Imagem de Lua pode ser 40 milhões de anos mais velha do que se pensava no megacurioso

Pesquisa utilizou nova tecnologia para analisar material trazido para a Terra há 50 anos

<head></head><body>Uma pesquisa liderada por Jennika Greer, da Universidade de Glasgow, utilizou novos métodos para analisar as amostras de rochas trazidas da Lua durante a missão da Apollo 17, de 1972. Mais de 50 anos depois, o avanço tecnológico permitiu uma nova investigação que trouxe uma importante descoberta. Segundo os pesquisadores, a Lua é 40 milhões de anos mais antiga do que se pensava. A pesquisa foi publicada na revista Geochemical Perspectives Letters.<h2>Como o estudo foi realizado?</h2>Para determinar a idade da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120781-poeira-espacial-pode-revelar-os-segredos-sobre-o-passado-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a>, os cientistas usaram uma nova tecnologia para a análise de amostras do mineral zirconita, ou zircão, trazido da Lua. Ele contém urânio que sofre decaimento radioativo e vira chumbo em um ritmo constante. Com isso, a proporção entre chumbo e urânio nas amostras pode determinar a tempo da formação do material.Até então, achava-se que a lua poderia ter 4,42 bilhões de anos com uma taxa de erro de 31 milhões de anos. O problema é que não havia meios de determinar se o chumbo presente era consequência da decomposição ou se ele simplesmente estava lá.O novo estudo analisou a zirconita com a chamada tomografia por sonda atômica. A técnica consiste na evaporação individual de átomos, permitindo identificar sua origem. Assim, foi possível descobrir que a Lua tem cerca de 40 milhões de anos a mais do que a mais antiga datação encontrada anteriormente. Isso coloca a sua formação em aproximadamente 4,57 bilhões de anos atrás, ou seja, cerca de 110 milhões de anos depois do surgimento do Sistema Solar.Segundo os próprios pesquisadores, a descoberta indica que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/104271-voce-conhece-todas-as-oito-fases-da-lua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lua</a> tem pelo menos esta idade, ou seja, há grandes possibilidades que material muito mais antigo ainda seja descoberto. Outra observação dos cientistas é sobre a importância da coleta extensiva de material e do arquivamento correto — afinal, passaram-se mais de 50 anos para que a tecnologia pudesse chegar ao ponto de fazer uma análise mais precisa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/24/24194403266455.jpg" alt="Massa que formou a Lua se desprendeu da Terra há cerca de 4,5 bilhões de ano. (Fonte: GettyImage/Reprodução)">Massa que formou a Lua se desprendeu da Terra há cerca de 4,5 bilhões de ano. (Fonte: GettyImage/Reprodução)<h2>Como se formou a Lua?</h2>No início do Sistema Solar, a Terra vagava ao redor do Sol como um planeta jovem, sem um satélite. A teoria mais aceita é que em algum momento, há cerca de 4,5 bilhões de anos, um corpo do tamanho de Marte atingiu a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124298-qual-e-a-verdadeira-idade-do-planeta-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Terra</a>. A força do impacto fundiu as formações e o planeta foi coberto por um oceano de magma.O impacto também fez uma pequena massa (comparado ao tamanho da Terra) se soltar e entrar em órbita. Ao longo de milhões de anos, o magma dessa rocha foi esfriando e a Lua ganhou o formato que conhecemos.O endurecimento do magma ocorreu em diferentes períodos, formando diferentes partes do manto e da crosta do satélite. Encontrar as amostras de minerais desses períodos permite datar com mais precisão a idade da Lua e, de certa forma, entender melhor a história do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119161-6-grandes-segredos-do-sistema-solar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sistema Solar</a>.</body>

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Lua pode ser 40 milhões de anos mais velha do que se pensava

Imagem de O Universo observável pode ser um buraco negro, diz astrofísico no megacurioso

Uma teoria desafiadora abre novas portas para a compreensão do Universo

<head></head><body>Compreender a estrutura do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127392-quantos-planetas-existem-no-universo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Universo</a> e sua evolução é um dos desafios mais emocionantes da ciência. Recentemente, estudiosos empreenderam uma tarefa ambiciosa: criar um gráfico que representasse a relação entre a massa e o raio de todos os objetos do Universo observável. Os resultados deste esforço intrigante lançam luz sobre áreas "proibidas" da física e questionam se o Universo poderia ser um gigantesco buraco negro.<h2>A escala universal</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22201113583000.jpeg" alt="Gráfico criado por Lineweaver e Patel. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)">Gráfico criado por Lineweaver e Patel. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)O gráfico log-log criado por Dr. Charles Lineweaver e o estudante de graduação Vihan Patel é uma representação única e abrangente das dimensões do Universo. Ele abrange desde as menores partículas até os maiores aglomerados de galáxias, permitindo-nos visualizar o Universo em toda a sua glória.Este gráfico revela áreas que desafiam as leis conhecidas da física. Em particular, as regiões onde a mecânica quântica e a gravidade se confrontam, criando zonas de incerteza e complexidade que desafiam nossa compreensão da natureza fundamental da realidade.<h2>A linha que divide</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22201250633002.jpeg" alt="Massas, tamanhos e densidades relativas de objetos no Universo. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)">Massas, tamanhos e densidades relativas de objetos no Universo. (Fonte: American Journal of Physics/Reprodução)Um dos aspectos mais significativos do gráfico é a linha preta que separa a área marcada como "proibida pela gravidade" do espaço onde encontramos objetos familiares, incluindo buracos negros. Conforme a massa de um buraco negro aumenta, sua densidade diminui, formando uma relação bem estabelecida na física.<h2>O Universo como um buraco negro</h2>Surpreendentemente, o gráfico sugere que todo o Universo observável, dentro do chamado raio de Hubble, ou horizonte cosmológico, também se encontra nessa linha. Isso levanta a questão intrigante: o Universo pode ser um gigantesco <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">buraco negro</a>? Embora essa ideia não seja nova, as descobertas de Lineweaver e Patel fornecem uma perspectiva única.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/22/22201733792005.png" alt="Horizonte cosmológico. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)">Horizonte cosmológico. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)A semelhança entre o Universo observável e um buraco negro é notável. Ambos têm um horizonte de eventos que delimita o que podemos observar e interagir, sugerindo paralelos surpreendentes entre esses conceitos aparentemente distintos.<h2>Desafios e implicações</h2>A teoria de que o Universo é um buraco negro não é simples. Ela requer a suposição de que tudo fora do raio de Hubble é um espaço de densidade zero, o que não é uma ideia universalmente aceita na cosmologia.Além disso, o gráfico levanta questões sobre os primórdios do Universo ao sugerir que o ele pode ter começado com tamanho e massa específicos, em oposição à ideia de uma singularidade com densidade e temperatura infinitas associada ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a>.A criação do gráfico por Lineweaver e Patel é um marco na exploração da estrutura do Universo. Suas descobertas nos fazem questionar como isso se encaixa nas complexas interações entre a relatividade geral e a mecânica quântica. Independentemente de onde essa discussão nos leve, a jornada para compreender as profundezas do cosmos é fascinante e promete continuar a surpreender com sua complexidade e mistério.</body>

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O Universo observável pode ser um buraco negro, diz astrofísico

Imagem de "Lâminas de plasma" seriam capazes de cortar estrelas inteiras ao meio no megacurioso

Nova teoria defende que 'lâminas de plasma', capazes de cortar uma estrela ao meio, estariam por trás de determinadas explosões de raios gama; entenda

<head></head><body>A morte de uma estrela compreende fenômenos que, ao mesmo tempo que deslumbram e intrigam, motivam muitos estudos. Mas ainda assim, há muito a ser descoberto. O mesmo vale para as explosões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/69796-dossie-ciencia-raios-gama-e-seus-enigmas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raios gama</a>, uma vez que maior parte delas está relacionada a esse processo.A maior e mais brilhante explosão já detectada, em 09 de outubro de 2022, ocorreu há 1,9 bilhão de anos-luz da Terra, e ainda permanece parcialmente sem explicação. Nomeada como GRB 221009A e apelidada de BOAT, trata-se de um tipo de evento que ocorre uma vez a cada 10.000 anos, segundo a NASA.Mas uma nova teoria foi proposta por pesquisadores do Centro de Cosmologia e Física de Partículas da Universidade de Nova York e pode mudar como observamos alguns desses fenômenos luminosos.A ideia central é que "lâminas de plasma" seriam capazes de cortar estrelas inteiras ao meio. Moldadas por um campo magnético intenso em meio ao colapso de uma estrela massiva, elas seriam a explicação para a ocorrência de explosões de raios gama de maior duração no universo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18222703000607.jpg" alt="(Fonte: Nasa/Reprodução)">(Fonte: Nasa/Reprodução)<h2>Em busca de explicações sobre os GRBs de maior duração</h2>O artigo, publicado em setembro, ainda não foi revisado por pares. A teoria proposta busca apontar o que estaria por trás de determinadas explosões de raios gama, conhecidas como GRBs, que estão entre as mais intensas ocorridas no universo.Apesar de serem observadas de longe como se fossem um pequeno ponto de radiação de raios gama, essas explosões envolvem a liberação de uma massiva quantidade de energia — algo que cientistas acreditam que se origina a partir de buracos negros ou magnetares.Mas como algumas dessas GRBs observadas demoram mais tempo para desaparecer, pesquisadores decidiram investigar o que estaria por trás disso. O artigo defende que esses GRBs, em específico, podem ocorrer em meio à morte de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115077-estrela-massiva-pode-ter-desaparecido-sem-deixar-sinais.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela massiva</a>.Nesse tipo de fenômeno, quando o núcleo da estrela se colapsa, dando origem a uma densa estrela de nêutrons, há a formação de um campo magnético bastante poderoso. Em suma, isso é o que origina um magnetar, objeto conhecido por ter um dos maiores campos magnéticos do universo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18222753920608.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Entendendo a formação da "lâmina de plasma"</h2>Envolvido por todo o processo caótico que culminou no seu surgimento, o plasma do magnetar fica extremamente agitado. O campo magnético ainda seria capaz de emitir rajadas de radiação na região do equador do próprio magnetar, acreditam os pesquisadores.&nbsp;Essas seriam as condições propícias para a formação de uma espécie de "lâmina de plasma" no centro desse <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">magnetar</a>. Capaz de se movimentar quase na velocidade da luz e de transportar uma enorme quantidade de energia, essa lâmina seria capaz de cortar a estrela ao meio enquanto se desloca para fora dela.A energia transportada nesse momento seria superior a da explosão de uma supernova, por exemplo. Mas, depois de atingir a estrela, e antes de perder força, essa lâmina ainda pode ser capaz de percorrer uma distância superior ao raio da estrela atingida. Esse movimento final seria, portanto, a explicação para os GRBs de maior duração.A partir dessa constatação, o próximo passo é explicar como essa lâmina se desenvolve e analisar em detalhes como ela atua no processo de morte estelar. Com isso, será possível analisar eventos potencialmente relacionados com esse tipo de ocorrência no universo.</body>

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'Lâminas de plasma' seriam capazes de cortar estrelas inteiras ao meio

Imagem de China desafia limites construindo o maior telescópio subaquático do mundo no megacurioso

O equipamento ficará ancorado a 3.500 metros abaixo da superfície do Oceano Pacífico

<head></head><body>Cientistas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118396-6-coisas-sobre-a-china-que-voce-talvez-nao-saiba.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chineses</a> estão construindo o maior detector de neutrinos do mundo, denominado Telescópio Tropical de Neutrinos de Mar Profundo (TRIDENT). O equipamento tem a missão de caçar "partículas fantasmas" — os neutrinos — e revelar os segredos cósmicos que elas escondem. Este ambicioso projeto promete revolucionar nossa compreensão do universo e das partículas subatômicas que o habitam.<h2>Caçando partículas fantasmas no fundo do mar</h2>Com sua conclusão prevista para 2030, o TRIDENT vai detectar raros flashes de luz emitidos por neutrinos à medida que interagem brevemente nas profundezas do oceano, a uma profundidade de 3.500 metros. Mas por que o fundo do mar? A resposta está na interação dos neutrinos com a água, que ocasionalmente resulta na produção de múons, partículas que emitem flashes de luz. Estudando esses padrões de luz, os cientistas podem reconstruir informações sobre os neutrinos, incluindo sua energia e, às vezes, suas origens.<h2>O universo de neutrinos</h2><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114178-neutrinos-podem-explicar-um-dos-maiores-misterios-da-fisica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Neutrinos</a> estão em toda parte no universo, competindo em número apenas com os fótons. Eles são gerados em diversos processos, desde o fogo nuclear nas estrelas até as explosões de supernovas, raios cósmicos, decaimento radioativo e experimentos em aceleradores de partículas e reatores nucleares na Terra.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18195928353566.jpg" alt="Observação da colisão entre um neutrino e um próton em uma câmara de bolhas">Observação da colisão entre um neutrino e um próton em uma câmara de bolhasNo entanto, suas interações mínimas com outras partículas tornam a detecção uma tarefa desafiadora. A história da detecção de neutrinos começou em 1956, quando foram observados saindo de um reator nuclear. Desde então, muitos experimentos têm contribuído para nosso conhecimento, mas o TRIDENT visa uma nova fronteira de sensibilidade na busca por fontes astrofísicas dessas partículas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18195600524565.jpg" alt="Detector de neutrinos">Detector de neutrinos<h2>Um gigante sob o oceano</h2>O super telescópio é um detector colossal, com mais de 24 mil sensores ópticos, cada um com 700 metros de comprimento, dispostos em um padrão de ladrilhos de Penrose.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18200129518568.jpg" alt="Padrão de ladrilhos de Penrose">Padrão de ladrilhos de PenroseCom um diâmetro de 4 km, ele cobrirá uma área de 7,5 km³. Comparativamente, o maior detector de neutrinos do mundo atualmente, o IceCube, na Antártica, possui uma área de monitoramento de apenas 1 km³. Isso significa que o TRIDENT será significativamente mais sensível e ainda mais eficiente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/18/18200341855569.jpg" alt="Observatório IceCube, na Antártica">Observatório IceCube, na Antártica<h2>Futuro promissor</h2>O TRIDENT esteja programado para estar completamente operacional em 2030. Os cientistas envolvidos no projeto acreditam que ele tem o potencial de revolucionar nossa compreensão das fontes astrofísicas de neutrinos e, consequentemente, nosso conhecimento sobre o universo.Ancorado nas profundezas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124175-nan-madol-a-misteriosa-cidade-perdida-no-meio-do-oceano-pacifico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Oceano Pacífico</a>, o super telescópio promete levar a detecção de neutrinos a uma nova fronteira de sensibilidade, permitindo-nos explorar o universo de maneiras inéditas. À medida que esse projeto visionário se desenrola, a ciência avançará mais um passo em direção à compreensão profunda e completa do cosmos e das partículas subatômicas que o compõem.</body>

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China desafia limites construindo o maior telescópio subaquático do mundo

Imagem de O que são as bombas de fósforo branco usadas por Israel em Gaza?  no megacurioso

Embora não sejam consideradas oficialmente armas químicas, as bombas de fósforo branco podem causar danos severos e até a morte em seres humanos

Na quinta-feira (12), a organiza&ccedil;&atilde;o Observat&oacute;rio dos Direitos Humanos (HRW) acusou o governo de Israel de utilizar a subst&acirc;ncia f&oacute;sforo branco <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127603-palestina-e-israel-5-palavras-chave-para-entender-o-conflito.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank" style="background-color: transparent;">em suas opera&ccedil;&otilde;es militares conduzidas na faixa de Gaza</a> e tamb&eacute;m no L&iacute;bano. Altamente inflam&aacute;vel e perigoso, o agente qu&iacute;mico pode causar queimaduras de segundo a terceiro grau em seres humanos.
Isso acontece porque, originalmente, o f&oacute;sforo branco <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119216-os-horrores-do-bombardeio-mortal-de-toquio-em-1945.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">funciona como uma arma incendi&aacute;ria</a>. Assim que &eacute; exposto ao ar, o produto se inflama em chamas que podem atingir a temperatura de 815 &deg;C. O fogo n&atilde;o apaga, permitindo que essas bombas se espalhem por &aacute;reas de centenas de metros quadrados.
Embora a cortina de fuma&ccedil;a branca possa servir como uma prote&ccedil;&atilde;o para os militares, usar o produto em &aacute;reas civis densamente povoadas &mdash; como &eacute; o caso de Gaza &mdash; "representa um elevado risco de queimaduras excruciantes e sofrimento para toda a vida", afirma Lama Faki, diretor do M&eacute;dio Oriente e Norte da &Aacute;frica do HRW, no site da organiza&ccedil;&atilde;o.
<h2>Bombas de f&oacute;sforo n&atilde;o s&atilde;o oficialmente armas qu&iacute;micas</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/17/17180839701295.jpg" alt="(Fonte: HRW/X)" />(Fonte: HRW/X)
Embora autoridades israelenses neguem o uso de bombas de f&oacute;sforo branco no Porto de Gaza e do L&iacute;bano, os especialistas do HRW realizaram uma investiga&ccedil;&atilde;o digital do v&iacute;deo das cenas em laborat&oacute;rio, que confirmou sua autenticidade. Al&eacute;m disso, os t&eacute;cnicos em muni&ccedil;&atilde;o da organiza&ccedil;&atilde;o entrevistaram duas testemunhas do ataque na &aacute;rea.&nbsp;
Legalmente,<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/126722-5-descobertas-da-segunda-guerra-que-foram-mantidas-em-segredo-por-decadas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;as bombas de f&oacute;sforo branco n&atilde;o s&atilde;o consideradas armas qu&iacute;micas</a>, caso em que teriam seu uso proibido pela Conven&ccedil;&atilde;o sobre Armas Qu&iacute;micas de 1997. Em vez disso, sua classifica&ccedil;&atilde;o como armas incendi&aacute;rias obriga seus utilizadores a seguir o Protocolo III da Conven&ccedil;&atilde;o sobre Certas Armas Convencionais.
Segundo o protocolo, "est&aacute; proibido, sob qualquer circunst&acirc;ncia, atacar com armas incendi&aacute;rias a popula&ccedil;&atilde;o civil como tal, pessoas civis, ou bens de car&aacute;ter civil".
<h2>Como s&atilde;o as bombas de f&oacute;sforo branco?</h2>
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/ZFzo0v-NKWE" title="What are white phosphorus bombs?" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O f&oacute;sforo branco &eacute; um produto qu&iacute;mico produzido a partir de rochas fosf&aacute;ticas, as mesmas usadas na produ&ccedil;&atilde;o de fertilizantes fosfatados. Ap&oacute;s extra&iacute;dos, os minerais de fosfato s&atilde;o purificados e reduzidos a f&oacute;sforo, depois convertido em f&oacute;sforo branco. Em sua forma s&oacute;lida, o material tem textura ceroso e forte cheiro de alho.&nbsp;&Eacute; apresentado nas cores branca, amarela ou transparente (incolor).
Embora n&atilde;o tenha o prop&oacute;sito intr&iacute;nseco de matar, <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122475-gas-lacrimogeneo-proibido-em-guerra-e-permitido-em-civis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o f&oacute;sforo branco &eacute; extremamente t&oacute;xico para humanos</a>. Al&eacute;m disso, &eacute; um produto muito inst&aacute;vel, pois basta uma exposi&ccedil;&atilde;o direta ao oxig&ecirc;nio do ar a uma temperatura entre 10 a 15 graus acima das condi&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas ambientes, para que ele pegue fogo.&nbsp;
Quando uma pessoa &eacute; atingida pelas chamas do f&oacute;sforo branco, ela sofre queimaduras muito dolorosas na pele. Essas les&otilde;es liberam fuma&ccedil;a enquanto o f&oacute;sforo se dissolve facilmente na gordura humana e &eacute; absorvido pela pele e pelo corpo. Com isso, queimaduras de menos de 10% do corpo podem levar &agrave; morte, se houver danos aos rins, f&iacute;gado e cora&ccedil;&atilde;o.&nbsp;
<div id="gtx-trans" style="position: absolute; left: 628px; top: 44.5417px;">
<div class="gtx-trans-icon"></div>
</div>

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O que são as bombas de fósforo branco usadas por Israel em Gaza? 

Imagem de Cara ou coroa: jogo com moeda não tem 50% de probabilidade de sair cada lado, segundo a ciência; entenda o motivo no megacurioso

Cientistas fazem 350.757 lançamentos para revelar que tirar a sorte nas moedas não é tão equilibrado quanto se imaginava

<head></head><body>O lançamento de moedas é uma prática comum para tomar decisões aleatórias, seja em eventos esportivos, sorteios ou jogos casuais. A suposição geral é que uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127095-qual-foi-a-primeira-moeda-cunhada-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moeda</a>, ao ser lançada, tem uma probabilidade de 50% de cair em um dos dois lados, cara ou coroa. No entanto, uma investigação liderada pelo matemático Persi Diaconis lançou luz sobre a verdadeira natureza dos lançamentos de moedas.<h2>O Modelo Diaconis</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10215745969487.jpg" alt="Persi Diaconis">Persi DiaconisPersi Diaconis, um matemático renomado, propôs o Modelo Diaconis, que se baseia na ideia de que, quando uma moeda é lançada, ela sofre uma pequena oscilação ou precessão. Essa precessão faz com que a moeda passe mais tempo no ar com o lado inicial voltado para cima.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10215911425489.jpg" alt="Cara ou coroa">Cara ou coroaComo resultado, a moeda tem uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127473-6-respostas-curiosas-para-a-pergunta-quais-sao-as-chances.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">chance</a> ligeiramente maior de cair no mesmo lado em que começou, um fenômeno chamado de "viés do mesmo lado". Segundo o estudo original de Diaconis, esse viés faz com que a moeda caia no mesmo lado em que foi lançada cerca de 51% das vezes.<h2>Experimento de 350.757 lançamentos</h2>Uma equipe de pesquisadores recrutou 48 participantes para realizar um experimento massivo envolvendo 350.757 lançamentos de 46 moedas diferentes. Surpreendentemente, eles descobriram que, em média, as moedas caíam do mesmo lado em que foram lançadas em cerca de 50,8% das vezes, corroborando a teoria de Diaconis.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10215959018490.jpg" alt="Lançamento de moeda">Lançamento de moeda<h2>Variações entre indivíduos</h2>Uma descoberta interessante deste estudo é a alta variabilidade nas preferências de lançamento de moedas entre os participantes. Alguns mostraram uma forte tendência a obter o mesmo lado, enquanto outros não demonstraram nenhum viés. Isso significa que, em um cenário de apostas prolongadas, essa variação pode resultar em uma vantagem significativa.<h2>Implicações práticas</h2>A pesquisa de Diaconis e sua equipe levanta questões importantes sobre a equidade dos lançamentos de moedas em situações onde as decisões são baseadas na sorte. Se você pudesse convencer alguém a apostar em lançamentos de moedas por um grande número de vezes, como 1 mil lançamentos consecutivos, o viés observado poderia se traduzir em uma vantagem significativa.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/10/10220119837491.jpg" alt="Tirar a sorte na moeda">Tirar a sorte na moedaA ideia de que o lançamento de moedas é um processo totalmente aleatório, foi desafiada pela pesquisa do Modelo Diaconis. Ao tomar decisões com base na <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/107996-mais-13-pessoas-que-tiraram-a-sorte-grande-por-mero-acaso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sorte</a>, a sugestão de ocultar a posição inicial da moeda oferece uma solução simples para garantir a imparcialidade.Essa pesquisa exemplifica como a matemática e a probabilidade podem revelar surpreendentes nuances nos processos aparentemente simples da vida cotidiana. Portanto, da próxima vez que uma moeda estiver em jogo, lembre-se de que a ciência da probabilidade está sempre à espreita.</body>

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Cara ou coroa: jogo com moeda não tem 50% de probabilidade de sair cada lado, segundo a ciência; entenda o motivo

Imagem de 5 recomendações para assistir ao eclipse solar no megacurioso

Agendado para o dia 14 de outubro, fenômeno poderá ser visto em todo o Brasil — ao menos de maneira parcial em alguns estados

<head></head><body>No dia 14 de outubro deste ano, moradores de nove estados das regiões Norte e Nordeste poderão observar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121633-por-que-eclipses-lunares-sao-mais-comuns-que-os-solares.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipse</a> anular completo do Sol. O fenômeno astronômico acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, cobrindo a maior parte da estrela e deixando visível somente uma espécie de "anel de fogo" brilhante.Os privilegiados serão Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Tocantins, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O eclipse também poderá ser visto no restante do país, mas apenas de forma parcial. De todo modo, é preciso ter cautela ao olhar para esse fenômeno. Veja só essa lista com cinco cuidados necessários e recomendações para assistir ao Eclipse Solar!<h2>1. Não olhe diretamente para o eclipse</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06171957102376.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora um fenômeno como o Eclipse Solar seja algo extremamente fascinante, não podemos cair na tentação de olhar diretamente para o Sol encoberto com nossa visão nua. Na verdade, isso só é "recomendado" para lugares com eclipse total e somente durante os poucos minutos que o Sol estiver completamente coberto pela Lua.Como existe uma mudança muito brusca de luminosidade durante o eclipse, olhar diretamente para ele poderia prejudicar os olhos de uma pessoa rapidamente. A NASA recomenda que as pessoas usem óculos especiais para eclipses, filtros de câmeras e filtros de telescópios de "fornecedores respeitáveis" que seguem padrões internacionais de segurança.<h2>2. Realize experimentos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06172023872379.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Eclipses solares totais são momentos perfeitos para a prática da ciência — e é por conta deles que sabemos sobre a existência do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/99745-7-fatos-inusitados-sobre-o-gas-helio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hélio</a>. Durante a totalidade, os telescópios na Terra terão uma visão melhor da coroa solar, um anel de luz estelar que não é obscurecido durante o eclipse.Esses fragmentos de plasma superaquecido são eliminados pelo restante das emissões de luz do sol. Porém, esse anel escuro pode revelar detalhes sobre os campos magnéticos do Sol e a origem dos ventos solares. Sendo assim, alguns astrofísicos devem aproveitar a ocasião para se aventurar nas pesquisas. Além disso, a queda na exposição à luz na Terra tornará o céu escuro o suficiente para vermos outros quatro planetas.<h2>3. Cuidado com os animais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06172043606381.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Um fato curioso sobre os eclipses solares é que muitas coisas curiosas estarão acontecendo ao seu redor em vez de apenas lá no céu. De acordo com especialistas, é comum que alguns animais apresentem comportamentos curiosos durante esse tipo de fenômeno.Insetos tendem a ficar muito confusos com a escuridão no meio da tarde, grilos passam a cantar imaginando que a noite já chegou, abelhas "desligam" e caem no chão, esquilos se tornam mais agitados e por aí vai. Por tanto, fique atento para qualquer tipo de comportamento caótico na natureza.<h2>4. Desfrute a singularidade da Terra</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06172102845383.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Diferente de qualquer outro lugar no nosso Sistema Solar, a Terra é o único planeta onde é possível ver um eclipse solar total. Outros planetas, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/jupiter/99649-se-jupiter-e-um-gigante-gasoso-seria-possivel-caminhar-em-sua-superficie.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Júpiter</a>, até possuem eclipses, mas suas luas não estão posicionadas para mascarar perfeitamente a luz solar. Marte, por exemplo, pode ter dois eclipses em um único dia, mas nenhum como o nosso.Por pura coincidência, o Sol é 400 vezes maior que a Lua da Terra, mas também 400 vezes mais distante do nosso planeta. Isso faz com que os dois astros pareçam exatamente do mesmo tamanho no céu. E se não fosse pela órbita desalinhada da Lua, veríamos eclipses solares uma vez por mês.<h2>5. Aproveite o fenômeno enquanto ele dura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/06/06172134686384.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)As mesmas forças físicas por trás das marés oceânicas também fazem com que a órbita da Lua se torne cada vez maior. Por esse motivo, daqui a 600 milhões de anos, a Lua estará longe demais para bloquear totalmente o Sol — arruinando um dos fenômenos astronômicos mais incríveis vistos da Terra.Isso é apenas mais um motivo para você aproveitar ao máximo o eclipse solar enquanto ele durar, pois um dia ele não existirá mais para nós humanos, mesmo que você já tenha morrido há muito tempo.</body>

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5 recomendações para assistir ao eclipse solar

Imagem de Prêmio Nobel 2023: conheça os vencedores de cada categoria no megacurioso

Desde 1901, a maior premiação de ciência do mundo reconheceu mais de 1 mil pessoas e organizações por suas contribuições notáveis para a humanidade

<head></head><body>Como último desejo de sua vida, o cientista sueco Alfred Nobel decidiu estabelecer o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123208-a-origem-explosiva-do-premio-nobel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Prêmio Nobel</a> em 1895. O evento é um conjunto de seis prêmios internacionais anuais concedidos em várias categorias por instituições suecas e norueguesas para reconhecer pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições notáveis para a humanidade.As primeiras cinco categorias surgiram em 1901: Química, Literatura, Paz, Física e Medicina. Em 1968, o Sveriges Riksbank (Banco Central da Suécia) estabeleceu o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, que tem sido chamado de Prêmio Nobel de Ciências Econômicas. Saiba quem foram os grandes vencedores de todas essas categorias em 2023!<h2>Prêmio Nobel de Física: Agostini, Krauz e L'Huillier</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090426370020.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)A Real Academia Sueca de Ciências decidiu conceder o Prêmio Nobel de Física de 2023 a Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L'Huillier pelos seus "métodos experimentais que geram pulsos de luz de attosegundos para o estudo na dinâmica de elétrons na matéria".Os três vencedores foram reconhecidos por seus experimentos, que deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos elétrons dentro dos átomos e das moléculas. Em seu trabalho, os pesquisadores demonstraram uma maneira de criar pulsos de luz extremamente curtos, os quais podem ser usados para medir os processos rápidos nos quais os elétrons se movem ou mudam de energia.<h2>Prêmio Nobel de Química: Bawendi, Brus e Ekimov</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090339656017.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)Moungi Bawendi, Louis Brus e Alexei Ekimov receberam o Prêmio Nobel de Química em 2023 pela descoberta e desenvolvimento de pontos quânticos. Essas minúsculas partículas possuem propriedades únicas e são capazes de espalhar sua luz a partir das telas de televisão e lâmpadas LED. Essas partículas catalisam reações químicas, o que faz com que sua luz clara possa iluminar o tecido tumoral para um cirurgião.Ekimov e Brus, de maneira independente, foram os primeiros a criar pontos quânticos no mundo. Enquanto isso, Bawendi revolucionou a produção química das partículas. Agora, os pontos quânticos iluminam monitores baseados na tecnologia QLED, sendo utilizados por bioquímicos e médicos para mapear tecidos biológicos.<h2>Prêmio Nobel de Medicina: Karikó e Weissman</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090248389016.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)A Assembleia Nobel do Karolinska Institutet atribuiu o Prêmio Nobel de Medicina de 2023, de maneira conjunta, a Katalin Karikó e Drew Weissman "pelas suas descobertas sobre modificações de bases de nucleotídeos que permitiram o desenvolvimento de vacinas de mRNA eficazes contra a covid-19".&nbsp;As descobertas dos dois laureados foram fundamentais para a criação dos imunizantes que nos salvaram da pior fase da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126996-como-a-pandemia-mudou-a-forma-que-percebemos-o-tempo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia</a> iniciada em 2020. Através desse trabalho inovador, que mudou fundamentalmente nossa compreensão de como o mRNA interage no nosso sistema imune, os cientistas contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos.<h2>Prêmio Nobel de Literatura: Jon Fosse</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090151290015.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)Durante toda sua vida, Alfred Nobel desenvolveu fortes interesses literários, criando uma biblioteca ampla e rica de obras em diferentes idiomas. Logo, a literatura foi a quarta área premiada que Nobel mencionou em seu testamento. Em 2023, a Academia Sueca decidiu dar o Prêmio Nobel de Literatura para o escritor norueguês Jon Fosse.Fosse foi homenageado "pelas suas peças e prosas inovadoras que dão voz ao indizível". Seus textos, escritos no dialeto rural norueguês Nynorsk, abrangem uma variedade de gêneros, o que inclui romances, coleções de poesia, ensaios, livros infantis e traduções. Embora seja um dos dramaturgos mais representados no mundo, Fosse também se tornou cada vez mais conhecido por sua prosa.&nbsp;<h2>Prêmio Nobel da Paz: Narges Mohammadi</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09090111185014.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)O Comitê Norueguês do Nobel decidiu dar o Prêmio Nobel da Paz de 2023 a Narges Mohammadi pela sua luta contra a opressão das mulheres no <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123098-protestos-no-ira-3-razoes-para-esse-ser-um-momento-impar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Irã</a> e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos. O prêmio deste ano também reconhece centenas de milhares de pessoas que, no ano anterior, manifestaram-se conta as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático na região.Mohammadi é uma mulher, defensora dos direitos humanos e lutadora pela liberdade. A sua corajosa luta pelos direitos das mulheres causou enormes custos pessoas. Ao todo, ela foi presa 13 vezes e torturada tantas vezes mais. Narges foi sentenciada a uma pena de 31 anos de prisão e 154 chicotadas, estando presa até hoje.&nbsp;<h2>Prêmio Nobel de Ciências Econômicas: Claudia Goldin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/09/09085956421012.jpg" alt="(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)">(Fonte: Prêmio Nobel/Divulgação)Finalizando a lista dos grandes vencedores de 2023, Claudia Goldin foi agraciada com o Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel por ter descoberto os principais impulsionadores das diferenças de gênero no mercado de trabalho. Na década de 1980, Goldin foi a primeira pessoa a realizar uma abordagem abrangente para explicar a origem dessas diferenças.Seu trabalho de pesquisa proporcionou conhecimentos novos e muitas vezes surpreendentes sobre os papéis históricos e contemporâneos das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com a pesquisadora, o fato de as escolhas das mulheres terem sido frequentemente, e continuam ser, limitadas pelo casamento e pela responsabilidade pelo lar e pela família está no centro de todas as análises e modelos explicativos para tamanha disparidade.&nbsp;</body>

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Prêmio Nobel 2023: conheça os vencedores de cada categoria

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Embora o conceito popular de que somos todos feitos de poeira estelar não seja completamente errado, alguns pontos precisam ser destacados

<head></head><body>Você já ouviu por aí o conceito de que os seres humanos são feitos de poeira estelar? Essa é uma teoria popular entre as pessoas, o que tenta explicar o nosso papel dentro do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124792-o-universo-tem-uma-consciencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">universo</a> em que vivemos. Para complementar, o próprio Carl Sagan já dizia em suas obras, "o cosmos está dentro de nós. Nós (seres humanos) somos feitos de matéria estelar".Contudo, é preciso ressaltar: Sagan disse "matéria estelar". Apesar dessas palavras serem mais vagas que "poeira estelar", de certa forma elas também são mais precisas e existe um bom motivo para essa sutil diferença ser tão importante.<h2>Criação dos elementos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/03/03175017417366.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Há quem consiga facilmente argumentar que somos feitos de poeira estelar. Afinal, 99% do corpo humano é composto por apenas seis elementos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio e fósforo. Cerca de 65% da nossa massa vem do oxigênio e 18,5% do carbono. Já o hidrogênio, por sua vez, representa 90% de todos os átomos e é o único elemento do corpo humano que não provém de processos ou eventos estelares.Então, para encontrarmos a origem desse elemento, precisamos voltar para o início do universo. Poucos minutos após o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121771-5-ideias-que-contrariam-a-teoria-do-big-bang.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Big Bang</a>, o cosmos estava experimentando algo chamado de nucleossíntese. O universo estava passando por uma expansão massiva e, à medida que crescia, também se tornada mais frio — ou frio o suficiente para que prótons e nêutrons surgissem.Contudo, o hidrogênio em sua forma mais simples é apenas um único próton. Logo, podemos concluir que quando os primeiros prótons apareceram no universo, o hidrogênio também estava lá. E quanto aos outros elementos? Para que eles surgissem, seria necessária outra fonte de nucleossíntese: estrelas.As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127452-a-que-distancia-as-estrelas-estao-umas-das-outras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a> criam elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio por fusão nuclear. Assim surgem carbono, oxigênio e elementos ainda mais pesados se a estrela tiver massa o suficiente. Quando a produção de energia acaba, as estrelas acabam colapsando e espalham esses elementos pelo universo à medida que explodem em uma supernova.<h2>Surgimento dos seres humanos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/10/03/03175033450367.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Tendo em mente que a maioria dos elementos que circundam a nossa existência surgiram da explosão de estrelas, inegavelmente podemos dizer que somos feitos de poeira estelar, porém não completamente. Como dito anteriormente, o Big Bang também contribuiu para a nossa existência.Você também precisa de grandes e pequenas estrelas. Inclusive, talvez até mesmo as maiores estrelas que já existiram, algumas sendo 10 mil vezes maiores que o Sol, ajudaram na criação da nossa existência. Sendo assim, é mais correto dizer que somos feitos de "coisas estelares" do que "poeira estelar", de fato.A poeira estelar não é como a poeira da Terra, principalmente porque é mais fina e esfumaçada. Esse material é tão complexo que, embora ele seja expelido pelas estrelas durante as supernovas, nem sempre essas moléculas chegarão a algum planeta. Além disso, estimativas apontam que as estrelas contribuem diretamente para apenas 6% de toda a poeira do universo que ajuda na criação de blocos de moléculas.Portanto, nós somos parcialmente feitos de resquícios estelares, mas também somos uma combinação muito mais complexa de elementos que chegaram à Terra vindos de diversos outros fenômenos cósmicos tão impressionantes quanto.</body>

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Os seres humanos são realmente feitos de poeira estelar?

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A temperatura mais baixa em que a água congela e a mais alta em que ela ferve depende da pressão atmosférica local

<head></head><body>Em condições normais de pressão ao nível do mar (pressão de 1 atmosfera), a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/108837-confira-15-curiosidades-fascinantes-relacionadas-com-a-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">água</a> congela a 0 graus Celsius e ferve a 100 graus Celsius. No entanto, a pressão atmosférica não é constante em todo o planeta, e isso pode afetar os pontos de congelamento e ebulição da água.<h2>Influência da altitude na temperatura de ebulição</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27093823830060.jpg" alt="Monte Everest é o ponto mais alto do planeta">Monte Everest é o ponto mais alto do planetaEm altitudes mais elevadas, onde a pressão atmosférica é menor, a água vai ferver a temperaturas mais baixas do que 100 °C. Por exemplo, no topo do Monte Everest (considerado o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123537-afinal-qual-e-a-montanha-mais-alta-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ponto mais alto da Terra</a>), que fica a uma altitude de cerca de 8.848 metros, a água ferve a aproximadamente 68 °C devido à menor pressão atmosférica. Essa é a temperatura mais baixa em que ela pode ferver na Terra.<h2>Variação da temperatura de congelamento sob pressão</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27094114443061.jpg" alt="Congelamento da água">Congelamento da águaQuanto à temperatura de congelamento, isso é um pouco mais complicado. Em altitudes muito elevadas, a água pode permanecer líquida mesmo em temperaturas abaixo de 0 °C. Isso é conhecido como "água super-resfriada" e é um fenômeno interessante que ocorre em condições específicas de pressão e pureza da água.Contudo, embora a água seja afetada pela pressão, as pressões encontradas no planeta não são suficientes para aumentar a temperatura de fusão da água pura. Um exemplo claro é que nem na Fossa das Marianas, considerado o local mais profundo da Terra, o ponto de congelamento da água passa de 0 °C.<h2>Congelamento em condições extremas de laboratório</h2>Teoricamente, é possível que a água congele a temperaturas mais altas devido a pressões muito elevadas. Contudo, isso geralmente ocorre em laboratórios, onde é possível criar condições controladas e extremas. Um exemplo é o uso de pressões muito altas em uma célula de alta pressão, onde a água pode congelar a temperaturas acima de 0 °C.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/09/27/27094854777066.jpg" alt="Em laboratório é possível fazer a água congelar em temperaturas mais altas">Em laboratório é possível fazer a água congelar em temperaturas mais altasEssas condições de congelamento não são encontradas naturalmente na superfície da Terra em escalas significativas. Por isso, na maioria dos ambientes naturais da Terra, a água congela a 0 °C, ou em temperaturas mais baixas em altitudes mais elevadas devido à diminuição da pressão atmosférica. Portanto, a água congelar em temperaturas mais altas é extremamente incomum no mundo real.<h2>Outras substâncias mudam a temperatura da água</h2>Além das variações na temperatura de congelamento e ebulição da água devido à pressão atmosférica, é importante mencionar que a adição de substâncias na água também pode alterar esses pontos.A presença de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124253-por-que-iodo-e-adicionado-ao-sal-de-cozinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sal de cozinha</a> (cloreto de sódio), por exemplo, pode reduzir a temperatura de congelamento da água e elevar a temperatura de ebulição. Mas, quando a água é pura, a temperatura na qual ela congela e ferve na Terra depende da pressão atmosférica local.</body>

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