Saias plissadas, blazers e cores derivadas do amarelo fizeram um dos desfiles mais delicados

<img src="/images/assets/pictures/000/006/127/content_6127.jpg?1318349644">Fonte: Getty ImagesA passarela do desfile de Sonia Rykiel foi, sem dúvida, a mais chamativa dentre todos os desfiles da semana de moda de Paris. Apesar do “amarelão” colocado aos pés das modelos, as roupas foram bastante delicadas e com tons não tão chamativos assim. Os cortes inspirados no período das décadas 1930 a 1950 trouxeram saias plissadas, camisas e blazers bastante femininos e delicados. Boa parte do desfile foi marcada por tons pastéis de vermelho, lilás e laranja. Houve até um pouco de marfim e diferentes nuances de tons terrosos para fazer da paleta do desfile um bom resgate histórico. O preto também foi fundamental na definição de detalhes geométricos da coleção primavera 2012.

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Sonia Rykiel aposta no amarelo para a primavera 2012

Estilista japonês usa renda em diferentes formatos na semana de Paris

<img src="/images/assets/pictures/000/006/126/content_6126.jpg?1318347866">Fonte: <a href="http://style.com">style.com</a>Contrapor peças pesadas ou sólidas com outras mais leves, como as rendas têm sido uma ideia recorrente nos desfiles de primavera do mundo todo. Não poderia ser diferente na semana de Paris. O estilista japonês Junya Watanabe apostou exatamente nesta tendência. Soltas e coloridas, as rendas deram leveza e movimento aos vestidos pretos estilo regata, usados por baixo da produção. O forte do desfile foram as transparências em diferentes estampas e cores usados com jaquetas de couro colorido no cumprimento de um bolero. Nos pés, as modelos usaram sapatos oxford bicolores.

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Junya Watanabe contrapõe romatismo e peças pesadas

Estilista colombiano usa tecidos “iluminados” para criar peças clássicas de alfaiataria repaginadas

<img src="/images/assets/pictures/000/006/125/content_6125.jpg?1318346076">Fonte: <a href="http://style.com">style.com</a>Diversas influências são perceptíveis na nova coleção de Haider Ackermann. O estilista colombiano trouxe diversas inspirações para a passarela da semana de moda de Paris. Uma das principais referências usadas por ele é o estilo urbano próximo dos anos 1990, com os macacões e blazers de lapelas largas. As calças saruel com a barra dobrada, cinturas marcadas e a impressão de que as peças foram claramente adaptadas do guarda-roupa masculino. Ainda assim há espaço para a sensualidade com os decotes profundos e as transparências nas camisas. As cores fortes do desfile também chamaram a atenção com os azuis, verdes e roxos destacados pelos tecidos e diferentes texturas.

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Alfaiataria brilhante de Haider Ackermann em Paris

Dupla de estilistas usa do imaginário infantil para construir peças bastante femininas

<img src="/images/assets/pictures/000/006/119/content_6119.jpg?1318344326">Fonte: Getty ImagesÀ primeira vista, a coleção de primavera da dupla Viktor & Rolf parece uma loja de doces fashionista. Laranja, rosa, vermelho, azul e preto formaram um desfile que parecia brincar com as possibilidades de passar fitas pelas barras das peças. As laterais das saias, detalhes em mantôs e vestidos, até mesmo os tops receberam este acabamento. Parte do desfile foi reservada a um tom de rosa bastante delicado próximo ao creme. Neste momento, a plateia conferiu babados, laços e rendas delicadas. Houve momentos em que os estilistas optaram por usar transparências e rendas pretas, mostrando um lado completamente oposto e totalmente sensual.

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Laços e fitas no estilo lady-like de Viktor & Rolf

Saias, conjuntos e cores sóbrias fizeram parte do desfile 

<img src="/images/assets/pictures/000/006/116/content_6116.jpg?1318342552">Fonte: Getty ImagesApesar de a estação normalmente pedir cores alegres e vivas, o estilista Marcel Marongiu optou por fazer uma coleção menos vibrante. Ao escolher cinza, verde militar, branco e um pouco de salmão para compor a paleta de cores, ele deixou claro que o “frescor” das peças está no seu corte e não apenas nas cores que elas podem ter. As saias, casaquetos, vestidos assimétricos e bermudas mostram algo de “austeridade” nas passarelas de Paris. Ainda assim, percebeu-se muita fluidez nos tecidos e leveza nos movimentos de cada uma das peças. Os sapatos também foram um bom destaque do desfile já que se mantiveram abotinados e com canos curtos.

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Guy Laroche mostra peças assimétricas na semana de Paris

A estilista pensou em peças que pudessem ser usadas em qualquer lugar do mundo 

<img src="/images/assets/pictures/000/006/108/content_6108.jpg?1318287854">Fonte: <a href="http://www.style.com">style.com</a>Perguntada nos bastidores do desfile sobre qual seria o tema que havia inspirado a coleção primavera/verão 2012 apresentada nas passarelas de Paris, a estilista Isabel Marant respondeu que tinha em mente uma jovem que fosse viajar ao redor do mundo em suas férias de verão.A partir daí, o objetivo de Marant foi criar peças perfeitas para uma bagagem que pudesse ser levada a qualquer lugar do mundo. Isso explica porque a estilista criou peças versáteis, práticas e despojadas. A coleção não apresenta muitos vestidos, preza pelos comprimentos mais curtos e arrisca até alguns casacos mais pesados – já que o clima sempre pode esfriar!Muito do que Isabel Marant apresentou para o próximo verão já estava presente na sua última coleção de inverno: as franjas voltam, o animal print ainda tem seu espaço e as peças de tricô em pontos largos são o grande mimo da nova coleção.Para completar o desfile, a estilista abusou das estampas que, às vezes são números que remetem aos uniformes de times americanos, tie-dies e outros tipos de tingimento tipicamente indianos e até mesmo uma mistura de cores que se assemelha a um patchwork.Como não poderia faltar na mala de uma garota que pretende visitar o mundo todo, calças jeans desfiadas, jaquetas descoladas e moletons com uma pegada esportiva fazem parte da coleção. A cartela de cores aproveita a alegria dos tons de amarelo, vermelho, cinza e azul.

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Isabel Marant propõe uma coleção versátil em Paris

O estilista criou desde looks limpos e versáteis até peças cheias de detalhes e babados

<img src="/images/assets/pictures/000/006/096/content_6096.jpg?1318285567">Fonte: <a href="http://www.style.com">style.com</a>A nova coleção primavera/verão 2012 apresentada por Yohji Yamamoto nas passarelas de Paris lembrou um trabalho de arquitetura. Um novo olhar sobre peças do guarda-roupa masculino e das vestimentas de camponesas resultou na construção (ou desconstrução) de uma coleção que é simples e extravagante ao mesmo tempo.A simplicidade pode ser vista nos looks masculinos – que vão além do boyish, pois sugerem uma releitura de ternos, camisas e gravatas e não a mera incorporação desses elementos em montagens tipicamente femininas. As camisas brancas aparecem drapeadas, as calças ganham volume e se assemelham a pantalonas e as gravatas dão laços frouxos que deslocam a seriedade das peças.Por outro lado, a extravagância de Yohji Yamamoto está nas formas e nos tecidos. Em geral, as peças mais femininas – ou seja, os vestidos – ganharam o apelo das sobreposições de tecidos, além da mistura de cores e de texturas. Mangas bufantes, saias volumosas e assimetrias foram usadas para construir essa figura feminina toda intrincada.Houve também um meio termo entre as duas tendências: alguns looks foram montados a partir de uma camisa ou blazer de modelagem seca combinados com saias drapeadas e volumosas. Também não se pode deixar de notar a presença marcada das caudas nas criações de Yamamoto: o primeiro vestido da coleção tinha uma cauda do comprimento da passarela. Casaquetos e blazers também receberam caudas de diferentes tamanhos.

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A simplicidade e extravagância de Yohji Yamamoto

A grife se inspira na música e no estilo da década de 20 para criar uma coleção despojada

<img src="/images/assets/pictures/000/006/094/content_6094.jpg?1318283171">Fonte: <a href="http://www.style.com">style.com</a>As estampas geométricas, que são a marca registrada da estilista Veronica Etro, voltam com uma pegada retrô. A elegância dos anos 20 e um toque do jazz que dava o tom da época marcam a nova coleção primavera/verão 2012 apresentada na Semana de Moda de Milão.As releituras preta-e-branca dos motivos de Art Deco e do trabalho do artista futurista Fortunato Depero resultaram em peças com estampas vivas e ricas em detalhes que indicam um verão clássico e elegante. Além das formas geométricas, a Etro também apresentou desenhos abstratos que remetem aos lenços – peças que entram com tudo na próxima estação e já marcaram presença no desfile da <a href="http://www.todaela.com.br/desfiles/muitas-cores-e-estampas-na-ultima-colecao-da-dg">D&G</a> em Milão.Como não podia deixar de ser, os tecidos leves ditam o tom da coleção. As peças não se mostram tão fluidas quanto as modelagens de outras passarelas nos provaram que poderiam ser. A única exceção é o maxivestido de barrado colorido que fecha o desfile da grife.O movimento então fica por conta de babados e franjas. Babados tradicionais ou aplicações de tecidos plissados nas barras dos vestidos criam sobreposições interessantes e sugerem um volume discreto. As franjas, assim como em outros desfiles, têm seu espaço garantido na passarela, decorando coletes, decotes, barrados e até mesmo as mangas de um casaco de silhueta alongada. Já a sensualidade das peças pode ser encontrada nos recortes, fendas e transparências. Sobretudo, a coleção se mostrou ainda mais sexy pelos decotes profundos – ora na frente, ora nas costas –, principalmente, dos vestidos.

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Jazz é a inspiração da Etro para o verão 2012

Estilista se inspira na peça “As Criadas” de Jean Genet para criar duas coleções

<img src="/images/assets/pictures/000/006/090/content_6090.jpg?1318278462">Na segunda parte do desfile, as modelos surgiam por trás de cortinas, sugerindo uma encenação teatral. Fonte: Getty ImagesCom muita versatilidade, Antonio Marras conseguiu transpor os elementos teatrais para as passarelas de Milão no seu último desfile da coleção primavera/verão 2012.As criações foram inspiradas na peça Les Bonnes – As Criadas, em português – do dramaturgo francês Jean Genet. O texto teatral se concentra na história de duas empregadas que brincam de ser a patroa enquanto essa está fora. O estilista também aproveitou falas da adaptação cinematográfica da peça feita em 1974 na trilha sonora do desfile.Em Milão, Marras dividiu o desfile em duas partes, dando espaço para ambas as personagens: as empregadas, que estão sempre em cena, e a patroa ausente. A primeira parte do desfile reflete claramente o guarda-roupa tradicional e requintado da “madame” francesa. Grande parte da nova coleção vem em versões com pregas, drapejados e plissês que conferem leveza e movimentos a vestidos, saias e camisas – no melhor estilo ladylike.<img src="/images/assets/pictures/000/006/091/content_6091.jpg?1318278667">Fonte: <a href="http://www.style.com">style.com</a>Para completar os looks de uma mulher da alta sociedade, Marras investe nos bustos bem estruturados, na mistura de tecidos foscos com detalhes brilhantes ou bordados e até mesmo acessórios e peças inteiras em animal print.Na segunda parte do desfile, cortinas brancas – que lembravam muito as coxias dos teatros – se levantam e revelam várias modelos sentadas em poltronas, cadeiras e sofás, cercadas de adereços, como se estivessem, de fato, prontas para encenar uma peça.Aos poucos elas se levantam e vão preenchendo a passarela com peças simples e delicadas. Sem a riqueza dos tecidos usados para representam a madame francesa, restaram as cores das estampas, as pregas largas e despretensiosas e bordados comuns com pouco brilho.<img src="/images/assets/pictures/000/006/092/content_6092.jpg?1318278814">Fonte: style.comPara as empregadas, Marras apostou nos tops cropped, saias lápis e vestidos retos – todos marcados por recorte em cores contrastantes como o preto ou o offwhite.Depois das Semanas de Moda de Nova York e Londres, vimos que muitas tendências se confirmaram nas passarelas de Milão. Antonio Marras fez sua contribuição com o uso de estampas florais, transparências, color blocking, calças ajustadas e de barras curtas, além de exibir várias montagens com peças cropped, que deixam a barriga de fora.

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Antonio Marras leva o teatro para as passarelas de Milão

A dama do punk apresentou em Paris uma coleção com looks exagerados e desestruturados

<img src="/images/assets/pictures/000/006/077/content_6077.jpg?1318264920">Fonte: Style.comAs coleções da estilista inglesa Vivienne Westwood, a dama punk da moda, são sempre marcadas por formas amplas e exageradas, inspirações trash-rocker, amarrações e cores fortes: todas essas referências foram vistas no desfile da sua coleção de verão apresentada em Paris.Algumas peças também possuíam inspirações orientais e lembravam as vestimentas de gueixas japonesas. Os sapatos de plataformas altíssimas também contribuíram para esse visual ser associado às damas do Japão. Peças volumosas foram os destaques do desfile e vieram em vestidos amplos de mangas desestruturadas, golas gigantes, corsets oversized, vestidos sobrepostos e arrematados por faixas, casacos com golas com tecido extra que se transformaram em capuz e muitas outras ousadias que possuem aquele toque de esquisitice típico de Westwood.Os tecidos utilizados nas peças foram dos mais nobres como cetim até os mais simples como malha e nylon. Detalhes em lamê, paetês e rendas também surgiram no show da estilista que contou com as modelos desfilando com maquiagens fortes.O desfile foi concluído com as noivas de Westwood vestidas com modelos em renda, brocados e paetês.

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