
Ciência
21/06/2017 às 10:08•2 min de leitura
O grupo católico Arautos do Evangelho está sendo investigado pelo Vaticano graças a uma denúncia feita pelo vaticanista Andrea Tornielli, que acusa o grupo de adoração ao Diabo e de proferir ofensas graves contra Papa Francisco.
Fundado pelo monsenhor brasileiro João Clá Dias, que abriu mão de sua posição recentemente, o grupo Arautos do Evangelho é acusado de realizar rituais de exorcismo para atrair simpatizantes ao movimento, considerado ultraconservador – a denúncia feita por Tornielli diz que os Arautos acreditam que seu antigo líder, Plínio Corrêa de Oliveira, morto em 1995, tem contato direto com o Demônio.
Tornielli fez a denúncia após a divulgação de um vídeo no qual os Arautos supostamente falam com Satanás, que teria mencionado Corrêa de Oliveira: “Doutor Plínio, o autor das mudanças climáticas e do aumento do calor. É o Plínio quem faz tudo”. Na conversa, o Diabo teria dito que um meteorito cairá no Oceano Atlântico e que a América do Norte vai desaparecer por completo.
Sobre o Vaticano, o suposto Demônio garantiu que aquele território é totalmente seu e disse que Papa Francisco é um tolo e estúpido: “Ele me obedece em tudo. Ele é a minha glória, ele me serve”, teria dito o Demônio, que acrescentou que Francisco “morrerá caindo”. O substituto do Papa? Ninguém menos que o próprio Plínio.
Monsenhor João Clá Dias
Os Arautos do Evangelho afirmam que as acusações são obsoletas e que já foram devidamente refutadas conforme as regras da doutrina católica: “A notícia, apesar de curta e de redação questionável e confusa, mistura de modo impreciso informações contidas em outros artigos, conforme suas próprias referências”, disseram os Arautos, em declaração publicada em seu site.
O padre César Diez, sacerdote dos Arautos do Evangelho, disse, em declaração divulgada pelo Aci Digital, que o vídeo é autêntico, mas que não deveria ser aberto ao público, por conter “documentos restritos à associação”. Ele acredita, inclusive, que a repercussão das imagens extrapolou os limites, e garantiu que os Arautos não fazem exorcismo, mas sim bênçãos de libertação.
Após a denúncia de Tornielli, os Arautos publicaram um texto questionando se a intenção dele era provocar um cisma na Igreja Católica. O grupo disse, ainda, que o vídeo é um registro de um “intercâmbio de impressões sobre certos fenômenos preternaturais, em um ambiente familiar, ameno e descontraído”.
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