3 mitos sobre algumas das principais religiões do mundo

27/03/2017 às 07:383 min de leitura

O maior símbolo dos judeus é a Estrela de Davi, a figura de Jesus Cristo não tem a menor importância para os islâmicos, e o conceito de céu e inferno não existe para os budistas. Essas são ideias comuns nas quais muita gente acredita sobre o Judaísmo, Islamismo e Budismo, mas não passam de mito, sabia? Confira a seguir:

1 – Mito: a Estrela de Davi é o símbolo oficial do Judaísmo

Assim como a cruz é o principal símbolo associado ao cristianismo, muita gente acredita que a Estrela de Davi é o do judaísmo, embora esse não seja o caso. Para quem não sabe, o nome original do hexagrama é Magen David — que significa Escudo de Davi —, já que o Rei Davi, um dos personagens mais importantes da religião judaica, tinha essa figura gravada em seu escudo de guerra.

Desenho bonitão, mas sem simbologia religiosa

No entanto, o emblema escolhido para adornar o escudo do rei guerreiro não tinha como propósito simbolizar o judaísmo. Na realidade, o hexagrama, assim como aconteceu com muitas outras culturas pelo mundo, era usado pelos judeus em sinagogas e templos apenas para fins decorativos — juntamente com outras formas geométricas, flores e até mesmo suásticas! — simplesmente por ser considerado bonito.

A associação entre a Estrela de Davi e o judaísmo é algo bastante recente, tanto que durante a Idade Média, por exemplo, era muito mais fácil encontrar hexagramas em igrejas cristãs do que em sinagogas. A relação entre o símbolo e a religião só foi ganhar força no final do século 19, depois que a comunidade judaica de Praga decidiu adotar o hexagrama como emblema do movimento sionista — e, mesmo assim, demorou bastante até que a figura fosse aceita.

2 – Mito: o Islamismo rejeita Jesus Cristo

Mesmo que você não conheça a religião islâmica profundamente, você deve saber que os seguidores do islã acreditam em um único Deus (Allah) e adoram Maomé, seu profeta. Isso significa que eles não seguem os ensinamentos de Cristo, já que isso os tornaria... cristãos, obviamente. No entanto, não pense você que Jesus não tem um papel superimportante dentro do islamismo!

Jesus é considerado como um dos messias do islamismo

Talvez seja uma surpresa para você, mas Jesus é um dos vários profetas do islamismo e é mencionado juntamente com figuras pra lá de conhecidas pelos cristãos (e judeus também!), como Adão, Abraão, Noé, Davi, Moisés e João Batista. Cristo, aliás, aparece em 15 capítulos do Alcorão e em nada menos que 93 versos, e é chamado de messias, mensageiro, abençoado, servo de Deus, digno de louvor neste mundo e no próximo etc. Maomé é apenas o último cara do time de profetas eleitos pelo Todo Poderoso para espalhar a sua palavra na Terra.

Uma das diferenças entre o Jesus dos cristãos e o do islã, no entanto, é que ele é chamado Isa no alcorão, seu nome em árabe. Além disso, as sagradas escrituras dos islâmicos deixam bem claro que Cristo não é Deus nem seu filho. Em contrapartida, os textos descrevem os inúmeros milagres que Jesus realizou ao longo da vida, incluindo o de ressuscitar os mortos, curar o cego de nascença e ser capaz de falar ainda recém-nascido.

O nascimento de Cristo (de uma mãe virgem) é considerado uma grande graça no islamismo — e Maria, por sinal, tem um capítulo inteiro dedicado só para ela no alcorão! Como se fosse pouco, Jesus voltará à Terra quando estivermos próximos ao Juízo Final para derrotar Masih ad-Dajjal, o “anticristo” dos islâmicos, e reestabelecer a justiça.

3 – Mito: no Budismo não existe céu ou inferno

Os seguidores do budismo acreditam em um ciclo de renascimento constante no qual, basicamente, cada indivíduo volta em existências subsequentes e passa por um contínuo processo de mudanças e desenvolvimento espiritual. Seria (mais ou menos) como estar em um game no qual precisamos passar de fase, mas não somos muito bons — e vamos tentando, tentando, até acertar e descobrir como ir para o nível seguinte.

Passando de níveis como em um game

Sendo assim, muita gente acredita que o conceito comum em outras religiões de passar a eternidade no paraíso ou no reino das trevas, dependendo de como cada um viveu sua (única) vida, não existe no budismo. Na realidade, existe sim, e os seguidores dessa religião não só acreditam que existe um, mas vários céus e infernos.

Para os budistas, cada renascimento acontece em um de seis reinos: o dos infernos, o dos seres famintos, o dos animais, o dos humanos, o dos semideuses e o dos deuses, cada um deles composto por vários reinos. Os sortudos com carma positivo podem, por exemplo, renascer no reino dos deuses e passar 30 mil anos em uma existência de puro prazer antes de reiniciar o ciclo. Já os azarados com carma negativo podem ser enviados para o reino dos infernos e passar um longo período por lá.

O reino dos infernos recebe o nome de Naraka e consiste em vários estágios pelos quais um indivíduo deve passar para alcançar o equilíbrio do carma. Nele, os pecadores serão assassinados uma e outra vez, torturados, mutilados, devorados, esmagados, jogados em rios de pus e outras substâncias pestilentas por até 60 mil anos até que eles possam reiniciar o ciclo de renascimentos. Como você viu, esse reino faz o Inferno de Dante parecer uma colônia de férias!

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