Ciência
08/12/2018 às 05:00•3 min de leitura
Treinamentos militares não costumam ser muito razoáveis e, não raramente, acabam colocando oficiais, principalmente os recém-recrutados, em situações extremas de esforço físico e emocional. O Oddee reuniu alguns exercícios de treinamento militar que acontecem em diversas partes do mundo e que vão deixar você de queixo caído. Confira:
A brincadeirinha da batata quente, que faz com que os participantes repassem uma bola ou algo parecido aos outros participantes, é realizada entre os soldados chineses. Mas tem um detalhe: em vez da bola, uma granada faz o papel da batata.
No minuto 1:25 do vídeo acima você pode ver como é esse treinamento maluco. Os soldados passam a granada entre si e, ao final, a jogam em um buraco. Depois, todos ao chão para evitar se machucar com a explosão. Qualquer errinho, como dá para imaginar, pode ser fatal.
O vídeo acima foi feito por Larry Vickers, um militar aposentado norte-americano que resolveu filmar o treino bizarro pelo qual alguns soldados russos de alta confiança precisam passar. Em determinado momento esses homens precisam simplesmente atirar contra o peito uns dos outros.
A lógica do treinamento é preparar os soldados para quando forem eventualmente baleados. Apesar de usarem coletes à prova de bala, muitos acabam se machucando. A tarefa, aliás, não envolve apenas levar um tiro na barriga: depois disso, eles precisam mostrar agilidade e levantar rapidinho.
Na sequência, atiradores continuam disparando contra os soldados, mirando em áreas próximas de modo que eles precisem desviar dos tiros e, dessa forma, entendam que o stress pode afetar a concentração. Ou seja: o esperado é que a pessoa leve um tiro no peito, desvie de outros tiros que obviamente podem matá-la, se esconda e, claro, permaneça calma.
Não basta brincar com uma granada. Soldados chineses participam também de pequenas gincanas cheias de alegria e periculosidade. Uma dessas tarefas é ultrapassar alguns círculos de fogo – taí uma prova que não pode ter erros, né? Detalhe: tem que fazer tudo isso segurando uma arma. A intenção é dar ao soldado uma sensação muito próxima a que ele sentiria se estivesse em um combate verdadeiro.
O Tio Sam também não pega leve na hora de formar seus soldados. Os oficiais da marinha enfrentam provas de resistência completamente assustadoras, e elas geralmente envolvem água congelante. Nesse sentido, há o treinamento que os faz ficar imersos em água gelada e cobertos com lama.
Até aí tudo bem? Pois saiba que na sequência os braços e as pernas são amarrados, para dificultar a tarefa. Depois disso os soldados precisam se abaixar e levantar 20 vezes, boiar por cinco minutos, nadar até o final da piscina, virar sem encostar-se a nada, nadar até o fundo da piscina, realizar cambalhotas subaquáticas e recuperar uma máscara facial que está localizada ao fundo da piscina. Como se não bastasse, um treinador ataca os soldados para simular um ataque. Coisa básica.
Ainda que a ideia de quebrar tijolos de concreto com a cabeça não seja exatamente nova, é bizarro imaginar que isso faça parte de um treino militar e não seja apenas uma atividade que algumas pessoas buscam conseguir fazer por motivos próprios de superação.
O pior de tudo é o fato de que os próprios soldados que precisam realizar essa tarefa já têm noção de que ela não tem muita utilidade prática. Tudo bem que levar um tiro no peito não é a coisa mais divertida e ficar vários minutos embaixo da água gelada também não é animador, mas esses treinos até têm uma justificativa para acontecer – poderia ser algo menos agressivo, lógico. Agora quebrar um tijolo – ou vários ao mesmo tempo – com a cabeça prepara um soldado para o quê, exatamente?
E aí, você encararia essa tarefa? Aliás, no quesito sangue e sacrifício animal, sabe-se que esses soldados também precisam arrancar cabeças de galinhas com os dentes.
Depois de uma aula intensa sobre como matar cobras venenosas, esses futuros marinheiros são obrigados a beber o sangue do animal, exatamente como a imagem acima mostra. Para quem não acha que isso seja bom o suficiente, fica aqui a continuidade da tarefinha: depois de tomar o sangue do réptil, os soldados devem comer o rabo da cobra.
Em 2014, 13 mil soldados dos EUA, da Tailândia, de Singapura, da Indonésia, do Japão, da Coréia do Sul e da Malásia se reuniram em um treinamento desses superpesados, durante 11 dias e que aconteceu na província tailandesa de Chon Buri. Imagine só que dias felizes foram esses.
Essa prova maluca é chamada de “Caminho para o céu”, mas a tarefa é muito mais ingrata do que o nome sugere. Basicamente os soldados devem se arrastar – usando apenas bermuda e tênis – em um caminho de 50 metros salpicado de pedras e cobras venenosas.
Essa foi a maneira que os instrutores encontraram para encerrar um treinamento intensivo de nove semanas.
*Publicado em 15/7/2015