Conheça a história do russo que queria criar híbridos de humanos com símios

12/09/2014 às 11:352 min de leitura

Pode até parecer coisa de filme, mas, no início do século passado, um russo queria criar seres híbridos de humanos com chimpanzés. Daria um bicho interessante, não é mesmo? Um “humanzé”. Mas, brincar de Deus, naquela época, era bem mais difícil do que hoje. Além de poucos recursos de estudo, o russo, chamado Ilya Ivanov, também foi alvo de polêmica.

Ilya Ivanov foi um cientista russo que ganhou destaque no início de 1900, quando teve a ideia do cruzamento bizarro. Fontes históricas dizem que Ilya começou sua carreira tentando provar a evolução para o bem da União Soviética.

No entanto, com o passar do tempo, ficou claro que a paixão de Ilya por esta experiência maluca ia muito além de provar a justiça a sua nação. Na verdade, ele se tornou cada vez obcecado com a ideia, fazendo várias tentativas na sua busca para conseguir um híbrido de homem com chimpanzé.

Experiências

Na primeira empreitada, Ilya viajou o mundo, tentando encontrar alguém que concordasse em doar esperma para inseminar as fêmeas de chimpanzé. Porém, ninguém concordou em realizar tal coisa. Então, ele decidiu que ele mesmo faria a doação do esperma, e conseguiu 13 chimpanzés para o experimento na Guiné Francesa.

De uma forma de inseminação artificial, ele tentou o cruzamento com duas fêmeas, mas a experiência falhou e elas não engravidaram. Como na primeira experiência, os animais também estavam um pouco inquietos, ele resolveu usar sedação em outra fêmea e tentar de novo, mas não teve sucesso.

Em desespero, Ilya apelou ao governador local para ver se ele poderia ser autorizado a tentar inseminação em pacientes hospitalares com esperma de chimpanzé sem que eles soubessem, para o bem da ciência, é claro.

Obviamente, Ilya foi impedido de realizar o seu plano e mais uma tentativa de criar um mutante “humanzé” se desfez. Mas, como qualquer pessoa com um sonho, ele não deixou que isso o desanimasse, partindo logo para novas ideias.

Persistência

Porém, desde que a sua primeira experiência vazou para a imprensa, ele passou a ser alvo de críticas e muitas pessoas que, de uma forma ou de outra, possam ter financiado os seus estudos, passaram a se desligar pela má publicidade que ele gerou.

No entanto, Nikolai Petrovich Gorbunov, chefe do Departamento de Instituições Científicas, ficou interessado no projeto e anunciou seu apoio aos estudos de Ilya. Então, novamente, o cientista decidiu tentar mais um experimento, que consistia em inseminar uma mulher com esperma animal. Mas, desta vez, o doador era um orangotango chamado Tarzan.

A mulher em questão nunca teve a identidade revelada, pois escreveu uma carta para Ilya pedindo para tentar o experimento nela, alegando que a sua vida estava acabada por outros motivos.

No entanto, antes que ele pudesse conceder o pedido da mulher e levá-la ao seu laboratório, o orangotango morreu e era o único macho maduro entre os animais que Ilya detinha.

E antes que ele pudesse pensar na possibilidade de tentar novamente com o esperma de outro animal, Ivanov virou alvo de criticas políticas em seu instituto veterinário. Com isso, o governo da União Soviética decidiu que já era o suficiente e mandou-o para o exílio. Ele morreu pouco tempo depois sem ter o seu sonho realizado.

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