Imagem de Escócia deve atingir 100% de produção de energia renovável em novembro no megacurioso

País se converteu em referência mundial em apenas alguns anos

Na contram&atilde;o da maioria dos pa&iacute;ses que assumiram compromissos relacionados com a ado&ccedil;&atilde;o de medidas para reduzir emiss&otilde;es e focar sua produ&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica em fontes renov&aacute;veis e limpas &ndash; e n&atilde;o conseguir&atilde;o honrar o combinado &ndash;, a Esc&oacute;cia deve atingir a sua meta antes do final deste ano, a tempo para a C&uacute;pula sobre o Clima da Na&ccedil;&otilde;es Unidas, que ser&aacute; sediada no pa&iacute;s em novembro.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Revolu&ccedil;&atilde;o energ&eacute;tica</h2>
J&aacute; faz algum tempo que a Esc&oacute;cia vem caminhando a passos largos no sentido de substituir completamente o uso de combust&iacute;veis f&oacute;sseis e hoje est&aacute; entre os principais l&iacute;deres mundiais na produ&ccedil;&atilde;o de <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-limpa/" target="_blank" title="Energia limpa">energia renov&aacute;vel</a>. Para se ter ideia, o pa&iacute;s estabeleceu a meta de suprir 50% de suas necessidades energ&eacute;ticas a partir de fontes limpas at&eacute; 2015 e, naquele ano, atingiu 59% de fornecimento, ultrapassando o objetivo inicial.
<figure class="image"><img alt="" height="1338" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/28/28235424388202.jpg" width="2592" /> <figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons / Bjmullan / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
De l&aacute; para c&aacute;, os escoceses continuaram conquistando resultados impressionantes &ndash; em 2017, 68,1% da energia produzida vieram de fontes renov&aacute;veis e, em 2018, esse n&uacute;mero saltou para 74,6% &ndash;, e entre janeiro e julho do ano passado, o pa&iacute;s gerou&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-eolica/" target="_blank" title="Energia e&oacute;lica">energia e&oacute;lica</a> suficiente para suprir 100% da eletricidade consumida pelas resid&ecirc;ncias na Esc&oacute;cia e tamb&eacute;m de milh&otilde;es de casas do norte da Inglaterra. A &uacute;ltima meta a ser conquistada ser&aacute; a ado&ccedil;&atilde;o de 100% de fontes limpas por seu setor energ&eacute;tico, o que deve acontecer at&eacute; novembro, conforme mencionamos.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Exemplo global</h2>
Embora a Esc&oacute;cia fa&ccedil;a uso de fontes energ&eacute;ticas como a geotermal, a hidrel&eacute;trica, a maremotriz, a bioenerg&eacute;tica e a <a href="http://www.tecmundo.com.br/energia-solar/" target="_blank" title="Energia solar">solar</a>, o forte do pa&iacute;s &eacute; a produ&ccedil;&atilde;o de energia e&oacute;lica. A maior planta em opera&ccedil;&atilde;o, a Beatrice Offshore Wind Farm, situada no Mar do Norte, tem capacidade para gerar energia suficiente para suprir 450 mil resid&ecirc;ncias com eletricidade, e existem projetos em desenvolvimento para a cria&ccedil;&atilde;o de campos e&oacute;licos ainda maiores, como o Seagreen Wind Energy Farm, cuja constru&ccedil;&atilde;o deve ser iniciada em 2022 e, uma vez se encontre em opera&ccedil;&atilde;o, poder&aacute; fornecer energia para 1 milh&atilde;o de casas.
<figure class="image"><img alt="" height="435" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/28/28235607294203.jpg" width="1008" /> <figcaption>(Fonte: World Economic Forum / Reuters / David Moir / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, existem projetos para a instala&ccedil;&atilde;o de mais 100 campos e&oacute;licos pelo territ&oacute;rio escoc&ecirc;s, e o pa&iacute;s encerrou as opera&ccedil;&otilde;es de sua &uacute;ltima central el&eacute;trica movida a carv&atilde;o em 2016. Hoje h&aacute; apenas uma planta de g&aacute;s natural em funcionamento na Esc&oacute;cia e o Governo pretende expandir as medidas de ado&ccedil;&atilde;o de fontes renov&aacute;veis para os setores de transporte &ndash; com a substitui&ccedil;&atilde;o gradual de ve&iacute;culos p&uacute;blicos e privados movidos a combust&iacute;veis f&oacute;sseis por op&ccedil;&otilde;es el&eacute;tricas at&eacute; 2032 &ndash; e de produ&ccedil;&atilde;o de aquecimento urbano.
Todas essas medidas foram adotadas ap&oacute;s o governo escoc&ecirc;s se comprometer, juntamente com o restante do Reino Unido, a zerar suas emiss&otilde;es de gases de efeito estufa at&eacute; 2050. Mas, segundo as proje&ccedil;&otilde;es &ndash; e considerando o quanto a Esc&oacute;cia leva suas metas ambientais a s&eacute;rio &ndash;, o pa&iacute;s dever&aacute; alcan&ccedil;ar esse objetivo em 2045. Bom seria se os maiores poluidores do mundo, como a R&uacute;ssia e os EUA, seguissem o exemplo dos escoceses e se comprometessem a zelar mais pelo planeta. A China, que tamb&eacute;m est&aacute; na caderneta negra dos grandes emissores, assumiu o compromisso de limitar a sua polui&ccedil;&atilde;o, mas, conforme as coisas andam, esses cortes est&atilde;o longe de ser suficientes. Pena que n&atilde;o existem mais Esc&oacute;cias!<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149801-escocia-deve-atingir-100-producao-energia-renovavel-novembro.htm">Escócia deve atingir 100% de produção de energia renovável em novembro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:27.328Z

Escócia deve atingir 100% de produção de energia renovável em novembro

Imagem de Micróglias: as células que conectam a saúde física e mental no megacurioso

Esse estudo comprova que uma pequena célula cerebral é responsável pela ligação entre mente corpo

De acordo com o consenso &ndash; e com o que dizem os livros de medicina &ndash;, o sistema imunol&oacute;gico age sobre todos os &oacute;rg&atilde;os, estruturas e tecidos do corpo humano, com exce&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro, respons&aacute;vel por comandar tudo o que ocorre no nosso organismo. Entretanto, segundo um interessant&iacute;ssimo artigo de Donna Jackson Nakazawa, publicado pelo site <a href="https://www.wired.com/story/the-tiny-brain-cells-that-connect-our-mental-and-physical-health/" style="color: #0563c1; text-decoration: underline;" target="_blank">Wired</a> (e dispon&iacute;vel para leitura <a href="https://www.wired.com/story/the-tiny-brain-cells-that-connect-our-mental-and-physical-health/" style="color: #0563c1; text-decoration: underline;" target="_blank">atrav&eacute;s deste link</a>), evid&ecirc;ncias indicam que, ao contr&aacute;rio do racioc&iacute;nio consolidado h&aacute; s&eacute;culos sobre o dualismo mente-corpo, a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/saude/" target="_blank" title="Sa&uacute;de">sa&uacute;de</a> f&iacute;sica tem forte influ&ecirc;ncia sobre a mental, e o elo de liga&ccedil;&atilde;o entre ambas parece ser uma pequenina c&eacute;lula cerebral chamada micr&oacute;glia.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Div&oacute;rcio corp&oacute;reo</h2>
O conceito de dualismo mente-corpo se baseia na ideia de que o funcionamento do c&eacute;rebro e os mecanismos que regem as fun&ccedil;&otilde;es do restante do nosso corpo s&atilde;o independentes. Isso incluiria o sistema imunol&oacute;gico &ndash; e, de fato, existe na base do c&eacute;rebro uma grande concentra&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas fortemente entrela&ccedil;adas que formam a chamada Barreira Hematoencef&aacute;lica, uma estrutura que, como o pr&oacute;prio nome sugere, atua como uma &ldquo;muralha&rdquo; entre o sistema nervoso central e o restante do corpo, filtrando o que pode passar e impedindo que subst&acirc;ncias presentes na corrente sangu&iacute;nea e potencialmente prejudiciais penetrem atrav&eacute;s dela.
<figure class="image"><img alt="" height="1365" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/25/25151453000023.jpg" width="2048" /> <figcaption>(Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Entretanto, as micr&oacute;glias, min&uacute;sculas c&eacute;lulas que existem em grandes quantidades no sistema nervoso central, aparentemente se &ldquo;comunicam&rdquo; com o restante do organismo &ndash; e poderiam estar por tr&aacute;s da raz&atilde;o de pessoas diagnosticadas com uma variedade de doen&ccedil;as de ordem f&iacute;sica serem muito mais propensas a desenvolverem problemas neurol&oacute;gicos como depress&atilde;o, ansiedade, Parkinson, esquizofrenia, dist&uacute;rbio bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do d&eacute;ficit de aten&ccedil;&atilde;o e hiperatividade, perda de mem&oacute;ria e outros dist&uacute;rbios cognitivos e neurodegenerativos.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">"Pac-Men" biol&oacute;gico</h2>
As micr&oacute;glias comp&otilde;em cerca de 1 d&eacute;cimo das c&eacute;lulas cerebrais e, desde a sua descoberta, na d&eacute;cada de 20, eram tidas como as &ldquo;faxineiras&rdquo; do c&eacute;rebro &ndash; se ocupando de coletar e descartar os neur&ocirc;nios que v&atilde;o morrendo. Contudo, com o avan&ccedil;o tecnol&oacute;gico, estudos mais recentes revelaram que essas min&uacute;sculas estruturas est&atilde;o envolvidas em outras a&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m. A possibilidade de investigar as c&eacute;lulas em pleno funcionamento permitiu aos cientistas observar que elas est&atilde;o em constante movimento pelo sistema nervoso central, como se estivessem &ldquo;checando&rdquo; todas as &aacute;reas, estruturas e atividades,&nbsp;verificando que tudo corre bem.
<figure class="image"><img alt="" height="357" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/25/25151700196024.jpg" width="480" /> <figcaption>Micr&oacute;glias (Fonte: Wikimedia Commons / Grzegorz Wicher / Reprodu&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
Como voc&ecirc; pode ver pela imagem acima, as micr&oacute;glias consistem em bolotinhas dotadas de bracinhos que lembram os galhos de uma &aacute;rvore. Pois, quando&nbsp;passam por um neur&ocirc;nio, por exemplo, as micr&oacute;glias esticam essas pequenas protuber&acirc;ncias e tocam as c&eacute;lulas cerebrais como que para garantir que elas est&atilde;o bem. E, dada a sua fun&ccedil;&atilde;o como &ldquo;faxineiras&rdquo;, ao identificar problemas com os neur&ocirc;nios, elas estendem os bra&ccedil;os, coletam as c&eacute;lulas doentes ou mortas e as levam embora.
Essa atividade, como voc&ecirc; deve se recordar das aulas de Biologia, lembra bastante a executada por outra organela presente no organismo, o macr&oacute;fago. Quando ocorre a morte celular em algum &oacute;rg&atilde;o ou tecido em decorr&ecirc;ncia de infec&ccedil;&otilde;es, o sistema imunol&oacute;gico percebe a presen&ccedil;a desses &ldquo;cad&aacute;veres&rdquo; como um risco potencial e envia os macr&oacute;fagos para engolirem e destru&iacute;rem as estruturas mortas.
No entanto, podem acontecer erros nesse mecanismo e de o sistema imunol&oacute;gico mobilizar o seu ex&eacute;rcito de &ldquo;Pac-Men&rdquo; para atacar c&eacute;lulas e tecidos saud&aacute;veis &ndash; e &eacute; a&iacute; que se d&atilde;o doen&ccedil;as autoimunes como seriam a artrite reumatoide e a S&iacute;ndrome de Guillain Barre, por exemplo. Curiosamente, pessoas diagnosticadas com problemas de sa&uacute;de como esses tamb&eacute;m est&atilde;o naquele grupo mais propenso a desenvolver problemas mentais, e o aprofundamento nos estudos sobre as micr&oacute;glias revelaram algo fascinante.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Falha na Matrix</h2>
As micr&oacute;glias s&atilde;o originadas a partir da mesma fam&iacute;lia de c&eacute;lulas-tronco que se transformam em c&eacute;lulas do sistema imunol&oacute;gico, como os linf&oacute;citos, gl&oacute;bulos brancos e macr&oacute;fagos. O que acontece &eacute; que, nos embri&otilde;es, por volta do s&eacute;timo dia de gesta&ccedil;&atilde;o, as micr&oacute;glias migram para o c&eacute;rebro atrav&eacute;s da corrente sangu&iacute;nea, enquanto as demais c&eacute;lulas permanecem no restante do corpo. Isso significa que as micr&oacute;glias s&atilde;o, em sua ess&ecirc;ncia, c&eacute;lulas imunol&oacute;gicas.
Essas c&eacute;lulas s&atilde;o especialmente ativas durante o processo de desenvolvimento do sistema nervoso central em embri&otilde;es e, depois, quando esse sistema se torna maduro, as micr&oacute;glias ficam programadas para somente &ldquo;engolir&rdquo; neur&ocirc;nios e sinapses que j&aacute; n&atilde;o servem mais. Contudo, quando ocorrem erros no sistema imunol&oacute;gico e ele come&ccedil;a a atacar c&eacute;lulas e tecidos saud&aacute;veis, esse desequil&iacute;brio parece ser percebido no c&eacute;rebro &ndash; e sinapses e neur&ocirc;nios saud&aacute;veis come&ccedil;am a desaparecer por l&aacute;, dando lugar a problemas neurodegenerativos e neuropsiqui&aacute;tricos que mencionamos antes.
<figure class="image"><img alt="" height="540" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/25/25152017968025.jpg" width="1900" /> <figcaption>(Fonte: Quantumrun / Reprodu&ccedil;&atilde;o) </figcaption></figure>
&Eacute; como se a mesma &ldquo;falha na matrix&rdquo; ocorrida no sistema imunol&oacute;gico se espelhasse no sistema nervoso e as micr&oacute;glias entrassem em a&ccedil;&atilde;o no intu&iacute;do de proteger o c&eacute;rebro de uma poss&iacute;vel infec&ccedil;&atilde;o. Com isso, elas podem devorar conex&otilde;es cerebrais envolvidas no processamento de informa&ccedil;&otilde;es, pensamentos, emo&ccedil;&otilde;es e forma&ccedil;&atilde;o de mem&oacute;ria, al&eacute;m de prejudicar a comunica&ccedil;&atilde;o entre diferentes regi&otilde;es do c&eacute;rebro, causando uma bagun&ccedil;a.
Existem estudos que revelaram que pessoas passando por epis&oacute;dios graves de depress&atilde;o apresentam n&iacute;veis de micr&oacute;glias ativas bem mais elevados do que o normal &ndash; e o mesmo foi observado em pacientes diagnosticados com Parkinson e TOC. Al&eacute;m disso, existem fortes evid&ecirc;ncias de que as micr&oacute;glias ativadas pelo sistema imunol&oacute;gico entram em a&ccedil;&atilde;o em reposta aos mesmos mecanismos que desencadeiam inflama&ccedil;&otilde;es no corpo.
O bacana &eacute; que, com essas descobertas recentes e o maior entendimento sobre a a&ccedil;&atilde;o, funcionamento e impacto das micr&oacute;glias, os pesquisadores podem explorar novas possibilidades e abordagens para tratar uma variedade de males que afetam o corpo e a mente &ndash; e voltar a reconciliar essas 2 entidades que, apesar de estarem separadas nos livros de medicina, formam parte de um todo.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149674-microglias-celulas-conectam-saude-fisica-mental.htm">Micróglias: as células que conectam a saúde física e mental</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.914Z

Micróglias: as células que conectam a saúde física e mental

Imagem de Sabia que foi uma mulher quem 1º descreveu os mecanismos do efeito estufa? no megacurioso

Conheça Eunice Foote, a norte-americana que foi esquecida pela ciência


Voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar em uma cientista amadora norte-americana chamada Eunice Foote? N&atilde;o? Entretanto, n&atilde;o restam d&uacute;vidas de que voc&ecirc; j&aacute; ouviu falar &ndash; e muito &ndash; nos gases de efeito estufa e seu impacto no planeta, certo? Pois, Eunice, apesar de ser uma completa desconhecida para a grande maioria de n&oacute;s, foi a 1&ordf; pessoa a descrever os mecanismos por tr&aacute;s da a&ccedil;&atilde;o desses gases e, embora tenha feito isso de forma inadequada (segundo os rigorosos padr&otilde;es cient&iacute;ficos), n&atilde;o recebeu o merecido cr&eacute;dito por sua contribui&ccedil;&atilde;o e caiu no esquecimento.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Sem mem&oacute;ria</h2>
De acordo com Ian Steadman, do site <a href="https://howwegettonext.com/the-forgotten-woman-who-discovered-the-greenhouse-effect-ad954a6ea7d9" style="color: blue; text-decoration: underline;" target="_blank">How We Get To Next</a>, Foote descreveu a a&ccedil;&atilde;o dos gases de efeito estufa em 1856 &ndash; sim, em meados do s&eacute;culo 19, muito antes de o aquecimento global ser uma preocupa&ccedil;&atilde;o mundial &ndash;, ap&oacute;s conduzir alguns experimentos bastante simples. Eunice encheu alguns cilindros de vidro com gases diferentes, os colocou ao sol e, depois, mediu a sua temperatura. E adivinhe qual resultou ser o mais quente?
<figure class="image"><img alt="" height="868" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/24/24210131812506.jpg" width="1544" /> <figcaption>(Fonte: Atlas Logistics Network / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Isso mesmo, Foote observou que o recipiente contendo di&oacute;xido de carbono foi o que absorveu mais calor e, quando descreveu seus achados em um artigo, a cientista aplicou o racioc&iacute;nio ao mundo todo e concluiu que o ac&uacute;mulo desses gases na atmosfera provavelmente teria sido respons&aacute;vel por per&iacute;odos de aquecimento e resfriamento global. Genial, n&eacute;? Ent&atilde;o, por que &eacute; que Eunice foi esquecida?
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Brilho ofuscado</h2>
Pesquisas sobre a vida e obra da norte-americana indicam que a falta de reconhecimento &eacute; resultado de uma combina&ccedil;&atilde;o de fatores. Para come&ccedil;ar, apesar de seu estudo ter sido apresentado durante o encontro da Associa&ccedil;&atilde;o Americana para o Avan&ccedil;o da Ci&ecirc;ncia em 1856, n&atilde;o foi a cientista quem o exp&ocirc;s, mas sim Joseph Henry, o ent&atilde;o Primeiro-Secret&aacute;rio da Institui&ccedil;&atilde;o Smithsonian &ndash; que deu os devidos cr&eacute;ditos a Foote, mas o impacto certamente n&atilde;o foi o mesmo do que se ela mesma tivesse apresentado seu trabalho.
<figure class="image"><img alt="" height="534" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/24/24210313187507.jpg" width="1120" /> <figcaption>(Fonte: The Public Domain Review / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Segundo Ian, as ideias de Eunice impressionaram bastante gente, tanto que a respeitada revista Scientific American publicou um artigo sobre suas conclus&otilde;es pouco depois. Mas ela era casada com um cara chamado Elisha Foote, e ele, al&eacute;m de tamb&eacute;m ser cientista e ter trilhado uma carreira respeit&aacute;vel como juiz, acabou se tornando presidente do United States Patent and Trademark Office &ndash; ag&ecirc;ncia governamental respons&aacute;vel por emitir patentes e cuidar dos registros de marcas e propriedades intelectuais no pa&iacute;s &ndash; e era bastante conhecido.
Ademais de a reputa&ccedil;&atilde;o do marido ter contribu&iacute;do para ofuscar a de Eunice, em 1865, um inc&ecirc;ndio na Institui&ccedil;&atilde;o Smithsonian acabou destruindo boa parte do acervo de trabalhos cient&iacute;ficos produzidos pelo casal. Sem falar que Mary, a filha dos dois, se casou com o senador John B. Henderson, um dos autores da 13&ordf; Emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos, que abolia a escravid&atilde;o nos EUA, e acabou se tornando mais conhecida na &eacute;poca do que os pais.
<figure class="image"><img alt="" height="2033" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/24/24210634406512.jpg" width="2200" /> <figcaption>(Fonte: Climate / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Para completar, em 1859, ou seja, cerca de 3 anos ap&oacute;s Eunice conduzir seus experimentos com os cilindros de vidro, o cientista irland&ecirc;s John Tyndall &ndash; considerado um dos principais nomes no estudo das ci&ecirc;ncias clim&aacute;ticas da Hist&oacute;ria &ndash; publicou um estudo onde relacionava a presen&ccedil;a dos gases na atmosfera &agrave; eleva&ccedil;&atilde;o das temperaturas, chegando &agrave; mesma conclus&atilde;o que Foote. Com a diferen&ccedil;a de que Tyndall j&aacute; tinha o seu nome pra l&aacute; de consolidado do Hall da Fama da comunidade cient&iacute;fica...
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Competitividade e boatos</h2>
De acordo com Ian, o irland&ecirc;s era bastante ecl&eacute;tico em seus interesses, tendo se dedicado &agrave; poesia, ao montanhismo e &agrave; pesquisa sobre glaciares e o magnetismo. Ali&aacute;s, foi Tyndall quem primeiro descreveu o motivo de o c&eacute;u ser azul &ndash; e o homem ainda publicou livros, defendia o darwinismo, o liberalismo e a separa&ccedil;&atilde;o entre a religi&atilde;o e a Ci&ecirc;ncia fervorosamente, ademais de ter importantes conex&otilde;es pol&iacute;ticas. Ent&atilde;o, quando publicou sua pesquisa sobre os gases de efeito estufa, Tyndall j&aacute; era um professor de renome internacional.
<figure class="image"><img alt="" height="961" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/24/24210824656516.jpg" width="1008" /> <figcaption>(Fonte: BBC / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
S&oacute; que Tyndall tamb&eacute;m era sexista e acreditava que as mulheres eram intelectualmente inferiores aos homens (seria castigo ou ironia o fato de que a esposa o tenha matado acidentalmente?) &ndash; e existem rumores de que ele possa ter usado a sua influ&ecirc;ncia para desviar a aten&ccedil;&atilde;o dos trabalhos dos Foote para os seus. Mas, antes de pensar mal de Tyndall, vale mencionar que tamb&eacute;m h&aacute; quem duvide que Eunice realmente conduziu os experimentos com os vidros.
<figure class="image"><img alt="" height="903" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/24/24211029765517.jpg" width="1281" /> <figcaption>Experimentos de Tyndall (Fonte: Planetary Vision / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, as pesquisas e dados coletados por Tyndall s&atilde;o muito mais minuciosos e complexos do que os de Foote, e suas conclus&otilde;es se apoiaram em bases muito mais s&oacute;lidas do que as dela. Eunice tamb&eacute;m era desprovida de forma&ccedil;&atilde;o universit&aacute;ria e tinha poucos contatos na comunidade cient&iacute;fica. E apesar de ser dotada de uma mente brilhante e criativa, ela aparentemente n&atilde;o chegou a focar a sua aten&ccedil;&atilde;o e esfor&ccedil;os em nenhuma &aacute;rea especificamente, o que a impediu de ganhar notoriedade em um campo que fosse.
Ainda assim, mesmo com essas quest&otilde;es, Eunice merece ser lembrada e reconhecida por seu brilhantismo e por ter sido a primeira a sacar que o di&oacute;xido de carbono tinha rela&ccedil;&atilde;o com a eleva&ccedil;&atilde;o das temperaturas do planeta e causava o efeito estufa.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149678-sabia-mulher-1-descreveu-mecanismos-efeito-estufa.htm">Sabia que foi uma mulher quem 1º descreveu os mecanismos do efeito estufa?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.902Z

Sabia que foi uma mulher quem 1º descreveu os mecanismos do efeito estufa?

Imagem de Descoberta pode dar origem a tratamento universal contra o câncer no megacurioso

Nova promessa de cura para uma das doenças mais devastadoras da humanidade

Pesquisadores da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, descobriram um novo receptor para c&eacute;lulas imunol&oacute;gicas que pode revolucionar o tratamento do c&acirc;ncer &ndash; de qualquer tipo. O estudo focou nos linf&oacute;citos T, um tipo de gl&oacute;bulo branco envolvido no funcionamento do sistema imunol&oacute;gico, que foram modificados por meio da t&eacute;cnica CRISPR-Cas9 de edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica para identificar e atacar c&eacute;lulas cancerosas e tumorais de forma mais eficiente e abrangente do que as atuais imunoterapias em desenvolvimento.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Promessa de cura contra o c&acirc;ncer</h2>
Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar nos linf&oacute;citos T &ndash; estruturas que entram em a&ccedil;&atilde;o toda vez que o nosso organismo detecta a presen&ccedil;a de pat&oacute;genos, c&eacute;lulas defeituosas ou focos de infec&ccedil;&atilde;o, por exemplo. Pois, nos &uacute;ltimos anos, um tipo de tratamento que surgiu como promessa ao combate a determinados tipos de c&acirc;ncer consiste em coletar linf&oacute;citos T dos pacientes e alter&aacute;-los em laborat&oacute;rio para que eles se transformem em ca&ccedil;adores de c&eacute;lulas tumorais. No entanto, apesar de essa abordagem ter bons &iacute;ndices de sucesso, ela s&oacute; pode ser usada no tratamento de alguns tipos da doen&ccedil;a e &eacute; necess&aacute;rio realizar o mesmo procedimento de obten&ccedil;&atilde;o e modifica&ccedil;&atilde;o dos linf&oacute;citos para cada paciente, de forma individual.
<figure class="image"><img alt="" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/22/22220218906304.jpg" width="1200" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;New Heads / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Isso ocorre porque cada um de n&oacute;s conta com receptores &uacute;nicos para os linf&oacute;citos T &ndash; os chamados ant&iacute;genos leucocit&aacute;rios humanos ou HLA, sigla do ingl&ecirc;s Human Leukocyt Antigen &ndash; e s&atilde;o eles que habilitam as nossas c&eacute;lulas a encontrar as estruturas doentes. Portanto, o tratamento s&oacute; tem chances de funcionar se for personalizado. No entanto, os pesquisadores de Cardiff descobriram um novo receptor e, este, permitiria o desenvolvimento de uma imunoterapia que, teoricamente, poderia ser usada em qualquer pessoa e para combater qualquer c&acirc;ncer.&nbsp;
O receptor &ndash; chamado MR1 &ndash; foi identificado gra&ccedil;as &agrave; t&eacute;cnica de edi&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica CRISPR-Cas9 e age de maneira semelhante ao HLA. Mas, ademais de ser capaz de identificar c&eacute;lulas cancerosas no organismo, ele n&atilde;o varia de pessoa para pessoa, o que representa uma gigantesca vantagem para a cria&ccedil;&atilde;o de tratamentos mais eficazes. Nos testes realizados em laborat&oacute;rio com ratinhos, animais com leucemia que receberam doses de MR1 apresentaram regress&atilde;o na doen&ccedil;a e uma sobrevida maior do que a os bichinhos que n&atilde;o foram injetados com os receptores.
<figure class="image"><img alt="" height="2550" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/22/22220309047305.jpg" width="3300" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Yahoo! Sports / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
No caso de humanos, os pesquisadores apenas testaram a terapia em c&eacute;lulas de momento, mas observaram que os receptores atacaram e destru&iacute;ram c&eacute;lulas de c&acirc;nceres como o de ov&aacute;rio, pr&oacute;stata, pulm&atilde;o, mama, c&oacute;lon, pele e ossos &ndash; embora o tratamento tenha potencial para funcionar com outras variedades da doen&ccedil;a. Sobre quando os ensaios cl&iacute;nicos ter&atilde;o in&iacute;cio para comprovar se os mesmos efeitos seriam replicados em doentes, os cientistas esperam entender melhor o mecanismo de a&ccedil;&atilde;o dos receptores para garantir a seguran&ccedil;a da terapia, mas existem planos de que os primeiros testes sejam iniciados ainda este ano.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149589-descoberta-dar-origem-tratamento-universal-cancer.htm">Descoberta pode dar origem a tratamento universal contra o câncer</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.653Z

Descoberta pode dar origem a tratamento universal contra o câncer

Imagem de Quanto desperdício dá para evitar usando garrafas no bebedouro? no megacurioso

Reduzindo a quantia de plástico descartado

Voc&ecirc; &eacute; do tipo que guarda as garrafinhas de &aacute;gua mineral para reutiliz&aacute;-las depois, enchendo-as no bebedouro do trabalho, faculdade, academia etc.? Ou voc&ecirc; simplesmente as descarta &ndash; de forma adequada, obviamente! &ndash; ap&oacute;s consumir o conte&uacute;do, pois, afinal, se trata de um material recicl&aacute;vel e que pode se transformar em lar de fungos e outros microrganismos se n&atilde;o for devidamente higienizado?
<figure class="image"><img alt="" height="940" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20205829985358.jpg" width="940" /> <figcaption>(Fonte:&nbsp;Urban Fountains &amp; Furniture / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Independentemente de a qual turma voc&ecirc; perten&ccedil;a, &eacute; poss&iacute;vel que voc&ecirc; j&aacute; tenha se perguntado sobre o quanto desperd&iacute;cio e quantia de pl&aacute;sticos descartados &eacute; poss&iacute;vel reduzir atrav&eacute;s do reuso das garrafinhas. Pois, est&atilde;o come&ccedil;ando a surgir bebedouros com &ldquo;torneirinhas&rdquo; espec&iacute;ficas para facilitar a vida de quem n&atilde;o abre m&atilde;o do refil &ndash; e inclusive uns que mostram quantas garrafas deixaram de ir para o lixo com base na frequ&ecirc;ncia com a qual o dispenser &eacute; usado. E voc&ecirc; quer saber o resultado?
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Reuso</h2>
N&atilde;o, n&oacute;s aqui do <a href="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank">TecMundo</a> n&atilde;o sa&iacute;mos fazendo estimativas e contas. Mas Rhett Allain, do site <a href="https://www.wired.com/story/how-many-water-bottles-could-a-filling-station-save/" style="color: #0563c1; text-decoration: underline;" target="_blank">Wired</a>, um cara que definitivamente adora n&uacute;meros, fez &ndash; e vamos replicar os resultados e como Rhett chegou at&eacute; eles para voc&ecirc;. Segundo contou, na universidade em que trabalha, h&aacute; um desses bebedouros com sa&iacute;da de &aacute;gua para encher garrafas que tamb&eacute;m informam quantas delas foram economizadas, e a verdade &eacute; que o cara n&atilde;o conseguiu resistir &agrave; tenta&ccedil;&atilde;o de fazer c&aacute;lculos.
Digamos que o bebedouro informativo deixou Rhett meio obcecado, visto que, no decorrer de v&aacute;rios meses, ele se deu ao trabalho de checar a contagem de garrafas salvas 2 vezes ao dia! Enfim, a primeira observa&ccedil;&atilde;o realizada por Rhett foi de que o consumo da &aacute;gua era relativamente linear, apesar de ele n&atilde;o ter coletado informa&ccedil;&otilde;es aos finais de semana &ndash; por raz&otilde;es &oacute;bvias &ndash; e, durante o per&iacute;odo em que o monitoramento dos dados aconteceu, ter havido feriados e o in&iacute;cio das f&eacute;rias.
<figure class="image"><img alt="" height="350" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20210059563359.jpg" width="587" /> <figcaption>Os espa&ccedil;os e branco correspondem aos finais de semana ou feriados (Fonte: Wired / Rhett Allain / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Ainda assim, Rhett conseguiu reunir dados suficientes para realizar as estimativas e concluiu que, mesmo com os altos e baixos registrados na utiliza&ccedil;&atilde;o da sa&iacute;da para encher garrafas ao longo do per&iacute;odo considerado &ndash; e sem que ele trabalhasse muito com os n&uacute;meros &ndash;, uma m&eacute;dia de 22,29 foram cheias todos os dias. Pode parecer pouco, mas estamos falando do quanto um &uacute;nico bebedouro em um &uacute;nico dia permitiria evitar em descarte de garrafinhas. Imagine no caso de milh&otilde;es desses equipamentos!
<figure class="image"><img alt="" height="350" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20210148516360.jpg" width="587" /> <figcaption>Taxa semanal no decorrer do semestre&nbsp;(Fonte: Wired / Rhett Allain / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Mas Rhett n&atilde;o sossegou com esses resultados e resolveu continuar brincando com os dados. Ele calculou que a taxa semanal no decorrer do semestre ficaria em torno de 35 garrafas de &aacute;gua por dia, e observou uma forte eleva&ccedil;&atilde;o na quantidade de refis na semana dos exames finais e com uma queda pronunciada logo ap&oacute;s o t&eacute;rmino das provas. Rhett inclusive calculou a taxa do fluxo de &aacute;gua do bebedouro! Pois &eacute;... n&oacute;s dissemos que ele curtia n&uacute;meros&hellip;
<figure class="image"><img alt="" height="1331" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20210228313361.jpg" width="1600" /> <figcaption>Rhett coletando informa&ccedil;&otilde;es para calcular a taxa do fluxo de &aacute;gua do bebedouro (Fonte: Wired / Rhett Allain / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
De acordo com suas observa&ccedil;&otilde;es, o contador levava 8,5 segundos para contabilizar cada novo refil, o que significa que, segundo as contas de Rhett, a taxa &eacute; de 0,118 contagens por segundo. Al&eacute;m disso, o louco dos n&uacute;meros mediu o volume de &aacute;gua liberado em cada contagem &ndash; 500 mililitros &ndash;, assim como a taxa do fluxo liberado pelo dispenser, cujo resultando foi 59 ml por segundo. E voc&ecirc;, com base nesses n&uacute;meros levantados por Rhett, conseguiria continuar com os c&aacute;lculos e dizer, por exemplo, quanto tempo seria necess&aacute;rio para economizar 1 milh&atilde;o de garrafinhas ou para encher uma piscina ol&iacute;mpica com o bebedouro? Vai que voc&ecirc; tamb&eacute;m &eacute; f&atilde; de n&uacute;meros tamb&eacute;m...<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149493-desperdicio-evitar-usando-garrafas-bebedouro.htm">Quanto desperdício dá para evitar usando garrafas no bebedouro?</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.429Z

Quanto desperdício dá para evitar usando garrafas no bebedouro?

Imagem de Cientistas encontram forma de extrair oxigênio de poeira lunar no megacurioso

Novidade pode ajudar a viabilizar a colonização do satélite

Pesquisadores da Ag&ecirc;ncia Espacial Europeia &ndash; ESA &ndash; anunciaram o desenvolvimento de um m&eacute;todo de extrair oxig&ecirc;nio de poeira lunar, algo que poderia facilitar muito a vida dos habitantes de futuras bases e col&ocirc;nias na Lua. Agora, para p&ocirc;r a t&eacute;cnica em pr&aacute;tica, os cientistas constru&iacute;ram o prot&oacute;tipo de uma planta de processamento em um dos laborat&oacute;rios do Centro Europeu de Tecnologia e Pesquisas Espaciais, situado na Holanda, e v&atilde;o conduzir experimentos para ver se ela funciona.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Oxig&ecirc;nio vindo do p&oacute;</h2>
A Lua pode ser desprovida de atmosfera e consistir em um pedregulho poeirento e est&eacute;ril. No entanto, a an&aacute;lise de amostras trazidas do sat&eacute;lite revelou que existe uma enorme quantidade de oxig&ecirc;nio na poeira lunar. Para se ter ideia, segundo os levantamentos realizados pela ESA, o conte&uacute;do desse elemento qu&iacute;mico representa entre 40 e 45% do peso do p&oacute; da Lua. O problema, no entanto, era como extrair o que interessa do solo do sat&eacute;lite.
<figure class="image"><img alt="" height="800" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20212557868364.jpg" width="1200" /> <figcaption>Amostra real trazida da Lua (Fonte: Space.com / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O prot&oacute;tipo constru&iacute;do no laborat&oacute;rio da ESA n&atilde;o vai processar poeira lunar de verdade &ndash; uma vez que as amostras trazidas da Lua &agrave; Terra s&atilde;o consideradas valiosas demais para serem submetidas a testes como esse. Para tanto, os pesquisadores criaram uma poeira lunar sint&eacute;tica a partir de sais de cloreto de c&aacute;lcio derretido e dever&atilde;o submet&ecirc;-la a um processo chamado de &ldquo;eletr&oacute;lise a sal fundido&rdquo;.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20212745243365.jpg" /> <figcaption>P&oacute;s sint&eacute;ticos (Fonte: ESA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Por meio desse m&eacute;todo, o composto &eacute; aquecido a 950 &deg;C e, depois, os pesquisadores aplicam uma corrente el&eacute;trica &agrave; mistura para que, com isso, o oxig&ecirc;nio seja liberado. Al&eacute;m do mais, tamb&eacute;m &eacute; esperado que a rea&ccedil;&atilde;o resulte na gera&ccedil;&atilde;o de ligas met&aacute;licas &ndash; que poder&atilde;o potencialmente ter aplica&ccedil;&otilde;es nas futuras bases lunares.
<figure class="image"><img alt="" height="1080" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/20/20212821508366.jpg" width="1620" /> <figcaption>(Fonte: ESA / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Os testes na planta experimental da ESA ainda dever&atilde;o ser realizados, mas se tudo correr como planejado &ndash; e a extra&ccedil;&atilde;o de oxig&ecirc;nio funcionar &ndash;, existem planos de se instalar uma esta&ccedil;&atilde;o de processamento piloto na pr&oacute;pria Lua j&aacute; em meados desta d&eacute;cada. E voc&ecirc;, o que opina da iniciativa?<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149488-cientistas-encontram-forma-extrair-oxigenio-poeira-lunar.htm">Cientistas encontram forma de extrair oxigênio de poeira lunar</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.415Z

Cientistas encontram forma de extrair oxigênio de poeira lunar

Imagem de Estudo com porcos indica que açúcar causa dependência como as drogas no megacurioso

De acordo com uma&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/pesquisa/" target="_blank" title="Pesquisa">pesquisa</a> realizada por cientistas da Universidade Aarhus, na Dinamarca, o consumo de a&ccedil;&uacute;car provoca efeitos no c&eacute;rebro semelhantes aos causados pelo uso de determinadas drogas&nbsp;e, assim como ocorre com as subst&acirc;ncias entorpecentes, pode desencadear depend&ecirc;ncia. E o assustador &eacute; que, segundo observado durante o estudo,&nbsp;os impactos podem ser notados logo ap&oacute;s a primeira exposi&ccedil;&atilde;o ao doce.
Na realidade, esta n&atilde;o &eacute; a primeira vez que pesquisas apontam resultados como esse, mas a novidade nos trabalhos realizados pelos cientistas dinamarqueses foi que, no lugar de conduzir os experimentos com ratinhos de laborat&oacute;rio &ndash; que s&atilde;o os animais normalmente utilizados em pesquisas desse tipo &ndash;, eles usaram porcos, j&aacute; que a estrutura cerebral dessas criaturas &eacute; mais complexa e f&aacute;cil de observar do que a dos roedores.
<figure class="image"><img alt="" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/19/19225508933026.jpg" /> <figcaption>(Fonte: The Journal / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2>Doce depend&ecirc;ncia</h2>
Durante os experimentos&nbsp;&ndash;&nbsp;que se estenderam por 12 dias &ndash;, os cientistas dividiram 7 porquinhos em 2 grupos distintos, um que foi alimentado com uma dieta normal e o outro que, al&eacute;m da ra&ccedil;&atilde;o, recebeu 2 litros de &aacute;gua com a&ccedil;&uacute;car por 1 hora todos os dias. Os pesquisadores tamb&eacute;m submeteram os porcos a tomografias por emiss&atilde;o de p&oacute;sitrons (PET Scans), para que sua atividade cerebral pudesse ser monitorada, e realizaram os exames no 1&ordm; e no &uacute;ltimo dia dos experimentos.
De acordo com os pesquisadores, apesar de os animais do 2&ordm; grupo ganharem a dose extra de bebida com a&ccedil;&uacute;car, o agradinho n&atilde;o trouxe um impacto cal&oacute;rico relevante aos animais. Entretanto, o mesmo n&atilde;o p&ocirc;de ser dito sobre o equil&iacute;brio qu&iacute;mico no c&eacute;rebro dos bichinhos &ndash; e as altera&ccedil;&otilde;es puderam ser observadas logo no 1&ordm; dia de experimentos, justamente na regi&atilde;o cerebral respons&aacute;vel pelo sistema de recompensas.
<figure class="image"><img alt="" height="620" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/19/19225938964027.jpg" width="1400" /> <figcaption>(Fonte: Allen Carr's Easyway / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
<h2 style="margin-bottom: 11px;">V&iacute;cio em a&ccedil;&uacute;car</h2>
Toda vez que passamos por uma experi&ecirc;ncia prazerosa ou aprendemos algo novo, essa &aacute;rea do nosso c&eacute;rebro se torna ativa gra&ccedil;as &agrave; a&ccedil;&atilde;o de uma diversidade de subst&acirc;ncias produzidas pelo organismo. Esses elementos tamb&eacute;m atuam na comunica&ccedil;&atilde;o entre v&aacute;rias regi&otilde;es cerebrais e, com isso, acabam nos ajudando a aprender e repetir determinados comportamentos &ndash; que, na verdade, s&atilde;o importantes para a nossa sobreviv&ecirc;ncia e bem-estar.
No entanto, existem subst&acirc;ncias &ndash; como &eacute; o caso de determinadas drogas &ndash; que agem sobre o sistema de recompensas do c&eacute;rebro&nbsp;tornando-o ativo.&nbsp;S&oacute; que o seu uso frequente acaba ensinando ao &oacute;rg&atilde;o que existem formas de burlar o funcionamento natural dessa regi&atilde;o e a busca constante pelo prazer que as subst&acirc;ncias desencadeiam termina por se tornar um v&iacute;cio.
Pois, os porquinhos do grupo que recebeu a &aacute;gua com a&ccedil;&uacute;car mostraram altera&ccedil;&otilde;es em sua atividade cerebral j&aacute; na primeira exposi&ccedil;&atilde;o, especialmente nos receptores opioides, que s&atilde;o os que se unem a subst&acirc;ncias derivadas do &oacute;pio &ndash; sint&eacute;ticas ou n&atilde;o &ndash; quando h&aacute; consumo, assim como os receptores de dopamina, neurotransmissor que desempenha importante papel no sistema de recompensa e prazer.
<figure class="image"><img alt="" height="539" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/19/19230230183028.jpg" width="650" /> <figcaption>(Fonte: Inverse / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Os resultados apontam que, embora exista&nbsp;debate sobre se o v&iacute;cio em comida &ndash; em especial em doces e produtos superprocessados &ndash; &eacute; real, a depend&ecirc;ncia em determinados alimentos &eacute; poss&iacute;vel, sim. Ali&aacute;s, o v&iacute;cio pode ser o respons&aacute;vel por causar obesidade em certos indiv&iacute;duos, al&eacute;m de aumentar o risco de que pessoas mais propensas a sofrer de compuls&atilde;o por consumir esses produtos pouco saud&aacute;veis desenvolvam condi&ccedil;&otilde;es cr&ocirc;nicas, como o diabetes tipo 2.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/143728-estudo-acucar-usado-criacao-materiais-indestrutiveis.htm" target="_blank" title="Estudo: a&ccedil;&uacute;car pode ser usado na cria&ccedil;&atilde;o de materiais quase indestrut&iacute;veis">Estudo: a&ccedil;&uacute;car pode ser usado na cria&ccedil;&atilde;o de materiais quase indestrut&iacute;veis</a><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149460-estudo-porcos-indica-acucar-causa-dependencia-drogas.htm">Estudo com porcos indica que açúcar causa dependência como as drogas</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.281Z

Estudo com porcos indica que açúcar causa dependência como as drogas

Imagem de Aquecimento global: 2019 foi o 2º ano mais quente já registrado no megacurioso

E a última década teve as temperaturas mais elevadas desde que os registros começaram a ser feitos, há 140 anos!

De acordo com um levantamento divulgado esta semana, o ano de 2019 foi o 2&ordm; mais quente desde que as temperaturas globais come&ccedil;aram a ser registradas, h&aacute; 140 anos, e a &uacute;ltima d&eacute;cada teve 5 dos anos mais t&oacute;rridos de que se tem not&iacute;cia, com todos se concentrando entre 2014 e o ano passado. As informa&ccedil;&otilde;es foram compiladas pela NASA e pela NOAA &ndash; sigla de National Oceanographic and Atmospheric Administration, &oacute;rg&atilde;o governamental dos EUA para assuntos relacionados com a meteorologia, os oceanos, a atmosfera e o clima &ndash; e tudo indica que os pr&oacute;ximos 10 anos n&atilde;o dever&atilde;o ser muito melhores...
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Calorzinho na Terra</h2>
Conforme explicaram os cientistas por tr&aacute;s do levantamento, a an&aacute;lise dos dados apontou uma tend&ecirc;ncia alarmante. Al&eacute;m de os &uacute;ltimos 5 anos terem sido os mais quentes &ndash; e os &uacute;ltimos 10 anos terem batido as temperaturas mais altas j&aacute; registradas &ndash;, de meados do s&eacute;culo 20 para c&aacute;, as d&eacute;cadas foram batendo recordes de calor sucessivamente, sendo uma mais quente que anterior.
<figure class="image"><img alt=" height="545" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/16/16225316284292.jpg" width="800" /> <figcaption>(Fonte: Ars Technica / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O pior &eacute; que, segundo os pesquisadores, o acr&eacute;scimo de temperatura entre uma d&eacute;cada e outra foi significativo &ndash; e o mais preocupante &eacute; que os especialistas identificaram que o clima apresenta uma tend&ecirc;ncia consistente de aquecimento global ao longo do tempo. O levantamento apontou que, s&oacute; de janeiro a dezembro do ano passado, as temperaturas na Terra foram 0,95 &deg;C mais elevadas do que a m&eacute;dia registrada entre 1901 e o ano 2000, assim como 0,98 &deg;C mais altas do que a m&eacute;dia global medida entre 1951 e 1980.
<figure class="image"><img alt=" height="1338" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/16/16225418721293.jpg" width="2047" /> <figcaption>(Fonte: Ars Technica / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
E qual foi o ano mais quente registrado at&eacute; agora? O de 2016, quando as temperaturas m&eacute;dias globais ficaram 0,99 &deg;C acima da m&eacute;dia dos &uacute;ltimos 50 anos. No entanto, o clima daquele ano foi influenciado por um El Ni&ntilde;o especialmente nervoso, o que significa que o fen&ocirc;meno clim&aacute;tico que j&aacute; &eacute; conhecido por causar eleva&ccedil;&atilde;o nas temperaturas teve ainda mais influ&ecirc;ncia do que o normal.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/10H2ILuXjO8?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
No ano passado, o El Ni&ntilde;o tamb&eacute;m impactou o clima do planeta, mas, segundo os pesquisadores por tr&aacute;s do levantamento, mas a sua interfer&ecirc;ncia foi muito menor que em 2016, ent&atilde;o a tend&ecirc;ncia de eleva&ccedil;&atilde;o que os cientistas mencionaram parece estar se comprovando. Al&eacute;m disso, deixando as &ldquo;m&eacute;dias&rdquo; de lado, in&uacute;meras cidades pelo mundo registraram recordes de temperatura &ndash; e o aumento do calor foi associado &agrave; maior incid&ecirc;ncia de inc&ecirc;ndios florestais em v&aacute;rias partes do mundo, entre eles, os ocorridos na Austr&aacute;lia, e ao incremento no degelo de &aacute;reas da Groenl&acirc;ndia, Ant&aacute;rtida e do &Aacute;rtico.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149401-aquecimento-global-2019-2-ano-quente-registrado.htm">Aquecimento global: 2019 foi o 2º ano mais quente já registrado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:26.152Z

Aquecimento global: 2019 foi o 2º ano mais quente já registrado

Imagem de Tecnologia e arqueologia se unem para desvendar enigmas do passado no megacurioso

Parceria entre diferentes áreas está ajudando a preencher lacunas sobre a história do planeta e da civilização humana

Voc&ecirc; j&aacute; parou para pensar no quanto o nosso entendimento sobre as origens da civiliza&ccedil;&atilde;o humana e a evolu&ccedil;&atilde;o do nosso planeta avan&ccedil;ou gra&ccedil;as aos avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos das &uacute;ltimas d&eacute;cadas? O salto foi absurdo e, com o surgimento de novas t&eacute;cnicas e o desenvolvimento de equipamentos mais refinados e modernos, jamais se desvendaram tantos mist&eacute;rios sobre o passado como agora.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Hist&oacute;ria&nbsp;de todos n&oacute;s</h2>
Em um fascinante artigo publicado no site <a href="https://theconversation.com/archaeological-discoveries-are-happening-faster-than-ever-before-helping-refine-the-human-story-128743" style="color: blue; text-decoration: underline;" target="_blank">The Conversation</a>, a dupla formada por Elizabeth Sawchuk &ndash; estudante de p&oacute;s-doutorado e professora e pesquisadora assistente de Antropologia da Universidade Estadual de Nova York &ndash; e Mary Prendergast (professora de Antropologia da Universidade Saint Louis em Madrid) elenca uma s&eacute;rie de exemplos de como a tecnologia vem ajudando pesquisadores das mais variadas &aacute;reas a preencher lacunas da hist&oacute;ria da civiliza&ccedil;&atilde;o humana e do pr&oacute;prio planeta, especialmente de uns anos para c&aacute;.
<figure class="image"><img alt="" height="1024" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193214051296.jpg" width="1128" /> <figcaption>Australopithecus africanus (Fonte: Wikimedia Commons / Jos&eacute; Braga / Didier Descouens)</figcaption></figure>
Para se ter ideia da velocidade com a qual novas descobertas v&ecirc;m sendo feitas, Elizabeth e Mary nos convidas a pensar no quanto o nosso conhecimento sobre a nossa pr&oacute;pria origem progrediu desde que o 1&ordm; f&oacute;ssil pertencente a um homin&iacute;deo, o cr&acirc;nio da &ldquo;Crian&ccedil;a de Taung&rdquo;, foi encontrado na &Aacute;frica do Sul, em 1924. N&atilde;o s&oacute; o pequeno artefato &ndash; que consiste nos ossos da cabecinha de uma crian&ccedil;a de cerca de 3 anos que foi classificado como sendo da esp&eacute;cie Australopithecus africanus &ndash; mudou para sempre o entendimento que se tinha da evolu&ccedil;&atilde;o humana, como alterou os rumos das pesquisas nessa &aacute;rea.
De l&aacute; para c&aacute;, outras tantas esp&eacute;cies de homin&iacute;deos foram identificadas &ndash; entre elas, a Australopithecus deryiremeda e a Australopithecus sediba &ndash; e, gra&ccedil;as aos avan&ccedil;os nas t&eacute;cnicas de obten&ccedil;&atilde;o de amostras de DNA e de sequenciamento gen&eacute;tico, a ideia de que os humanos modernos evolu&iacute;ram h&aacute; cerca de 200 mil anos na &Aacute;frica teve de ser repensada, uma vez que as evid&ecirc;ncias examinadas nos &uacute;ltimos anos mostram que a esp&eacute;cie aparentemente surgiu pelo menos 100 mil anos antes que isso.
<figure class="image"><img alt="" height="768" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193314973297.jpg" width="1021" /> <figcaption>Australopithecus sediba (Fonte: Wikimedia Commons / Brett Eloff)</figcaption></figure>
Ademais, o desenvolvimento de novas tecnologias que permitem a an&aacute;lise gen&eacute;tica de materiais com milh&otilde;es de anos permitiu aos cientistas identificar antigos homin&iacute;deos que viveram entre 7 e 5 milh&otilde;es de anos atr&aacute;s &ndash; possivelmente por volta da &eacute;poca em testes de DNA sugerem que o nosso ancestral mais antigo tomou uma linha evolutiva distinta da dos grandes s&iacute;mios. Al&eacute;m disso, com os avan&ccedil;os, os pesquisadores j&aacute; podem revisitar e reavaliar f&oacute;sseis armazenados em museus e universidades e retomar estudos que a tecnologia do passado obrigou a aposentar.
Esse &eacute; o caso do f&oacute;ssil de 4,4 milh&otilde;es de anos conhecido como &ldquo;Ardi&rdquo; &ndash; que foi descoberto na Eti&oacute;pia no in&iacute;cio dos anos 90, mas s&oacute; por ter a sua idade e autenticidade comprovadas e esp&eacute;cie devidamente classificada em 2009, quando recebeu o nome cient&iacute;fico de Ardipithecus ramidus. Esse indiv&iacute;duo, ali&aacute;s, permitiu que os pesquisadores descobrissem uma por&ccedil;&atilde;o de coisas sobre como e quando os homin&iacute;deos come&ccedil;aram a caminhar de forma ereta, sobre as 2 pernas.
<figure class="image"><img alt="" height="1500" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193458613298.jpg" width="1000" /> <figcaption>Ardi, &agrave; direita (Fonte: Wikimedia Commons / Emoke D&eacute;nes)</figcaption></figure>
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Preenchendo lacunas</h2>
O progresso tecnol&oacute;gico das &uacute;ltimas d&eacute;cadas tamb&eacute;m trouxe &agrave; tona evid&ecirc;ncias de que, ao contr&aacute;rio do que se pensava, a nossa esp&eacute;cie pode n&atilde;o ter se originado em um &uacute;nico lugar &ndash; mas sim ter evolu&iacute;do em diferentes partes do continente africano por volta da mesma &eacute;poca. Os avan&ccedil;os revelaram ainda que os Homo sapiens ocuparam o planeta concomitantemente com outras esp&eacute;cies, como os Homo floresiensis, os neandertais e os denisovanos. E mais: hoje sabe-se, por exemplo, que os humanos modernos e os neandertais se relacionaram no passado, tanto que uma grande parcela da popula&ccedil;&atilde;o, em especial a de origem europeia, carrega genes dessa esp&eacute;cie extinta em seu DNA. Os denisovanos, por sinal, tamb&eacute;m dividiram a &ldquo;cama&rdquo; com os nossos ancestrais. E com os neandertais! Sim, uma suruba de esp&eacute;cies...
<figure class="image"><img alt="" height="661" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193613738299.jpg" width="1024" /> <figcaption>(Fonte: Quora / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O bacana &eacute; que, al&eacute;m de a&nbsp;<a href="http://www.tecmundo.com.br/tecnologia/" target="_blank" title="Tecnologia">tecnologia</a> ter progredido de maneira a possibilitar que amostras gen&eacute;ticas sejam coletadas a partir de fragmentos de ossos de milhares &ndash; e at&eacute; milh&otilde;es &ndash; de anos, hoje &eacute; inclusive poss&iacute;vel obter DNA e elementos como prote&iacute;nas, lip&iacute;deos, minerais, mol&eacute;culas etc., de res&iacute;duos presentes em dentes, &ldquo;gomas de mascar&rdquo;, fibras, utens&iacute;lios, ferramentas e muitas outras fontes.
Esses elementos todos, por sua vez, podem revelar n&atilde;o s&oacute; aspectos gen&eacute;ticos, mas detalhes sobre a dieta, h&aacute;bitos e sa&uacute;de dos nossos antepassados, como podem oferecer oportunidades para que os cientistas possam reconstruir como era o ambiente onde os indiv&iacute;duos estudados viviam, como eram as suas rotinas, quais tipos de dificuldades enfrentavam e com quais doen&ccedil;as padeciam.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Do micro ao macro</h2>
Mas o progresso tecnol&oacute;gico n&atilde;o chegou apenas aos laborat&oacute;rios, n&atilde;o! Hoje em dia &eacute; cada vez mais comum que os cientistas fa&ccedil;am descobertas arqueol&oacute;gicas por meio de imagens de sat&eacute;lite, observa&ccedil;&otilde;es feitas por drones e levantamentos conduzidos por meio do sensoriamento remoto realizado por laser e outros equipamentos. Foi assim que &ldquo;cidades perdidas&rdquo; e edifica&ccedil;&otilde;es &ldquo;engolidas&rdquo; pela natureza foram redescobertas em florestas da Am&eacute;rica Central, em regi&otilde;es remotas do Oriente e da &Aacute;sia e em &aacute;reas des&eacute;rticas da &Aacute;frica.
<figure class="image"><img alt="" height="576" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193754066300.jpg" width="1024" /> <figcaption>Antiga cidade maia descoberta na Guatemala (Fonte: National Geographic / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
E essas ferramentas v&ecirc;m auxiliado os pesquisadores a fazer descobertas sem ter que realizar escava&ccedil;&otilde;es ou impactar o ambiente, al&eacute;m de facilitar o monitoramento e prote&ccedil;&atilde;o dos s&iacute;tios arqueol&oacute;gicos e possibilitar que locais potencialmente perigosos ou situados em regi&otilde;es de conflito sejam estudados, mesmo que &agrave; dist&acirc;ncia. Inclusive estruturas situadas sob a superf&iacute;cie podem ser estudadas gra&ccedil;as ao desenvolvimento de novos equipamentos e sensores &ndash; e at&eacute; a IA e conceitos de Big Data v&ecirc;m sendo escalados para ajudar os exploradores na an&aacute;lise das informa&ccedil;&otilde;es coletadas.
E voc&ecirc; notou que as designa&ccedil;&otilde;es &ldquo;arque&oacute;logo&rdquo; e &ldquo;paleont&oacute;logo&rdquo; foram pouco usadas no texto? Isso porque as equipes e expedi&ccedil;&otilde;es est&atilde;o se tornando cada vez mais diversas e multidisciplinares &ndash; e &eacute; cada vez mais comum que membros das comunidades locais e cientistas amadores sejam convidados para contribuir com os pesquisadores e participar ativamente dos processos de descobrir, recriar e reescrever a Hist&oacute;ria. A nossa Hist&oacute;ria.
<figure class="image"><img alt="" height="675" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/14/14193853816301.jpg" width="1200" /> <figcaption>(Fonte: Woods Hole Oceanographic Institution / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Al&eacute;m disso, sabe aquele papo de que devemos olhar para o passado para compreender o presente e prever como ser&aacute; o futuro? Esse conceito nunca foi t&atilde;o verdadeiro como agora, j&aacute; que as descobertas arqueol&oacute;gicas das &uacute;ltimas d&eacute;cadas n&atilde;o est&atilde;o somente enriquecendo o nosso conhecimento no &acirc;mbito hist&oacute;rico e evolutivo. Os dados levantados v&ecirc;m, por exemplo, aportando cada vez mais suporte emp&iacute;rico para as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas que est&atilde;o ocorrendo no planeta, e revelando alternativas usadas por nossos ancestrais para se adaptar e sobreviver sob novas condi&ccedil;&otilde;es que podem servir n&atilde;o s&oacute; de exemplo nos dias de hoje, como de li&ccedil;&atilde;o.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149291-tecnologia-arqueologia-unem-desvendar-enigmas-passado.htm">Tecnologia e arqueologia se unem para desvendar enigmas do passado</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

thumb-image-2024-02-29T14:04:25.908Z

Tecnologia e arqueologia se unem para desvendar enigmas do passado

Imagem de Polêmica cósmica: estudo põe em dúvida existência da energia escura no megacurioso

Pesquisa foi divulgada há alguns dias e vem sendo contestada pela comunidade científica

De acordo com um estudo divulgado h&aacute; alguns dias, evid&ecirc;ncias levantadas recentemente apontaram que o principal fator no qual a exist&ecirc;ncia da energia escura se baseia consiste em um erro de c&aacute;lculo &ndash; o que significa que, consequentemente, as teorias em vigor para explicar o comportamento do Universo deveriam ser jogadas por terra. No entanto, in&uacute;meros cientistas se manifestaram em contra &agrave; pesquisa, e o tema todo est&aacute; gerando bastante pol&ecirc;mica.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Energia&nbsp;escura</h2>
Voc&ecirc; j&aacute; deve ter ouvido falar a respeito da mat&eacute;ria e da energia escura, certo? Esses conceitos fazem parte da teoria mais aceita entre os cientistas no momento para explicar a maneira como o cosmos se comporta. Segundo esse princ&iacute;pio, a mat&eacute;ria &ldquo;comum&rdquo; que vemos em nossas observa&ccedil;&otilde;es representa menos de 5% de tudo o que existe no Universo &ndash; sendo que pouco menos de 25% seria composto pela mat&eacute;ria escura e o restante pela energia escura.
<figure class="image"><img alt="" height="900" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/13/13000043439012.jpg" width="1200" /> <figcaption>(Fonte: Square Kilometre Array / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Nenhum desses 2 elementos pode ser observado diretamente, mas a exist&ecirc;ncia da mat&eacute;ria escura &eacute; conhecida devido aos efeitos que a sua gravidade exerce no cosmos &ndash; que podem ser medidos pelos cientistas. J&aacute; a energia escura seria a for&ccedil;a por tr&aacute;s do aumento na velocidade com a qual o Universo est&aacute; se expandindo.
&Eacute; importante mencionar que os conceitos de mat&eacute;ria e energia escura n&atilde;o surgiram de devaneios de cientistas malucos. Incont&aacute;veis estudos realizados por diferentes equipes de todo o mundo foram, ao longo dos anos, contribuindo com evid&ecirc;ncias que apoiam a teoria. Portanto, dizer que uma ideia t&atilde;o aceita se sustenta em um princ&iacute;pio &ldquo;errado&rdquo; obviamente causaria controv&eacute;rsia.
<h2 style="margin-bottom: 11px;">Contestando dogmas</h2>
Mais especificamente, segundo Ryan F. Mandelbaum, do site <a href="https://gizmodo.com/a-new-study-claims-to-disprove-dark-energy-but-cosmolog-1840933740" style="color: blue; text-decoration: underline;" target="_blank">Gizmodo</a>, os cientistas baseiam seus estudos em observa&ccedil;&otilde;es de um determinado tipo de supernova chamado Tipo 1a. Esse fen&ocirc;meno &ndash; em que estrelas supermassivas entram em colapso &ndash; &eacute; previs&iacute;vel e relativamente bem compreendido pelos f&iacute;sicos, e o que eles fazem &eacute; medir o brilho emitido pela explos&atilde;o estelar para calcular a dist&acirc;ncia em que os astros se encontram.
A partir da&iacute;, &eacute; poss&iacute;vel descobrir uma por&ccedil;&atilde;o de coisas mais e, com base tamb&eacute;m em observa&ccedil;&otilde;es sobre como a mat&eacute;ria comum se distribui pelo cosmos e na radia&ccedil;&atilde;o c&oacute;smica de fundo em micro-ondas &ndash; a radia&ccedil;&atilde;o residual da produzida logo ap&oacute;s o Big Bang, h&aacute; 13 bilh&otilde;es de anos &ndash;, os cientistas conseguem medir a velocidade de expans&atilde;o do Universo, por exemplo. E para que esses e outros tantos c&aacute;lculos deem certo, a energia escura precisa entrar na conta, uma vez que a sua influ&ecirc;ncia se faz presente.
<figure class="image"><img alt="" height="1407" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/13/13000403111013.jpg" width="2500" /> <figcaption>(Fonte: Physics World / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
Pois, de acordo com Ryan, o novo estudo &ndash; apresentado por pesquisadores da Universidade Yonsei e do Instituto de Astronomia e Espa&ccedil;o, ambos da Coreia do Sul, e da Universidade de Lyon, na Fran&ccedil;a &ndash; atesta que a observa&ccedil;&atilde;o das supernovas do Tipo 1a consiste&nbsp;em uma base de c&aacute;lculo equivocada para se estimar o comportamento do Universo.
Essa equipe conduziu observa&ccedil;&otilde;es de supernovas em gal&aacute;xias aqui das nossas redondezas e encontrou &ldquo;evid&ecirc;ncias estat&iacute;sticas de uma correla&ccedil;&atilde;o entre as idades das estrelas em 32 gal&aacute;xias vizinhas da nossa e a quantidade de brilho produzido por supernovas do Tipo 1a que elas cont&ecirc;m&rdquo;, segundo os cientistas. Isso os levou a&nbsp;concluir que, ao contr&aacute;rio do que se pensava, as supernovas emitem uma quantidade luz diferente da que podia ser prevista, ent&atilde;o os c&aacute;lculos que indicam a exist&ecirc;ncia da energia escura est&atilde;o errados.
<figure class="image"><img alt="" height="1080" src="https://mega.ibxk.com.br/2020/01/13/13000721346014.jpg" width="1920" /> <figcaption>(Fonte: Earth Chronicles / Reprodu&ccedil;&atilde;o)</figcaption></figure>
O problema &eacute; que, conforme explicaram diversos cientistas que analisaram o novo estudo, os resultados se baseiam em extrapola&ccedil;&otilde;es entre as gal&aacute;xias observadas e outras situadas a maiores dist&acirc;ncias &ndash; e, segundo os c&aacute;lculos da equipe, essas gal&aacute;xias mais distantes seriam mais velhas do que o pr&oacute;prio Universo, o que &eacute; imposs&iacute;vel. Al&eacute;m disso, os pesquisadores teriam baseado seu trabalho em uma amostragem pequena demais e com gal&aacute;xias especialmente selecionados para o estudo, o que torna o resultado dos c&aacute;lculos tendencioso, e seria necess&aacute;rio ampliar a pesquisa para realmente poder eliminar a energia escura da equa&ccedil;&atilde;o.
N&atilde;o &eacute; a primeira vez que a exist&ecirc;ncia da energia escura e que o uso das supernovas do Tipo 1a para servir de base para o c&aacute;lculo da acelera&ccedil;&atilde;o da expans&atilde;o do Universo s&atilde;o questionados &ndash; e este estudo apresentado agora certamente n&atilde;o ser&aacute; o &uacute;ltimo a fazer isso. Ali&aacute;s, &eacute; importante que trabalhos assim sejam realizados e que hajam equipes de cientistas preparadas para contestar teorias e cren&ccedil;as. Afinal, &eacute; assim que a Ci&ecirc;ncia progride! Mas, neste caso em quest&atilde;o, parece que o time n&atilde;o conseguiu convencer que a energia escura n&atilde;o existe.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/149248-polemica-cosmica-estudo-poe-duvida-existencia-energia-escura.htm">Polêmica cósmica: estudo põe em dúvida existência da energia escura</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br">TecMundo</a>

Maria Tamanini