De acordo com pesquisadores, contos sobre o aglomerado de estrelas batizado de "Sete Irmãs" são uns dos mais antigos do mundo e eram passados de geração para geração em fogueiras na África. 

Se você estiver no hemisfério norte entre outubro e março, não deixe de olhar para o céu noturno. Pode ser que você esteja contemplando a inspiração para a história mais antiga já contada na Terra! Estamos falando das Plêiades, também conhecidas como as Sete Irmãs, um dos aglomerados de estrelas mais famosos do céu.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122565-6-constelacoes-fascinantes-que-voce-deveria-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 constelações fascinantes que você deveria conhecer</a></li></ul>Localizado na constelação de Touro, o aglomerado é composto por mais de mil estrelas, mas as mais brilhantes são estrelas azuis luminosas que se formaram há cerca de 100 milhões de anos.&nbsp;Apesar de parecer uma simples formação estelar, essas irmãs celestiais possuem lendas associadas a elas em várias culturas do mundo — e é aí que o mistério começa a ganhar forma.<h2 style="text-align:justify;">Mitos conectados pelo tempo e pela cultura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17193852025336.jpg" alt="Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Na mitologia grega, as Plêiades eram filhas de Atlas e Pleione. Como Atlas estava ocupado sustentando o céu, ele não pôde proteger suas filhas. Para evitar que fossem perseguidas por Órion, o caçador, Zeus as transformou em estrelas. Interessante, não? Mas o mais curioso é que histórias parecidas surgiram em culturas do outro lado do planeta, como entre os povos indígenas australianos.<ul><li style="text-align:justify;">Relacionado:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-aborigenes-australianos-surgiram-e-se-adaptaram-ao-continente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os aborígenes australianos surgiram e se adaptaram ao continente?</a></li></ul>Os mitos aborígenes contam que um caçador tenta perseguir as irmãs, exatamente como Órion faz na lenda grega. Em ambos os casos, são sete irmãs que aparecem nas histórias, mesmo que, a olho nu, apenas seis estrelas sejam visíveis. "A semelhança entre os mitos aborígenes e gregos das Plêiades e Órion inclui três elementos específicos: ambos identificam as Plêiades como um grupo de meninas jovens, ambos identificam Órion como um homem e ambos afirmam que ele está tentando se relacionar com as meninas das Plêiades", explica a pesquisa publicada no livro Advancing Cultural Astronomy.A parte mais intrigante dessa história é como esses mitos se mantiveram tão semelhantes em culturas que não tiveram contato por milhares de anos. Afinal, os ancestrais dos europeus e dos australianos se separaram há cerca de 100 mil anos, quando saíram da África.&nbsp;Isso sugere que a história das Sete Irmãs pode ter sido contada à luz das fogueiras desde aquela época remota.<h2 style="text-align:justify;">Por que Sete Irmãs?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17193735621335.jpg" alt="Embora seja chamada de "><figcaption>Embora seja chamado de "Sete Irmãs", aglomerado de estrelas é composto por apenas seis estrelas. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Mas se só vemos seis estrelas brilhantes, por que os mitos falam de sete? Para responder a isso, os pesquisadores fizeram simulações do céu de 100 mil anos atrás e descobriram que, naquela época, uma sétima estrela — chamada Pleione — era visível. Hoje, Pleione está tão próxima de Atlas que, para nossos olhos, elas parecem uma única estrela.Isso reforça a ideia de que a história das Sete Irmãs surgiu quando os humanos ainda viam sete estrelas distintas. "Quando os australianos e os europeus estavam juntos pela última vez, em 100 mil [a.C.], as Plêiades apareciam como sete estrelas", diz a pesquisa. Essa descoberta dá ainda mais peso à hipótese de que essa história é uma das mais antigas da humanidade, passada de geração em geração por milênios.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115802-megaconstelacoes-de-satelites-impactarao-no-estudo-de-astronomos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Megaconstelações de satélites impactarão no estudo de astrônomos</a></li></ul>E essa não é a única lenda ancestral que resiste ao tempo. Os Gunditjmara, um povo indígena do sul da Austrália, contam a história de um gigante que se transformou em uma montanha e cuspiu lava. Em 2020, cientistas descobriram que o vulcão associado a essa lenda entrou em erupção há cerca de 37 mil anos. Ou seja, a tradição oral pode guardar registros surpreendentemente antigos.

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Lenda das Sete Irmãs: história indígena australiana pode ter 100 mil anos

Saiba mais sobre uma das divindades da mitologia grega, quem são seus filhos e outros detalhes relacionados à sua figura

Seja por conta de animações como Hércules ou <a href="https://www.megacurioso.com.br/desenhos-animados/103203-voce-sabia-que-os-cavaleiros-do-zodiaco-mudaram-o-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cavaleiros do Zodíaco</a>, você certamente vai se lembrar de ter ouvido falar de Afrodite. Ela é conhecida como a Deusa da Beleza, e habitou o Olimpo juntamente com Zeus e outras divindades.Entretanto, não são todas as pessoas que conhecem os detalhes associados à sua história. Por isso, convidamos você a prosseguir sua leitura, pois falaremos mais sobre a divindade nas linhas a seguir.<h2>Quem é e qual a origem da Deusa Afrodite?&nbsp;</h2>Afrodite, assim como praticamente todas as outras divindades gregas, possuía mais de uma atribuição associada ao seu nome. Neste caso, estamos falando daquela que era a responsável por ser a deusa do amor, da beleza, da fertilidade e do desejo.Uma das versões mais conhecidas sobre o nascimento de Afrodite diz que ela teria surgido da espuma do mar.&nbsp;Segundo Hesíodo, o teólogo da mitologia grega, após Cronos castrar seu pai Urano e lançar seus órgãos genitais no mar, uma espuma branca se formou. Foi dela que emergiu Afrodite, com toda a sua beleza e esplendor. &nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12003245077000.jpg" alt="Afrodite é uma das deusas mais conhecidas no panteão da mitologia grega. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Afrodite é uma das deusas mais conhecidas no panteão da mitologia grega. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h3>Aparência emprestada?</h3>A figura de Afrodite não surgiu do nada. Pesquisadores acreditam que a deusa grega tenha sido influenciada por antigas divindades orientais, como Astarte, deusa fenícia do amor, da fertilidade e da guerra.&nbsp;Essa influência é perceptível em diversos aspectos de seu culto e em suas atribuições. Astarte, assim como Afrodite, era frequentemente representada como uma figura feminina sensual e poderosa, geralmente associada à natureza e à vida.Com o tempo, os gregos adaptaram a figura de Astarte aos seus próprios valores e crenças, dando origem a Afrodite. A deusa grega, porém, adquiriu características e nuances próprias, tornando-se um ícone da cultura helênica.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122885-4-mitos-gregos-que-os-filmes-de-hollywood-te-ensinaram-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 mitos gregos que Hollywood te ensinou errado</a></li></ul><h3>Quais são os filhos de Afrodite?</h3>Como é relatado na história de vários deuses gregos,&nbsp;Afrodite foi mãe de inúmeros filhos, fruto de suas muitas aventuras amorosas. Entre seus descendentes mais famosos, destacam-se:<ul><li>Eros: o deus do amor, frequentemente representado como um menino alado com um arco e flecha (também conhecido por muitos como o cupido);</li><li>Eneias: um <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127346-a-guerra-de-troia-realmente-aconteceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herói troiano</a>, filho de Anquises, que desempenhou um papel fundamental na Eneida de Virgílio;</li><li>Harmonia: foi a esposa de Cadmo, fundador de Tebas.</li></ul>Já sobre os pares, há menções na história de que Afrodite gerou filhos de Poseidon, Ares e Apolo, apenas para citar algumas de suas relações.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127227-e-verdade-que-os-antigos-egipcios-se-casavam-com-irmaos-e-filhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">É verdade que os antigos egípcios se casavam com irmãos e filhos?</a></li></ul><h2>Etimologia e origens do culto</h2>O nome "Afrodite" tem origem na palavra grega "aphros", que significa "espuma". Essa etimologia está ligada a uma das principais versões sobre o nascimento da deusa, que já mencionamos pouco mais acima neste texto.&nbsp;Já quando falamos sobre o seu culto, ele certamente tem raízes profundas na história da&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128757-conheca-4-locais-de-peregrinacao-espalhados-pelo-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religião</a>. Além de Astarte, acredita-se que a deusa também tenha sido influenciada por Ishtar, deusa babilônica do amor, da fertilidade e da guerra.&nbsp;Ishtar era uma figura central na religião mesopotâmica, sendo associada aos planetas Vênus e Lua. Assim como Astarte, Ishtar era uma deusa complexa e multifacetada, com um papel fundamental na vida social e religiosa das comunidades mesopotâmicas.&nbsp;Neste sentido, podemos dizer que Afrodite não é apenas uma deusa grega. Por conta das misturas de origens, ela acaba aparecendo como um reflexo de um mundo antigo, complexo e interconectado.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12003403958001.jpg" alt="Assim como outros deuses gregos, história de Afrodite também tem relação com divindades de outras regiões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Assim como outros deuses gregos, história de Afrodite também tem relação com divindades de outras regiões. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h3>Afrodite na mitologia grega</h3>Na mitologia grega, Afrodite é frequentemente retratada como uma figura sedutora e poderosa, capaz de manipular os corações tanto de deuses quanto de mortais. Sua beleza era considerada divina e insuperável, por isso era frequentemente invocada em rituais de amor e fertilidade.A deusa era associada a diversos símbolos, como o espelho, a pomba, o cisne e a rosa. O espelho representava sua vaidade e a busca pela beleza, enquanto a pomba simbolizava a paz e o amor. O cisne, por sua vez, era considerado uma ave sagrada para Afrodite, e a rosa era a flor que a representava.<h2>Quais são os mitos e simbolismos ligados à Afrodite?</h2>A mitologia grega está repleta de histórias envolvendo Afrodite. Algumas das mais conhecidas são:<ul><li>O julgamento de Paris: Afrodite ofereceu a Paris, príncipe de Troia, o amor da mais bela mulher em troca de um julgamento a seu favor. Essa decisão desencadeou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110158-soube-que-acharam-uma-cidade-lendaria-relacionada-com-a-guerra-de-troia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra de Troia</a>;</li><li>O mito de Adônis: neste mito, Afrodite se apaixonou por Adônis, um jovem caçador, e o protegia dos perigos da floresta. No entanto, Adônis foi morto por um javali, e Afrodite transformou o sangue do amado em uma flor: a anêmona;</li><li>O mito de Psiquê: Afrodite, enciumada com a beleza de Psiquê, enviou Eros para fazê-la se apaixonar por um monstro. No entanto, Eros se apaixonou por Psiquê, e os dois viveram um grande amor.</li></ul>Vale mencionar que Afrodite, além de ser a deusa do amor e da beleza, também era associada à fertilidade e à procriação.&nbsp;Seu culto estava intimamente ligado à natureza e aos ciclos da vida.&nbsp;Outro ponto importante é que a deusa era celebrada em diversas festas e rituais, e sua imagem era comumente representada em esculturas, pinturas e vasos.Gostou do conteúdo? Convidamos a compartilhá-lo com seus amigos nas redes sociais, e também apresentamos aqui outro texto que pode lhe agradar: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121883-5-curiosidades-sobre-afrodite-a-deusa-grega-da-beleza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades sobre Afrodite, a deusa grega da beleza</a>. Até a próxima!

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Quem foi Afrodite e qual é a origem da Deusa da Beleza?

Descubra a história por trás das fascinantes e gigantescas esculturas de pedra deixadas pelos olmecas.

Imagine encontrar uma cabeça de pedra gigante, com expressões marcantes e um "capacete" estiloso, no meio de uma floresta mexicana. Foi exatamente isso que aconteceu em 1862, quando o explorador José María Melgar y Serrano desenterrou a primeira das famosas cabeças olmecas em Tres Zapotes.Desde então, 17 cabeças foram encontradas, e vêm intrigando arqueólogos e historiadores sobre sua origem e por que foram esculpidas com tanta dedicação.<h2>Arte, homenagem ou mistério?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/29/29232941766002.jpg" alt="As cabeças olmecas são gigantescas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As cabeças olmecas são gigantescas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>As cabeças olmecas são pura grandiosidade. Cada uma pesa cerca de oito toneladas (algumas chegam a 50 toneladas!) e foi esculpida em uma única pedra de basalto. E não pense que as pedras estavam logo ali: elas foram transportadas por mais de 60 quilômetros! Isso mesmo, sem caminhões ou guindastes, apenas com força humana e, talvez, engenhocas que desconhecemos.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/106557-15-curiosidades-sobre-os-olmecas-a-primeira-grande-cultura-da-mesoamerica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">15 curiosidades sobre os olmecas, a primeira grande cultura da Mesoamérica</a></li></ul>Elas foram encontradas em várias cidades olmecas, como San Lorenzo, La Venta e Tres Zapotes, e cada uma apresenta características faciais únicas. É como se os escultores quisessem deixar claro que não eram apenas obras genéricas, mas sim homenagens a figuras importantes, talvez líderes ou guerreiros.Um detalhe curioso é que muitos historiadores acreditam que os capacetes que aparecem nas esculturas possam estar relacionados ao jogo de bola mesoamericano, algo como o "futebol ancestral" da região.Outro mistério intrigante é o fato de muitas cabeças terem sido enterradas intencionalmente. Seria isso um ritual religioso, uma forma de marcar mudanças de poder ou algo diferente? Ninguém sabe ao certo, mas é inegável que os olmecas tinham uma ligação especial com essas gigantes de pedra.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42384-voce-sabe-a-diferenca-entre-astecas-maias-incas-e-olmecas-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você sabe a diferença entre astecas, maias, incas e olmecas?</a></li></ul><h2>Muito além das cabeças gigantes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/29/29234147929003.jpg" alt="Máscara olmeca. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Máscara olmeca. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os olmecas não eram só talentosos escultores; eles foram pioneiros em muitas áreas. Sua civilização, que surgiu há mais de 3 mil anos, floresceu em cidades como San Lorenzo e La Venta, no que hoje são os estados de Veracruz e Tabasco. Eles eram craques em engenharia, agricultura e astronomia, e ainda encontravam tempo para criar obras de arte incríveis.San Lorenzo foi um dos principais centros olmecas e abrigou 10 das 17 cabeças colossais descobertas até hoje. Quando essa cidade começou a declinar, por volta de 900 a.C., os olmecas se mudaram para La Venta, onde continuaram a criar esculturas impressionantes e até construíram uma pirâmide enorme.Infelizmente, por volta de 400 a.C., La Venta também foi abandonada, talvez devido a mudanças climáticas ou conflitos, encerrando a era de ouro dessa civilização.<ul><li>Conheça também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128608-6-civilizacoes-antigas-que-cairam-no-esquecimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 civilizações antigas que caíram no esquecimento</a></li></ul>Mas os olmecas não desapareceram sem deixar sua marca. Sua cultura influenciou diretamente os maias, astecas e outras civilizações que vieram depois, seja no estilo artístico, seja nas práticas cerimoniais, ou até no desenvolvimento de sistemas de escrita.

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As enigmáticas cabeças olmecas, esculturas mesoamericanas de mais de 2,5 mil anos

Saiba mais sobre um dos grupos mais temidos do mundo, além de conhecer sobre a origem da tatuagem usada por seus membros e muito mais

A ficção nos fez acompanhar diversos filmes envolvendo máfias ao redor do globo. Destas, uma das mais emblemáticas certamente é a&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/policia/45696-yakuza-8-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-organizacao-criminosa-japonesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Yakuza</a>, a grande máfia japonesa.Muitas pessoas enxergam o grupo como um dos mais conhecidos do mundo, mas não conhecem muito sobre sua história e outros detalhes importantes. Se este é o se caso, vamos abordar algumas informações referentes à Yakuza nas linhas a seguir. Confira!<h2>Qual a origem da Yakuza, a máfia japonesa?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/13/13104838135049.jpg" alt="A Yakuza é um dos grupos mais conhecidos do Japão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A Yakuza é um dos grupos mais conhecidos do Japão. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Yakuza é uma das organizações criminosas mais conhecidas do mundo, envolta em mistérios e lendas. Aliás, essa é uma história que começou vários séculos atrás e está profundamente enraizada na cultura japonesa.&nbsp;Embora seja associada ao crime organizado, a Yakuza também carrega traços de uma espécie de irmandade tradicional. Isso, aliás,&nbsp;é algo que a diferencia de outras organizações criminosas ao redor do globo.As raízes da Yakuza remontam ao período Edo (1603-1868), quando grupos marginais começaram a se formar no Japão. Dois grupos principais surgiram nessa época: os bakuto (jogadores) e os tekiya (vendedores ambulantes).&nbsp;Os bakuto ganhavam a vida promovendo jogos de azar ilegais, enquanto os tekiya vendiam mercadorias de qualidade duvidosa em mercados e festivais. Ambos eram marginalizados pela sociedade e desenvolveram códigos de conduta para garantir lealdade entre seus membros. Esses grupos acabaram evoluindo para o que conhecemos hoje como Yakuza.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128758-4-estrelas-de-hollywood-que-podem-ter-tido-ligacao-com-a-mafia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 estrelas de Hollywood que podem ter tido ligação com a máfia</a></li></ul><h3>Como surgiu o nome Yakuza?</h3>O nome “Yakuza” tem origem em um jogo de cartas chamado oicho-kabu. A combinação de três cartas que somavam o valor mais baixo – 8 (ya), 9 (ku) e 3 (za) – significava uma mão perdedora. Isso refletia o status social desses grupos na época: perdedores e rejeitados pela sociedade.Com o tempo, a Yakuza se consolidou como uma rede de organizações hierárquicas que expandiu suas atividades para extorsão, tráfico de drogas, prostituição e outros crimes. Entretanto, ela também atuou em áreas como segurança e beneficência.&nbsp;É verdade que a Yakuza muitas vezes está envolvida com atividades ilegais. Porém, ela passa bem longe de ser uma total vilã, pois construiu uma imagem de protetora dos mais fracos e de defensora de valores tradicionais japoneses.<h3>Qual é o símbolo da Yakuza e seu significado?</h3><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/13/13104658673046.jpg" alt="Assim como vemos em vários grupos, um dos principais símbolos da Yakuza é a tatuagem. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Assim como vemos em vários grupos, um dos principais símbolos da Yakuza é a tatuagem. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um dos símbolos mais emblemáticos associados à Yakuza é a tatuagem corporal, conhecida como irezumi.&nbsp;As tatuagens da Yakuza podem ser consideradas grandes obras de arte, cobrindo grandes partes do corpo com desenhos que geralmente incluem dragões, flores de cerejeira, carpas e demônios. Cada elemento tem um significado profundo: os dragões representam poder e sabedoria, enquanto as carpas simbolizam coragem e perseverança.Além das tatuagens, outro símbolo importante é o gesto de cortar a ponta de um dedo (geralmente o mínimo), conhecido como yubitsume. Essa prática é um ato de penitência, realizado quando um membro comete um erro grave, mas também simboliza submissão e lealdade ao grupo.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122577-5-fatos-sobre-a-mafia-que-o-poderoso-chefao-te-ensinou-errado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 fatos sobre a máfia que O Poderoso Chefão te ensinou errado</a></li></ul><h2>Quais são as regras da Yakuza?</h2>A Yakuza segue um código de conduta rigoroso, inspirado no bushido (código dos samurais). A lealdade é uma das regras mais importantes, e os membros devem sempre colocar a organização acima de si mesmos.&nbsp;Outra regra fundamental é a obediência ao oyabun, o chefe do grupo. A estrutura hierárquica é extremamente valorizada, e os membros mais novos (conhecidos como kobun) devem respeitar e servir aos seus superiores.Atos que prejudiquem a organização ou traições são punidos com severidade, muitas vezes resultando em um yubitsume ou até mesmo expulsão. Além disso, há um forte senso de sigilo, e revelar informações internas para forasteiros é considerado um dos piores crimes dentro da Yakuza.Apesar de serem criminosos,&nbsp;os membros da Yakuza seguem códigos de conduta que proíbem certos atos, como roubar de pessoas comuns ou atacar inocentes.&nbsp;Esses princípios, aliás, ajudam a consolidar a imagem da Yakuza como uma organização que ainda respeita alguns valores tradicionais.<h2>Quem pode entrar na Yakuza?</h2>Entrar na Yakuza não é uma tarefa simples. Os candidatos são geralmente escolhidos com base em sua lealdade, coragem e disposição para seguir as regras do grupo. O processo de iniciação é bem ritualístico e tem uma cerimônia de juramento, onde o novo membro promete fidelidade ao oyabun e à organização.Historicamente, a Yakuza recrutava indivíduos marginalizados pela sociedade japonesa, como os burakumin (uma classe historicamente discriminada) ou aqueles com passados criminosos. Outro ponto importante é que apenas homens integram o grupo, mas há registros de que uma mulher conseguiu essa façanha: Nishimura Mako.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/13/13110033367067.jpeg" alt="Nishimura Mako foi a única mulher a completar o ritual da Yakuza. (Fonte: ThingsOut/Reprodução)"><figcaption>Nishimura Mako foi a única mulher a completar o ritual da Yakuza. (Fonte: ThingsOut/Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Quem é o inimigo da Yakuza?</h2>O principal inimigo da Yakuza é o governo japonês e as forças policiais. Desde a aprovação de leis mais rigorosas contra o crime organizado nos anos 1990, a Yakuza tem enfrentado uma pressão crescente, com medidas que dificultam suas atividades financeiras e sociais.&nbsp;Vale mencionar que essas leis incluem a confiscação de bens e a punição de empresas que mantêm relações comerciais com a Yakuza.Além disso, outros grupos criminosos, como as tríades chinesas e gangues coreanas, também competem com a Yakuza em atividades ilegais. Essas rivalidades frequentemente resultam em conflitos violentos, especialmente em áreas urbanas como Tóquio e Osaka.<h3>Qual é a máfia mais perigosa do mundo?</h3>Embora a Yakuza <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128495-5-mafiosos-que-governaram-o-submundo-do-crime-dos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">seja uma das máfias mais conhecidas</a>, ela não é necessariamente a mais perigosa. Esse título é frequentemente atribuído a organizações como a Cosa Nostra (máfia italiana) ou o cartel de Sinaloa, no México.&nbsp;O cartel de Sinaloa, por exemplo, é conhecido por sua extrema violência, vasto alcance internacional e controle sobre o tráfico de drogas.No entanto, o que torna a Yakuza única é sua relação de dupla ação com a sociedade japonesa. Apesar de suas atividades criminosas, a Yakuza muitas vezes intervém em desastres naturais, fornecendo ajuda às vítimas. Além disso, mantém uma presença quase oficial na cultura japonesa.&nbsp;Quer saber mais detalhes envolvendo máfias ao redor do mundo? Então leia sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/45534-10-gangsteres-femininas-no-mundo-do-crime-organizado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">10 gangsteres femininas no mundo do crime organizado</a>.

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Qual é a origem da Yakuza, a grande máfia japonesa?

Conhecido em todo o mundo, o sumô une tradição, técnica e espetáculo.

O sumô, ícone da cultura japonesa, começou sua trajetória como um ritual sagrado há mais de 1.500 anos, dedicado a agradar os deuses e garantir boas colheitas. Hoje, é um esporte de competição altamente técnico e cercado por uma tradição rica, mas o caminho entre suas raízes espirituais e sua forma contemporânea é repleto de história, curiosidades e transformação.<h2 style="text-align:justify;">Processo histórico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09091227393026.jpg" alt="A origem do sumô tem base ritualística. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>A origem do sumô tem base ritualística. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Originalmente, o sumô fazia parte das práticas religiosas xintoístas, sendo um meio de adoração e gratidão aos kami (deuses) pelas colheitas abundantes. Mitologias japonesas narram que a primeira luta de sumô aconteceu entre duas divindades para determinar quem governaria o arquipélago.&nbsp;Mais tarde, o esporte ganhou espaço entre os mortais, com relatos históricos apontando a primeira luta registrada em 23 a.C., onde Nomi no Sukune, considerado o “fundador do sumô”, derrotou seu oponente com força letal.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/esportes/102202-5-curiosidades-fascinantes-sobre-o-sumo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 curiosidades fascinantes sobre o sumô</a></li></ul>Apesar dessas origens violentas, o sumô evoluiu para um esporte mais organizado e cerimonial. No período Edo (1603–1868), ele se tornou uma prática profissional, realizada para arrecadar fundos para santuários e templos.<code>&lt;iframe width="1039" height="594" src="https://www.youtube.com/embed/LGDBWKkwgq0" title="Treinamos com uma ATLETA da SELEÇÃO BRASILEIRA de SUMÔ!" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen&gt;&lt;/iframe&gt;</code> &nbsp;Foi nessa época que o esporte começou a conquistar as massas, deixando de ser exclusividade da nobreza e ganhando popularidade entre o povo. A formalização do sumô incluiu a criação de estábulos de treinamento, os heya, onde os lutadores, chamados rikishi, vivem e treinam até hoje.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128903-quem-foi-william-adams-o-revolucionario-primeiro-samurai-ocidental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quem foi William Adams, o revolucionário primeiro samurai do Ocidente</a></li></ul>No entanto, o sumô quase desapareceu no século 19, com a crescente influência ocidental e as transformações sociais no Japão. Ele foi considerado ultrapassado, mas a iniciativa do imperador Meiji em promover torneios populares resgatou o esporte como símbolo nacional. O sumô foi então abraçado como uma expressão da identidade japonesa, especialmente em tempos de nacionalismo crescente.<h2 style="text-align:justify;">Origem espiritual e regras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09091342500027.jpg" alt="Jogar sal é uma forma de purificar a arena. "><figcaption>Jogar sal é uma forma de purificar a arena. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>As cerimônias do sumô, por sua vez, continuam a refletir suas raízes espirituais. Antes de cada luta, rituais como o shiko (levantar as pernas e pisar forte) e a purificação do ringue com sal são realizados, simbolizando a proteção contra espíritos malignos e a busca por bênçãos divinas. Dentro do dohyo — um ringue circular de argila — os rikishi se enfrentam sob regras claras: vencer é forçar o adversário para fora do círculo ou fazer com que qualquer parte do corpo dele, além dos pés, toque o chão.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123903-conheca-o-imperio-japones-um-dos-mais-genocidas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o Império Japonês, um dos mais genocidas da história</a></li></ul>Curiosamente, o sumô não possui categorias de peso, permitindo embates desiguais que testam não só força bruta, mas também agilidade e estratégia. Existem 82 técnicas oficiais de vitória, conhecidas como kimarite, que demonstram a complexidade técnica do esporte.&nbsp;Por outro lado, o estilo de vida dos lutadores é igualmente fascinante: eles vivem sob uma disciplina rigorosa, treinando e compartilhando refeições ricas em calorias, como o famoso chanko-nabe, um ensopado nutritivo que sustenta seus corpos robustos.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125517-de-onde-veio-o-mito-de-que-ninjas-se-vestem-todos-de-preto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">De onde veio o mito de que ninjas se vestem todos de preto?</a></li></ul>No século XX, o sumô evoluiu com a fundação da Associação Japonesa de Sumô, a organização de torneios populares e rivalidades que dominaram a mídia. O esporte ganhou notoriedade global por meio de turnês internacionais, mantendo-se símbolo nacional enquanto atrai lutadores estrangeiros ao circuito.Ao longo dos séculos, o sumô manteve sua essência cerimonial, enquanto se adaptava às mudanças sociais e culturais. É essa combinação de espiritualidade, técnica e espetáculo que continua a atrair milhões de fãs em todo o mundo, consolidando o sumô como muito mais do que um esporte: um verdadeiro patrimônio cultural do Japão.

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A evolução do sumô: do ritual xintoísta ao esporte moderno

Descubra como comportamentos moldam culturas e facilitam conexões globais

Por que um contrato assinado na Suíça é tratado como um pacto sagrado, enquanto na América do Sul ele muitas vezes vira um ponto de partida flexível? A resposta pode estar no Modelo de Lewis, uma abordagem fascinante para compreender as diferenças culturais e comportamentais entre povos de todo o mundo.&nbsp;Desenvolvido pelo linguista britânico Richard D. Lewis na década de 1990, o modelo divide as culturas em três grandes categorias: Linear-ativas, Multiativas e Reativas, com base em como as pessoas agem, interagem e tomam decisões.<h2 style="text-align:justify;">O mundo em 3 categorias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09105319888077.png" alt="O Modelo de Lewis apresenta uma padronização das culturas pelo mundo. (Fonte: CrossCulture/ Reprodução)"><figcaption>O Modelo de Lewis apresenta uma padronização das culturas pelo mundo. (Fonte: CrossCulture/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Essa ideia não surgiu por acaso. Lewis dedicou sua vida a estudar a cultura em mais de 135 países, coletando dados de executivos e profissionais em situações de negócios. O que ele percebeu foi simples, mas transformador: nossas ações e decisões estão profundamente enraizadas nas tradições e nos valores da sociedade em que crescemos.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/dostadning-a-tradicao-cultural-sueca-de-organizar-a-vida-antes-da-morte" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Döstädning: a tradição cultural sueca de organizar a vida antes da morte</a></li></ul>Ao invés de tentar classificar culturas por nacionalidade ou religião, ele optou por olhar para os comportamentos, oferecendo uma lente mais prática para quem precisa navegar no complexo mundo globalizado.Os Linear-ativos, por exemplo, são organizados, orientados para tarefas e seguem planos meticulosos. Eles valorizam os fatos acima dos sentimentos e preferem resolver um problema de cada vez. Culturas como a da Alemanha, da Suíça e dos Estados Unidos encaixam-se bem aqui. Se você já trabalhou com alguém que tem uma agenda detalhada para tudo, sabe do que estamos falando.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-que-nos-torna-unicos-afinal-o-quanto-a-cultura-humana-realmente-e-diferente-da-animal" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que nos torna únicos? Afinal, o quanto a cultura humana realmente é diferente da animal?</a></li></ul>Já os Multiativos, encontrados em países mediterrâneos, América Latina e algumas regiões do Oriente Médio, são o oposto. Eles adoram fazer várias coisas ao mesmo tempo, baseiam suas decisões na emoção e priorizam relacionamentos sobre tarefas. Se um italiano interrompe sua fala com gestos animados, ou um brasileiro sugere resolver tudo em uma conversa informal, não se trata de desorganização, mas de um jeito diferente de valorizar a interação humana.Por fim, há os Reativos, que predominam na Ásia, especialmente no Japão e na China. Esses são os mestres da paciência e da escuta ativa. Para eles, o silêncio não é falta de opinião, mas respeito. Preferem reagir às ações do outro lado, buscando harmonia e evitando qualquer constrangimento. Eles não encaram contratos como algo fixo, mas como um ponto de partida a ser ajustado conforme necessário.<h2 style="text-align:justify;">Sem estereótipos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09105605706080.jpg" alt="Independentemente da técnica e do método, é importante não criar estereótipos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Independentemente da técnica e do método, é importante não criar estereótipos. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de sua simplicidade, o Modelo de Lewis evita a armadilha de criar estereótipos fixos. Ele reconhece que, embora cada cultura tenha características predominantes, há uma mistura de comportamentos nos indivíduos.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/sob-os-holofotes-como-a-plateia-afeta-o-comportamento-dos-chimpanzes" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sob os holofotes: como a "plateia" afeta o comportamento dos chimpanzés</a></li></ul>Um engenheiro brasileiro pode ser mais linear em sua abordagem profissional, enquanto um executivo japonês pode demonstrar traços multiativos ao lidar com clientes ocidentais. O ponto central não é rotular, mas entender como esses padrões ajudam a prever reações, evitando mal-entendidos e promovendo colaboração.E como isso se aplica no dia a dia? Para líderes empresariais, expatriados e até turistas curiosos, o modelo oferece uma bússola cultural. Saber que um contrato é quase "sagrado" para um alemão, mas pode ser renegociado com um sorriso por um colombiano, permite ajustar expectativas e estratégias. Mais do que isso, entender a lógica por trás dos comportamentos ajuda a construir empatia e respeito mútuo, essenciais em um mundo cada vez mais interconectado.O Modelo de Lewis vai além de um manual de negócios. Ele é um lembrete de que nossas diferenças culturais não são barreiras, mas recursos. Cada grupo, com seus valores e hábitos, contribui para o mosaico humano de formas únicas. E, ao final do dia, independentemente de sermos lineares, multiativos ou reativos, todos precisamos uns dos outros.

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O que é o Modelo de Lewis e como ele desvenda as culturas pelo mundo?

Nova obra da Disney é um retrato fiel a história cultura polinésia e remonta tradições seculares da região. 

A animação Moana 2&nbsp;(2024) (com a voz de Any Gabrielly na versão em português) leva o público de volta à vibrante e histórica Polinésia, uma região repleta de cultura, mitos e paisagens impressionantes. Se no primeiro filme a jovem navegadora aprendeu a confiar em sua herança ancestral, na continuação, Moana retorna para enfrentar novos desafios ao lado do semideus Maui (dublado por Saulo Vasconcelos). Juntos, eles partem em uma aventura pelos mares traiçoeiros do Pacífico, acompanhados por uma tripulação nada convencional.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118425-12-detalhes-em-filmes-da-disney-que-os-tornam-ainda-mais-magicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">12 detalhes em filmes da Disney que os tornam ainda mais mágicos</a></li></ul>Dessa vez, Moana atende a um chamado de seus ancestrais e se lança em uma jornada ainda mais perigosa. Navegando por águas distantes e desconhecidas, ela explora a rica diversidade das ilhas polinésias e suas tradições seculares. Desde vulcões majestosos até praias paradisíacas, a história celebra a beleza e a espiritualidade dessa região, onde o mar é muito mais do que um recurso: é uma parte da identidade cultural.<h2>O "Triângulo Polinésio" e a Ilha de Motunui</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12181438095280.jpg" alt="Grupo de ilhas da Polinésia ficou conhecido como "><figcaption>Grupo de ilhas da Polinésia ficou conhecido como "Triângulo Polinésio". (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>A Polinésia abrange uma vasta área do Pacífico, composta por mais de mil ilhas agrupadas em três principais regiões: as Ilhas Havaianas, as Ilhas de Páscoa e a Nova Zelândia. Juntas, essas áreas formam o "Triângulo Polinésio", uma das maiores regiões marítimas do planeta, com cerca de 16 milhões de km². Dentro desse triângulo, cada ilha tem sua identidade própria, mas todas compartilham uma ligação profunda com o oceano.<ul><li>Relacionado: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124940-conheca-o-mel-mais-puro-do-mundo-feito-na-ilha-de-pascoa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Conheça o mel mais puro do mundo, feito na Ilha de Páscoa</a></li></ul>Motunui, a ilha fictícia onde Moana se passa, representa esse vasto cenário polinésio. No filme, o mar não é apenas uma fonte de sustento, mas também um elo espiritual que conecta o povo às suas raízes ancestrais. Assim como os antigos navegadores polinésios, que cruzaram os oceanos com maestria, Moana segue os passos de seus antepassados para resgatar tradições e restabelecer a harmonia com a natureza.<h2>A importância das danças polinésias</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12181625526281.jpg" alt=""><figcaption>"Moana 2" oferece uma verdadeira aula sobre a cultura polinésia em formato de filme. (Fonte: Walt Disney Animation Studios)</figcaption></figure></figure>As danças desempenham um papel essencial na cultura polinésia. Elas servem para contar histórias, celebrar momentos importantes e honrar os deuses. Mais do que simples performances, esses movimentos são formas de preservar lendas e valores transmitidos de geração em geração. No filme, essa conexão cultural é retratada fielmente em diversas cenas de celebração na ilha de Motunui.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115182-polinesios-e-indios-americanos-se-cruzaram-antes-do-que-se-pensava.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Polinésios e índios americanos se cruzaram antes do que se pensava</a></li></ul>Estilos de dança como o Hula (do Havaí), o Siva (de Samoa) e o Tamure (do Taiti) aparecem em forma de inspiração para os movimentos apresentados na animação. Cada estilo tem um significado único, seja para celebrar uma colheita, marcar rituais de passagem ou expressar conexão espiritual com a natureza. Em Moana, essas danças ajudam a reforçar a identidade cultural do povo de Motunui.A Hula, por exemplo, não é apenas uma dança bonita; é uma narrativa visual que fala sobre os deuses e os fenômenos da natureza, como o mar e o vento. Já o Tamure e o Siva são conhecidos pelos movimentos ritmados e expressivos que simbolizam batalhas, caçadas ou celebrações. Essas expressões artísticas são uma ponte entre o passado e o presente, mostrando como a cultura polinésia continua viva e vibrante.<h2>Navegação ancestral e herança cultural</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/12/12181810035282.jpg" alt="Os antigos polinésios foram mestres incomparáveis na arte da navegação e Moana retrata exatamente isso. (Fonte: Walt Disney Animation Studios)"><figcaption>Os antigos polinésios foram mestres incomparáveis na arte da navegação e Moana retrata exatamente isso. (Fonte: Walt Disney Animation Studios)</figcaption></figure></figure>A navegação é uma das habilidades mais admiráveis dos antigos polinésios. Sem mapas ou bússolas, eles desbravaram o Pacífico observando as estrelas, as correntes marinhas e os movimentos dos pássaros. Esse conhecimento sofisticado foi transmitido por gerações e permitiu a colonização de vastas áreas.Nos filmes, Moana redescobre essa tradição de navegação. Inicialmente, seu povo evitava navegar além dos recifes por medo do desconhecido. Com coragem e determinação, a protagonista resgata essa habilidade, inspirando sua comunidade a voltar a explorar os oceanos. Essa jornada simboliza a reconexão com uma herança rica e cheia de significado.E se você também quer embarcar numa viagem emocionante que vai muito além da tela e mergulha nas profundezas de uma cultura milenar, aqui vai o recado: Moana 2 já está em cartaz pelos cinemas de todo o Brasil!

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Moana 2: conheça mais da cultura da Polinésia retratada no filme

Através da análise de uma rocha gravada no sistema de cavernas de Manot, pesquisadores encontraram novas evidências de como nossos antepassados usavam esse local. 

Já imaginou um grupo de humanos pré-históricos se reunindo na parte mais escura de uma caverna para um ritual? Pois é exatamente isso que arqueólogos descobriram na caverna Manot, localizada na Galileia Ocidental, Israel. Por volta de 35 mil anos atrás, essa caverna foi palco de encontros cerimoniais — e essa é a evidência mais antiga desse tipo na Ásia.Manot foi descoberta em 2008 e já era conhecida por abrigar tanto humanos quanto neandertais ao longo dos anos. Durante o período entre o Paleolítico Médio e o Paleolítico Superior, essa caverna foi habitada até que sua entrada desmoronou, cerca de 30 mil anos atrás.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125221-6-das-cavernas-mais-impressionantes-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 das cavernas mais impressionantes do mundo</a></li></ul>Em 2015, uma descoberta impressionante de um crânio de 55 mil anos mostrou evidências físicas do cruzamento entre Homo sapiens e neandertais — uma verdadeira mistura de DNA que ainda intriga cientistas.<h2>O ritual na escuridão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10191814805249.jpg" alt="Análise das cavernas de Manot mostram que elas podem ter usado para reuniões ritualísticas. (Fonte: Israel Antiquities Authority)"><figcaption>Análise das cavernas de Manot mostram que elas podem ter usado para reuniões ritualísticas. (Fonte: Israel Antiquities Authority)</figcaption></figure></figure>O espaço usado para os rituais não era qualquer canto da caverna. Para chegar lá, era preciso descer o equivalente a oito andares até a parte mais profunda, longe do burburinho da área de habitação. Nesse ambiente isolado, os pesquisadores encontraram uma rocha cuidadosamente posicionada em um nicho.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/sde-teiman-o-campo-de-concentracao-de-israel-para-torturar-palestinos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sde Teiman: o campo de concentração de Israel para torturar palestinos</a></li></ul>Essa rocha possui uma gravação em forma de casco de tartaruga, semelhante às pinturas rupestres mais antigas encontradas na França. Segundo Omry Barzilai, chefe do Material Culture PaleoLab na Universidade de Haifa, a rocha “pode ter representado um totem ou figura espiritual”.Além da pedra misteriosa, vestígios de cinzas de madeira em estalagmites sugerem que os participantes dos rituais usavam tochas para iluminar a escuridão. E não para por aí: a acústica natural do local ajudava a amplificar sons, o que teria sido perfeito para rituais e cerimônias. Parece que os ancestrais já sabiam como criar uma atmosfera imersiva!<h2>Dentistas e arqueólogos: uma combinação improvável</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/10/10191934909250.jpeg" alt="Pedra esculpida encontrada em Manot tem formato de uma carapaça de tartaruga e teria sido colocada no local por humanos antigos. (Fonte: Israel Antiquities Authority) "><figcaption>Pedra esculpida encontrada em Manot tem formato de uma carapaça de tartaruga e teria sido colocada no local por humanos antigos. (Fonte: Israel Antiquities Authority)</figcaption></figure></figure>Mas quem diria que dentistas fariam parte dessa história? Desde 2012, a Escola de Medicina Dentária da Case Western Reserve se juntou ao projeto das escavações na caverna Manot. Pode parecer estranho à primeira vista, mas faz todo sentido. Os dentes são uma das partes mais resistentes dos esqueletos e ajudam bastante na identificação de fragmentos antigos. Como explicou Mark Hans, professor de ortodontia da instituição, “há um campo inteiro dedicado à antropologia dentária”.<ul><li>Relacionado:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123612-5-rituais-antigos-e-tradicionais-que-voce-nunca-ouviu-falar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 rituais antigos e tradicionais que você nunca ouviu falar</a></li></ul>Todo verão, entre 10 e 20 estudantes de odontologia partem para Israel para ajudar nas escavações. A demanda é tanta que estudantes de outras faculdades de medicina e odontologia também estão pedindo para participar dessa aventura arqueológica.&nbsp;Com esses esforços combinados, a caverna Manot continua a oferecer novas pistas sobre como viviam e pensavam os humanos pré-históricos. Talvez os rituais naquela escuridão tenham servido para fortalecer laços sociais ou honrar algo maior do que eles mesmos.&nbsp;

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Estudo revela caverna antiga usada para rituais 35 mil anos atrás

A catedral de Paris renasce após o incêndio que comoveu o mundo.

Em 2019, o mundo parou ao ver a Catedral de Notre-Dame, em Paris, ser consumida por um incêndio devastador.Por quase 900 anos, o local foi palco de momentos históricos, inspiração para artistas e um refúgio espiritual para milhões de pessoas. Ver parte de sua estrutura desabar foi um golpe doloroso, mas também despertou um esforço global para restaurá-la.Agora, depois de cinco anos de trabalho intenso e um gasto superior a 1 bilhão de euros, Notre-Dame reabre suas portas. Como essa obra-prima foi trazida de volta à vida?<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/4-fatos-surpreendentes-a-respeito-da-catedral-de-notre-dame" rel="noopener noreferrer" target="_blank">4 fatos surpreendentes a respeito da Catedral de Notre Dame</a></li></ul><h2>Resgatando o passado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09020011345002.jpg" alt="A restauração do teto usou carvalhos centenários e técnicas medievais. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A restauração do teto usou carvalhos centenários. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Restaurar Notre-Dame foi uma tarefa que exigiu paciência, habilidade e, acima de tudo, respeito pela história. Desde o início, o objetivo foi claro: reconstruir a catedral da forma mais fiel possível ao projeto original. Para isso, foram mobilizados mais de mil artesãos do mundo inteiro — carpinteiros, escultores e pedreiros — que replicaram as técnicas e materiais usados na Idade Média.Um dos desafios mais impressionantes foi recriar o telhado, conhecido como "a floresta", feito de madeira de carvalhos centenários. As árvores foram cuidadosamente selecionadas em florestas próximas a Paris, e cada peça foi cortada, moldada e encaixada com precisão, do mesmo jeito que os construtores medievais faziam.Mas, as tecnologias modernas também tiveram um papel importante. Ferramentas digitais, como scanners 3D, ajudaram a mapear os detalhes da catedral antes do incêndio, permitindo que a equipe recriasse com exatidão as partes destruídas. Esse encontro entre tradição e inovação foi essencial para o sucesso da restauração.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/a-volta-triunfal-da-catedral-de-notredame-apos-o-incendio-de-2019" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A volta triunfal da catedral de Notre-Dame após o incêndio de 2019</a></li></ul><h2>Novas medidas de proteção</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/09/09020201696003.jpg" alt="Para evitar outro desastre, a catedral ganhou sistemas de segurança avançados, incluindo sprinklers. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Para evitar outro desastre, a catedral ganhou sistemas avançados, incluindo sprinklers. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O incêndio trouxe momentos de desespero, mas também histórias de coragem. Uma das mais emocionantes foi o resgate das relíquias sagradas da catedral, incluindo a coroa de espinhos, uma peça de enorme significado religioso. Bombeiros e funcionários formaram uma corrente humana para salvar esses tesouros, mesmo enquanto as chamas avançavam.<ul><li>Veja:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/5-dos-incendios-mais-devastadores-da-historia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 dos incêndios mais devastadores da história</a></li></ul>Com a reconstrução, a catedral ganhou novos sistemas de segurança, como sprinklers, sensores avançados e câmeras de monitoramento, para prevenir outro desastre. Esses sistemas foram projetados para proteger a estrutura, mas sem comprometer a beleza histórica do local.Além disso, a restauração dos órgãos e sinos foi realizada com atenção a cada detalhe, garantindo que o som único de Notre-Dame volte a ecoar por Paris. Desse modo, a essência dessa obra-prima segue preservada para as futuras gerações.Notre-Dame está renascendo, não apenas como um monumento histórico, mas como um testemunho de que o que é precioso para a humanidade pode sempre ser recuperado, mesmo diante das maiores tragédias.

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Notre-Dame: saiba tudo sobre sua restauração

A Bíblia difunde imagens diferentes sobre como seria o inimigo de Deus.

Provavelmente a maioria de nós, ocidentais, carrega na mente uma imagem mais ou menos parecida do Diabo: um ser com chifres e rabo, com tridente na mão e pele ou roupa vermelha. Contudo, nem todas as representações dessa figura mítica foram feitas da mesma forma.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120409-como-o-diabo-mudou-de-cara-e-funcao-ao-longo-dos-seculos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como o Diabo mudou de cara e função ao longo dos séculos</a></li></ul>O Diabo (ou Lúcifer, ou Satanás) é um personagem central em obras importantes da cultura ocidental, como Paraíso Perdido de John Milton e Fausto de Johann Wolfgang von Goethe. Entram aqui também filmes, como icônico O Advogado do Diabo, em que o ser infernal é representado por ninguém menos que Al Pacino. Mas o que a Bíblia falou sobre o anjo caído?<h2>O Diabo na Bíblia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/02/02201246887285.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O Diabo recebe poucas descrições físicas na Bíblia. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Bíblia nos conta que o Diabo era o arcanjo Lúcifer, um anjo de alta importância que se rebelou contra Deus e, por isso, foi banido do céu. Por conta disso, ele passou a governar o inferno, onde se dedicou à tarefa de corromper as almas humanas, fazendo com que elas não ascendessem ao Reino dos Céus.&nbsp;<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-o-diabo-e-interpretado-de-diferentes-maneiras-na-biblia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o Diabo é interpretado de diferentes maneiras na Bíblia?</a></li></ul>Há poucas descrições do Diabo no texto bíblico. Em uma delas, presente no Evangelho de Mateus, lemos que o Diabo apareceu diante de Jesus Cristo durante seus 40 dias e 40 noites no deserto. Ele teria sido levado até lá pelo Espírito Santo para tentar Jesus Cristo três vezes, conferindo que ele se manteria firme em sua fé.&nbsp;Outro trecho que pode ser lembrado é o famoso episódio do Jardim do Éden, no Gênesis, em que uma serpente tenta Adão e Eva para comerem a fruta da proibida Árvore do Conhecimento. O livro do Gênesis não declara explicitamente que a serpente no Jardim do Éden seria o Diabo, mas teólogos fizeram essa associação.&nbsp;Há poucos elementos físicos nas descrições do Diabo, mas elas existem. No livro de Ezequiel, ele é descrito como bonito, o que se deve ao fato de ele ter sido antes um arcanjo. Mas outros trechos se referem a ele como um metamorfo (alguém que muda de forma) que se disfarça para enganar os humanos.<h2>A figura tradicional do Diabo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/02/02201922080288.jpg" alt="O livro do Apocalipse difunde a imagem do diabo como um dragão. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O livro do Apocalipse difunde a imagem do Diabo como um dragão. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A imagem mais tradicional do Diabo, com chifres e um tridente, pode ter surgido em obras de arte medievais, inspiradas por imagens não saídas da Biblia. Uma referência pode ter sido o deus Pã, representado como um sátiro (um ser da natureza com o corpo metade humano e metade bode). Como os primeiros cristãos tentavam associar o paganismo ao mal, isso poderia explicar uma certa conexão do Diabo com a figura de Pã.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/os-misterios-de-adao-e-eva-o-casal-polemico-da-biblia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os mistérios de Adão e Eva, o casal polêmico da Bíblia</a></li></ul>A visão do Diabo como um mamífero só aparece uma vez na Bíblia. No Evangelho de Pedro, lê-se que "o Diabo anda ao redor como um leão que ruge, buscando alguém para devorar". Já no Apocalipse, o tinhoso aparece como réptil: na cena da batalha final entre o céu e o inferno, o livro descreve um "enorme dragão vermelho com sete cabeças e dez chifres e sete coroas em suas cabeças".Ou seja, o último livro do Novo Testamento não deixa dúvidas de que o Diabo tem a imagem de uma besta aterrorizante. Basta ler outro trecho: "Então houve guerra no céu. Miguel e seus anjos lutaram contra o dragão, e o dragão e seus anjos lutaram de volta. Mas ele não foi forte o suficiente, e eles perderam seu lugar no céu. O grande dragão foi lançado para baixo — aquela antiga serpente chamada Diabo, ou Satanás, que engana o mundo inteiro. Ele foi lançado para a terra, e seus anjos com ele". De arrepiar!

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