Artes/cultura
18/03/2019 às 07:00•3 min de leitura
Talvez você ache que baratas são os seres mais nojentos do universo, nós entendemos. Mas existem alguns fatos bem curiosos a respeito dos pequenos insetos que podem fazer com que elas se tornem um pouco menos desprezíveis. Confere aí:
Uma barata pode viver sem a cabeça por semanas e só vai morrer por conta da fome. Naturalmente elas já aguentam muito tempo sem ingerir qualquer tipo de alimento ou água, e a respiração delas é feita através de espiráculos ao longo do corpo, então a falta da cabeça não influencia tanto.
Quando existe algum tipo de escolha, as baratas geralmente optam por comidas mais doces, mas, quando os tempos ficam mais difíceis, elas podem comer de tudo: cola, graxa, sabão, couro, cabelo e, claro, fezes – talvez seja por conta disso que as pessoas achem elas tão nojentas. Ah, só tem uma coisa que elas não gostam tanto: pepino, e ninguém sabe explicar por quê.
Mas elas só recorrem a esse tipo de comida quando realmente não têm absolutamente nada mesmo para comer, como um último recurso: antes de chegar nesse estágio elas podem passar semanas sem ingerir absolutamente nada. Por outro lado, essa característica faz delas também ótimas consumidoras de lixo orgânico.
As baratas podem chegar a uma velocidade de 3,2 km/h. Achou pouco? Pois saiba que, relacionando com o tamanho do seu corpo, isso é muito rápido: se elas tivesse o tamanho de um guepardo, seria o equivalente a se movimentar a mais de 80 km/h.
Além disso, graças aos três pares de pernas e a um sistema extremamente sensível para detectar a mudança nas correntes de ar, uma barata tem um tempo de reação extremamente rápido, podendo chegar a 8,2 milissegundos. Além, é claro, de conseguir mudar a sua direção de forma brusca enquanto dão o "corridão".
Muito antes de o ser humano pensar em habitar esse planeta, as baratas já faziam suas presepadas por aqui. Os insetos já dividiram a Terra com os dinossauros e estima-se que as baratas como conhecemos já existam há mais ou menos 200 milhões de anos, enquanto seus predecessores já botavam as anteninhas para fora há 350 milhões de anos. Então, antes do ovo e da galinha, tínhamos baratas. Muitas baratas.
Baratas são criaturas extremamente sociáveis e são capazes de reconhecer membros de suas próprias famílias, com diferentes gerações vivendo juntas. É tipo aquela bagunça de tio, tia, vó, pai e mãe na mesma casa.
Por isso, também, elas podem se sentir solitárias quando sozinhas e, se permanecerem dessa forma por muito tempo, podem até adoecer. Então pense bem, talvez aquela barata que apareceu na sua casa só queira um pouquinho de companhia!
Baratas soltam pum. Você pode nunca ter visto, mas segundo uma empresa britânica de controle de pragas, em relação ao peso corporal, as baratinhas soltam mais metano do que qualquer outra criatura na Grã-Bretanha.
A barata americana – a mais conhecida – chega a liberar 35 gramas de metano, mais de 43 vezes o seu peso corporal médio.
Embora muitos considerem a barata de forma geral como peste, entre as quase 4 mil espécies que existem no mundo, somente 30 delas aproximadamente vivem em áreas urbanas, sendo que as mais comuns são as baratas americanas e as alemãs (também conhecidas como baratinhas).
E se você acha as baratas urbanas grandes, saiba que nos trópicos – e para a surpresa de ninguém, na Austrália –, algumas espécies que vivem em florestas podem chegar a 18 centímetros de envergadura ou 10 centímetros de comprimento. Melhor ficar com as comuns, né?
Um estudo conduzido em Nova York identificou que as baratas têm seus próprios "bairros": os tipos genéticos delas variavam de acordo com a região e se agrupavam por tipos similares.
A barata é um inseto tigmotrópico, ou seja, ela gosta de sentir algo sólido em contato com o corpo dela, de preferência em todos os lados. Isso explica o motivo de elas sempre se enfiarem em frestas e buracos justos, mas BEM justos mesmo, quase que exatamente do seu tamanho.
É verdade que elas são bem mais resistentes à radiação do que outros seres que não são insetos, tipo a gente. Elas chegam a aguentar algo em torno de 20 mil rads (unidade de radiação), mas a bomba de Hiroshima, por exemplo, chegou a emitir algo em torno de 34 mil rads. Então, apesar de estarem no planeta há bastante tempo, caso acontecesse um desastre desse tipo, dificilmente seriam elas que ficariam por aqui.