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10/05/2012 às 09:52•2 min de leitura
(Fonte da imagem: Reprodução/Encyclopedia)
Quando o assunto é Segunda Guerra Mundial, é impossível não citar os campos de concentração nazistas e os horrores cometidos contra os judeus e outras etnias. Mas o Japão, que sofreu igualmente com os bombardeios atômicos, também cometeu algumas atrocidades que permaneceram secretas por muito tempo.
Segundo o io9, a história é a seguinte: dentro do Exército Imperial Japonês, estava concentrada a Unidade 731, um grupo de soldados e pesquisadores que tinha como foco a guerra química e biológica. Entre os planos do batalhão, estava até mesmo o lançamento de bombas incendiárias em florestas norte-americanas e um ataque kamikaze que lançaria bactérias de peste em portos do país.
Mas as ideias da Unidade 731 não ficaram só na teoria. Depoimentos e documentos revelados apenas recentemente indicam que vilarejos da China receberam potes de arroz com pulgas que carregavam pragas, causando a morte de centenas de milhares de camponeses indiretamente. Os ataques aconteceriam em 1945, mas foram impedidos pelos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki e a posterior rendição do Japão, o que obrigou a equipe e desmontar suas instalações.
O pior é que muita verba do governo japonês foi destinada à Unidade 731 – o próprio Imperador Hiroito vivia impressionado com os conhecimentos de Ishii e seus equipamentos de filtragem de água. Há alguns anos, de acordo com o Daily Mail, os sobreviventes que não foram presos ou condenados começaram a testemunhar contra os crimes.
Um dos laboratórios, hoje aberto ao público. (Fonte da imagem: Reprodução/Wikipedia)
Foram confirmados ainda vários experimentos com prisioneiros de guerra e cobaias russas, chinesas e norte-americanas. Comandadas pelo militar e físico Dr. Shiro Ishii, o homem por trás da Unidade 731, as centenas de atrocidades cometidas não devem em nada para o que conhecemos como obras nazistas: dissecações e retirada de órgãos para estudo, injeção de vírus e bactérias para acompanhar a evolução de doenças, inseminações forçadas e outras bizarrices escondidas por um pano de fundo científico.
Fontes: io9, Daily Mail