Conheça a mosca sem asas, um inseto super-resistente com DNA minúsculo

13/08/2014 às 04:311 min de leitura

Paris (AFP) – A mosca da Antártica, o único inseto conhecido originário do continente branco, cuja larva consegue sobreviver a dois invernos seguidos em condições severas, possui um genoma “minúsculo”, o menor já identificado em um inseto.

A cada inverno, as larvas desta mosca áptera (sem asas), denominada Belgica antarctica, que vive em formações rochosas da península antártica, perdem metade do peso. Elas também resistem a ventos violentos de até 140 km/h, a uma concentração de sal elevada e à intensa radiação ultravioleta.

Quando chega à idade adulta, a mosca vive apenas um pouco mais de uma semana, ou seja, o tempo necessário para se reproduzir e pôr os ovos indispensáveis à continuação do ciclo biológico de sua espécie.

Além disso, ela consegue esta façanha com um genoma de apenas 99 milhões de pares de bases (os tijolos elementares do DNA), ou seja, 32 vezes menos que um ser humano, que possui 3,2 bilhões de pares.

“É minúsculo. Foi uma surpresa enorme”, assegura Joanna Kelley, bióloga da Universidade americana do estado de Washington, que participou da interpretação do material genético do inseto.

Este genoma reduzido é, sem dúvida, fruto “de uma adaptação a um ambiente extremo”. Segundo a pesquisadora, há outras moscas em algumas ilhas da região. “Seria muito interessante ver se possuem ou não um genoma similar”, disse ela.

A análise do genoma da Belgica antarctica, publicada nesta terça-feira na revista Nature Communications, revela uma abundância de genes associados ao desenvolvimento e à regulação do metabolismo, o que sugere que a espécie teve que enfrentar fortes pressões em termos de seleção natural durante sua evolução.

Via EmResumo

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