Se você acha que o Halloween atual é sinistro, dê uma espiada em como era a festa no passado.

Para alguns países, como os Estados Unidos, a festa do Halloween se equivale quase ao nosso Carnaval: é o momento em que as pessoas capricham nas fantasias e saem para zoar e se divertir em festas bem animadas.O Dia das Bruxas costuma inspirar umas práticas bem sinistras, mas nada se compara ao que acontecia no passado. E aqui temos a prova disso, nesses 4 práticas antigas de Halloween que eram realmente horripilantes.<h2>1. A festa tinha brincadeiras com fogo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28182657773556.jpg" alt="(Fonte: X / Reprodução)"><figcaption>Algumas brincadeiras de Halloween pareciam mais uma armadilha. (Fonte: X / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No passado, muitas brincadeiras do Halloween eram bem perigosas. Um dos jogos era o Snap-Apple, descrito em um texto de 1892 do The New York Times dessa forma: o grupo amarra uma corda no meio de uma vara que é pendurada no teto. Depois, uma maçã é presa de um lado da vara. Na outra extremidade, fica uma vela acesa. Quando se gira o bastão, as crianças tentam dar uma mordida na maçã sem queimar a boca.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/samhain-o-festival-celta-que-deu-origem-ao-halloween" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Samhain, o festival celta que deu origem ao Halloween</a></li></ul>Parece selvagem? Pois havia outras brincadeiras neste estilo que também eram praticadas. Em 1870, as pessoas faziam o jogo do Snapdragon. Nela, as crianças "tentam arrebatar pedaços de frutas secas ou fortunas embrulhadas de um prato de álcool em chamas", conforme descrito no livro Trick or Treat: A History of Halloween, de Lisa Morton.<h2>2. Menos doces e mais vegetais amargos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28182748096558.jpg" alt="(Fonte: Newspapers / Reprodução)"><figcaption>Os "doces" do Halloween eram, na verdade, amargos. (Fonte: Newspapers / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A tradição do “uma guloseima ou uma travessura” não estava ainda em vigor durante o século 18. Ao invés de doces, as crianças ganhavam… repolho e couve. Esse era um costume na Escócia: os pequenos entraram com seus olhos vendados em um campo de repolho e ganhava quem puxasse o primeiro talho do vegetal.Outra “guloseima” típica do Halloween era aveia seca com sal. Essa mistura era também esfregada no cabelo das crianças durante o Halloween para protegê-las de fadas malignas.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127819-halloween-quando-a-festa-era-feita-para-unir-casais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quando a festa de Halloween era feita para unir casais</a></li></ul>Mas provavelmente o pior lanche da festa envolvia uma agulha. Durante a época vitoriana, na festa do Halloween, as pessoas assavam bolos contendo uma agulha, um dedal, uma moeda de dez centavos e um anel. Se o seu pedaço de bolo tivesse uma agulha ou dedal, isso significava que você estava destinado a ficar solteiro durante a vida toda. Já se achasse um centavo ou um anel, significa que se casaria ou ficaria rico. De todo modo, devia ser terrível sentir uma agulha na boca!<h2>3. Os “truques” eram, na verdade, vandalismo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28182840814560.jpg" alt="(Fonte: Today / Reprodução)"><figcaption>Muitas casas eram vandalizadas na noite do Halloween. (Fonte: Today / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os chamados truques (que, na época atual, estão mais para brincadeiras e sapequices) eram, no passado, verdadeiros atos de vandalismo e mesmo de violência. Uma das brincadeiras comuns era enfiar um repolho pegando fogo na chaminé ou nas fechaduras da casa de alguém para que o lugar se enchesse de fumaça fedorenta.Outra “brincadeira” era soltar o gado de alguém que tinha uma criação ou derrubar latrinas (que, às vezes, estavam ocupadas). Já em 1918, algumas crianças fizeram um ato terrível durante o Halloween: elas revestiram os trilhos de um bonde de cera de vela, o que causou um acidente e feriu gravemente uma mulher.<h2>4. As fantasias eram bizarras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/28/28183025617561.jpg" alt="(Fonte: Halloween Costumes / Reprodução)"><figcaption>A fantasia do Cavalo de Pau usava um crânio real do animal. (Fonte: Halloween Costumes / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Hoje em dia, há uma verdadeira competição sobre quem consegue criar a fantasia de Halloween mais original. Mas na Inglaterra vitoriana, os adultos realmente radicalizavam. Havia um adorno que se chamava “Cavalo de Pau” e que consistia em um crânio real de cavalo que era acoplado em um cajado e carregado por alguém vestido em pele de animal.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/109785-16-fantasias-antigas-de-halloween-que-vao-alimentar-os-seus-pesadelos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">16 fantasias antigas de Halloween que vão alimentar os seus pesadelos</a></li></ul>Já no século 19, os irlandeses gostavam de vestir ternos de palha branca e chapéus cônicos, para em seguida se envolver em atos de vandalismo (como roubar comida). E o famoso traje de fantasma usando um lençol também surgiu nessa época, de uma forma sinistra: ele era frequentemente usado por criminosos para torturar vítimas ou como forma de aterrorizar ou agredir sexualmente mulheres na Grã-Bretanha durante os séculos 17, 18 e 19. Sem dúvida, não devia ser nada agradável cruzar com esses brincalhões.

large_4-costumes-do-halloween-que-eram-realmente-assustadores-thumb.png

medium_4-costumes-do-halloween-que-eram-realmente-assustadores-thumb.png

small_4-costumes-do-halloween-que-eram-realmente-assustadores-thumb.png

thumbnail_4-costumes-do-halloween-que-eram-realmente-assustadores-thumb.png

4-costumes-do-halloween-que-eram-realmente-assustadores-thumb.png

4 costumes do Halloween que eram realmente assustadores

Conheça o monstro ancestral mesoamericano que atravessa gerações.

Dizem que nas sombras das montanhas mexicanas existe uma criatura ancestral conhecida como Teyollohcuani. Esse ser misterioso e atemporal, que mescla a bruxaria com o vampirismo, fascina e assombra o imaginário popular.O que torna essa figura ainda mais fascinante é sua capacidade de atravessar séculos, mantendo-se viva e presente até mesmo na cultura moderna.<h2>O surgimento de Teyollohcuani</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27194223205006.jpg" alt="A teyollohcuani pode se transformar em um enorme pássaro sedento por sangue. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ela pode se transformar em um enorme pássaro sedento por sangue. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A origem da Teyollohcuani, cujo nome significa algo como “aquela que come corações humanos”, é tão antiga quanto as terras mexicanas. Em tempos pré-coloniais, criaturas sobrenaturais como ela eram consideradas figuras sagradas na cultura indígena, reverenciadas e temidas por sua conexão com o mundo espiritual.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/cultura/99410-deuses-brasileiros-conheca-7-divindades-da-cultura-indigena.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Deuses brasileiros: conheça 7 divindades da cultura indígena</a></li></ul>Essa bruxa vampírica fascina e aterroriza o imaginário popular há gerações, assumindo formas bizarras e assustadoras: ora como uma velha aparentemente inofensiva, ora como um imenso pássaro com sede de sangue, especialmente o de inocentes e bebês.Em tempos antigos, a habilidade de mudar de forma era exclusiva dos sacerdotes e outros seres que possuíam uma profunda ligação com o sagrado. Contudo, com a chegada dos colonizadores espanhóis, essa habilidade passou a ser vista como “bruxaria”, e a Teyollohcuani foi gradativamente associada a uma figura sombria e perigosa.Foi nesse período que o temor em torno dela cresceu, reforçando a imagem de uma criatura ameaçadora, especialmente para crianças, e aproximando-a das lendas de bruxas vampiras que já circulavam em outras culturas.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125018-la-lechuza-a-lenda-mexicana-da-bruxa-com-corpo-de-coruja.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">La Lechuza: a lenda mexicana da bruxa com corpo de coruja</a></li></ul><h2>A influência da cultura pop</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27194838811007.jpg" alt="O mito da teyollohcuani adaptou-se à cultura pop moderna, passando de uma bruxa indígena para uma figura de "><figcaption>O mito adaptou-se à cultura pop moderna, passando de uma bruxa indígena para uma figura de "vampiro". (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com o passar dos séculos, a Teyollohcuani continuou evoluindo, incorporando influências culturais novas, como as tradições africanas trazida pelos escravos, e desenvolvendo habilidades ainda mais complexas, como a capacidade de projetar seu espírito para fora do corpo.Em pleno século 21, a figura mítica continua viva, agora alimentada pela cultura pop. Com a ascensão de filmes e séries sobre vampiros, algumas comunidades começaram a associá-la à figura moderna do vampiro, sendo até chamada de “vampira” em alguns dialetos.Esse símbolo de mistério e terror, adaptado à cultura contemporânea, também trouxe consigo a crença no uso de alho como proteção. Mesmo que o alho não seja nativo do México, muitas famílias locais penduram tranças da planta em portas e janelas para manter a bruxa longe.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127368-por-que-os-vampiros-nao-podem-comer-alho.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que os vampiros não podem comer alho?</a></li></ul>Essas adaptações modernas, como a associação com o alho e a comparação com vampiros, mostram como a Teyollohcuani não só preservou sua essência, mas se transformou para continuar sendo relevante e respeitada na cultura mexicana.A tradição de pendurar alho nas portas é apenas uma das provas de que, para aqueles que acreditam, é melhor prevenir do que remediar.

large_the_teyollohcuani_cosmopolitan_vampire_witch_1050.jpg

medium_the_teyollohcuani_cosmopolitan_vampire_witch_1050.jpg

small_the_teyollohcuani_cosmopolitan_vampire_witch_1050.jpg

thumbnail_the_teyollohcuani_cosmopolitan_vampire_witch_1050.jpg

the_teyollohcuani_cosmopolitan_vampire_witch_1050.jpg

 Teyollohcuani: a história da bruxa vampira que aterrorizou o México

Conheça a lenda por trás das icônicas lanternas de abóbora da famosa festa americana.

Quando chega o Halloween, não há decoração mais simbólica do que as abóboras esculpidas iluminadas por dentro. Mas como começou essa tradição de fazer rostos aterrorizantes em frutas e vegetais? As famosas jack-o'-lanterns (nome em inglês para as famosas lanternas de abóboras) têm uma história longa e fascinante, que remonta a antigos mitos celtas e lendas assustadoras.&nbsp;Lá no passado, os celtas acreditavam que o festival de Samhain, celebrado em 1º de novembro, era o momento em que os mortos caminhavam entre os vivos. Para afastar os espíritos, eles se disfarçavam com fantasias e esculpiam rostos assustadores em vegetais como nabos e beterrabas, o que daria origem à tradição de iluminar o Halloween (Dia das Bruxas) com lanternas.<h2 style="text-align:justify;">Brincando com o diabo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27235156107001.jpg" alt="Nem no céu nem no inferno. Jack foi castigado por enganar o diabo. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Nem no céu, nem no inferno. Jack foi castigado por enganar o diabo. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar da origem celta, a essência do que hoje conhecemos como a “lanterna de abóbora” foi moldada por um folclore específico vindo da Irlanda: a lenda de Stingy Jack. Jack, um personagem malandro e astuto, conseguiu enganar o próprio Diabo não uma, mas duas vezes, prendendo-o em truques engenhosos.&nbsp;Primeiro, convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para evitar pagar por uma bebida; em seguida, o aprisionou no bolso junto a uma cruz de prata. Em outra ocasião, convenceu o Diabo a subir em uma árvore e cravou uma cruz no tronco, aprisionando-o novamente.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/loira-do-banheiro-conheca-a-historia-real-por-tras-da-lenda-urbana" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Loira do banheiro: conheça a história real por trás da lenda urbana</a></li></ul>Por seus truques, Jack obteve do Diabo a promessa de que não seria levado ao Inferno. Quando ele morreu, contudo, Jack foi rejeitado tanto pelo Céu quanto pelo Inferno, e ficou condenado a vagar pela Terra eternamente, com apenas uma brasa para iluminar seu caminho, que ele colocou em um nabo oco, criando assim a primeira “jack-o'-lantern”.Esse mito também ajudava a explicar um fenômeno natural que assombrava os antigos nas Ilhas Britânicas: as luzes tremeluzentes que apareciam sobre pântanos à noite, conhecidas como ignis fatuus ou fogo-fátuo. Essas luzes fantasmagóricas, causadas por gases decompostos, pareciam flutuar e enganar quem as seguia, muitas vezes levando pessoas a se perderem.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-o-diabo-e-interpretado-de-diferentes-maneiras-na-biblia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que o Diabo é interpretado de diferentes maneiras na Bíblia?</a></li></ul>Diziam que essas luzes eram Jack, vagando sem descanso com sua lanterna. Com o tempo, para afastar o “Jack da Lanterna” e outros espíritos indesejados, as pessoas começaram a esculpir rostos em vegetais, criando um espetáculo visual que servia de alerta e proteção.<h2 style="text-align:justify;">Onde entra a abóbora nisso?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27235449362002.jpg" alt="Apesar de assustadoras, as lanternas de abóbora são um lembrete da bela festa que é o Halloween. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Apesar de assustadoras, as lanternas de abóbora são um lembrete da bela festa que é o Halloween. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Foi apenas com a imigração em massa dos irlandeses para os Estados Unidos, entre os séculos XIX e XX, que a tradição encontrou seu símbolo definitivo: a abóbora. Nativa da América, a abóbora é grande, fácil de esculpir e se tornou a opção favorita dos irlandeses que chegaram à América.&nbsp;Rapidamente, as jack-o'-lanterns feitas com abóboras ganharam destaque no Halloween e na cultura americana, especialmente com a ajuda da literatura. Em “A Lenda de Sleepy Hollow”, de Washington Irving, publicada em 1820, uma abóbora aparece na famosa cena do Cavaleiro Sem Cabeça, reforçando o elo entre Halloween e terror.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127716-de-onde-surgiram-algumas-das-supersticoes-mais-conhecidas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">De onde surgiram algumas das superstições mais conhecidas?</a></li></ul>Autores como Nathaniel Hawthorne também fizeram referências à abóbora em contos populares, como “The Great Carbuncle” (O Grande Carbúnculo) e “Feathertop”. Essa associação literária com o mistério e o medo fez da abóbora esculpida um ícone perfeito para o Halloween.<h3 style="text-align:justify;">Das lendas para o mundo</h3>Hoje, o Halloween é amplamente celebrado nos Estados Unidos e ao redor do mundo, e as jack-o'-lanterns de abóbora são a sua decoração mais clássica, iluminando varandas e quintais com um toque que mistura o assustador ao festivo. Para muitos, essas lanternas são mais do que simples enfeites; representam a união e o espírito de comunidade.&nbsp;Ver uma casa decorada com uma abóbora na porta é sinal de que ali há festa e doces esperando os pequenos, um convite para que todos participem da diversão. E assim, a antiga lenda de Jack e as luzes dos pântanos que assombravam os viajantes sobreviveram por séculos, tornando-se parte de uma tradição acolhedora e alegre.

large_jack-o-lantern-a-origem-da-famosa-lanterna-de-abobora-do-halloween-thumb.png

medium_jack-o-lantern-a-origem-da-famosa-lanterna-de-abobora-do-halloween-thumb.png

small_jack-o-lantern-a-origem-da-famosa-lanterna-de-abobora-do-halloween-thumb.png

thumbnail_jack-o-lantern-a-origem-da-famosa-lanterna-de-abobora-do-halloween-thumb.png

jack-o-lantern-a-origem-da-famosa-lanterna-de-abobora-do-halloween-thumb.png

Jack-O'-Lantern: a origem da famosa lanterna de abóbora do Halloween

Estudo sugere que mineradores de cobre das montanhas dos Cárpatos criaram a primeira roda há cerca de 6 mil anos, revolucionando o transporte e as tecnologias futuras.

Em mais uma boa reviravolta histórica, a roda pode ter nascido entre as montanhas dos Cárpatos, na Europa Oriental, há cerca de 6 mil anos. Essa nova teoria, apresentada por um estudo recente, sugere que mineradores de cobre dessa região precisaram inovar para enfrentar os desafios da mineração, criando um dos dispositivos mais revolucionários da humanidade: a roda.&nbsp;A invenção da roda impulsionou o transporte, a manufatura e o desenvolvimento das civilizações. No entanto, sua origem ainda é incerta, com várias teorias, incluindo a proposta deste novo estudo, buscando explicar onde e como ela surgiu.<h2 style="text-align:justify;">As minas de Cárpatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27230145198009.jpg" alt="Serão os carrinhos usados por mineradores o "><figcaption>Serão os carrinhos usados por mineradores o "ancestral" mais próximo da primeira roda? (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2016, o professor e historiador Richard Bulliet, da Universidade de Colúmbia, sugeriu que a roda teria surgido nas Montanhas dos Cárpatos (cordilheira de vai da República Tcheca até a Romênia) cerca de 6 mil anos atrás, ou seja, perto de 4000 a.C. Para o pesquisador, a roda era invenção que teria surgido gradualmente pelas mãos de mineradores da região.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/106379-confira-5-coisas-que-foram-inventadas-antes-da-roda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Confira 5 coisas que foram inventadas antes da roda</a></li></ul>Bulliet acredita que, pelo fato do cobre ter se tornado mais raro, os mineradores foram forçados a ir mais fundo nas minas, tornando necessário desenvolver um sistema de transporte mais funcional e que exigisse menos reposicionamento dos cilindros.&nbsp;Antes da roda, cargas pesadas eram movidas sobre troncos no chão, exigindo constante reposicionamento, o que era ineficiente, especialmente em minas apertadas.<h2 style="text-align:justify;">A evolução&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27225126795008.jpg" alt="Processo de evolução da roda segundo a projeção do estudo. (Fonte: Kai A. James et al. /Divulgação)"><figcaption>Processo de evolução da roda segundo a projeção do estudo. (Fonte: Kai A. James et al. /Divulgação)</figcaption></figure></figure>O novo estudo, que conta com a participação de Bulliet, parte dessa premissa e aponta que o cenário desafiador nas minas levou à criação de um novo tipo de transporte, que representava uma evolução do sistema de rolos livres.&nbsp;A primeira inovação foi adicionar encaixes e ranhuras nos rolos, estabilizando as cargas e permitindo movê-las com mais facilidade, economizando energia e esforço. A segunda inovação foi conectar rodas a um eixo fixo, trazendo estabilidade e permitindo o transporte em terrenos acidentados, semelhante aos carrinhos de mineração atuais.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/20375-por-que-demoramos-tanto-para-inventar-a-roda-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que demoramos tanto para inventar a roda?</a>&nbsp;</li></ul>Por último, a terceira inovação, só teria acontecido cerca de 500 anos após a segunda, com a criação de rodas independentes, ou seja, elas não giravam juntas com o eixo. &nbsp;Essa modificação facilitou a manobrabilidade e contribuiu para o surgimento dos veículos de transporte propriamente ditos.&nbsp;<h3 style="text-align:justify;">Técnicas modernas&nbsp;</h3>O estudo que propõe essa origem para a roda, conduzido por engenheiros e historiadores, utilizou modelos computacionais e de mecânica estrutural para simular como o sistema de rolos evoluiu para o sistema de roda e eixo.&nbsp;<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124920-roda-de-catarina-a-maquina-de-tortura-mais-cruel-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roda de Catarina: a máquina de tortura mais cruel da história</a></li></ul>Eles concluíram que o desenvolvimento da roda pode ser entendido como um “caminho de descida” em termos de eficiência energética, no qual o design se torna cada vez mais funcional para as necessidades do ambiente de mineração.<h2 style="text-align:justify;">Apoio histórico</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/27/27224720592007.jpg" alt="Itens encontrados em escavações vão contando um pouco da história da evolução da roda. (Fonte: Kai A. James et al/ Divulgação)"><figcaption>Itens encontrados em escavações vão contando um pouco da história da evolução da roda. (Fonte: Kai A. James et al/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Outro ponto que reforça teoria vem de escavações feitas nas montanhas dos Cárpatos, onde foram encontrados mais de 150 modelos de carroças em miniatura feitos de argila, todos datados de 3600 a.C., com alguns desses modelos tendo grandes alças, sugerindo que possivelmente eram canecas de bebida.&nbsp;Essas pequenas carroças de cerâmica são as representações mais antigas de transporte sobre rodas conhecidas no mundo e indicam que essa invenção dos mineradores não só solucionou um problema prático, mas também se tornou um símbolo cultural e de status.Embora o estudo aponte as montanhas dos Cárpatos como o provável berço da roda, ainda é possível que outras civilizações tenham descoberto a roda de forma independente, em locais como a Mesopotâmia e o norte da Turquia, entre os anos de 4000 e 3000 a.C.

large_a-primeira-roda-pode-ter-surgido-em-minas-de-cobre-na-europa-thumb.png

medium_a-primeira-roda-pode-ter-surgido-em-minas-de-cobre-na-europa-thumb.png

small_a-primeira-roda-pode-ter-surgido-em-minas-de-cobre-na-europa-thumb.png

thumbnail_a-primeira-roda-pode-ter-surgido-em-minas-de-cobre-na-europa-thumb.png

a-primeira-roda-pode-ter-surgido-em-minas-de-cobre-na-europa-thumb.png

A primeira roda pode ter surgido em minas de cobre na Europa

Celebrado entre 31 de outubro e 1º de novembro, o Samhain era um festival da colheita onde os vivos e os mortos comemoravam juntos.

O Samhain&nbsp;(pronunciado “sau-in”) é um festival celta que marca o fim da temporada de colheita e o início oficial do inverno, junto como o Ano Novo, comemorado dia 1º de novembro. Na noite do dia 31 de outubro, dizem os povos gaélicos da Irlanda, o véu entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos se torna mais sutil, permitindo o retorno de espíritos falecidos à Terra. &nbsp;Celebrado há mais de dois mil anos pelos descendentes dos celtas na Irlanda, País de Gales e Escócia, o Samhain é festejado durante três dias e três noites, e inclui vários rituais e tradições, como acender enormes fogueiras para afastar os espíritos malignos, deixar oferendas para os mortos e usar máscaras ou fantasias, uma prática depois adaptada pelo Halloween.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/85629-voce-conhece-as-tradicoes-que-deram-origem-ao-halloween.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Você conhece as tradições que deram origem ao Halloween?</a></li></ul>Entre os rituais pagãos (palavra usada pela Igreja Católica para identificar os que praticam religiões pré-cristãs), estão: as adivinhações e leituras de oráculos por meio de ossos e observação do fogo. Finalmente, são realizados os grandes banquetes, onde as pessoas compartilham os alimentos da colheita e bebem hidromel, cerveja e sidra de maçã.<h2>Quando o Samhain começou?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23172411445339.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução).="><figcaption>Fadas e elementais também aparecem na noite do Samhain. (Fonte: Getty Images/Reprodução).</figcaption></figure></figure>Embora não haja consenso entre os especialistas sobre a origem desse feriado para comemorar o Dia dos Mortos, algumas tumbas neolíticas encontradas na Irlanda mostram um alinhamento com eventos celestiais que coincidem exatamente com a data do Samhain.Para os antigos celtas, o ano se dividia em luz e escuridão. O Samhain marcava o fim do verão, obviamente a parte mais iluminada, e o início da metade mais fria e escura do ano, normalmente associada à morte.&nbsp;Como o véu do mundo espiritual se ergue nessa época, é comum que, além dos espíritos dos mortos, algumas fadas e elementais também apareçam.<h2>Como é celebrado o Samhain atualmente?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23142459413255.jpg" alt="Mesa para banquete silencioso. (Fonte: Fairy Apothecary/Divulgação)"><figcaption>Mesa para banquete silencioso. (Fonte: Fairy Apothecary/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Com o passar do tempo, a igreja católica foi incorporando os rituais que chamava de pagãos. Em 835 d.C., o Papa Gregório IV oficializou o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro. Com isso, o dia 31 de outubro se tornou o "All Hallows' Eve" (Véspera de Todos os Santos), e acabou evoluindo para o atual "Halloween".Atualmente o Samhain "raiz" é celebrado tranquilamente, em casa, ou em grandes festividades, parecidas com os nossos carnavais. Em casa, os praticantes se reúnem para uma ceia, onde preparam as comidas preferidas de seus entes queridos que já morreram, e organizam uma “refeição silenciosa”, onde a mesa é posta ao contrário e lugares são reservados para os ancestrais que se foram.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128085-o-ano-em-que-centenas-de-pessoas-foram-envenenadas-no-halloween.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O ano em que centenas de pessoas foram envenenadas no Halloween</a></li></ul>Já para os interessados em comemorar o Samhain com outras pessoas, há muitos lugares no mundo que mantêm essa tradição, a maioria deles na Irlanda. A cidade de Derry, na Irlanda do Norte, é famosa por realizar a celebração de quatro noites, que é considerada o maior Halloween da Europa, atraindo em média 100 mil pessoas a cada ano.

large_GettyImages-1341529255.jpg

medium_GettyImages-1341529255.jpg

small_GettyImages-1341529255.jpg

thumbnail_GettyImages-1341529255.jpg

GettyImages-1341529255.jpg

Samhain: o festival celta que deu origem ao Halloween

Vários aspectos da história de Maria seguem sendo alvo de controvérsias.

Poucas figuras do cristianismo são tão conhecidas como a Virgem Maria, a mãe de Jesus Cristo. Mas, por incrível que pareça, a Bíblia não dá muitos detalhes sobre a sua vida, além de passagens esporádicas nos evangelhos.É na teologia e na análise bíblica que os episódios envolvendo Maria foram expandidos, trazendo mais informações sobre ela. Algumas delas, inclusive, são relativamente desconhecidas e até polêmicas.<h2>A virgindade de Maria</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23192923669418.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Os cristãos acreditam no dogma que Maria engravidou sendo virgem. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Sem dúvida, o fato mais famoso em torno da mãe de Jesus é que ela teria concebido um filho sendo virgem. Por mais que isso seja a própria definição de um milagre, a verdade é que acontecimentos desse tipo não eram extremamente raros na Bíblia, nem na mitologia como um todo.&nbsp;Por conta disso, muitos analistas desacreditam nessa parte da história, pois argumentam que ela teria sido copiada de outras mitologias, como a de Osíris, na mitologia grega, e de Átis, no Oriente Médio.<ul><li>Conheça mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/108297-tem-uma-estatua-da-virgem-maria-chorando-ha-meses-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A estátua da Virgem Maria que chora nos EUA</a></li></ul>Mas há também uma polêmica envolvendo uma tradução. A tradição judaica profetiza que o Messias nasceria de uma virgem, e o Evangelho de Mateus afirma que o nascimento de Maria é o cumprimento da profecia de Isaías. Lê-se na tradução do hebraico como: "A virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel".Contudo, estudiosos judeus e cristãos defendem que o hebraico "almah" deveria ter sido traduzido como "jovem", ao invés de "virgem". Há ainda quem defenda que o trecho de Isaías não deve ser lido como uma profecia, mas como uma metáfora.<h2>Maria como uma forma de redenção para Eva</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23193011898419.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Em várias interpretações, Maria é compreendida como sendo "oposta" a Eva. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>De acordo com a tradição bíblica, o mundo começou quando Adão, o primeiro homem, ao lado de Eva, cometeu o pecado original ao comer a maçã. O pecado e a desobediência de Adão trouxeram desespero e morte ao mundo, e Jesus ter vindo por vontade de Deus para anunciar a salvação e a vida eterna.&nbsp;<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/106115-por-que-a-maca-e-o-fruto-proibido-se-ela-nem-sequer-e-citada-na-biblia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que a maçã é o fruto proibido se ela nem sequer é citada na Bíblia?</a></li></ul>A igreja cristã primitiva abordava um paralelo entre o papel de Eva no Antigo Testamento com o de Maria no Novo. Isso porque Eva e Maria são consideradas virgens no momento de seus atos mais importantes: Eva quando sucumbe à tentação e Maria com a responsabilidade de carregar Cristo no ventre e zelar por ele. Depois, dentro do catolicismo, os paralelos foram estendidos. Os católicos passaram a defender que Maria nasceu sem pecado original.<h2>A morte de Maria</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/23/23192523474408.jpg" alt="(Fonte: Faith Walk / Reprodução)"><figcaption>Cristãos discutem se Maria subiu ao céu como Jesus. (Fonte: Faith Walk / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O fim da vida de Maria também é alvo de controvérsia entre algumas igrejas. A grande questão diz respeito à Assunção de Maria: se, quando ela chegou ao fim da sua vida, ela ascendeu ao céu de corpo e alma, tal como ocorreu com Jesus.A Assunção foi declarada como um dogma da fé católica em 1950. A visão é consolidada pelo Livro do Apocalipse, no qual Maria é vista como a personificação mais lógica do "povo de Deus" na batalha do bem e do mal. Endossa essa ideia o fato de que nunca foi encontrado o corpo de Maria, nem relíquias associadas a ela.&nbsp;Ainda assim, há muito ceticismo em torno dessa história. Como não é um evento descrito na Bíblia, muitas denominações protestantes rejeitam totalmente a ideia de Assunção, e preferem compreender Maria como uma reles mortal como eu e você. Vai saber, não?

large_conheca-a-polemica-historia-de-maria-mae-de-jesus-thumb.png

medium_conheca-a-polemica-historia-de-maria-mae-de-jesus-thumb.png

small_conheca-a-polemica-historia-de-maria-mae-de-jesus-thumb.png

thumbnail_conheca-a-polemica-historia-de-maria-mae-de-jesus-thumb.png

conheca-a-polemica-historia-de-maria-mae-de-jesus-thumb.png

Conheça a polêmica história de Maria, mãe de Jesus

Pesquisadores dizem ter descoberto uma forma para aumentar a conexão entre felinos e humanos.

Os pais e mães de gato certamente já se cansaram de ouvir que seu bichinhos são, por natureza, indiferentes aos seres humanos. Mas pode ser outra coisa: talvez simplesmente os tutores não estejam falando direito a língua dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128724-os-6-felinos-mais-mortais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">felinos</a>.Mas uma pesquisa recente sugeriu que não tem muito mistério. Mais do que isso, tem um truque bem simples que você pode usar sempre que quiser.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128724-os-6-felinos-mais-mortais-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os 6 felinos mais mortais do mundo</a></li></ul><h2>O segredo da comunicação com os gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22211928342401.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Para ter uma melhor relação com seu gato, tente sorrir como ele. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Algumas pesquisas feitas em 2020 chegaram a uma conclusão que parece até ser óbvia: basta sorrir bastante para eles. Mas o segredinho é que você não deve sorrir como um humano, e sim como um gato.Os gatos "sorriem" de uma forma bem específica: eles mostram os dentes, estreitam os olhos e piscam lentamente. Isso foi constatado nas pesquisas feitas a partir de interações entre gatos e humanos. Os cientistas concluíram que essa expressão faz que os bichanos (sejam os familiares ou os estranhos) se aproximem e se tornem mais receptivos aos seres humanos em sua volta.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124512-o-que-causa-as-covinhas-que-algumas-pessoas-tem-quando-sorriem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que causa as covinhas que algumas pessoas têm quando sorriem?</a></li></ul>"Como alguém que estudou o comportamento animal e é dono de um gato, é ótimo poder mostrar que gatos e humanos podem se comunicar dessa maneira. É algo que muitos tutores de gatos já suspeitavam, por isso é emocionante ter encontrado evidências disso", disse Karen McComb, psicóloga da Universidade de SussexQuem convive muito com gatos sabe até reconhecer essa expressão, que geralmente acontece quando o animal está relaxado e feliz. Isso foi descoberto por meio de experimentos realizados com <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gatos</a> e seus donos. Eles gravaram as interações entre eles enquanto os humanos piscavam lentamente para os bichos a cerca de um metro de distância.&nbsp;<ul><li>Fique por dentro: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/6-fatos-confirmando-que-seu-gato-e-de-fato-estranho" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 fatos confirmando que seu gato é, de fato, estranho</a></li></ul>Os resultados mostraram que os gatos ficam mais propensos a piscar lentamente para seus humanos depois que seus humanos piscam para eles.<h2>A comparação entre cães e gatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/22/22211953510402.jpg" alt="Cães e gatos demonstram seu afeto de formas diferentes. (Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Cães e gatos demonstram seu afeto de formas diferentes. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Sabe-se que os cães costumam demonstrar mais as suas emoções do que os gatos. Mas há uma novidade: essas pesquisas mostraram que a sintonia entre os felinos e seus companheiros humanos é bem maior do que se pensava.Mais do que isso, os estudos sugerem que comparar os gatos aos cães é contraproducente. Cada espécie demonstra suas emoções do seu jeito. Além disso, os gatos costumam ecoar os traços de personalidade dos humanos com quem vivem. Eles também podem reconhecer os nomes dos donos e criar laços profundos com eles.<ul><li>Descubra:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124855-amor-emocao-ou-reacao-quimica-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Amor: emoção ou reação química do cérebro?</a></li></ul>O que não sabe ao certo é por que os felinos "sorriem" dessa forma. Até o momento, isso tem sido interpretado como um meio de sinalizar intenções benignas, já que se acredita que o olhar fixo dos gatos se relacione à tentativa de parecer ameaçador. Mas também é possível que esse bicho tenha desenvolvido essa expressão ao ver que os humanos reagem positivamente a ela.De toda forma, o fato é que usar essa expressão de sorriso felino com o seu bichinho ajuda a construir uma relação melhor com ele. Para muita gente, isso pode ser altamente benéfico, impactando em melhorias na própria saúde mental."Entender as maneiras positivas pelas quais gatos e humanos interagem pode melhorar a compreensão pública dos gatos, melhorar o bem-estar felino e nos dizer mais sobre as habilidades sociocognitivas dessa espécie pouco estudada. Nossas descobertas podem ser usadas para avaliar o bem-estar dos gatos em uma variedade de ambientes, incluindo consultórios veterinários e abrigos", concluiu a psicóloga Tasmin Humphrey, da Universidade de Sussex.

large_conheca-um-truque-infalivel-para-se-comunicar-com-o-seu-gato-thumb.png

medium_conheca-um-truque-infalivel-para-se-comunicar-com-o-seu-gato-thumb.png

small_conheca-um-truque-infalivel-para-se-comunicar-com-o-seu-gato-thumb.png

thumbnail_conheca-um-truque-infalivel-para-se-comunicar-com-o-seu-gato-thumb.png

conheca-um-truque-infalivel-para-se-comunicar-com-o-seu-gato-thumb.png

Conheça um truque infalível para se comunicar com o seu gato

Os gnósticos acreditam que a vida terrena é uma prisão da qual só nos libertamos com conhecimento.

Se você gosta de estudar a história das <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124877-6-religioes-que-sao-consideradas-proibidas-ou-ilegais-ao-redor-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">religiões</a>, precisa saber mais sobre o gnosticismo, termo que designa um conjunto de crenças de natureza filosófica e religiosa, construído a partir de interpretações da Bíblia, de textos apócrifos e de mistérios vindos da cultura grego-romana e oriental.O princípio básico do gnosticismo se centra na ideia de que dentro de cada homem há uma essência imortal que transcende a sua própria existência. Considerada uma doutrina herética por um longo tempo, a história do gnosticismo também ajuda a entender o desenvolvimento dos primeiros séculos do cristianismo.<h2>O que é o gnosticismo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/21/21193926225323.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O gnosticismo acreditam que a salvação só viria por meio do conhecimento. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O termo gnóstico vem do grego “gnosis”, cujo significado é “conhecimento”. Para os seguidores dessa doutrina, a salvação só será obtida a partir de um conhecimento profundo sobre a existência e o cosmos.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114934-novo-mapa-do-universo-revela-a-violencia-do-cosmos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Novo mapa do Universo revela a violência do cosmos</a></li></ul>Os gnósticos são pessoas que veem o mundo material como uma criação defeituosa – a verdadeira essência da humanidade estaria na centelha divina que nos é inacessível no plano terreno. Ou seja, cada ser humano possuiria dentro de si uma parte de Deus.Assim, quem estuda o gnosticismo teria a possibilidade de conhecer as verdades ocultas que nós, por nossos defeitos essenciais, não conseguimos acessar normalmente. O mundo material, imperfeito e mau, estaria abaixo do mundo espiritual superior, que seria o verdadeiro lar das almas.&nbsp;O curioso é que os primeiros gnósticos eram cristãos. Contudo, como suas crenças sobre o divino se diferenciavam das visões cristãs, eles acabaram sendo vistos como hereges. Entre elas, está a ideia de que o mundo foi criado pelo Demiurgo, que seria uma entidade inferior. A crença também enxerga Jesus Cristo como um ser espiritual que veio ao mundo para transmitir conhecimentos secretos às almas livres. Por ser divino, ele não teria um corpo físico real, já que o mundo material é inerentemente mau.&nbsp;<h2>As características do gnosticismo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/21/21193950877324.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O gnosticismo se sustenta em uma série de crenças sobre o mundo espiritual. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para sustentar as suas convicções, o gnosticismo carrega certas visões bem diferentes em relação a outras doutrinas. Entre elas, está a ideia de um dualismo radical entre o que é material (que é essencialmente mau) e o mundo espiritual divino. Isso justifica a concepção da criação do mundo por uma entidade inferior ao Deus supremo, e que seria o responsável pela criação de todo o sofrimento.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128910-5-historias-que-fazem-parte-da-mitologia-gnostica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 histórias que fazem parte da mitologia gnóstica</a></li></ul>O ser humano, em essência, seria divino, mas estaria atrelado à prisão do mundo material. Para poder se libertar, o caminho não seria apenas a fé, mas o conhecimento que seria obtido pela gnose. Só assim começaria sua ascensão ao mundo superior.Outra característica interessante é que, para os gnósticos, esse deus inferior, que seria defeituoso, é identificado com o Deus do Antigo Testamento. Isso contrasta com a narrativa presente no livro do Gênesis, uma vez que eles veem a criação do mundo como um ato negativo e não como uma obra da benevolência de Deus.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118235-3-passagens-da-biblia-cheias-de-controversias.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">3 passagens da Bíblia cheias de controvérsias</a></li></ul>Por fim, o gnosticismo apresenta uma rejeição ao corpo físico e às preocupações materiais. Como o corpo é visto como uma prisão que prende a alma, em uma armadilha arquitetada pelo Demiurgo, só seria possível sair desse cárcere por meio do conhecimento da gnose. Isso fez com que algumas seitas gnósticas buscassem promover <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/125636-4-dos-casos-de-histeria-em-massa-mais-inexplicaveis-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">práticas ascéticas</a>, baseadas em uma entrega individual à vida contemplativa espiritual e à mortificação dos sentidosAté hoje é possível encontrar grupos de cultuam a gnose, inclusive aqui no Brasil. Para os que creem nessa doutrina, ela representa a única possibilidade de conseguir encontrar uma redenção dos sofrimentos terrenos. Vai saber se não é verdade, não é mesmo?

large_conheca-o-gnosticismo-uma-doutrina-que-remete-ao-inicio-do-cristianismo-thumb.png

medium_conheca-o-gnosticismo-uma-doutrina-que-remete-ao-inicio-do-cristianismo-thumb.png

small_conheca-o-gnosticismo-uma-doutrina-que-remete-ao-inicio-do-cristianismo-thumb.png

thumbnail_conheca-o-gnosticismo-uma-doutrina-que-remete-ao-inicio-do-cristianismo-thumb.png

conheca-o-gnosticismo-uma-doutrina-que-remete-ao-inicio-do-cristianismo-thumb.png

Conheça o gnosticismo, uma doutrina que remete ao início do cristianismo

Vários outros povos mumificaram corpos, seja propositalmente ou por acidente.

Quando pensamos em múmia, imediatamente pensamos no Antigo Egito, não é mesmo? Pois saiba que esse raciocínio, às vezes, pode ser enganoso. Sim, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115518-as-5-historias-mais-incriveis-sobre-o-nascimento-do-egito-antigo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">egípcios</a> dominaram a arte da mumificação como ninguém: basicamente, eles retiravam os órgãos internos dos mortos, lavavam o corpo com vinho e especiarias e, por fim, o esfregavam com natrão, um tipo de sal natural.&nbsp;Acontece que, em outros lugares, certos povos também tentaram técnicas diferentes. E há também os vários casos em que a mumificação de um corpo ocorreu por acidente, preservando para sempre o corpo de alguém.<h2>1. Os corpos preservados em pântanos&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/20/20191515869007.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>O Homem de Tollund é a mais antiga múmia do pântano que se conhece. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Vários corpos, que datavam da Idade de Ferro (ocorrida por volta do século 9 a.C. e o 1 d.C.), foram encontrados em brejos localizados na Europa. Eles estavam mumificados em pântanos de turfa (material orgânico formado a partir da decomposição de vegetais de pequeno porte), que armazenam 20 vezes mais carbono do que solos minerais.Quando encharcada, a turfa cria um ambiente anóxico, ou seja, livre de oxigênio. Em climas frios, isso acaba levando à preservação de cabelos, roupas e pele humanos. Essas múmias (mais de 500 foram encontradas) têm em comum uma pele em tom marrom escuro, por ter sido curtida em tanino, dando uma aparência semelhante ao couro.A mais famosa múmia do pântano é o Homem de Tollund, que foi encontrado em 1950 na península de Jutland, na Dinamarca. Ele tem uma barba que aparenta ter uns três dias e é incrivelmente preservado. O mais provável é que esses corpos sejam de pessoas condenadas que foram atiradas lá.<h2>2. Múmias chinchorro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/20/20191738759008.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>As múmias chinchorro foram preservadas por um método especial, antes dos egípcios. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As múmias <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122357-a-mumificacao-dos-mortos-ja-era-usada-muito-antes-dos-egipcios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chinchorro</a> são restos de pessoas que pertenciam à cultura chinchorro, no norte do Chile. Elas são consideradas os mais antigos restos humanos mumificados artificialmente – cerca de 2 mil anos antes das múmias egípcias.O povo chinchorro teria começado a mumificar os seus mortos por volta de 5000 a.C. Quando alguém da comunidade morria, seus familiares retiravam a carne do corpo e secavam os restos mortais com cinzas quentes ou carvão. Depois disso, recheavam novamente o corpo com argila, junco e outros materiais.<h2>3. Múmia de gelo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/20/20192011275009.jpg" alt="(Fonte: AFP / Reprodução)"><figcaption>A Donzela de Gelo está incrivelmente preservada. (Fonte: AFP / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Já os povos da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/lobo-congelado-de-44-mil-anos-achado-na-siberia-pode-guardar-virus-antigos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sibéria</a> descobriram que o congelamento era uma forma eficiente de retardar a multiplicação das bactérias que decompõem a carne humana. Os sepultamentos Pazyryk, datados entre os séculos 4 e 3 a.C., guardam múmias impressionantes.A mais conhecida delas é a chamada Donzela de Gelo. Ela foi encontrada em 1993 pela arqueóloga Natalia Polosmak em Ukok, na Sibéria, perto da fronteira chinesa. A partir dela, soube-se mais sobre os processos de mumificação pelo gelo. Sua sepultura foi inundada pela chuva que congelava durante o inverno, o que conservou a sua câmara mortuária.&nbsp;Foi descoberto também que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121060-donzela-de-gelo-a-historia-da-mumia-com-as-primeiras-tatuagens-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Donzela de Gelo</a> foi enterrada em um ritual com um sepulcro feito com troncos junto com seis cavalos que foram sacrificados. Ela também possuía um enxoval formado por objetos de ouro, bronze, madeira e seda.<h2>4. Múmias de sal</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/20/20192225227013.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)"><figcaption>O sal também é capaz de preservar os corpos. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O sal também é uma forma de preservar a carne, já que ele retira a umidade e retarda o crescimento de bactérias. Isso explica a mumificação de seis homens do Irã que provavelmente trabalhavam em uma mina de sal de Chehrabad há 1700 anos, e provavelmente morreram depois de um desabamento.Outra múmia famosa preservada pelo sal é a do monge budista Dashi-Dorzho Itigilov. Ele foi exumado três décadas após sua morte em 1927, e seu corpo estava bem preservado. Ele foi enterrado mais uma vez em um caixão cheio de sal, exumado novamente e por fim reenterrado em 1972. Sua exumação final ocorreu em 2002, quando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124232-mumia-de-2-3-mil-anos-com-coracao-de-ouro-e-achada-no-egito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">múmia</a> foi colocada em exposição.

large_4-tipos-de-mumia-que-nao-tem-nada-a-ver-com-o-egito-antigo-thumb.png

medium_4-tipos-de-mumia-que-nao-tem-nada-a-ver-com-o-egito-antigo-thumb.png

small_4-tipos-de-mumia-que-nao-tem-nada-a-ver-com-o-egito-antigo-thumb.png

thumbnail_4-tipos-de-mumia-que-nao-tem-nada-a-ver-com-o-egito-antigo-thumb.png

4-tipos-de-mumia-que-nao-tem-nada-a-ver-com-o-egito-antigo-thumb.png

4 tipos de múmia que não têm nada a ver com o Egito Antigo

Descubra como os surdos organizam seus pensamentos e quais linguagens influenciam esse processo.

Já se perguntou como os surdos pensam? Se você imagina que seja uma questão complicada, pode estar no caminho certo, mas a resposta não é exatamente o que muitos podem esperar. Assim como qualquer outra pessoa, os surdos pensam de várias maneiras diferentes.Basicamente, o modo como cada pessoa com deficiência auditiva pensa depende muito de sua experiência pessoal, como a idade em que perdeu a audição e o tipo de comunicação que aprendeu.<h2>Pensamento visual e linguagem de sinais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/21/21154127609223.jpg" alt="Crianças surdas sinalizam para si mesmas, usando a linguagem de sinais para pensar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Crianças surdas sinalizam para si mesmas, usando a linguagem de sinais para pensar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120984-entenda-o-que-e-e-como-funciona-exatamente-o-pensamento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pensamentos</a> de uma pessoa surda são moldados pelas línguas que ela conhece. Se cresceu usando sinais, provavelmente pensa em sinais também. Com mais de 300 tipos de línguas de sinais no mundo, cada um pode ter sua própria forma de pensar, baseada no dialeto que aprendeu.E os sinais não servem apenas para conversar com os outros — muitas crianças surdas sinalizam para si mesmas, como se estivessem “falando” sozinhas, exatamente como as ouvintes fazem. Esse “diálogo interno” mostra que a linguagem de sinais vai além da comunicação, sendo parte essencial do pensamento.Segundo pesquisadores, esse modo de pensar ativa no cérebro as mesmas regiões que os ouvintes usam ao falar consigo mesmos. Para um surdo, os pensamentos são tão ricos e expressivos quanto os de qualquer outra pessoa.<h2>O impacto da ausência de som nos pensamentos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/10/21/21154421863228.jpg" alt="A ausência de som nos pensamentos pode gerar imagens, sinais visuais ou abstrações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>A ausência de som nos pensamentos pode gerar imagens, sinais visuais ou abstrações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agora, e quanto àqueles que <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/46943-beethoven-estava-realmente-surdo-quando-compos-suas-grandes-obras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">perderam a audição</a> mais tarde na vida? Bem, para essas pessoas, o pensamento pode ser uma mistura de sons e imagens. Mesmo que não ouçam mais, eles ainda podem ter a memória de como eram os sons, então talvez os pensamentos venham como um eco de palavras ou vozes que conheciam.Para os surdos que nunca ouviram, os pensamentos geralmente vêm em imagens ou em sinais visuais. E aqui vai uma curiosidade: nem todo mundo tem aquele “monólogo interno”. Algumas pessoas – surdas ou não – não ouvem essa voz interna e pensam apenas em imagens, como um filme mudo.Além disso, algumas pessoas têm <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/afantasia-quando-pessoas-nao-conseguem-pensar-com-imagens" rel="noopener noreferrer" target="_blank">afantasia, a incapacidade de visualizar imagens mentais</a>, o que torna os pensamentos abstratos, sem som e sem imagens. Como isso funciona em pessoas surdas ainda é algo pouco compreendido.Então, afinal, em que língua os surdos pensam? A verdade é que não há uma resposta única. Depende de como a pessoa se comunica e das suas experiências de vida. Pode ser em sinais, em imagens, em palavras escritas ou até em uma combinação de tudo isso.O importante é lembrar que, seja qual for o meio, o mundo interno de uma pessoa surda é tão complexo e vivo quanto o de qualquer outra pessoa.

Cultura

Novidades