Artes/cultura
24/06/2018 às 07:02•5 min de leitura
O “Próxima Parada” de hoje vai levar você até a Polônia, país da Europa Central que faz fronteira com a Alemanha, a República Tcheca, a Eslováquia, a Ucrânia, a Bielorrússia, a Lituânia e a Rússia. Desses países vizinhos, a Alemanha é a que tem maior número de imigrantes poloneses. Aliás, estima-se que 35% dos poloneses do mundo vivam em outros países, sendo que a maior concentração de imigrantes se dá na Austrália, nos EUA, no Canadá, no Reino Unido e, lógico, no Brasil.
Hoje talvez essa questão dos imigrantes poloneses no Brasil já não seja assim tão forte, mas a cultura polonesa ainda é amplamente praticada e difundida entre os descendentes desse povo, que, em domingos de família reunida, ainda fazem o bom e velho pierogi para servir na hora do almoço.
Um dos fatos mais marcantes da História do país é, certamente, a invasão dos nazistas alemães, que durante a Segunda Guerra Mundial transformaram Auschwitz em um campo de concentração – lá, 1.350.000 judeus foram assassinados juntamente com 100 mil outras vítimas não judias.
Com o fim da Segunda Guerra, parte da Polônia foi tomada pela União Soviética, a pedidos de Joseph Stalin, líder da URSS. A situação mudou na década de 1980 e, em 1989 a Polônia se tornou o primeiro país da região a derrubar o regime comunista. A década seguinte foi marcada por uma verdadeira revolução econômica, que acabou levando o país a fazer parte da União Europeia em 2004.
Um pouco antes, em 1999, passou a fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN. A medida acabou valorizando o posicionamento internacional do país, que passou a apoiar as forças militares dos EUA no Iraque – em setembro de 2003, 2.400 soldados poloneses ficaram encarregados de assumir a responsabilidade pelo centro-sul do Iraque.
Melhor do que relembrar alguns pontos da História de um país é poder conhecê-lo de perto, visitar seus pontos turísticos e mergulhar na cultura local. Confira algumas dicas de lugares para visitar:
Castelo de Wawel: erguida no século XIV, a construção gótica é hoje a única edificação da coroa judaica totalmente preservada no país. O castelo fica em Cracóvia e, certamente, vale a pena ser visitado.
Auschwitz: por mais que a região tenha uma história muito triste, ainda assim é um local que vale a pena ser visitado, principalmente se você tem interesse em História. A primeira impressão dos visitantes é o espanto pelo tamanho do local, que conta também com um memorial e um museu. O antigo campo de concentração já foi visitado por mais de 25 milhões de pessoas.
Dunas de Slowinski: as dunas fazem parte do Parque Nacional de Slowinski, que fica ao norte do país, na costa do Mar Báltico. Se estiver nessa região, aproveite para conhecer o museu ao ar livre da cidade de Kluki – um ótimo lugar para comprar souvenirs. Quanto às dunas, prepare-se para uma quantidade gigantesca de areia, formando montanhas de até 30 metros de altura. As formas mudam de tempos em tempos, principalmente por causa do vento, então muitas pessoas chamam de “dunas móveis”.
Galeria 1
Castelo de Malbork: fundado em 1274 pelos cavaleiros teutônicos que lutavam contra os poloneses na tentativa de conquistar territórios na região do mar báltico, o castelo foi ampliado diversas vezes para abrigar o número cada vez maior de cavaleiros. Hoje é o maior ponto turístico da cidade de Malbork.
Mina de sal Wieliczka: considerada uma das empresas mais antigas do mundo, essa mina foi fundada no século 13, e conta com uma grande região subterrânea, esculpida em pedras de sal. Embaixo da terra, nessa cidade de sal, há também uma capela, conhecida por ter a melhor acústica de toda a Europa.
Cidade histórica de Gdansk: por estar localizada na região do mar Báltico, a cidade também foi ocupada por cavaleiros teutônicos no século XIV, sendo que muitas das construções da época acabaram sendo demolidas posteriormente. Ainda assim, a “Cidade Velha”, como também é conhecida, atrai turistas de todo o mundo.
Varsóvia: na capital polonesa, não deixe de conhecer o mercado central da cidade, que foi parcialmente destruído durante a Segunda Guerra Mundial, mas reconstruído logo em seguida. Na praça do mercado, não deixe de ver a escultura de bronze da sereia de Varsóvia, símbolo da cidade.
Cracóvia: se estiver de passagem pela cidade, não deixe de conhecer a Praça do Mercado, na região da Cidade Velha. Construído no século XIII, a praça é cercada de construções antigas, palácios e igrejas. Não deixe de visitar o Palácio do Pano, reconstruído em 1555 em estilo renascentista.
Pierogi
O prato polonês mais famoso é, sem dúvida, o pierogi, que é uma espécie de pastel cozido. No recheio, os poloneses variam entre requeijão com batata, repolho azedo e feijão. Na hora da sobremesa, que tal experimentar o paczki? A delícia é uma espécie de bolinho, tradicional no país há pelo menos três séculos.
Os poloneses gostam muito também da zapiekanka, que é um lanche típico de rua: é uma baguete aberta, com queijo derretido, cogumelos e ketchup. Outro tira-gosto típico fica por conta das conservas de pepino, repolho e cebola.
Varsóvia
Casa da família de Chopin em Zelazowa Wola
E aí, você já foi ou tem vontade de ir para a Polônia? Conte para a gente nos comentários!
*Publicado originalmente em 31/10/2014.
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