Artes/cultura
28/10/2016 às 05:41•2 min de leitura
Tudo começou há milhares de anos, com o povo celta, que ocupava o que hoje conhecemos como a Irlanda, a Grã-Bretanha e o norte da França. Naquela época, eles celebravam o Ano-Novo no dia 1º de novembro, que também era o início do inverno. Assim, o dia 31 de outubro simbolizava o fim do ano e era chamado de “Samhain”.
Nessa data, os celtas acreditavam que a linha que separa o mundo dos vivos e o dos mortos se tornava tênue, permitindo que os fantasmas retornassem à Terra. Apesar de eles poderem fazer o mal, havia também o lado positivo: os druidas, líderes religiosos, poderiam aproveitar a presença dos espíritos para prever o futuro!
No “Samhain”, as pessoas vestiam fantasias feitas com cabeças de animais e acendiam grandes fogueiras, nas quais eram realizados sacrifícios. Além disso, eles deixavam comidas e bebidas nas portas das casas para que os fantasmas pudessem se alimentar.
Em 43 d.C., o Império Romano, que já havia conquistado boa parte do território, acabou misturando as festividades celtas com a “Feralia”, a comemoração romana que celebrava os mortos.
Como explicado anteriormente, as pessoas costumavam se adornar com cabeças e peles de animais. A ideia era “se misturar” aos espíritos que vinham à Terra para não despertar a ira deles.
Depois que os romanos habilmente mesclaram a cultura do dominante com o dominado, o cristianismo chegou ao local, e adivinha só: o feriado miscelânea teve que mudar novamente. Afinal, os cristãos também quiseram impor os seus costumes. Dessa forma, o dia 1º de novembro virou o “Dia de Todos os Santos”. Esse feriado era também chamado em inglês medieval de All-hallowmas. A noite anterior – 31 de outubro –, quando era celebrado o Samhain, passou então a ser chamada de All-hallows Eve (Véspera do Dia de Todos os Santos, em português), que com o tempo virou Halloween.
Na Irlanda e na Grã-Bretanha, existe a lenda do “Jack O'Lantern”, um homem grosseiro e que durante uma bebedeira acabou fazendo alguns tratos com o Diabo. Sem ter cumprido com a sua palavra, ele foi expulso do céu e do inferno e condenado a vagar com um pedaço de carvão para guiar seu caminho na escuridão. Jack então colocou o carvão dentro de um nabo e saiu perambulando.
Agora você deve estar se perguntando, qual é a relação entre um nabo e uma abóbora, certo? A explicação é simples: as abóboras abundavam nos Estados Unidos e eram muito mais fáceis de esculpir do que um nabo.
Agora você já sabe de onde vieram tantos costumes que se perpetuam ao longo dos anos.