Imagem de Pela 1ª vez, médicos encontram microplásticos no coração humano no megacurioso

As partículas minúsculas, símbolo da poluição ambiental, podem entrar no corpo pela boca, nariz e outras cavidades

<head></head><body>Resíduos de diversos tipos de produtos utilizados no dia a dia, como embalagens, roupas, calçados e pneus, os microplásticos foram encontrados no coração humano pela primeira vez. O cenário inédito foi descoberto por pesquisadores chineses, durante estudo feito com 15 pacientes submetidos a cirurgias cardíacas.A pesquisa, cujos resultados saíram na revista Environmental Science &amp; Technology, em julho, envolveu a coleta de amostras de tecido cardíaco dos voluntários. Provas de sangue, retiradas de metade dos participantes, tanto antes quanto depois dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125430-5-procedimentos-cirurgicos-ancestrais-que-sao-feitos-ate-hoje.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">procedimentos cirúrgicos</a>, também passaram pela análise dos especialistas.Usando imagens infravermelhas diretas a laser para avaliar todo o material, os cientistas encontraram “dezenas a milhares de pedaços individuais de microplástico na maioria das amostras de tecido”, de acordo com o artigo. As quantidades e os materiais variavam entre os pacientes.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11202022435417.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Já em relação ao sangue, todas as amostras continham partículas de plástico. Porém, havia resíduos de tamanho menor e dos mais variados tipos de plásticos no sangue colhido após a cirurgia, sugerindo que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125548-para-onde-vao-as-particulas-plasticas-que-inalamos-diariamente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">entrada destes materiais no organismo</a> possa ter ocorrido durante a operação.<h2>PVC e outros tipos de plásticos</h2>Nas amostras de tecido cardíaco analisadas, os pesquisadores do Hospital Anzhen de Pequim, na China, acharam nove tipos de plásticos, alguns deles presentes no organismo antes mesmo da realização da cirurgia. Eles tinham entre 20 e 500 micrômetros de largura.Em meio a eles, foram identificados materiais como poli (metacrilato de metila), um composto orgânico comumente usado para substituir o vidro em inúmeras aplicações. Também conhecido como PMMA, esse material estava no apêndice atrial esquerdo, tecido adiposo epicárdico e tecido adiposo pericárdico.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/11/11202107575418.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)A pesquisa também detectou partículas de tereftalato de polietileno (PET) e cloreto de polivinila (PVC). O primeiro é uma substância bastante conhecida pela sua presença em garrafas de refrigerantes e outros tipos de bebidas e em peças de roupas, enquanto o segundo tem grande difusão na construção civil e na indústria da moda, entre outras áreas.De modo geral, os microplásticos são quaisquer partículas sólidas de polímeros com tamanho inferior a 5 mm, eliminadas a partir de materiais plásticos comuns. Quase invisíveis, eles estão em praticamente todos os lugares do planeta, seja no ar, no solo ou até mesmo no fundo do mar, tornando-se um dos principais <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/109092-voce-sabe-qual-e-o-maior-tipo-de-lixo-nos-oceanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">poluentes do ambiente marinho</a>.<h2>Riscos ainda são desconhecidos</h2>Estudos anteriores sugerem a existência de tais substâncias em várias outras partes do corpo, como no intestino e no <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125283-existem-microplasticos-em-nosso-cerebro-e-agora.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>. O impacto da presença dessas substâncias no organismo humano ainda não é totalmente compreendido pela ciência, mas há evidências fortes de que os efeitos sejam realmente prejudiciais.“A detecção de microplásticos in vivo é alarmante, e mais estudos são necessários para investigar como eles entram nos tecidos cardíacos e os efeitos potenciais dos microplásticos no prognóstico de longo prazo após cirurgia cardíaca”, concluíram os autores.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.574Z

Pela 1ª vez, médicos encontram microplásticos no coração humano

Imagem de Erros cromossômicos podem impedir alguns tumores agressivos, diz estudo no megacurioso

Avaliações clínicas revelam que erros cromossômicos podem, na verdade, ajudar no tratamento de alguns tipos de câncer

<head></head><body>Um estudo divulgado recentemente na revista médica Cell Reports Medicine revelou uma espécie de "freio" usado por <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125518-5-grandes-avancos-historicos-na-luta-contra-o-cancer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células tumorais</a>, que possibilita que elas sobrevivam à alta instabilidade cromossômica, se tornem mais agressivas e prejudiquem os tumores.As verificações em questão foram conduzidas pela equipe da Dra. Veronica Rodriguez-Bravo, bióloga molecular e em células cancerígenas da Mayo Clinic. Com sua equipe, ela também descobriu que os tumores de câncer de próstata resistente a terapias demonstram a maior instabilidade cromossômica em comparação com outros tipos de tumor.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12013912582004.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)“O estudo desafia ainda mais o dogma de que os erros cromossômicos são, principalmente, promotores de tumores e propõe que os erros podem realmente ser o calcanhar de Aquiles de tumores agressivos como os do câncer de próstata metastático”, explica a Dra. Rodriguez-Bravo.&nbsp;“Tipicamente, esses tumores são considerados ‘invencíveis’, por isso, foi muito importante descobrir que eles são seletivamente sensíveis a medicamentos que levam a aberrações cromossômicas ainda maiores em células tumorais.&nbsp;Por muitos anos, os erros cromossômicos foram considerados principalmente promotores de tumores porque estão associados à progressão agressiva de tumores”, continuou a pesquisadora.<ul><li style="font-weight: bold;">Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/126766-tecnica-usada-em-camundongo-transparente-detecta-tumor-em-estagio-inicial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Técnica usada em camundongo transparente revela tumor em estágio inicial</a></li></ul><h2>Novo avanço</h2>Os pesquisadores estudaram modelos experimentais como células de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105416-homens-voces-vao-gostar-muito-deste-jeito-de-prevenir-o-cancer-de-prostata.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">câncer de próstata</a> e modelos pré-clínicos derivados de pacientes, combinados com análise de dados do paciente.&nbsp;Ao observar esses materiais, a equipe descobriu que as células de câncer de próstata com alto nível de instabilidade cromossômica ativam genes específicos que impedem que as células adquiram mais erros cromossômicos,&nbsp;garantindo que as células cancerígenas sobrevivam e continuem a promover o crescimento do tumor.&nbsp;<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/12/12014224482006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages) “O estudo mostra que prejudicar o ‘freio’ de maneira terapêutica como uma estratégia para forçar as células cancerígenas a acumular níveis de erro cromossômico fatais leva à morte de células tumorais resistentes a terapias e melhora a sobrevida de modelos pré-clínicos derivados de pacientes”, complementa a Dra. Rodriguez-Bravo, ressaltando que essa pode ser uma nova estratégia terapêutica.“O principal objetivo da nossa pesquisa foi revelar vulnerabilidades cromossômicas de tumores agressivos como o de câncer de próstata metastático para ajudar a desenvolver uma nova combinação de terapias para os pacientes”, afirmou o Dra. Rodriguez-Bravo.&nbsp;<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123573-por-que-tantas-pessoas-estao-tendo-cancer-antes-dos-50-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que tantas pessoas estão tendo câncer antes dos 50 anos?</a></li></ul>“Estudar os processos fundamentais usando a pesquisa básica e translacional em câncer é de extrema importância para alcançar esse objetivo e encontrar oportunidades ocultas”, concluiu a pesquisadora.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.538Z

Erros cromossômicos podem impedir alguns tumores agressivos, diz estudo

Imagem de Fragrância noturna melhora a memória de idosos, afirma pesquisa no megacurioso

Estudo neurocientífico mostrou que idosos expostos a uma fragrância por duas horas todas as noites tiveram aumento de 226% na capacidade cognitiva

<head></head><body>Recentemente, um projeto conduzido pelo Centro de Neurobiologia de Aprendizagem e Memória (CNLM) da Universidade da Califórnia decidiu testar a memória de homens e mulheres entre 60 e 85 anos. Os pesquisadores deram a todos os participantes um difusor e sete cartuchos contendo um único e diferente óleo natural para ser usado durante a noite.Os neurocientistas envolvidos no trabalho observaram que todos os adultos mais velhos que foram expostos à fragrância por duas horas todas as noites durante seis meses obtiveram um aumento de 226% na capacidade cognitiva em comparação com o grupo de controle. Entenda como funcionou esse experimento nos próximos parágrafos!<h2>Aumento cognitivo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08181003978373.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Para testar a capacidade cognitiva dos pacientes, os pesquisadores realizaram medições por meio de um teste de lista de palavras comumente usadas para avaliar a memória de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119360-idosos-solitarios-vivem-menos-e-sao-menos-ativos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">idosos</a>. Os dados revelaram uma melhor integridade na via cerebral chamada fascículo uncinado esquerdo — a qual conecta o lobo temporal medial ao córtex pré-frontal de tomada de decisão.Essa via, conforme as pessoas ficam mais velhas, torna-se menos robusta. Além disso, participantes expostos à fragrância também relataram dormir mais profundamente ao longo das noites. Há muito tempo, os neurocientistas já possuem uma ideia de que a perda de capacidade olfativa pode prever o desenvolvimento de quase 70 doenças neurológicas e psiquiátricas, incluindo Alzheimer e Parkinson.Inclusive, alguns estudos estão mostrando evidências de que a perda de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119466-qual-a-importancia-do-olfato-para-nosso-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">olfato</a> devido à Covid-19 também resultaria em diminuição cognitiva. Ao mesmo tempo, pesquisas prévias demonstravam que expor pessoas com demência moderada a até 40 odores diferentes duas vezes ao dia ajudava a aumentar suas memórias e habilidades de linguagem, aliviando sintomas de depressão e melhorando a capacidade de cheirar.<h2>Poder do olfato na mente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08181051684375.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Tendo todos os dados citados anteriormente em mãos, os pesquisadores decidiram tentar transformar esse conhecimento em uma ferramenta fácil e não invasiva de combate à <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119381-qual-a-diferenca-entre-demencia-e-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">demência</a>. Para isso, os cientistas criaram uma poderosa fragrância que combina um conglomerado de aromas em apenas sete.Esses aromas eram expostos aos participantes um de cada vez, em veza dos múltiplos aromas usados simultaneamente em projetos de pesquisas anteriores. Ao permitir que os idosos pudessem sentir os odores durante o sono, os pesquisadores eliminaram a necessidade de reservar um espaço que interrompesse atividades cotidianas.Os resultados obtidos através do experimento confirmam o que os autores do artigo aprenderam sobre a conexão entre o cheiro e a memória: indivíduos que trabalham seu sentido olfativo têm o privilégio de fortalecer seus circuitos de memória do cérebro. Afinal, esse é um dos motivos do porquê os aromas são tão poderosos em evocar lembranças.Por fim, a equipe de estudo pretende continuar estudando o impacto da técnica em pessoas com perda cognitiva diagnosticada. Tais descobertas poderiam acarretar novas investigações sobre terapias olfativas aprimoradas para quem sofre de sérios problemas de memória.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.501Z

Fragrância noturna melhora a memória de idosos, afirma pesquisa

Imagem de Será que pessoas psicopatas realmente existem? no megacurioso

Estudiosos dizem que a banalização de conteúdos sobre psicopatia pode ser nociva

<head></head><body>A febre do gênero "<a href="https://www.megacurioso.com.br/true-crime/" rel="noopener noreferrer" target="_blank">true crime</a>" reacendeu o fascínio que as pessoas têm pelos psicopatas. É difícil entender exatamente o apelo desses sujeitos, que parecem transitar entre vários comportamentos, indo do carismático ao extremamente impiedoso.Mas será que existem tantos psicopatas assim, como somos levados a crer, ou o termo já virou um rótulo mal empregado?<h2>A popularização da psicopatia nas redes sociais</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02085520335020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Recentemente, um video do perfil "@everythigmentalissues", no Tiktok, viralizou ao mostrar um psicólogo clínico revelando como os "psicopatas" respondem ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/125629-6-fatos-sobre-o-estresse-que-voce-deveria-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estresse</a>. Segundo sua explicação, a reação tem a ver com o sistema nervoso autônomo, a parte do corpo que reage em situações de ameaça.&nbsp;Nessas ocasiões, a amígdala envia sinais ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103929-glandula-pituitaria-o-que-ela-faz-e-qual-e-sua-importancia-no-organismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hipotálamo</a>, que aciona o sistema nervoso autônomo para se preparar para a ação. Em seguida, acontece a liberação de epinefrina (adrenalina) em nossas correntes sanguíneas, o que faz nosso coração disparar e ficarmos em alerta, prontos para reagir.De acordo com o vídeo, o organismo dos psicopatas teria outra reação: a descarga de adrenalina não é a mesma e o coração não dispara. Por consequência, eles não se estressariam como as outras pessoas. Mas, segundo o escritor e historiador especialista em saúde Russell Moul, focar nesta característica promoveria uma redução enganosa do que significa a psicopatia.<h2>A "maldade" na psicopatia</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/02/02085612513022.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)O problema, segundo Moul, é que toda essa popularização dos diagnósticos de psicopatia acaba prejudicando os indivíduos que sofrem de distúrbios mentais e os reduz a "pessoas más", diminuindo as possibilidades de que eles consigam ajuda."A definição de uma 'pessoa má' baseia-se na lógica cíclica em que atos malignos são executados por uma pessoa má simplesmente porque ela é má e faz coisas más. É inútil e explica muito pouco. O diagnóstico de 'psicopata' produz o mesmo resultado, mas com um verniz medicalizado. O termo é emocionalmente carregado e corre o risco de dar a um indivíduo com problemas de saúde mental um rótulo que o coloca além de qualquer ajuda", afirma Moul ao IFL Science.O neurocientista Gabriel C. S. Gavin concorda. “Longe de ser uma descrição útil, o termo 'psicopata' evoca a imagem perfeita de alguém que você não estaria desesperado para ajudar, alguém tão desumano quanto aqueles anteriormente marcados como maus”, escreveu em um artigo no periódico Psychology Today.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/08/08164640584267.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Segundo Gavin, o termo se tornou uma espécie de guarda-chuva que agrupa convenientemente vários tipos de comportamentos e pessoas, que vão desde os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120000-os-6-paises-que-mais-produziram-serial-killers-na-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">serial killers,</a> até os banqueiros ou aquele ex-namorado mau caráter.E isso é essencialmente nocivo, assim como a divulgação de "métricas" de psicopatia entre as pessoas, que sugerem que é possível prever quem estaria mais propenso a cometer crimes. "Receber uma pontuação alta em uma escala de psicopatia no sistema de justiça criminal pode ser facilmente usado para tirar conclusões empiricamente duvidosas de que a pessoa em questão não responderá ao tratamento e/ou não poderá ser reabilitada. Para mim, a comparação promove o estigma da saúde mental, principalmente no que diz respeito aos diagnósticos de personalidade. Isso pode criar barreiras adicionais para as pessoas encontrarem atendimento digno e apropriado para suas condições", afirma o psicólogo Xander Mach ao IFL Science.Por tudo isso, caso você esteja entre os tantos sedentos por conteúdos sobre psicopatas, considere a possibilidade de que todo esse material possa estar causando prejuízos ao conhecimento sobre <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124189-8-formas-praticas-e-peculiares-para-cuidar-da-saude-mental.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">saúde mental.</a></body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.871Z

Será que pessoas psicopatas realmente existem?

Imagem de Por que podemos ter o mesmo pesadelo várias vezes? no megacurioso

Especialistas explicam por que algumas pessoas tendem a ter pesadelos repetitivos

<head></head><body>Em algum momento de sua vida, é bem provável que você tenha tido algum pesadelo que se repetiu várias vezes por um espaço de tempo. Algumas pessoas, por exemplo, costumam sonhar que estão sendo perseguidas ou assassinadas sempre da mesma forma, ou então se deparam com os mesmos monstros seguidas vezes.Mas há algumas explicações sobre por que isso acontece. E entender o funcionamento desses pesadelos pode ser a melhor modo para começar a se livrar deles.<h2>Possíveis causas dos pesadelos recorrentes</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/06/06104219521003.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Ainda há pouco conhecimento sobre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/41931-15-fatos-que-voce-provavelmente-nao-sabe-sobre-os-sonhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonhos</a>, e menos ainda sobre os significados dos pesadelos. Há pesquisadores que creem que eles podem surgir por conta de desequilíbrios químicos no cérebro, enquanto outros acreditam que eles resultam especialmente de experiências traumáticas. Por outro lado, há quem defenda que os pesadelos são simplesmente um sinal de uma imaginação muito fértil.Mas quando eles começam a se repetir, pode haver outras explicações. Uma das razões é puramente psicológica: quando temos alguma necessidade emocional não entendida, e que fica "incomodando" a mente, os pesadelos recorrentes podem ser uma forma de tentar processar e integrar essas experiências.Alguns medicamentos podem também interferir na química do cérebro e aumentar a probabilidade de pesadelos. Sedativos, betabloqueadores e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121408-as-5-drogas-sinteticas-mais-perigosas-e-seus-efeitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">anfetaminas</a> costumam ter esse tipo de efeito, assim como a abstinência de algumas substâncias.&nbsp;Além disso, por questões hormonais, as crianças são mais propensas a ter pesadelos recorrentes (também têm uma tendência maior ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/evolucao/102199-o-sonambulismo-pode-ter-surgido-como-um-mecanismo-de-defesa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sonambulismo</a>). “O tema de pesadelo mais comum, e ainda mais para as crianças, é que algo ruim está perseguindo você”, afirma Deirdre Barrett, pesquisadora de sonhos da Harvard Medical School e autora do livro Trauma and Dreams.Alguns transtornos são associados a uma ocorrência maior de pesadelos. Entre eles, estão o transtorno do estresse pós-traumático e o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/100387-transtorno-de-personalidade-borderline-voce-sabe-o-que-e-isso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno de personalidade borderline</a>. Quem é acometido por estes distúrbios tem mais propensão a experimentar sonhos recorrentes.Por fim, saiba que existe o <a href="https://www.megacurioso.com.br/neurociencia/37700-conheca-alguns-disturbios-bastante-estranhos-do-sono.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transtorno de pesadelo</a>, que envolve uma condição de saúde mental em que uma pessoa tem bem mais pesadelos que o normal, e eles costumam trazer prejuízos sua vida em vários sentidos.&nbsp;<h2>Como se livrar de um pesadelo recorrente</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/06/06104304918006.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Há algumas técnicas recomendadas pelos especialistas para quem está incomodado com esta questão. Os especialistas sugerem anotar ou desenhar o que aconteceu no sonho. Isso vai estimular que se possa "enfrentar" o pesadelo durante as horas de vigília.&nbsp;Um bom terapeuta pode conduzir um tratamento em que a pessoa seja treinada a interferir no pesadelo - por exemplo, chamando um amigo para auxiliar no caso de um sonho em que se enfrenta um perigo ou achando uma solução pacífica para situações desconfortáveis. Uma estratégia que não costuma estimulada é a de fugir de um inimigo - o que vai condicionar a mente a um comportamento de evitar o problema, ao invés de resolvê-lo.Estes treinamentos costumam ser feitos quando as pessoas estão acordadas, para que possam desenvolver novos padrões em seus pensamentos. A ideia é induzir a pessoa a aprender com a mente consciente a enfrentar a situação, para que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121686-o-que-e-a-mente-inconsciente-e-como-ela-molda-nossos-habitos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mente inconsciente</a> possa fazer isso durante o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105856-6-coisas-sobre-sono-nas-quais-voce-acredita-mas-que-nao-fazem-sentido.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sono</a>.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.295Z

Por que podemos ter o mesmo pesadelo várias vezes?

Imagem de 1ª pílula para depressão pós-parto está quase pronta para uso no megacurioso

Recentemente, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou o primeiro medicamento oral para tratar a condição mental grave em novas mamães

<head></head><body>A primeira pílula oral especificamente projetada para tratar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a> pós-parto foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos na última sexta-feira (04). Estudos indicam que uma a cada oito novas mamães sofrem dessa condição mental grave, que pode ser debilitante e fazer com que as mulheres se sintam ansiosas, retraídas, tristes e até suicidas.&nbsp;O medicamento, chamado por enquanto de zuranolona, será vendido sob a marca Zurzuvae. O remédio precisará de receita médica para ser consumido, sendo ingerido pelas pacientes uma vez por dia durante duas semanas. A expectativa é que a receita possa estar disponível nas farmácias norte-americanas em cerca de três meses.<h2>Perigos da depressão pós-parto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09184727714372.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Embora as farmacêuticas ainda não tenham revelado quanto custará a zuranolona, somente a existência desse tipo de medicação já representa um momento histórico para a ciência. “A depressão pós-parto é uma condição séria e potencialmente fatal na qual as mulheres sentem tristeza, culpa, inutilidade — até mesmo, em casos graves, pensamentos de ferir a si mesmas ou a seus filhos”, declarou a diretora da Divisão de Psiquiatria da FDA, Tiffany Farchione.&nbsp;Em comunicado oficial, a pesquisadora ressaltou que a depressão pós-parto pode atrapalhar o vínculo que uma mãe tem com seu bebê, potencialmente trazendo consequências sérias para o desenvolvimento físico e emocional da criança. A nova pílula, que foi codesenvolvida pela Sage Therapeutics e pela Biogen, é a primeira de seu tipo no mundo.Atualmente, a única forma existente de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122731-5-medicamentos-importantes-e-os-efeitos-colaterais-de-seu-uso.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicamento</a> para esse tipo de transtorno psicológico é um gotejamento intravenoso de 60 horas, o qual deve ser administrado em um consultório ou hospital. Esse foi o primeiro remédio para depressão pós-parto existente, aprovado pela FDA ainda em 2019. Contudo, seu alto custo de até US$ 34 mil dificultaram sua popularidade no país.<h2>Tratando o transtorno</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/09/09184810858374.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Tanto a nova pílula desenvolvida quanto o gotejamento intravenoso de 60 horas contêm uma versão sintética da alopregnanolona, uma substância química que ocorre naturalmente no corpo humano. No entanto, durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123249-gravidez-silenciosa-como-e-possivel-estar-gravida-e-nao-saber.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gravidez</a>, os níveis de alopregnanolona aumentam consideravelmente e caem drasticamente após o parto.Pesquisadores acreditam que essa queda repentina da substância pode contribuir para que os sintomas de depressão pós-parto apareçam. Portanto, esses medicamentos visam aumentar novamente os níveis de alopregnanolona no organismo, ajudando a aliviar a condição.Estudos clínicos feitos com a zuranolona mostram que mulheres que tomaram a pílula perceberam alívio de seus sintomas em comparação com aquelas que tomaram um placebo. Após 14 dias de tratamento, 57% das participantes que haviam ingerido o medicamento observaram melhora de 50% ou mais em seus sintomas.A pílula passa a agir no corpo humano após três dias de uso e seus efeitos duram até 45 dias após o termino do tratamento. No entanto, médicos alertam que drogas como essas não são uma solução universal para mulheres que sofrem de depressão pós-parto. O remédio foi testado unicamente em casos graves, o que significa que não se sabe ao certo como ele age em pessoas com depressão leve ou moderada.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.178Z

1ª pílula para depressão pós-parto está quase pronta para uso

Imagem de Schadenfreude: por que ficamos felizes quando o outro se dá mal? no megacurioso

Schadenfreude é uma palavra em alemão que tenta explicar o porquê das pessoas gostarem de ver algumas pessoas terem problemas 

<head></head><body>Não precisa responder em voz alta a essa pergunta: você já ficou feliz com a desgraça alheia? É possível que sim — e existem vários motivos para isso. Em determinados momentos, o problema de outra pessoa pode soar como uma constatação de que o alguém estava certo.Por exemplo: se um amigo diz que o outro deveria levar um guarda-chuva e é ignorado, ele pode ficar alegre ao ver que seu colega ficou ensopado depois de um temporal — ainda que não demonstre isso.Os alemães (como sempre) têm uma palavra para isso: Schadenfreude. O termo, quase impronunciável para nós, é uma junção de duas outras palavras alemãs: schaden (dano) e freude (alegria). Portanto, uma tradução literal seria a “alegria pelo dano”, mas o dano alheio, é claro.<h2>Schadenfreude é algo recente?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07103448297085.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesAs <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122423-5-dicas-para-lidar-com-as-emocoes-em-conversas-dificeis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">emoções humanas são muito complexas</a>. Pesquisadores do mundo todo têm se dedicado a entender as causas e consequências do Schadenfreude, que não é um fenômeno novo.O filósofo alemão Arthur Schopenhauer acreditava que esse sentimento deveria ser abominado, pois era a demonstração de um sentimento maligno, já que a desgraça alheia que trouxe alegria à pessoa não teria oferecido a ela nenhum benefício concreto, apenas prejudicado o outro.O francês Charles Baudelaire argumentava que o Schadenfreude estava alicerçado no sentimento de superioridade de quem o sentia. Ele exemplificava seu argumento citando as pessoas que observam as outras caindo no gelo.Ao verem os outros caindo, o observador poderia se sentir superior, pois ele não caia. É possível trazer esse exemplo para os nossos dias, como os acidentes de trânsito, em que o motorista que observa pode se achar mais habilidoso por não estar envolvido com o acidente.O filósofo francês René Descartes afirmava que esse sentimento pode indicar um ímpeto por justiça, quando a pessoa se alegra com a desgraça que atingiu alguém considerado mau ou que fez algo considerado ruim.<h2>Redes sociais têm estimulado o Schadenfreude?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07103529584087.jpg" alt="Fonte: Getty Images">Fonte: Getty ImagesComo as redes sociais intensificam a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/110278-7-sinais-que-pessoas-invejosas-emitem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">comparação entre as pessoas</a> e o acesso às informações, alguns pesquisadores argumentam que elas têm estimulado o crescimento desse sentimento.Quando o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com covid-19, houve um crescimento de 30.500% em pesquisas relacionadas ao termo Schadenfreude, o que indica que muita gente se sentiu feliz com a doença de Trump.Já o sentimento de comparação constante pode fazer com que as pessoas se alegrem com uma desgraça alheia para que não se sintam tão inferiores.Ao mesmo tempo, os algoritmos usados pelas redes sociais dividem as pessoas em grupos e subgrupos. Isso pode criar um comportamento de bando, como o visto por torcidas organizadas de futebol.Nele, as pessoas podem se alegrar com a desgraça do outro pelo simples fato dela atingir alguém de um grupo considerado rival.Uma forma de minimizar o Schadenfreude seria buscando ter um comportamento empático, colocando-se no lugar do outro e buscando compreender que aquela desgraça trouxe para aquela pessoa dor.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.122Z

Schadenfreude: por que ficamos felizes quando o outro se dá mal?

Imagem de 7 síndromes com nomes de cidades e suas principais causas no megacurioso

Além da famosa Síndrome de Estocolmo, veja outras cidades que se tornaram nome de distúrbios psicológicos e descubra o motivo por trás dos títulos

Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; ouviu falar da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/100469-a-historia-bizarra-que-deu-origem-a-sindrome-de-estocolmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">S&iacute;ndrome de Estocolmo</a>. Descrevendo casos como o que ocorreu na Su&eacute;cia na d&eacute;cada de 1970, o dist&uacute;rbio &eacute; muitas vezes retratado em filmes, s&eacute;ries de TV e livros que abordam situa&ccedil;&otilde;es envolvendo&nbsp;ref&eacute;ns.
O que voc&ecirc; talvez n&atilde;o saiba &eacute; que v&aacute;rias outras cidades j&aacute; foram "homenageadas" com nomes de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121452-conheca-6-transtornos-mentais-dos-mais-assustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">problemas psicol&oacute;gicos</a>, sejam eles definitivos ou tempor&aacute;rios. Hoje, vamos te contar sobre 7 s&iacute;ndromes com nomes de cidades e o motivo por tr&aacute;s de suas respectivas denomina&ccedil;&otilde;es.
Em um artigo publicado na revista Names, o autor Ernest Lawrence Abel lista v&aacute;rios dist&uacute;rbios psicol&oacute;gicos associados a cidades em todo o mundo. Abel &eacute; professor de psicologia na Wayne State University nos Estados Unidos, e publicou o texto em uma edi&ccedil;&atilde;o antiga da revista, em 2014. A seguir, voc&ecirc; conhece sete&nbsp;s&iacute;ndromes com nomes de cidades&nbsp;descritas no artigo:
<h2>1. S&iacute;ndrome de Estocolmo</h2>
Provavelmente a mais famosa da lista, a S&iacute;ndrome de Estocolmo descreve situa&ccedil;&otilde;es nas quais uma pessoa &eacute; sequestrada e desenvolve algum tipo de v&iacute;nculo com seus sequestradores ou agressores. O nome faz refer&ecirc;ncia a um assalto a banco que aconteceu na cidade sueca em 1973.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07142326021205.jpg" alt="Estocolmo, na Su&iacute;&ccedil;a, foi palco de sequestro que deu nome a s&iacute;ndrome na qual ref&eacute;ns se apegam aos sequestradores (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Estocolmo, na Su&iacute;&ccedil;a, foi palco de sequestro que deu nome a s&iacute;ndrome na qual ref&eacute;ns se apegam aos sequestradores (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na ocasi&atilde;o, quatro funcion&aacute;rios da empresa foram mantidos ref&eacute;ns com dinamite amarrada em seus corpos por seis dias, per&iacute;odo no qual acabaram de alguma forma simpatizando com os bandidos. Depois do epis&oacute;dio, eles teriam afirmado ter mais medo da pol&iacute;cia do que dos assaltantes, chegando a negar testemunhar contra os ladr&otilde;es e angariar fundos para ajudar na defesa dos criminosos. Uma das ref&eacute;ns chegou a se tornar noiva de um dos assaltantes.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127699-a-sindrome-de-estocolmo-e-mesmo-real-novos-estudos-dizem-que-a-condicao-pode-ter-sido-inventada-pela-policia.htm" target="_blank" rel="sponsored">A S&iacute;ndrome de Estocolmo &eacute; mesmo real? Novos estudos dizem que a condi&ccedil;&atilde;o pode ter sido inventada pela pol&iacute;cia</a>
<h2>2. S&iacute;ndrome de Lima</h2>
Sendo o oposto do dist&uacute;rbio listado acima, a S&iacute;ndrome de Lima descreve situa&ccedil;&otilde;es nas quais o sequestrador passa a se aproximar da pessoa sequestrada, desenvolvendo uma esp&eacute;cie de afei&ccedil;&atilde;o pela v&iacute;tima. O nome alude a um caso ocorrido na cidade peruana em 1996, quando um grupo revolucion&aacute;rio invadiu a resid&ecirc;ncia da embaixada japonesa e fez 600 ref&eacute;ns.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07142613278211.jpg" alt="S&iacute;ndrome de Lima ganhou este nome ap&oacute;s sequestro no Peru resultar em sequestradores simpatizando com suas v&iacute;timas (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />S&iacute;ndrome de Lima ganhou este nome ap&oacute;s sequestro no Peru resultar em sequestradores simpatizando com suas v&iacute;timas (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Os invasores simpatizaram tanto com suas v&iacute;timas que em poucos dias come&ccedil;aram a libert&aacute;-las sem fazer distin&ccedil;&atilde;o: por exemplo, a m&atilde;e do ent&atilde;o presidente Peru, que em tese seria uma ref&eacute;m valiosa, foi libertada. No fim das contas, depois de quatro meses de negocia&ccedil;&atilde;o, o grupo deixou quase todos sa&iacute;rem do local, ficando com somente uma pessoa presa. Depois disso, a pol&iacute;cia invadiu o local, pondo um fim ao sequestro que resultou na morte de dois invasores e um policial.
<h2>3. S&iacute;ndrome de Londres</h2>
Indo na dire&ccedil;&atilde;o contr&aacute;ria das duas anteriores, a S&iacute;ndrome de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/27168-voce-sabia-que-londres-e-a-cidade-de-londres-sao-dois-lugares-diferentes-.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Londres</a> &eacute; relacionada a ocasi&otilde;es em que a v&iacute;tima antagoniza seu captor. N&atilde;o raramente, tal comportamento acaba resultando em ataques f&iacute;sicos e at&eacute; mesmo na morte da pessoa sequestrada. O dist&uacute;rbio foi batizado ap&oacute;s a invas&atilde;o da embaixada iraniana em Londres, em 1981. Durante a a&ccedil;&atilde;o, 26 pessoas foram feitas ref&eacute;ns e uma delas constantemente discutia e argumentava com os bandidos, mesmo com os demais pedindo que ela parasse com tal comportamento.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07142924765216.jpg" alt="S&iacute;ndrome de Londres foi batizada ap&oacute;s epis&oacute;dio na capital da Inglaterra em que ref&eacute;m antagonizou sequestradores at&eacute; ser morto (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />S&iacute;ndrome de Londres foi batizada ap&oacute;s epis&oacute;dio na capital da Inglaterra em que ref&eacute;m antagonizou sequestradores at&eacute; ser morto (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Quando as negocia&ccedil;&otilde;es com as autoridades n&atilde;o prosseguiram como o esperado, os criminosos decidiram matar um dos ref&eacute;ns para mostrar que a coisa era s&eacute;ria. Adivinhe quem foi escolhido para ser eliminado? Pois &eacute;, acabaram matando o ref&eacute;m que tomou para si o papel de antagonista, tendo seu corpo sido jogado na rua ap&oacute;s o ato, como uma forma de os bandidos mostrarem ao outro lado que n&atilde;o estavam ali de brincadeira.
<h2>4. S&iacute;ndrome de Veneza</h2>
Esta j&aacute; n&atilde;o envolve sequestros, mas &eacute; at&eacute; mais macabra. A S&iacute;ndrome de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123490-5-lendas-e-misterios-de-veneza-a-cidade-flutuante.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Veneza</a> descreve situa&ccedil;&otilde;es nas quais pessoas visitam a cidade italiana com um &uacute;nico objetivo: o de tirar a pr&oacute;pria vida. A maior parte das pessoas que sofreram desta s&iacute;ndrome eram homens e mulheres de origem alem&atilde;. Uma das teorias &eacute; de que elas teriam sido de alguma forma impactadas pelo livro Morte em Veneza, do escritor alem&atilde;o Thomas Mann.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07143137109218.jpg" alt="Ap&oacute;s turistas visitarem a cidade italiana para cometer suic&iacute;dio, fen&ocirc;meno foi batizado como S&iacute;ndrome de Veneza (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />Ap&oacute;s turistas visitarem a cidade italiana para cometer suic&iacute;dio, fen&ocirc;meno foi batizado como S&iacute;ndrome de Veneza (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Entre os anos de 1988 e 1995, 51 visitantes estrangeiros foram diagnosticados com o dist&uacute;rbio psicol&oacute;gico, um n&uacute;mero bem alto para um per&iacute;odo t&atilde;o curto. Deste total, 16 pessoas conseguiram concluir o ato e 35 sobreviveram &agrave; tentativa de suic&iacute;dio. Quando entrevistados, os sobreviventes teriam demonstrado uma mesma linha de racioc&iacute;nio: eles associavam Veneza a decl&iacute;nio e decad&ecirc;ncia.
<h2>5. S&iacute;ndrome de Paris</h2>
Afetando em grande maioria visitantes do Jap&atilde;o, a S&iacute;ndrome de Paris descreve crises com sintomas de ansiedade, del&iacute;rios e alucina&ccedil;&otilde;es, ocorridas geralmente durante a primeira visita &agrave; cidade francesa. Em m&eacute;dia ocorrem 12 casos por ano, com o primeiro tendo sido registrado oficialmente em 2004, e &eacute; mais comum entre japoneses na casa dos 30 anos. Ainda n&atilde;o h&aacute; uma explica&ccedil;&atilde;o exata sobre o fen&ocirc;meno que afeta tantos viajantes vindos do Jap&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07143356728221.jpg" alt="S&iacute;ndrome de Paris &eacute; mais comum entre turistas japoneses na faixa dos 30 anos de idade (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />S&iacute;ndrome de Paris &eacute; mais comum entre turistas japoneses na faixa dos 30 anos de idade (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Algumas suposi&ccedil;&otilde;es incluem o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/112671-jet-lag-o-que-e-e-como-se-adaptar-a-ele.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">jet lag</a> como poss&iacute;vel catalisador do problema, mas tamb&eacute;m existe a possibilidade de haver um forte impacto do choque cultural. Al&eacute;m disso, existe ainda a expectativa romantizada de que Paris seja cidade ex&oacute;tica e amig&aacute;vel, quando na verdade seus habitantes costumam ser descritos como frios e distantes. Isso sem contar a barreira da comunica&ccedil;&atilde;o. O caso &eacute; t&atilde;o recorrente que a Embaixada Japonesa tem uma central de atendimento telef&ocirc;nico para auxiliar pessoas passando pelo problema. Em casos mais graves, a solu&ccedil;&atilde;o &eacute; botar a pessoa em um avi&atilde;o de volta ao Jap&atilde;o.
<h2>6. S&iacute;ndrome de Floren&ccedil;a</h2>
Voc&ecirc; provavelmente j&aacute; experimentou vertigem ao visitar um lugar com edif&iacute;cios muito altos ou j&aacute; sentiu certa euforia, com o cora&ccedil;&atilde;o batendo mais forte, quando foi a um local que desejava muito conhecer. Agora imagine essas sensa&ccedil;&otilde;es, mas com uma pot&ecirc;ncia t&atilde;o forte a ponto de causar desmaios e at&eacute; del&iacute;rios. Pois &eacute; justamente disso que se trata a S&iacute;ndrome de Floren&ccedil;a. Com mais de 100 casos registrados desde a d&eacute;cada de 1980, este fen&ocirc;meno seria uma homenagem ao munic&iacute;pio italiano se n&atilde;o fosse um dist&uacute;rbio psicol&oacute;gico que pode levar visitantes direto para uma cama de hospital.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07143521411222.jpg" alt="A estonteante beleza da cidade italiana de Floren&ccedil;a pode deixar visitantes com palpita&ccedil;&otilde;es, tontura e causar desmaios, podendo ser necess&aacute;ria a hospitaliza&ccedil;&atilde;o do turista (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />A estonteante beleza da cidade italiana de Floren&ccedil;a pode deixar visitantes com palpita&ccedil;&otilde;es, tontura e causar desmaios, podendo ser necess&aacute;ria a hospitaliza&ccedil;&atilde;o do turista (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Descrita como sendo o resultado da antecipa&ccedil;&atilde;o e posterior experi&ecirc;ncia de visitar as riquezas da bel&iacute;ssima cidade, como sua arquitetura antiga e os famosos museus locais, a S&iacute;ndrome de Floren&ccedil;a n&atilde;o raramente faz com que turistas sejam hospitalizados. Em casos mais graves, relatos apontam que alguns visitantes chegaram a desenvolver psicose paranoica. Mas geralmente s&atilde;o necess&aacute;rios apenas alguns dias de repouso para desaparecerem os principais sintomas, que podem incluir palpita&ccedil;&otilde;es, tontura, desmaios e at&eacute; alucina&ccedil;&otilde;es.
<h2>7. S&iacute;ndrome de Jerusal&eacute;m</h2>
Tendo seu primeiro caso registrado na d&eacute;cada de 1930, a S&iacute;ndrome de&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118794-por-que-jerusalem-nao-e-a-capital-de-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jerusal&eacute;m</a> &eacute; diretamente ligada &agrave; religi&atilde;o e afeta em grande maioria crist&atilde;os e judeus. Seu principal sintoma &eacute; o del&iacute;rio, que faz com que o turista comece a acreditar ser uma figura b&iacute;blica, como Jesus ou Mois&eacute;s, por exemplo. Cerca de 100 casos do dist&uacute;rbio psicol&oacute;gico s&atilde;o registrados anualmente, com aproximadamente 40% dos casos resultando em interna&ccedil;&atilde;o.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07143940084224.jpg" alt="S&iacute;ndrome de Jerusal&eacute;m faz turistas acreditarem que s&atilde;o figuras b&iacute;blicas (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />S&iacute;ndrome de Jerusal&eacute;m faz turistas acreditarem que s&atilde;o figuras b&iacute;blicas (Fonte: Getty Images/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Al&eacute;m do del&iacute;rio, esta s&iacute;ndrome muitas vezes leva as pessoas a pregar aos berros nas ruas, geralmente alertando sobre a chegada do fim dos tempos. Tamb&eacute;m h&aacute; casos em que a pessoa sente compuls&atilde;o pela purifica&ccedil;&atilde;o do corpo, raspando todo o cabelo e pelos, tomando v&aacute;rios banhos seguidos e cortando as unhas das m&atilde;os e dos p&eacute;s frequentemente. Em geral, os sintomas desaparecem ap&oacute;s algumas semanas de repouso depois da visita &agrave; cidade sagrada.
<h2>N&atilde;o para por a&iacute;</h2>
Al&eacute;m dos sete dist&uacute;rbios psicol&oacute;gicos descritos aqui, existem v&aacute;rios outros batizados em "homenagem" a cidades. Nem sempre a rela&ccedil;&atilde;o com o local &eacute; direta, muitas vezes simplesmente fazendo alus&atilde;o a comportamentos comuns a certas &aacute;reas ou a costumes locais. Por exemplo, a S&iacute;ndrome de Detroit &eacute; usada para descrever a substitui&ccedil;&atilde;o de funcion&aacute;rios mais experientes por outros mais jovens e remete &agrave;s montadoras de autom&oacute;veis, comuns ao local, que est&atilde;o sempre produzindo novos modelos de carros em detrimento de modelos antigos.
J&aacute; a S&iacute;ndrome de Amsterd&atilde; surgiu como descri&ccedil;&atilde;o do popular e criminoso ato cometido por alguns homens italianos, que compartilhavam fotos ou v&iacute;deos de suas esposas nuas ou durante rela&ccedil;&otilde;es sexuais sem seu conhecimento e permiss&atilde;o. Em teoria, o nome faz alus&atilde;o ao Distrito da Luz Vermelha na cidade holandesa, onde mulheres ficam nuas em vitrines, oferecendo servi&ccedil;os sexuais.

thumb-image-2024-02-29T14:07:04.067Z

7 síndromes com nomes de cidades e suas principais causas

Imagem de Psicanálise é pseudociência? Livro reacende a polêmica sobre a teoria  no megacurioso

Livro recém-lançado por Natalia Pasternak e Carlos Orsi tem suscitado o debate sobre a validade científica dos estudos de Sigmund Freud

<head></head><body>Recentemente, o lançamento do livro&nbsp;Que bobagem! Pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério, dos pesquisadores Natalia Pasternak e Carlos Orsi, levantou bastante polêmica por conta de algumas afirmações. E uma delas é a descrição da psicanálise como "pseudociência".A colocação joga luz a uma discussão antiga, que diz respeito ao debate em torno do trabalho de Sigmund Freud, o fundador da <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122618-psicanalista-psicologo-e-psiquiatra-qual-e-a-diferenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">psicanálise</a>. Ao longo da história, há quem tenha categorizado a sua teoria de pseudocientífica e os que defenderam que os efeitos da psicanálise podem ser verificados empiricamente. Vejamos neste texto as diferentes visões sobre este tema.<div dir="ltr"><h2 data-e2e="story-promo-wrapper">O que é a psicanálise?</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07183916119427.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)</div>A psicanálise é um campo de estudo da mente oriunda dos estudos do psiquiatra suíço <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/61953-freud-grande-influencia-para-a-psicologia-atual-era-viciado-em-cocaina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sigmund Freud</a>, no século XIX. Ela foi desenvolvida de forma independente à psicologia (ou seja, um psicanalista não precisa necessariamente ser um psicólogo).Este campo tem como base o trabalho com o inconsciente, a parte de nossa mente que opera de modo "automático", de modo que não é possível controlá-lo. É neste "espaço" que ficam guardados memórias, impulsos e desejos reprimidos que, por vezes, interferem na nossa vida e em nossas ações sem que tenhamos consciência disso.Freud acreditava que uma boa parte das nossas memórias da infância ficava armazenada no <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121307-5-coisas-no-corpo-que-sao-comandadas-pelo-subconsciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">inconsciente</a>, moldando a nossa personalidade e causando influência na nossa vida, mesmo depois da chegada da idade adulta. Por isso, a psicanálise se utilizaria de métodos específicos para que se pudesse "penetrar", por meio da linguagem, neste lado mais inacessível da mente, de modo a conseguir entender e agir sobre aquilo que nos causa sofrimento.O psiquiatra suíço entendia a psicanálise como uma ciência natural, mas, ao mesmo tempo, definia-se, com certo humor, não como um homem da ciência, mas como "um conquistador, um aventureiro".&nbsp;Por conta disso, sua teoria encontrou vários críticos. O filósofo austríaco Karl Popper, por exemplo, postulou que a psicanálise seria uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124558-6-pseudociencias-que-precisam-acabar-de-uma-vez-por-todas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pseudociência</a> pois suas hipóteses não poderiam ser refutadas por métodos empíricos (ou seja, por experimentos feitos com bases científicas).&nbsp;Assim, para este pensador, ela estaria perto da superstição. Popper acreditava que a psicanálise podia ser usada para explicar a forma como uma pessoa se comporta sem dar margem a qualquer tipo de refutação, uma vez que não haveria formas de testá-la ou comprová-la.Um fator que também conspiraria em prol dessa concepção pseudocientífica é o fato de que as teorias de Freud nunca chegaram a ser contestadas ou desmentidas pelos estudiosos da psicanálise, quase como se ela estivesse protegida de qualquer crítica.Outros estudiosos — oriundos tanto das Ciências Naturais quanto Humanas — também defenderam a pseudocientificidade da psicanálise. Dentre eles, estão o psicólogo Steven Pinker, o linguista Noam Chomsky e o físico Richard Feynman.<h2>A defesa do caráter científico da psicanálise</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/07/07183952130429.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Mas há também os pensadores que defendem outra visão, que estende os critérios científicos para além dos parâmetros postulados historicamente pelas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125499-qual-e-o-gosto-da-agua-mais-antiga-da-terra-de-2-bilhoes-de-anos-cientista-responde.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ciências Naturais</a>. É o caso do psicanalista e professor de Psicologia da USP Cristian Dunker. Segundo ele, a psicanálise até pode não se enquadrar no conceito de ciência específico tratado por Pasternak e Orsi — mas isso se deve ao próprio conceito, que estaria repleto de contradições e problemas."Temos evidências, participamos do debate científico, estamos na história da ciência. E pelas evidências e pesquisas que a gente dispõe, a psicanálise não é uma pseudociência", afirmou Dunker em matéria do portal Terra.Há estudiosos que seguem a mesma linha, dizendo que, mesmo que a psicanálise não siga o mesmo padrão de cientificidade de tratamentos médicos tradicionais, ela seria capaz de atingir níveis profundos da psique que outros métodos não conseguem.&nbsp;"Precisamos de uma ampla variedade de opções de tratamento para atender à enorme heterogeneidade da população humana e seus vários sintomas, e indiscutivelmente a psicanálise é uma opção útil", afirma a psicóloga clínica Anna Järvinen, em artigo na revista britânica The Skeptic.Assim, o próprio conceito de ciência precisaria ser encarado de maneira menos uniforme e engessado. "A própria concepção da ciência vai variar ao longo da história. O ataque à psicanálise é pautado num modelo de evidência científica estritamente de ordem empírica, demonstrável em termos de observação laboratorial. A ideia de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125513-4-filosofos-que-morreram-de-formas-bizarras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">empiria</a> também está ligada nesse contexto a algo que podemos mostrar em termos físicos, ou seja, a evidência é de ordem material", explica o psicanalista e professor da UFPE Érico Andrade, em entrevista à BBC.Deste modo, invalidar a psicanálise como ciência também pode equivaler a desacreditar muitos outros métodos usados para a produção de conhecimento nas Ciências Humanas, uma vez que estas áreas — como, por exemplo, os estudos da Linguagem, da Comunicação, da Psicologia, da Filosofia, entre várias outras — não podem ser avaliadas pelos mesmos parâmetros empíricos usados, por exemplo, em um experimento executado na área da Saúde.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:03.799Z

Psicanálise é pseudociência? Livro reacende a polêmica sobre a teoria 

Imagem de Efeitos da covid longa são equivalentes a envelhecer 10 anos no megacurioso

Pesquisa aponta que pessoas com sintomas da doença por três meses ou mais apresentam desempenho cerebral reduzido

<head></head><body>Pessoas que tiveram covid-19 longa podem ter as atividades cerebrais tão afetadas quanto se tivessem envelhecido 10 anos, de acordo com um estudo feito pela King’s College London, do Reino Unido. Os cientistas também descobriram que os impactos da infecção chegam a ser sentidos por até dois anos.A pesquisa, publicada na revista The Lancet no dia 21 de julho, investigou as sequelas pós-covid nas pessoas totalmente recuperadas da infecção e naquelas que continuaram a sofrer os efeitos do coronavírus por um tempo maior. Os resultados foram comparados com os de um grupo que não teve contato com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120882-covid-19-5-duvidas-sobre-a-pandemia-que-ainda-nao-desvendamos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Sars-CoV-2</a>.É importante destacar que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242672-conheca-tres-tipos-covid-longa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">covid prolongada</a> acontece quando o paciente sente os sintomas da doença por mais de quatro semanas após o início da infecção. Em geral, os sinais mais relatados são fadiga, dificuldade de concentração, dores musculares e falta de ar.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04095126024032.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)No total, 3.335 pessoas participaram do estudo, dividido em duas etapas, entre os dias 12 de julho e 27 de agosto de 2021 e 28 de abril e 21 de junho de 2022. Os voluntários foram submetidos a testes de desempenho cognitivo nesses períodos, que avaliaram o raciocínio, atenção, memória de trabalho e controle motor.<h2>Grupo mais afetado</h2>De acordo com os pesquisadores, as pessoas que sentiram os sintomas da covid-19 por três meses ou mais apresentaram os piores resultados nos testes. Neste grupo, o declínio cognitivo e de memória foi comparável aos efeitos provocados pelo aumento de 10 anos na idade.O relatório indica também que não houve melhora significativa nas pontuações entre as duas etapas. Durante a segunda rodada de aplicação dos testes, o tempo médio desde a infecção inicial pelo novo coronavírus chegava a quase dois anos no grupo, sugerindo que os impactos continuam mesmo depois de todo esse período.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/08/04/04095247752035.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)Por sua vez, as pessoas que não apresentaram mais sintomas logo após serem curadas tiveram desempenho semelhante ao de quem não se infectou. Em contraste, aqueles que não se sentiram totalmente recuperados tiveram pontuações de precisão de tarefas mais baixas, na média.“Este estudo mostra a necessidade de monitorar as pessoas cuja <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116044-estudo-revela-como-o-novo-coronavirus-pode-infectar-o-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">função cerebral é mais afetada pela covid-19</a>, para ver como seus sintomas cognitivos continuam a se desenvolver e fornecer suporte para a recuperação”, ressaltou o líder do estudo, Nathan Cheetham, em entrevista ao site da universidade britânica.<h2>Névoa cerebral</h2>A covid de longa duração tem sido alvo de estudos em todo o mundo. Ela se caracteriza por um tipo de inflamação no líquido em torno do cérebro e da medula espinhal, relacionada ao Sars-CoV-2, resultando em transtornos que se mantêm a longo e médio prazos.Também chamada de “névoa cerebral”, a condição pode se manifestar a partir de outras doenças, como a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/108119-herpes-comum-ou-herpes-zoster-entenda-a-diferenca-e-saiba-como-prevenir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">herpes</a>, e nos pacientes que permanecem intubados na unidade de terapia intensiva (UTI).</body>

Medicina e Psicologia

Novidades