Estilo de vida
21/07/2014 às 07:06•2 min de leitura
Comer carne humana parece horrível para você? Mas e se, por algum motivo, não existirem mais animais ou vegetais? Você teria que se manter vivo assim e, dessa forma, quanto tempo a raça humana poderia sobreviver apenas com o canibalismo? Com pessoas comendo pessoas, em algum tempo, tudo iria se acabar de vez, certo?
Sabe-se que existem 500 trilhões de calorias de humanos no mundo. Se levarmos em consideração que uma pessoa necessita, em média, de 2 mil calorias por dia, a quantidade existente hoje poderia manter uma pequena população reprodutora viva (mais ou menos 80 indivíduos) por milhares de anos.
Carne contaminada — Mesmo depois de cozida, a carne humana não se livraria de muitas contaminações, principalmente se aquela pessoa também já tivesse comido a carne de outra pessoa. A exposição a doenças é inevitável e, em uma população pequena, cada surto se transformaria em uma pandemia, levando pouco tempo para acabar com tudo.
Lutas — Em um mundo canibal, não existe a menor possibilidade de uma pessoa matar a outra sem que aconteça uma luta e um deles matar o outro primeiro. Todos viveriam quase em igualdade e, se fosse braço a braço, a briga seria bem intensa e sem favoritos.
Doenças de príon — Comer pessoas que já comeram pessoas é o método mais eficaz para se transmitir doenças de príon, apesar de ser a menor das preocupações, já que a maioria dessas doenças tem períodos de incubação longos. Ou seja, a pessoa ainda correria o risco de ser morta por alguém e servida como refeição diariamente.
A comida da vez — Existe, também, o método natural de seleção. Cada pessoa decidiria quem seria a refeição da vez, podendo escolher algumas bem antes e deixando outras para trás. Isso aumentaria ou diminuiria a expectativa de vida de cada pessoa individualmente.
Comer nada além de carne pode parecer bem estranho, mas a falta de vegetais não mata ninguém. Se as pessoas tiverem uma boa dieta à base de uma boa carne, incluindo os órgãos e a medula óssea, elas vão contar com vitaminas e nutrientes diversos, suprindo a falta dos alimentos que não estão ingerindo.
Algumas pessoas viram a cara para os órgãos dos animais, mas a ingestão dessas partes foi incentivada durante a Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos devido à escassez de outros cortes da carne. Pessoas de várias especialidades médicas e cientistas foram empregados para descobrir uma maneira de mudar os hábitos alimentares dos americanos.
O projeto tinha a ideia de rebatizar esses alimentos como variedade da carne. Quando a guerra terminou, muitos desses esforços para essa pesquisa foram parados, mas várias pessoas já tinham aderido a tudo aquilo que aprenderam e persistem na ingestão dessas partes dos animais até hoje.