O que levou uma importante jornalista a cometer suicídio após perder o voo?

12/07/2016 às 10:042 min de leitura

No fim do ano passado, uma jornalista da BBC foi encontrada morta no aeroporto de Istambul. As investigações foram feitas e o veredito divulgado neste mês apontou o suicídio como a causa da morte de Jacqueline Sutton, de 50 anos.

Durante a audiência, foi divulgado que Jacqueline estava a trabalho e havia perdido um voo para o Iraque. Segundo os funcionários do local, ela bebeu duas latas de cerveja ainda na sala de espera e começou a chorar quando foi avisada de que tinha perdido a sua passagem. Ela ainda teria dito que a sua equipe não dispunha de condições para comprar um novo bilhete e que ela também não tinha dinheiro.

Jacqueline Sutton cometeu suicídio aos 50 anos

Depois disso, Jacqueline saiu do local visivelmente abalada e se enforcou em um dos banheiros do aeroporto. Sete pessoas, incluindo uma criança, passaram pelos sanitários até que dois viajantes russos alertaram as autoridades sobre o corpo. 

Durante a audiência, a irmã da jornalista disse que não acredita que o ato tenha sido premeditado, mas que Jacqueline agiu no calor do momento, durante uma situação de estresse e pânico.

Ela ainda acha que a irmã estava abalada com tudo que vinha vivenciando em seu trabalho: Jacqueline reunia histórias de diversos povos que sofrem com as guerras no Oriente Médio. O seu projeto mostrava como essas comunidades viveram juntas em coexistência pacífica por gerações antes da interferência do Ocidente e todas as guerras.

Jacqueline Sutton

“Ela estava vivendo em zonas de guerra há um longo tempo e vinha absorvendo grande parte do sofrimento dessas pessoas”, revelou a irmã.

Jacqueline aguardava ansiosamente pelo resultado do relatório Chilcot, que durante sete anos analisou a conduta do então premiê Tony Blair em relação à postura adotada contra o líder Saddam Hussein. Blair procurou convencer a população britânica de que o político iraquiano apresentava uma ameaça ao país, devido ao seu arsenal de armas de destruição em massa. Porém, como ficou comprovado, as armas nunca existiram e, desta forma, o relatório tenta mostrar como Blair seguia fielmente os mandamentos de George W. Bush enquanto presidente dos Estados Unidos.

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