Artes/cultura
19/06/2015 às 12:25•3 min de leitura
Se você é fã de Game of Thrones, então você deve estar por dentro das intrigas que os personagens criam para conquistar o poder, não é mesmo? Pois, conforme apontou Stephanie Pappas do portal Live Science, diversos membros de famílias reais se envolveram em conspirações pra lá de sinistras para garantir sua ascensão ao trono ao longo da História, e você poderá conferir quatro exemplos a seguir:
Todo mundo conhece a famosa história do suicídio de Cleópatra, mas o que muita gente desconhece são as tramoias sangrentas que a Rainha do Egito aprontou para chegar ao trono. De acordo com Stephanie, quando o pai de Cleópatra morreu, quem herdou o posto de faraó foi Ptolomeu XIII, seu irmão.
Cleópatra deveria se casar com Ptolomeu — pois é, a realeza gostava de manter as coisas em família no Egito Antigo —, mas como o monarca sentiu que a ambição da irmã podia colocar sua vida em risco, ele a exilou. O que Ptolomeu não imaginava é que Cleópatra se aliaria a Júlio César, e que tomaria o trono juntamente com seu irmão mais novo, Ptolomeu XIV.
Pois Ptolomeu XIV acabou morrendo, possivelmente envenenado por Cleópatra, e a rainha, para garantir, ainda mandou matar Arsinoe IV, também irmã de Cleópatra — e rival ao trono.
E já que estávamos falando de Cleópatra, que tal continuar no Antigo Egito? Pois, segundo Stephanie, Ramsés III, faraó que reinou entre os anos de 1186 e 1155 a.C., gostava de se divertir com suas concubinas. Isso até que Tiye, uma delas, resolver armar para cima do rei e mandar cortar seu pescoço faraônico.
Tiye era uma das esposas secundárias de Ramsés III, e queria assegurar que seu filho, Pentaweret, se tornasse faraó. No entanto, a conspiração foi descoberta e dezenas de pessoas foram sentenciadas à morte, incluindo Pentaweret.
Por certo, em 2012, um grupo de arqueólogos disse ter descoberto a múmia do príncipe, revelando que ele o corpo tinha uma expressão de agonia. Análises revelaram que os pulmões pareciam superinflados, sugerindo que a morte tenha sido provocada por sufocamento ou estrangulamento. Os arqueólogos especulam que Pentaweret pode ter sido enterrado vivo, e não descartam a possibilidade de que ele tenha sido forçado a cometer suicídio.
Pense em uma família na qual todos se odiavam e estavam prontos para cravar o punhal um nas costas do outro. Essa era a família de Alexandre, o Grande! Começando pelo pai do príncipe macedônio, Filipe II, o homem provavelmente teve seis esposas além de Olímpia, mãe de Alexandre.
De acordo com Stephanie, Filipe II foi assassinado por um de seus guardas e antigo amante. Segundo o historiador grego Clitarco, o assassino teria convencido o novo amante do rei a cometer suicídio, despertando a ira de um parente de Filipe que, em retaliação, teria abusado do guarda — levando-o a matar Filipe por vingança. Enfim, um rolo! Contudo, alguns historiadores suspeitam que Olímpia tramou tudo — já que ela não era flor que se cheire.
Após a morte do Rei, Alexandre começou a se livrar de todos os membros da família que pudessem por em risco sua ascensão ao trono, e Olímpia, para ajudar o filho, mandou matar a última esposa de Filipe, assim como todos os filhos do casal. Depois da morte de Alexandre, Filipe III, filho ilegítimo de Filipe II com uma bailarina grega, subiu ao trono. E Eurídice, a esposa do novo rei, começou a forçar a barra para se transformar em regente também.
Com isso, Eurídice entrou em competição com Olímpia pela sucessão ao trono, o que foi uma péssima ideia, já que Olímpia mandou matar Filipe III e forçou Eurídice a cometer suicídio. Mas a mãe de Alexandre não escapou ilesa do crime, pois algum tempo depois ela foi capturada e condenada à morte por apedrejamento.
Quando o Imperador Inca Huayna Cápac morreu em 1525, Atahualpa e Huáscar, seus dois filhos, iniciaram o que ficou conhecido como a “Guerra dos Dois Irmãos”. Em um primeiro momento, os dois tentaram governar juntos, mas a coisa não deu muito certo e, por volta do ano 1529, a casa caiu. E a inimizade entre eles se tornou tão forte que, de acordo com alguns historiadores, Atahualpa mandou fazer uma taça com o crânio de um dos generais de Huáscar.
No fim, Atahualpa e Huáscar iniciaram uma guerra civil que ajudou a acelerar a queda da civilização inca, pois em 1532, justamente quando Atahualpa declarava sua vitória sobre Huáscar, o espanhol Francisco Pizarro apareceu por aquelas bandas.
Os conquistadores capturaram o novo governante, e o mantiveram preso na esperança de cobrar algum resgate. Mas, antes que qualquer negociação acontecesse, Atahualpa conseguiu ordenar a execução de Huáscar — e ele mesmo acabou sendo morto pelos espanhóis em 1533.