Mudanças climáticas podem causar extinção em massa

12/05/2015 às 09:012 min de leitura

Há milhões de anos, um animal entre uma infinidade de outros seres de algum modo se tornou diferente. Destacou-se por apresentar uma inteligência fora do comum – o que viemos a chamar de racionalidade. Era um ser que tinha consciência de si mesmo e das coisas que conhecia. Muito tempo se passou e esse animal se tornou a espécie dominante no planeta, tendo a capacidade de alterar tudo ao seu redor.

Estamos falando do próprio ser humano, é claro, e do altíssimo grau de interferência que exercemos na natureza. Dois estudos realizados pela revista científica Science e publicados esta semana mostram que as alterações climáticas causadas pelo homem vão riscar do mapa um sexto das espécies animais existentes e que a construção de prédios, linhas de alta tensão, antenas, cata-ventos para a geração de energia eólica e outras estruturas que ocupam espaço no céu matam milhões de seres vivos a cada ano.

Milhões de espécies condenadas

Considerando que existam em torno de 8 milhões de espécies de animais na Terra, mais de 1,3 milhão deve desaparecer com o aumento gradual da temperatura causado pela emissão massiva de gás carbônico na atmosfera. O estudo mostra que mesmo um leve aumento da média de temperatura, como de 2 °C, pode dobrar o risco de extinção de uma série de animais, de 2,8% para 5,2%. Esse valor sobe para impressionantes 16% caso a média de temperatura se eleve 4,3 °C.

Animais que ocupam espaços aéreos também são extremamente afetados por todo tipo de construções altas. Além dos danos físicos diretos, elas provocam alterações em padrões migratórios, o que causa um mal profundo entre certas espécies. Veículos aéreos como aviões e helicópteros também têm culpa nessa carnificina, isso sem levarmos em conta as mortes de seres humanos causadas por choques entre aeronaves e pássaros, por exemplo.

A importância do espaço aéreo como habitat só foi reconhecida recentemente por estudiosos. Com o aumento gradual da ocupação do ar por novos dispositivos tecnológicos, a perspectiva de melhora dessa situação, sem nenhum tipo de intervenção, cai para quase zero.

Minimizando os efeitos

Diversas atitudes devem ser tomadas para minimizar o efeito da ocupação do céu. Cidades grandes têm se comprometido a regular suas luzes durante movimentos migratórios de algumas espécies de aves – que vêm sendo monitorados e mapeados devidamente –, além de tentar tornar suas estruturas altas mais visíveis para os pássaros.

A biodiversidade é de importância crucial para nossa economia, cultura, saúde e alimentação. Essa diminuição drástica no número de espécies pode não ser drástica apenas para os animais que foram extintos, mas também todos os sobreviventes, especialmente nós mesmos. A busca pela diminuição de emissão de gases nocivos na atmosfera deve ser apenas uma de várias medidas necessárias para a continuidade do bem-estar do ser humano e de todas as espécies das quais dependemos e que dependem de nós.

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