Cientistas produzem material mais forte que o aço com óleo de cozinha velho

08/02/2017 às 06:062 min de leitura

Você já deve ter ouvido falar a respeito do grafeno, certo? Trata-se de um material incrivelmente versátil e flexível, que consiste de uma espécie de treliça hexagonal feita de átomos de carbono. Na verdade, o grafeno é uma maravilha tecnológica, já que, segundo os cientistas, além de ser mais duro do que o diamante e 200 vezes mais forte que o aço, em determinadas condições, ele pode atuar como um supercondutor.

Supermaterial

Para você ter uma ideia da resistência desse supermaterial, de acordo com Bryan Nelson, do portal Mother Nature Network, seria necessário equilibrar um elefante sobre um lápis para perfurar uma lâmina de grafeno da espessura do papel filme — aqueles plásticos que a gente usa para embalar alimentos, sabe? O problema é que o processo de produção desse material é caro e complicado, e envolve submeter ingredientes purificados a altíssimas temperaturas no vácuo.

Novidade

Mas essa dificuldade pode ser superada em breve, pois, segundo Bryan, um grupo de cientistas na Austrália descobriu uma forma de transformar o óleo de cozinha usado, aquele que a gente descarta ou encaminha para reciclagem, em grafeno. E o melhor é que o processo de produção é bastante simples, envolvendo aquecer a substância em uma fornalha.

Cientistas conseguiram desenvolver método mais simples e barato para produzir o grafeno

De acordo com Bryan, o novo processo de produção foi batizado de “GraphAir”, e consiste em aquecer o óleo — de soja — velho durante cerca de 30 minutos. Com isso, os cientistas obtêm os constituintes básicos do carbono, e esse item é, então, resfriado rapidamente em uma lâmina especial feita de níquel, onde ele se esparrama formando uma película de grafeno com um nanômetro de espessura.

Outra característica do processo acima é que ele pode ser realizado em condições normais — ou seja, dispensando o vácuo —, o que o torna ainda mais simples em comparação com os métodos de produção convencionais. Sem falar que, em vez de implicar o uso de “ingredientes” caros e purificados, ele requer o emprego de uma substância barata e que seria descartada.

De momento, os pesquisadores conseguiram fabricar uma lâmina de grafeno do tamanho aproximado de um cartão de crédito com essa técnica, mas esperam encontrar formas de aumentar a escala da produção em breve. Com isso, o time que desenvolveu a novidade espera tornar o processo de obtenção do grafeno muito mais barato, sustentável e eficiente, e conseguir fabricá-lo em nível industrial.

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