem pistas chocantes sobre comunidades isoladas

Durante os &uacute;ltimos anos da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121911-5-ideias-equivocadas-que-temos-sobre-a-guerra-fria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra Fria</a>, soldados da antiga Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica se instalaram em zonas remotas da Pol&ocirc;nia, onde foram enviados com suas fam&iacute;lias para preservarem um segredo perigoso por baixo das &aacute;reas silvestres. Por muito tempo, as bases militares de Podborsko, Templewo e Brzeznica Kolonia abrigaram dezenas de pessoas e transmitiram a ilus&atilde;o de uma vida pac&iacute;fica na regi&atilde;o, mas sem revelar que hospedavam ogivas nucleares muito mais poderosas que as de Hiroshima e Nagasaki.
Exclu&iacute;das dos livros de hist&oacute;ria, as bases militares foram constru&iacute;das durante a d&eacute;cada de 1960, como uma t&aacute;tica da&nbsp;Uni&atilde;o das Rep&uacute;blicas Socialistas Sovi&eacute;ticas&nbsp;(URSS) para atuar rapidamente contra a Organiza&ccedil;&atilde;o do Tratado do Atl&acirc;ntico Norte (<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121272-otan-o-que-e-a-organizacao-e-como-ela-opera.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">OTAN</a>), caso a alian&ccedil;a intergovernamental decidisse atac&aacute;-la. E embora a Pol&ocirc;nia estivesse pagando para construir os locais de armazenamento, seu povo n&atilde;o tinha ideia de que o pa&iacute;s abrigava centenas de ogivas controladas pela Uni&atilde;o Sovi&eacute;tica.&nbsp;
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16222921422615.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Estima-se que mais de 140 soldados moraram nas instala&ccedil;&otilde;es, controlados e armados sob controle da rep&uacute;blica do leste europeu. Com o tempo, mais cidad&atilde;os foram chegando &agrave;s bases e estabeleceram sua nova moradia, levando um estilo de vida cotidiano e repleto de coisas ef&ecirc;meras, como se o cen&aacute;rio n&atilde;o passasse de uma pacata, receptiva e desenvolvida cidade interiorana. Por&eacute;m, essa t&aacute;tica seria apenas a ap&oacute;lice de seguro dos generais.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223038250616.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
D&eacute;cadas depois, Grzegorz Kiarszys, arque&oacute;logo da Universidade de Estetino, na Pol&ocirc;nia, utilizou fotos a&eacute;reas, varredura a laser, pesquisas de campo, imagens de sat&eacute;lite desclassificadas e documentos da&nbsp;Ag&ecirc;ncia Central de Intelig&ecirc;ncia&nbsp;(<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121057-a-incrivel-historia-da-arma-de-ataque-cardiaco-criada-pela-cia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">CIA</a>) para descobrir a hist&oacute;ria do "projeto supersecreto". Intitulada "V&iacute;stula", a iniciativa acabou contando muito mais do que se propunha e revelou facetas que n&atilde;o apareciam em nenhum registro oficial, incluindo evid&ecirc;ncias de que mulheres e crian&ccedil;as moravam l&aacute;.
<h2>A descoberta, o abandono e o passado</h2>
Os documentos sobre o programa desapareceram completamente depois que foram entregues &agrave; URSS no final de 1969, e apenas em 1991, com a retirada da na&ccedil;&atilde;o, o povo polon&ecirc;s soube que seu pa&iacute;s havia abrigado incont&aacute;veis armas nucleares. &ldquo;Foi um choque&rdquo;, disse Kiarszys. "Foi-nos garantido pelos governos sovi&eacute;tico e polon&ecirc;s que nunca houve uma arma nuclear no territ&oacute;rio da Pol&ocirc;nia. A ideia em si era maluca. Mas era assim que os generais sovi&eacute;ticos acreditavam que a guerra na Europa iria acontecer".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223148140617.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ap&oacute;s o abandono das bases, as regi&otilde;es tornaram-se aterros hist&oacute;ricos. O lixo &eacute; "completamente diferente" do que seria encontrado em dep&oacute;sitos tradicionais e revela sapatos de marca do Ocidente, pe&ccedil;as de Lego, velhos peda&ccedil;os de uniforme em decomposi&ccedil;&atilde;o, embalagens de doces, patos de borracha e telefones de brinquedo. Para a arqueologia, o fen&ocirc;meno ficou conhecido como mais um caso de garbologia (estudo que permite identificar padr&otilde;es de vida a partir da an&aacute;lise de itens descartados).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223251437618.jpg" alt="(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: BBC/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Para Kiarszys, compreender o passado de quem vivia nas antigas bases &eacute; descobrir coisas que n&atilde;o foram registradas em documentos oficiais. Esses fragmentos escondidos poderiam desenvolver a hist&oacute;ria da Guerra Fria e colaborar com o estudo sobre conflitos modernos, realizando paralelos com eventos que h&aacute; muito tempo foram arquivados. &Agrave; medida que a Guerra Fria recua na mem&oacute;ria, seus restos f&iacute;sicos desaparecem lentamente.

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Lixo rejeitado em bases militares soviéticas revela coisas incríveis 

Imagem de Criadas pelo vikings, batalhas de rap trocavam armas por insultos no megacurioso

Praticadas entre os séculos V e XVI, as batalhas de rap medievais eram provocações brutais que testavam a inteligência dos guerreiros

<head></head><body>Conhecidos por seus feitos em combate, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120249-6-mentiras-que-contam-sobre-os-vikings.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vikings</a> se destacaram pela barbárie durante as invasões ao antigo reino britânico, evitando relações diplomáticas quando o assunto era expansão territorial na Europa. Porém, o mesmo povo que levou banhos de sangue a todas as regiões pelas quais passou desenvolveu um método curioso de estimular a inteligência de seus integrantes, colocando guerreiros para disputarem batalhas de insultos similares às dos raps atuais, conhecidas como flytings.Originalmente, o termo "flyting" é derivado das palavras nórdicas antigas para “briga” e “provocação”. Praticada entre os séculos V e VI pelos vikings, a disputa consistia em um jogo ritualístico de inteligência onde o moral dos participantes era testado a partir do momento em que expressões sobre covardia, aparência, masculinidade duvidosa ou falta de cognição serviam como meios de ataque poético para abalar o adversário.As palavras eram emitidas em forma de versos e o número adequado de sílabas e a sonoridade serviam como critérios de validação da desenvoltura dos "cantores". Por mais brutais que os soldados fossem em combate no campo, sua cultura era marcada por um amplo desenvolvimento da astúcia e sagacidade, e suas habilidades provocativas deveriam ser tão capacitadas quanto os dons com machados e escudos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16223937828620.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodução)">(Fonte: Getty Images / Reprodução)Nomes importantes das lendas nórdicas, como Loki, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121935-6-diferencas-entre-o-thor-da-marvel-e-o-da-mitologia-nordica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Thor</a>, Odin e Beowulf, foram diretamente vinculados ao flyting e tiveram momentos emblemáticos relatados em poemas. Em The Flyting of Loki: The Lay of Greybeard, o filho de Fárbauti e Laufey se disfarça de Greybeard para enfrentar seu irmão, o Deus do Trovão. Enquanto isso, o texto Hárbarðsljóð, conhecido como um dos mais fascinantes manuscritos édicos, colocou o antigo rei de Asgard em um novo duelo de insultos, agora contra seu próprio pai."Não vou mais guardar segredo: foi com sua irmã que você teve um filho tão ruim quanto você." — Hárbarðr, de Lokasenna<h2>A Inglaterra Anglo-Saxônica e a expansão do flyting</h2>Os anglo-saxões possivelmente adotaram a prática de seus invasores vikings e transformaram o ritual de intelecto em uma competição. Seus salões de festas lotavam com espectadores e participantes, e os vencedores, escolhidos pelo público em geral, tinham direito a beber uma grande caneca de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120955-cetros-sumerios-encontrados-na-russia-podem-ter-sido-canudos-de-cerveja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cerveja</a> ou hidromel e convidar o derrotado a se juntar à mesa para celebrarem juntos.Nos séculos XV e XVI, o flyting voltou a ganhar popularidade graças aos makars, um tipo de bardo escocês que se envolvia nos concursos verbais para ofender seus alvos com insultos sexuais e escatológicos. Curiosamente, a batalha começou a gerar problemas entre as pessoas e quem fosse pego citando profanidades nas ruas era multado no valor de 20 xelins (algo em torno de R$ 1200, em conversão direta), exceto se fosse encarregado de entreter a nobreza em cortes reais.Posteriormente, os flytings foram citados inúmeras vezes na literatura mundial, inclusive em peças de William Shakespeare e nas tragégias de Ralph Roister Doister, de Nicholas Udall, e de John Still, autor de Gammer Gurton's Needle.</body>

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Criadas pelo vikings, batalhas de rap trocavam armas por insultos

Imagem de Novo tratamento contra abusos domésticos mostra-se promissor no megacurioso

Estudo compara casos de homens condenados por violência doméstica e evidencia importância da intervenção local

Um estudo publicado pelo Departamento de Corre&ccedil;&otilde;es de Iowa (Estados Unidos) revelou um tratamento promissor para auxiliar no combate a abusos dom&eacute;sticos. Tendo como base uma an&aacute;lise comparativa entre casos de homens condenados por viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica, a pesquisa anunciou a import&acirc;ncia da interven&ccedil;&atilde;o local na redu&ccedil;&atilde;o de comportamentos agressivos, tendo como apoio fundamentos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121296-6-marchas-muito-importantes-para-o-movimento-feminista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">feministas</a> de reeduca&ccedil;&atilde;o aplicados no estado desde a d&eacute;cada de 1980.
Segundo uma pesquisa realizada em 2015 pelos Centros de Controle e Preven&ccedil;&atilde;o de Doen&ccedil;as dos Estados Unidos (CDC), 1 em cada 3 mulheres sofreu viol&ecirc;ncia por parceiro &iacute;ntimo no pa&iacute;s, incluindo viol&ecirc;ncia f&iacute;sica e sexual, persegui&ccedil;&atilde;o e agress&atilde;o psicol&oacute;gica.
Por&eacute;m, especialistas comentaram que a maior parte dos casos &eacute; cronicamente subnotificado, resultando em n&uacute;meros estimados que n&atilde;o representam toda a extens&atilde;o das ocorr&ecirc;ncias dos v&aacute;rios tipos de abuso.
Em Iowa, o programa Modelo Duluth, aplicado na d&eacute;cada de 1980 e baseado em preceitos feministas (sociedade sexista como causa da viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica), substitui o c&aacute;rcere convencional no tratamento a agressores, com os condenados devendo concluir o projeto de interven&ccedil;&atilde;o para desaprender suas cren&ccedil;as.
Com o tempo, a estrat&eacute;gia se provou pouco eficaz e teve efeito nulo se comparado ao de nenhum tratamento, exigindo que uma nova alternativa fosse iniciada sem perder a base de ressocializa&ccedil;&atilde;o.
Nesse contexto, o programa Achieving Change Through Value-Based Behavior (ACTV &mdash; "Alcan&ccedil;ar a mudan&ccedil;a atrav&eacute;s do comportamento baseado em valor", em tradu&ccedil;&atilde;o livre) foi lan&ccedil;ado em 2010 por Amie Zarling, psic&oacute;loga cl&iacute;nica e professora associada de desenvolvimento humano e estudos familiares na Iowa State University.
O estudo contou com a participa&ccedil;&atilde;o de 15 mil homens acusados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120456-conheca-o-gesto-universal-para-denunciar-a-violencia-domestica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">abuso dom&eacute;stico</a>. A medida visou renovar o Modelo Duluth e trazer uma abordagem cognitivo-comportamental, tendo como fundamento a Terapia de Aceita&ccedil;&atilde;o e Compromisso (ACT).
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/15/15115713724007.jpg" alt="(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
&ldquo;Os programas baseados em ACT sustentam a perspectiva de que h&aacute; muitos contribuintes para a viol&ecirc;ncia entre parceiros &iacute;ntimos, incluindo a falta de habilidades para gerenciar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121747-4-sons-capazes-de-mudar-seu-estado-emocional.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emo&ccedil;&otilde;es</a> e se comunicar de maneira saud&aacute;vel e respeitosa, bem como cren&ccedil;as e atitudes preocupantes ou prejudiciais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s mulheres e a si mesmo. Uma hist&oacute;ria de trauma, discrimina&ccedil;&atilde;o racial, dificuldades de apego, uso de subst&acirc;ncias e at&eacute; sa&uacute;de mental tamb&eacute;m podem ser fatores&rdquo;, disse Zarling.
<h2 class="uk-text-justify">&Ecirc;nfase nos traumas</h2>
Zarling enfatiza que a ACT trabalha com os traumas para ajudar as pessoas a identificar valores, relacionamentos e partes significativas de suas vidas, a fim de desenvolver habilidades para aumentar sua &ldquo;flexibilidade psicol&oacute;gica&rdquo;.
A t&eacute;cnica poderia, ent&atilde;o, ajudar participantes a "perceber esse pensamento ou sentimento" e identificar o que est&aacute; gerando comportamentos agressivos, estimulando a capacidade de realizar escolhas mais adequadas e conscientes.
O estudo selecionou aleatoriamente 338 homens que foram mandados pelo tribunal para completar 24 sess&otilde;es de um programa de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica para ACTV ou Modelo Duluth. Um ano ap&oacute;s a conclus&atilde;o do programa de interven&ccedil;&atilde;o, a cientista descobriu que os participantes do ACTV tinham cerca de metade da taxa de acusa&ccedil;&otilde;es em compara&ccedil;&atilde;o com os homens que foram designados para o Modelo Duluth, e menos de 13% do total foi acusado novamente de agress&atilde;o dom&eacute;stica.
Os dados da pesquisa mostraram que a agress&atilde;o f&iacute;sica, os comportamentos controladores e de persegui&ccedil;&atilde;o diminu&iacute;ram entre os homens que estavam no ACTV. Espera-se que o projeto possa reduzir a viol&ecirc;ncia familiar e evolua nas pr&oacute;ximas semanas, por meio de acompanhamentos e testes controlados randomizados em ambientes prisionais.

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Novo tratamento contra abusos domésticos se mostra promissor

Imagem de Como seria o pôr do sol observado em outros planetas? no megacurioso

Será que o pôr do sol em outros planetas seria parecido com o da Terra?

Geronimo Villanueva, um cientista do Goddard Space Flight Center da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121088-nasa-encontra-sinais-que-podem-significar-vida-em-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">NASA</a> em Greenbelt, Maryland, criou um simulador de p&ocirc;r do sol para demonstrar como ocorreria o fen&ocirc;meno em outros planetas. Intitulada de Gerador de Espectro Planet&aacute;rio, a ferramenta se baseia em c&aacute;lculos sobre dist&acirc;ncia e rota&ccedil;&atilde;o para compreender o efeito do crep&uacute;sculo em diversas localidades do Sistema Solar, resultando em paletas de cores surpreendentes e de tirar o f&ocirc;lego.
Segundo Villanueva, as cores do p&ocirc;r do sol de cada planeta diferem de acordo com os n&iacute;veis da intera&ccedil;&atilde;o da luz solar com sua respectiva atmosfera. A ilumina&ccedil;&atilde;o se espalha por mol&eacute;culas na camada gasosa em um processo conhecido como espalhamento Rayleigh, sendo mais eficaz em comprimentos de onda mais curtos, j&aacute; que a extremidade azul do espectro vis&iacute;vel, por&ccedil;&atilde;o da <a href="https://www.megacurioso.com.br/radiacao/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">radia&ccedil;&atilde;o</a> eletromagn&eacute;tica, pode ser vista pelo olho humano.
Em planetas onde h&aacute; uma atmosfera dominada por gases, a tend&ecirc;ncia do padr&atilde;o de cores indica comprimentos de onda mais longos, com as tonalidades ganhando for&ccedil;a ao p&ocirc;r do sol. Em Urano, por exemplo, as part&iacute;culas de g&aacute;s de hidrog&ecirc;nio, h&eacute;lio e metano espalham os comprimentos de onda em azul e verde &mdash; mais curtos &mdash; &agrave; medida que absorvem extens&otilde;es mais longas em vermelho. O evento, ent&atilde;o, cria um c&eacute;u azul brilhante que se torna turquesa ao p&ocirc;r do sol, &agrave; medida que a luz azul &eacute; dispersada em rela&ccedil;&atilde;o aos comprimentos mais longos.
J&aacute; em <a href="https://www.megacurioso.com.br/marte/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a>, onde h&aacute; o predom&iacute;nio de poeira no ar, a luz &eacute; espalhada de forma diferente se comparada &agrave; de planetas essencialmente gasosos. De acordo com um <a href="https://www.jpl.nasa.gov/news/sunsets-on-titan-reveal-the-complexity-of-hazy-exoplanets" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estudo de 2014</a> baseado em dados do rover de Marte Spirit, a poeira reflete a luz vermelha em &acirc;ngulos mais amplos e "desconcentra" a presen&ccedil;a da tonalidade. Dessa forma, como a luz azul n&atilde;o &eacute; distribu&iacute;da aleatoriamente no planeta, ela chega a ter uma intensidade at&eacute; seis vezes maior que a luz vermelha durante o p&ocirc;r do sol.
Veja abaixo o v&iacute;deo com as simula&ccedil;&otilde;es:
<iframe width="756" height="426" src="https://www.youtube.com/embed/vrLfHv6sze0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
<h2>Os distintos efeitos luminosos</h2>
Outras causas primordiais para os diferentes efeitos do p&ocirc;r do sol, al&eacute;m da composi&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica, seriam o posicionamento e dist&acirc;ncia do Sol calculada para cada planeta. &Agrave; medida que esses corpos c&oacute;smicos giram para longe da luz da estrela an&atilde; durante o fen&ocirc;meno crepuscular, os f&oacute;tons s&atilde;o espalhados em diferentes dire&ccedil;&otilde;es, considerando os n&iacute;veis energ&eacute;ticos produzidos e os tipos de mol&eacute;culas existentes no ar.&nbsp;
Devido a essas quest&otilde;es, &eacute; quase imposs&iacute;vel prever como ser&aacute; o p&ocirc;r do sol em planetas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120896-chuvas-de-terror-o-exoplaneta-mais-mortal-conhecido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exoplanetas</a> e luas sem ter uma compreens&atilde;o completa de sua composi&ccedil;&atilde;o atmosf&eacute;rica. "Onde [a] atmosfera &eacute; dominada por outras subst&acirc;ncias, n&atilde;o posso dizer", disse Kurt Ehler, professor de matem&aacute;tica do Truckee Community College em Reno, Nevada, estimando que o p&ocirc;r do sol terrestre &eacute; um fen&ocirc;meno exclusivo de astros com atmosfera gasosa.
Quanto ao simulador, o projeto foi criado por Villanueva como uma ferramenta para contribuir em uma poss&iacute;vel futura miss&atilde;o de estudo da atmosfera de Urano. Com ela, os cientistas poder&atilde;o utilizar modelagem computacional para interpretar as medi&ccedil;&otilde;es da luz em outros mundos, a fim de revelar a composi&ccedil;&atilde;o qu&iacute;mica e mais informa&ccedil;&otilde;es relevantes sobre suas atmosferas.

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Como seria o pôr do sol observado em outros planetas?

Imagem de 'Coquetel tóxico': os químicos que persistem por anos no corpo humano no megacurioso

Substâncias encontradas em altos níveis no sangue podem ser transmitidas por gerações, gerando impactos em todos os sistemas do corpo

<head></head><body>A poluição química oficialmente cruzou uma nova fronteira e segue ameaçando não somente os sistemas terrestres, mas o próprio organismo humano. Esses produtos são conhecidos como poluentes orgânicos persistentes — POPs — e são tóxicos que não se degradam com facilidade, podendo levar muitos anos para isso.Um estudo realizado em março de 2022 por cientistas da Suécia, Reino Unido, Canadá, Dinamarca e Suíça confirmou a existência de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107043-saiba-por-que-canudos-de-plastico-sao-um-grande-problema-para-os-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microplásticos</a> no sangue humano, em testes realizados em 22 pessoas. Mesmo com resultados que confirmam a existência desses fragmentos em 80% das pessoas, a amostra não foi suficiente para comprovar danos para a saúde humana.Atualmente, muitos destes POPs são regulamentados pela Convenção de Estocolmo da ONU, tratado global que regula a utilização de produtos químicos tóxicos e que, juntamente com programas como o Safe Planet, buscam combater o impacto ambiental negativo causado por esses produtos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16104603219108.jpg" alt="(Fonte: Andrew Selsky/AP/Reprodução)">(Fonte: Andrew Selsky/AP/Reprodução)Importante pontuar que o programa Safe Planet é uma campanha de conscientização da própria ONU que busca monitorar os níveis gerais de produtos químicos na população do planeta. Desde 2010, essa iniciativa destaca diversos danos causados pela utilização (e por todo o processo de produção) desses produtos por meio de testes realizados em mais de 100.000 pessoas de todos os continentes.Bert van Bavel esteve na equipe de cientistas que desenvolveram os testes para o Safe Planet e ficou surpreso ao encontrar níveis relativamente altos de diversas substâncias, com destaque para oxiclordano, comumente encontrado em pesticidas, que possui uma meia-vida de cerca de 30 anos, podendo assim ser passado entre gerações.O oxiclordano, como dito acima, é utilizado para matar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120936-os-6-insetos-mais-violentos-do-mundo.htm#:~:text=A%20vespa-mandarina%2C%20também%20conhecida,partes%20do%20extremo%20oriente%20russo." rel="noopener noreferrer" target="_blank">insetos</a> e pragas, e se em contato com o organismo humano, pode impactar negativamente o desenvolvimento cerebral e o sistema imunológico.<h2>A importância preventiva da regulamentação</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16104731220119.jpg" alt="(Fonte: Swiftsciencewriting/Pixabay)">(Fonte: Swiftsciencewriting/Pixabay)Com essas informações em mãos, van Bavel enfatizou a necessidade da regulamentação e até mesmo do fim de diversos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120861-nurdles-um-dos-materiais-mais-toxicos-da-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tóxicos</a>, antes que estejam mais presentes ainda no organismo humano. A evolução dessas substâncias, se nã controladas, fará com que os novos tóxicos sejam mais duradouros e estejam cada vez mais presentes no ambiente e, onsequentemente, no sangue."Estamos todos expostos a esses tipos de produtos químicos. Eles se acumulam em nosso corpo, mas não deveriam estar lá. Seus níveis são aceitáveis do ponto de vista da saúde humana, mas se não tivéssemos nenhuma medida em vigor, os níveis aumentariam e nossa população sofreria efeitos toxicológicos diferentes. Esses produtos químicos precisam ser regulamentados e precisamos de medidas adequadas para controlá-los", declarou Anna Lennquist à BBC.Toxicologista sênior da ONG ChemSec, organização que busca conscientizar formadores de opinião sobre a eliminação de substâncias tóxicas, Anna também defende uma nova legislação e medidas para o controle dos produtos químicos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/16/16172231823503.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)A ChemSec realizou uma série de testes na União Europeia e chegou à conclusão de que 62% dos produtos químicos utilizados na região são perigosos para o meio ambiente e para a saúde humana. Lennquist utiliza essas informações para reforçar a necessidade de que as regulamentações sejam fortes e críticas.Normalmente, as pessoas não se expõem, no dia a dia, a esses tipos de substâncias individualmente. Nossas atividades, nossa rotina e a forma como os produtos tóxicos são utilizados faz com que, juntamente com o sangue, aconteça um “efeito coquetel” em nosso organismo, o que torna tudo ainda mais complexo. Essa complexidade se dá pelo fato de que muitas misturas de substâncias ainda possuem efeitos desconhecidos, o que pode fazer com que os produtos se potencializem ou combatam um com os outros</body>

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'Coquetel tóxico': os químicos que persistem por anos no corpo humano

Imagem de 5 similaridades entre o Alcorão e a Bíblia no megacurioso

Apesar de serem vistos como livros radicalmente diferentes, a Bíblia e o Alcorão guardam semelhanças surpreendentes

Al&eacute;m de compartilharem personagens e eventos simb&oacute;licos, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121651-existe-alguma-mencao-ao-dizimo-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">B&iacute;blia</a> e o Alcor&atilde;o&nbsp;guardam similaridades relevantes para seus seguidores, relatando eventos e feitos significativos que guiaram povos por meio de suas pr&oacute;prias perspectivas culturais e teol&oacute;gicas.
E apesar de serem vistos como textos distintos e com diferen&ccedil;as cruciais, suas semelhan&ccedil;as provam que o juda&iacute;smo e o cristianismo est&atilde;o mais pr&oacute;ximos de serem interpreta&ccedil;&otilde;es diferentes do que tradi&ccedil;&otilde;es totalmente contrastantes. Confira alguns detalhes das obras que se assemelham e encontram pontos em comum!
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119966-5-coisas-que-a-biblia-proibe-mas-nos-ainda-fazemos.htm" target="_blank">5 coisas que a B&iacute;blia pro&iacute;be, mas n&oacute;s ainda fazemos!</a>
<h2>1. Jesus</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09084723835040.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
O Alcor&atilde;o relata que <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121755-qual-era-a-altura-real-de-jesus-cristo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jesus</a> deu vida aos p&aacute;ssaros de barro apenas ao respirar sobre eles, capaz de falar como profeta ainda durante sua inf&acirc;ncia precoce.
No entanto, os ensinamentos &eacute;ticos de Jesus, suas par&aacute;bolas e as narrativas de sua vida como rabino itinerante e curandeiro &mdash; textos recorrentes e significativos para a contextualiza&ccedil;&atilde;o b&iacute;blica &mdash; n&atilde;o aparecem no livro sagrado do Isl&atilde;.
<h2>2. Satan&aacute;s</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09084630569038.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Na B&iacute;blia hebraica, Deus forma Ad&atilde;o do barro, atinge ele com o f&ocirc;lego de vida e o coloca ao lado de uma companheira, Eva, em um jardim id&iacute;lico. Por&eacute;m, de acordo com a narrativa da cria&ccedil;&atilde;o no Alcor&atilde;o, antes mesmo de Deus fazer Ad&atilde;o, Ele j&aacute; havia informado aos anjos um plano divino de &ldquo;criar um vice-regente na terra&rdquo;.&nbsp;
A recusa dos anjos em apoiar a cria&ccedil;&atilde;o humana, devido &agrave; cren&ccedil;a de que os homens possu&iacute;am tend&ecirc;ncias ao comportamento violento, gerou uma ordem divina e exigiu que eles se prostrassem diante de Ad&atilde;o, para honrar a nova funda&ccedil;&atilde;o de Deus, demonstrando obedi&ecirc;ncia. Todos eles o fizeram, exceto Shaitan, um esp&iacute;rito que viu Ad&atilde;o e jurou desviar a humanidade do caminho de Deus, sendo posteriormente expulso do Jardim (Alcor&atilde;o 7:11-12).
<h2>3. Viol&ecirc;ncia contra descrentes</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09084154428034.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O Alcor&atilde;o e a B&iacute;blia compartilham algumas leis duras, ordenando e restringindo a viol&ecirc;ncia em defesa da cria&ccedil;&atilde;o e prote&ccedil;&atilde;o de suas respectivas comunidades religiosas. Enquanto a B&iacute;blia hebraica ordena uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121830-entenda-a-relacao-entre-a-1-guerra-mundial-e-as-revolucoes-russas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guerra</a> total para estabelecer grupos judaicos em Israel &mdash; apesar da sugest&atilde;o de n&atilde;o-judeus livres para viverem em Israel sem serem molestados &mdash;, o Alcor&atilde;o protege o conflito armado a fim de manter a comunidade isl&acirc;mica primitiva na Ar&aacute;bia, sugerindo a guerra contra aqueles que quebram tratados ou perseguem os mu&ccedil;ulmanos.&nbsp;
Quanto ao tratamento contra estrangeiros, a B&iacute;blia hebraica diz que Deus deu outras religi&otilde;es a outras pessoas (Deuteron&ocirc;mio 4:19) e assume que existem pessoas justas e piedosas entre os n&atilde;o-judeus &mdash; No&eacute;, Enos, Enoque, Melquisedeque. O Alcor&atilde;o apresenta declara&ccedil;&otilde;es mais expl&iacute;citas e tolerantes sobre o assunto, defendendo a ideia de "competir" para fazer o bem e evitar a "religi&atilde;o compulsiva".
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120065-6-coisas-proibidas-pelo-alcorao-mas-que-ainda-assim-sao-feitas.htm" target="_blank">6 coisas proibidas pelo Alcor&atilde;o, mas que ainda assim s&atilde;o feitas</a>
<h2>4. Maria e o tratamento das mulheres</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09084334428036.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A B&iacute;blia hebraica menciona 133 mulheres pelo nome em suas aproximadamente mil p&aacute;ginas, com v&aacute;rias delas conversando diretamente com Deus e, em alguns casos, tendo relacionamentos &iacute;ntimos com Jesus, ao serem classificadas como l&iacute;deres e "profetisas" em templos.
Enquanto isso, o Alcor&atilde;o, com cerca de 500 p&aacute;ginas, cita apenas uma mulher &mdash; Maria, a m&atilde;e de Jesus &mdash; e revela um papel menor da participa&ccedil;&atilde;o feminina.
<h2>5. Caim e Abel</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09083921334030.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
Os detalhes entre a hist&oacute;ria de Caim e Abel na B&iacute;blia e Alcor&atilde;o s&atilde;o quase id&ecirc;nticos, mas o texto isl&acirc;mico oferece uma li&ccedil;&atilde;o completamente contrastante, afirmando que "se algu&eacute;m matar uma pessoa seria como se ele matasse toda a humanidade, e se algu&eacute;m salvar uma vida, seria como se ele salvasse a vida de toda a humanidade.&rdquo; (Alcor&atilde;o 5:32).&nbsp;
A hist&oacute;ria tr&aacute;gica dos irm&atilde;os &eacute; citada tamb&eacute;m na Mishn&aacute; judaica (a primeira grande reda&ccedil;&atilde;o das tradi&ccedil;&otilde;es orais da religi&atilde;o), afirmando que "o homem foi criado solteiro para mostrar que para aquele que mata um &uacute;nico indiv&iacute;duo deve ser considerado que ele matou toda a ra&ccedil;a, mas para aquele que preserva a vida de um &uacute;nico indiv&iacute;duo conta-se que ele preservou toda a ra&ccedil;a.&rdquo;

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5 similaridades entre o Alcorão e a Bíblia

Imagem de Como os recifes de corais podem diminuir o impacto das inundações no megacurioso

Ecossistema marinho atua como quebra-mar e pode amortecer impactos de ondas em regiões costeiras, mas vê ameaças climáticas minarem seu papel

<head></head><body>Classificadas entre os desastres mais prejudiciais aos Estados Unidos tanto pelo impacto financeiro — mais de centenas de bilhões gastos em reparações — quanto pelo social, as tempestades tropicais possuem um alto poder destrutivo, e suas inundações arrastam tudo que encontram pela frente em um raio de quilômetros. Porém, uma nova pesquisa realizada por engenheiros da Universidade de Miami pode fortalecer o combate às <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119765-populacao-atingida-por-enchentes-aumenta-24-desde-o-final-de-2020.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enchentes</a>, reduzindo os danos causados por meio do restabelecimento dos recifes de corais.O projeto, que consiste em um tanque do tamanho de uma piscina, um gerador de ondas e um motor a jato capaz de canalizar ventos com força de furacão, foi fabricado como ferramenta essencial para compreender a importância dos corais na proteção de comunidades costeiras. Isso porque o ecossistema oceânico atua como quebra-mar natural durante eventos catastróficos e amortece os impactos em zonas próximas às águas, mas seu papel está sendo comprometido pela extinção, graças aos efeitos das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120674-6-lugares-que-nao-existem-por-conta-das-mudancas-climaticas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudanças climáticas</a>.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09104658512133.jpg" alt="(Fonte: Vox / Reprodução)">(Fonte: Vox / Reprodução)Nos EUA, os recifes de corais contribuem com a segurança de mais de 18 mil pessoas e evitam danos de US$ 1,8 bilhão em inundações por ano, de acordo com uma <a href="https://www.usgs.gov/centers/pcmsc/value-us-coral-reefs-risk-reduction" rel="noopener noreferrer" target="_blank">análise</a> recente do US Geological Survey (USGS). A cobertura vegetal, naturalmente, consegue reduzir cerca de 97% da quantidade média de energia nas ondas, fazendo uma grande diferença na eliminação de riscos e na proteção populacional. Essa seria a razão pela qual seria assustador perder o ecossistema, que já reduziu mais de 50% de sua área em todo o planeta.<h2>O simulador de corais</h2>Com projeções de uma subida de mais de 30 centímetros do nível do mar nas próximas três décadas, especialistas do condado de Miami-Dade simularam furacões e recriaram as condições ideais para um desastre em larga escala, unindo tubos hexagonais ocos — chamados de "colmeia marinha" em profundidades aquáticas de pouco mais de um metro. Quando um motor foi ativado, os pesquisadores puderam criar rajadas de ventos e estimular o surgimento de ondas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09104606449131.jpg" alt="(Fonte: Vox / Reprodução)">(Fonte: Vox / Reprodução)Apesar de ser uma abordagem híbrida — ação humana e corais vivos —, o projeto de restauração da universidade exibiu uma eficiência de até 95% na proteção contra choques e reforçou a importância de revitalizar o ecossistema nativo. Atualmente, cientistas trabalham não apenas no trabalho de conscientização a partir de resultados concretos, mas também no desenvolvimento de organismos que crescem rapidamente e toleram melhor o aumento da temperatura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121775-5-misterios-do-oceano-que-a-ciencia-ainda-nao-resolveu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">oceano</a>, doenças e predação.“Os fundos para gestão de desastres e adaptação climática são dezenas a centenas de vezes maiores do que os fundos para conservação e restauração de habitats”, escreveram os autores de um estudo publicado em 2021 pela <a href="https://www.nature.com/articles/s41893-021-00706-6#:~:text=Annually%2C%20US%20coral%20reefs%20reduce,over%20present-day%20flood%20risk.'" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nature</a>. “Essas perdas podem aumentar o risco de inundação em apenas alguns anos para níveis não previstos pelo aumento do nível do mar por décadas ou um século.”</body>

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Como os recifes de corais podem diminuir o impacto das inundações

Imagem de Aluno do Ensino Médio cria braço prostético controlado pela mente no megacurioso

Equipamento de baixo custo chama a atenção por ser acessível e não requerer quaisquer tipos de cirurgias ou implantações cerebrais

<head></head><body>O estudante Benjamin Choi (17), um dos quarenta finalistas do Regeneron Science Talent Search, evento de ciências e <a href="https://www.megacurioso.com.br/matematica-e-estatistica/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">matemática</a> dedicado a alunos do Ensino Médio, criou um braço prostético de baixo custo de fabricação e controlado pela mente. O modelo, inspirado no documentário 60 Minutes, se destaca por apresentar uma acessibilidade surpreendente, evitando a necessidade de cirurgias ou implantes instalados.Em entrevista à revista <a href="https://www.smithsonianmag.com/innovation/this-high-schooler-invented-a-low-cost-mind-controlled-prosthetic-arm-180979984/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Smithsonian Magazine</a>, Choi comentou que utilizou sua sala de pingue-pongue como laboratório improvisado e desenvolveu o projeto durante o período de pandemia. Segundo ele, a primeira versão de seu braço robótico, limitada a peças de até doze centímetros de comprimento, contou com a tecnologia de uma impressora 3D de US$ 75 e um pouco de linha de pesca, demorando cerca de 30 horas para estar finalizado e tendo como base dados de ondas cerebrais e gestos de cabeça.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/05/09/09144229538336.jpg" alt="(Fonte: Smithsonian / Reprodução)">(Fonte: Smithsonian / Reprodução)Depois de mais de 75 interações com o braço e uma série de aprimoramentos, o estudante criou a versão definitiva da prótese e montou um modelo que suporta até quatro toneladas de peso. E apesar de operar usando um algoritmo impulsionado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119984-como-uma-lesma-do-mar-vai-ajudar-a-melhorar-a-inteligencia-artificial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inteligência artificial</a> que interpreta as ondas cerebrais de um usuário, seu custo de fabricação é muito baixo, custando cerca de US$ 300 — uma prótese de membro superior mais básica, movida ao corpo, custa quase US$ 7 mil, enquanto um dispositivo avançado chega a US$ 500 mil.&nbsp;<h2>Como funciona a prótese?</h2>O braço de Choi abdica de processos cirúrgicos para registrar a atividade elétrica do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121698-como-e-o-cerebro-de-uma-pessoa-de-alto-qi.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a> utilizando sensores de eletroencefalografia colocados na cabeça. Para isso, seu sistema usa um sensor de linha de base no lóbulo da orelha e outro na testa como eletrodos, e coleta dados de EEG. Assim, essas informações são enviadas ao braço via Bluetooth, que se move de acordo com a vontade do usuário. Veja abaixo o vídeo:<iframe width="740" height="417" src="https://www.youtube.com/embed/0dbc3DD2Nb4" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>“Trabalhar com o Sr. Dunn tornou este projeto realmente impactante e realmente inspirador e motivador”, diz Choi. “Talvez isso pareça um pouco clichê, mas você pode realmente ajudar as pessoas, eu acho, através da engenharia, através da tecnologia. Esses modelos de IA podem ficar tão grandes. Eu estava pensando em armazená-los na nuvem e depois fazer com que meu braço se comunicasse via Wi-Fi.”No total, o algoritmo tem mais de 23 mil linhas de código, com 978 páginas de matemática e sete sub-algoritmos completamente novos. O arquivo funciona com uma precisão média de 95%, conferindo um avanço de mais de 20% em relação ao padrão anterior. Choi trabalhou de forma independente no projeto enquanto recebia conselhos de especialistas em engenharia elétrica e computação, aplicando "técnicas de machine learning de última geração ao seu sistema de braço robótico".Segundo o criador do projeto, seus próximos passos serão a aplicação de estudos clínicos com pacientes que perderam os membros superiores, a fim de aprimorar seu braço prostético e levar o algoritmo para outras áreas da ciência.</body>

André Luis Dias Custodio