Ferramenta desenvolvida pela Mayo Clinic leva 20 segundos para analisar mais de 5 mil variantes genômicas prioritárias.

Um novo estudo feito por pesquisadores do Centro de Medicina Personalizada da Mayo Clinic desenvolveu um sistema semiautomático para reanalisar rapidamente casos de doenças raras não solucionadas. Chamada de Reanálise de Dados Negativos de Genoma Completo (RENEW), a nova ferramenta — lançada em 2022 — levou os investigadores a um possível <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/105282-diagnostico-via-som-e-desenvolvido-por-cientistas-para-encontrar-doencas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">diagnóstico</a> para 63 pacientes de 1.066 casos não solucionados até então.Em artigo publicado na Human Genetics, os cientistas compararam regularmente os dados de sequenciamento genômico dos pacientes com descobertas de pesquisas globais recentemente publicadas. O objetivo era identificar variantes genéticas anteriormente evasivas e causadoras das doenças.<h2>Identificando doenças raras</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15213221030006.jpg" alt="Ferramenta RENEW promete facilitar o diagnóstico de doenças raras. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Ferramenta RENEW promete facilitar o diagnóstico de doenças raras. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Em comunicado oficial, o principal autor do estudo e pesquisador de ômica translacional da Mayo Clinic, Alejandro Ferrer, declarou que o uso da RENEW precisa ser considerado uma conquista importantíssima, mesmo que a maioria dos pacientes com doenças raras que se submetem ao sequenciamento genômico permaneçam sem diagnóstico."Cada diagnóstico bem sucedido facilitado pela RENEW significa um avanço profundo no fornecimento de respostas e esperança às pessoas que navegam nas complexidades das doenças raras", disse Ferrer. A RENEW possui um sofisticado sistema de filtragem que utiliza a nova informação <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/por-que-o-cromossomo-y-humano-estaria-evoluindo-mais-rapido-que-o-x" rel="noopener noreferrer" target="_blank">genética</a> para identificar a variante ou variantes patogênicas que causam a doença de um paciente.Em média, o equipamento levou aproximadamente 20 segundos para analisar cada uma das 5.741 variantes genômicas prioritárias. O tempo total de análise para cada paciente com um caso não solucionado levou de 10 segundos a 1h30 min. Por sua vez, a reanálise manual feita por pesquisadores e médicos geralmente leva semanas e envolve uma extensa revisão de artigos na busca por dados de pacientes.<h2>Esperança para o futuro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15213304543008.jpg" alt="Pesquisadores esperam melhorar ainda mais a automação da RENEW para ajudar mais pessoas no futuro. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Pesquisadores esperam melhorar ainda mais a automação da RENEW para ajudar mais pessoas no futuro. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Criada pelo pesquisador Eric Klee, diretor associado do Centro Everett J. e Jane M. Hauck Midwest, Pesquisa e Inovação, a RENEW surge como uma ferramenta que pretende revolucionar os sistemas de diagnósticos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120679-6-doencas-raras-capazes-de-mudar-a-sua-aparencia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">doenças raras</a> na medicina, oferecendo uma solução para diversos casos que anteriormente permaneceriam sem solução por longos períodos.Segundo Klee, a expectativa é que a nova tecnologia siga evoluindo com o passar do tempo para ajudar ainda mais pessoas. "Olhando para o futuro, através dos avanços tecnológicos, esperamos melhorar ainda mais a automação e a eficiência deste processo interpretativo, trazendo essa tecnologia para uma abertura mais ampla de dados de testes genéticos", destacou.Esse avanço não só representa um marco significativo na medicina personalizada, mas também reforça o compromisso dos pesquisadores em liderar a fronteira da ciência médica e melhorar a vida das pessoas no mundo inteiro.&nbsp;

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Nova tecnologia promete solucionar diagnóstico de doenças raras

Um estudo revelou que, graças à antiga técnica cirúrgica chamada trepanação, muitos europeus que enfrentavam doenças graves e fatais conseguiram ganhar mais tempo de vida.

Imagine viver na Europa Neolítica, cerca de 8 mil anos atrás, e precisar de uma cirurgia no crânio. Parece coisa de filme de terror, mas a trepanação era uma prática comum entre os antigos europeus. Estudos recentes revelam que muitos sobreviviam a essa cirurgia brutal, demonstrando habilidades cirúrgicas surpreendentes para a época.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125369-trepanacao-conheca-as-cirurgias-feitas-na-cabeca-ha-milhares-de-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">A trepanação consistia em perfurar o crânio</a> para tratar uma série de condições. A técnica, utilizada em várias partes do mundo, envolvia a criação de buracos no crânio, que podiam variar de largura, a depender do que se pretendia curar.&nbsp;Antes se achava que, devido à falta de ferramentas, remédios e técnicas adequadas, esse método de cirurgia levasse boa parte dos pacientes à morte. Contudo, os estudos mais recentes vêm cada vez mais mostrando que a realidade não era essa.<h2 style="text-align:justify;">Analisando crânios</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15104514866067.jpg" alt="Crânio exposto no Musée de l'Homme, em Paris, tem uma grande marca de trepanação. (Fonte: Musée de l'Homme, Julie Arnaud et al./ Divulgação)"><figcaption>Crânio exposto no Musée de l'Homme, em Paris, tem uma grande marca de trepanação. (Fonte: Musée de l'Homme, Julie Arnaud et al./ Divulgação)</figcaption></figure></figure>No Musée de l'Homme, em Paris, arqueólogos analisaram 41 <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127822-genetica-ajuda-a-encontrar-descendentes-vivos-de-cranios-roubados-da-africa-ha-um-seculo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">crânios</a> (de uma coleção de 159) com até 8 mil anos e encontraram evidências de trepanação com resultados bastante interessantes. Os pesquisadores, usando um paquímetro digital, descobriram que os buracos variavam entre 2,95 e 5,43 centímetros. Isso já soa invasivo o suficiente, mas alguns casos excediam os 10 centímetros.Curiosamente, a maioria dos crânios estudados apresentava sinais de cura, indicando que muitos <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/por-que-pacientes-terminais-com-demencia-tem-melhora-antes-de-morrer" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pacientes</a> sobreviveram à operação. Essa alta taxa de sobrevivência sugere um nível avançado de habilidade dos cirurgiões neolíticos. Eles provavelmente esterilizavam suas ferramentas de pedra e usavam plantas com propriedades analgésicas e antibióticas para ajudar na recuperação dos pacientes.Mas por que nossos ancestrais se sujeitavam a um procedimento tão arriscado? Acredita-se que a trepanação fosse realizada para aliviar a pressão intracraniana causada por lesões ou doenças, semelhante a algumas práticas cirúrgicas modernas.&nbsp;Além disso, há a hipótese de que o procedimento era realizado por&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117463-trepanacao-a-pratica-medica-que-perfurava-a-cabeca-dos-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">razões espirituais</a>. No século XIX, o neurologista Paul Broca alertou ao fato de que muitas pessoas acreditavam que as convulsões eram causadas por demônios presos no crânio, de modo que a perfuração era um meio de livrar o indivíduo dos entes malignos.<h2 style="text-align:justify;">Prática difundida</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15110747844085.jpg" alt="Alguns buracos são impressionantes de tão grande. (Fonte: Julie Arnaud et al./ Divulgação) "><figcaption>Alguns buracos são impressionantes de tão grande. (Fonte: Julie Arnaud et al./ Divulgação)</figcaption></figure></figure>A trepanação não era exclusiva da Europa. Crânios trepanados foram encontrados em diversos continentes, da América do Norte à América do Sul, e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/russia-e-china-querem-construir-usina-nuclear-na-lua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rússia à China</a>. No Peru, por exemplo, a prática era comum entre 200 e 600 d.C., continuando até o início do século XVI. Na China, a trepanação também era amplamente praticada.Como nem tudo são flores, há registros de trepanações que falharam. Em um caso, uma mulher medieval grávida, que provavelmente sofria de pré-eclâmpsia, teve um buraco de 4,6 milímetros perfurado em seu crânio para aliviar a pressão intracraniana. Infelizmente, ela e o feto não sobreviveram. Essa história destaca os riscos envolvidos e a coragem daqueles que se submetiam ao procedimento.Hoje, a trepanação evoluiu para a craniotomia, um procedimento mais seguro e preciso. <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/37852-conheca-a-historia-do-cirurgiao-que-operou-a-si-mesmo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cirurgiões modernos</a> removem um pedaço do crânio para acessar o cérebro e tratar condições como tumores e lesões cerebrais, recolocando o osso posteriormente (enquanto isso, o osso fica preservado em alguma parte do corpo, geralmente na barriga, por conter mais gordura).&nbsp;O fato é que a trepanação neolítica oferece uma fascinante visão da história da medicina e da resiliência humana. Mesmo com limitações tecnológicas, nossos ancestrais criaram mecanismos eficazes para tratar problemas graves de saúde, destacando a engenhosidade e coragem de quem viveu há milhares de anos.

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Cirurgia neolítica: por que (e como) europeus antigos andavam com um buraco no crânio?

A tripofobia pode ter raízes evolutivas profundas, refletindo mecanismos de sobrevivência herdados de nossos ancestrais.

Você já sentiu desconforto ao ver imagens de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/7-construcoes-animais-que-superam-obras-arquitetonicas-humanas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">favos de mel</a>, sementes de lótus ou bolhas agrupadas? Se sim, você pode estar experienciando tripofobia, uma aversão a padrões de pequenos buracos. Embora não seja oficialmente reconhecida como uma fobia, a condição tem atraído crescente atenção tanto do público quanto da comunidade científica. Um novo estudo, publicado na revista Evolutionary Psychological Science, examinou as possíveis raízes evolutivas dessa condição.<h2>A hipótese do animal perigoso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/14/14235133740006.jpg" alt="Alguns animais venenosos apresentam agrupamentos circulares. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Alguns animais venenosos apresentam agrupamentos circulares. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Uma das explicações mais discutidas para a tripofobia é a chamada "hipótese do animal perigoso". Segundo essa teoria, a aversão a padrões de buracos agrupados pode ter evoluído como um mecanismo para evitar animais venenosos. Muitas criaturas perigosas, como certas aranhas e cobras, possuem padrões na pele que se assemelham a aglomerados de buracos.Os estudos mostraram que <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/99106-tripofobia-17-imagens-que-podem-perturbar-pessoas-que-tem-medo-de-buracos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">imagens desses padrões</a> podem desencadear respostas neurais semelhantes às provocadas por animais venenosos. Esse reflexo automático provavelmente foi indispensável à sobrevivência de nossos ancestrais, ajudando-os a identificar e evitar ameaças potenciais rapidamente.Os pesquisadores descobriram que a "negatividade posterior inicial" — uma resposta neural rápida a estímulos visuais ameaçadores — é frequentemente ativada por imagens tripofóbicas. Isso sugere que nossos cérebros podem estar programados para reagir a esses padrões como se fossem sinais de perigo iminente. Assim, a tripofobia pode ser vista como um resquício de comportamentos adaptativos antigos, que ajudavam nossos antepassados a evitar os animais perigosos.<h2>A hipótese de evitar doenças de pele</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/14/14235317372007.jpg" alt="Algumas infecções, como a varíola, apresentam erupções cutâneas circulares. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Algumas infecções, como a varíola, apresentam erupções cutâneas circulares. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outra perspectiva interessante é a "hipótese de evitar doenças de pele". De acordo com essa teoria, a tripofobia pode ter evoluído como um mecanismo para evitar doenças infecciosas. Muitas doenças de pele, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119438-a-controversa-origem-da-vacina-da-variola.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">varíola</a>, hanseníase e tifo, causam padrões de buracos ou pústulas na pele.A aversão a esses padrões poderia ter ajudado nossos ancestrais a evitar contato com indivíduos doentes, reduzindo o risco de infecção. Estudos fisiológicos mostram que imagens tripofóbicas provocam respostas corporais fortes, como aumento da frequência cardíaca e dilatação das pupilas, semelhantes às reações de nojo.O nojo é uma emoção primária que desempenha um papel importante na prevenção de doenças, ajudando-nos a evitar alimentos contaminados e fontes de infecção. Pessoas com maior sensibilidade ao nojo tendem a ser mais propensas a experimentar tripofobia, o que reforça a ideia de que essa aversão pode estar ligada a mecanismos evolutivos de proteção contra doenças.Embora a tripofobia ainda não seja oficialmente reconhecida como uma fobia legítima, suas manifestações e o impacto que causa em muitas pessoas são inegáveis. Pesquisas futuras e maior reconhecimento da tripofobia podem levar a melhores métodos de tratamento, como terapia cognitivo-comportamental e terapia de exposição, ajudando aqueles que sofrem dessa condição a viverem de maneira mais confortável e segura.

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Tripofobia: o que causa na gente a aversão a buracos agrupados?

Um avanço significativo no estudo das enxaquecas revela uma nova rota entre o cérebro e os nervos periféricos.

Um estudo recente, conduzido por pesquisadores da Universidade de Copenhague e publicado na renomada revista Science, revelou uma descoberta revolucionária sobre as enxaquecas. A pesquisa identificou uma nova rota, até então desconhecida, entre o cérebro e os nervos periféricos, oferecendo informações importantes sobre como as auras estão conectadas às dores de cabeça intensas que caracterizam essa condição debilitante.<h2>A descoberta da conexão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13232903572002.jpg" alt="Os pesquisadores rastrearam o fluxo do LCR em ratos geneticamente modificados. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os pesquisadores rastrearam o fluxo do LCR em ratos geneticamente modificados. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os cientistas sempre souberam que as auras estão associadas à depressão cortical disseminada, caracterizada por ondas de atividade anormal no cérebro que inativam temporariamente neurônios específicos. Essas ondas parecem desencadear os nervos detectores de dor fora do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124184-cientistas-descobrem-nova-camada-na-anatomia-do-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro</a>, por meio da liberação de substâncias químicas no líquido cefalorraquidiano (LCR). No entanto, como esses produtos químicos atingiam os nervos era desconhecido.No novo estudo, os pesquisadores utilizaram camundongos geneticamente modificados, cujos neurônios brilham na presença de cálcio, para rastrear o fluxo do LCR. Eles descobriram que o LCR pode transportar moléculas para fora do cérebro através do gânglio trigeminal, um conjunto de células que transmite sinais dos nervos da face e mandíbula para o cérebro.Além disso, eles observaram que durante a aura as proteínas que podem ativar e sensibilizar os nervos sensoriais são liberadas no LCR e transportadas para o gânglio trigeminal, onde ativam os nervos sensoriais mediadores da dor. Essa descoberta liga diretamente a fase de aura à dor de cabeça da enxaqueca.<h2>Novos alvos terapêuticos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/13/13233043198003.jpg" alt="As descobertas podem abrir novas opções de tratamentos para quem sofre com enxaquecas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As descobertas podem abrir novas opções de tratamentos para quem sofre com enxaquecas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Das proteínas identificadas como ativadoras dos nervos sensíveis à dor, apenas uma — o peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) — é alvo das atuais terapias para <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120947-enxaqueca-como-ela-pode-afetar-seu-cerebro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">enxaqueca</a>. Embora medicamentos que bloqueiam o CGRP aliviem os sintomas em metade dos pacientes, milhões continuam sem tratamento eficaz. A descoberta de novas moléculas responsáveis pela dor de cabeça pode abrir novas opções terapêuticas.Os pesquisadores acreditam que identificar essas moléculas pode levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para pacientes que não respondem bem às terapias atuais. Esse novo caminho para a entrega de moléculas do cérebro para os gânglios periféricos pode ter relevância além das enxaquecas, potencialmente beneficiando outras condições de dor de cabeça.Apesar das descobertas promissoras, todos os experimentos foram realizados em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127866-embrioes-de-camundongos-sao-cultivados-com-sucesso-no-espaco-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">camundongos</a>, cujo cérebro é muito mais liso em comparação com o cérebro humano. As ondas anormais ligadas à enxaqueca podem não viajar tão eficientemente no nosso organismo, afetando a rapidez com que o LCR flui para fora do cérebro e se ativa ou não os nervos sensíveis à dor. O próximo passo será examinar esses processos em humanos ou em animais mais semelhantes à nossa fisiologia.

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Estudo revela novo motivo que pode ser causa das enxaquecas

Estudo publicado por pesquisador brasileiro aponta que crianças com autismo podem ter alterações em sua microbiota intestinal.

Um estudo brasileiro, que foi publicado recentemente na revista científica Nature Microbiology, sugere uma possível associação entre o autismo e as alterações no microbioma intestinal de crianças. A hipótese é que haja diferenças no grupo de microrganismos presentes na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122313-homens-que-bebem-cerveja-todo-dia-tem-mais-bacterias-no-intestino.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">microbiota</a> de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e de crianças neurotípicas.A pesquisa sugere que isso pode ter alguma relação com o transtorno. No entanto, é importante ressaltar que ela não elimina a possibilidade de que haja outras explicações possíveis para as alterações constatadas, o que será verificado na continuidade dos estudos.&nbsp;<h2>As possíveis ligações entre autismo e a saúde intestinal</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15135017436222.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Crianças que estão diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista apresentaram alterações intestinais em relação às crianças neurotípicas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo, conduzido pelo neurocientista Fabiano de Abreu Agrela no CPAH - Centro de Pesquisas e Análises Heráclito, parte de um artigo anterior publicado por ele e que já identificava uma associação entre <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/105270-13-fatos-interessantes-sobre-o-autismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autismo</a> e as alterações intestinais.“As dores de barriga são um sintoma comum em pessoas com autismo, afetando até 70% da população autista. A constipação é o problema <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/85287-so-para-quem-tem-estomago-veja-como-e-o-processo-de-digestao-video.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gastrointestinal</a> mais prevalente em pessoas com autismo, presente em cerca de 40% dos casos. Outros problemas comuns incluem diarreia, refluxo gastroesofágico e sensibilidade alimentar”, afirma Agrela no estudo.Segundo o artigo, os pesquisadores continuam investigando mais sobre esta relação, apontando que talvez seja possível que as causas abranjam desde problemas gastrointestinais até dificuldades de comunicação e sensibilidade sensorial.<h2>Possíveis causas das alterações intestinais</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/15/15134955145220.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>É possível que os problemas intestinais tenham várias explicações. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agrela ainda afirma que existem várias hipóteses sobre a relação entre TEA e alterações intestinais. “Estudos complementares devem ser feitos para definir com mais clareza as causas dessa possível relação, mas nosso estudo inicial já aponta algumas hipóteses que podem explicar a correlação”, pontua.Dentre elas, estão as dificuldades de comunicação das necessidades fisiológicas, o que poderia levar à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117159-homem-morto-por-constipacao-fez-dieta-de-gafanhotos-durante-meses.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">constipação</a> ou à incontinência fecal, mas também a comorbidades associadas ao autismo, como ansiedade e depressão, que poderiam contribuir com problemas no trato gastrointestinal.Ainda que o tema ainda esteja sob análise, o neurocientista ressalta que é importante que as pessoas com autismo sejam encaminhadas a médicos especializados caso apresentem problemas frequentes, como dores abdominais, constipação e incontinência fecal.Vários tratamentos poderão ser sugeridos pelos médicos, o que pode incluir o uso de medicamentos, a fisioterapia para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, e até a terapia ocupacional para melhorar habilidades de comunicação e autocuidado. Alterações na dieta também podem ser recomendadas para minimizar os problemas.

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Estudo brasileiro investiga relação entre o autismo e a saúde do intestino

Saiba o que está por trás das lágrimas e por que elas são tão essenciais para nossa saúde ocular e emocional.

Você já se perguntou por que choramos? Entender as razões por trás das lágrimas vai além da emoção – envolve ciência e necessidade fisiológica. <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/127222-chorar-faz-bem-sim-e-ate-debaixo-d-agua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Chorar</a> é uma resposta humana complexa que pode ser desencadeada por uma ampla gama de emoções e situações. Desde felicidade intensa até tristeza profunda, o choro é uma forma de expressão universalmente reconhecida.<h2>Razões físicas e emocionais para o choro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/03/03103437517072.jpg" alt="As gládulas lacrimais são responsáveis pela produção das lágrimas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>As glândulas lacrimais são responsáveis pela produção das lágrimas. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>As <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127226-do-que-as-lagrimas-sao-feitas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lágrimas</a> são produzidas pelas glândulas lacrimais localizadas acima de cada olho. Existem três tipos de lágrimas: as basais, produzidas continuamente para manter a umidade ocular; as reflexas, desencadeadas por irritantes físicos; e as emocionais, ativadas em resposta a estímulos emocionais intensos.O sistema nervoso desempenha um papel essencial na regulação do choro, controlando desde a produção até a drenagem das lágrimas. Durante períodos de estresse emocional, o sistema nervoso simpático estimula as glândulas lacrimais a produzirem lágrimas como parte da resposta fisiológica ao estímulo emocional intenso. Essas lágrimas produzidas durante o choro ajudam a transportar e eliminar parte do cortisol presente no organismo, reduzindo os níveis desse hormônio que foram aumentados devido ao estresse emocional.Após essa fase, o sistema nervoso parassimpático intervém para regular a produção de lágrimas, promovendo relaxamento e equilíbrio emocional. As lágrimas são então drenadas pelos canais lacrimais nas pálpebras e pelo ducto lacrimal até o nariz, como uma resposta emocional adaptativa e saudável no corpo humano.<h2>Papel social e desafios da repressão emocional</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/03/03104200648084.jpg" alt="O choro é resposta fisiológica ao estímulo emocional intenso. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O choro é uma resposta fisiológica ao estímulo emocional intenso. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em diversas culturas, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/85747-6-fatos-cientificos-sobre-o-choro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">choro</a> é visto como um sinal de autenticidade emocional, promovendo conexões mais profundas entre indivíduos. Assim, chorar não apenas expressa emoções, mas também desempenha um papel vital como função biológica e meio de comunicação interpessoal, o que destaca sua importância para a saúde física e emocional das pessoas.A repressão emocional pode impedir a produção de lágrimas durante o choro, mesmo em resposta a emoções intensas, manifestando-se em alterações físicas como mudanças na frequência cardíaca, expressões faciais ou tensão muscular. Esse fenômeno é especialmente observado em pessoas que aprenderam a suprimir suas emoções como um mecanismo de enfrentamento.Além disso, certos medicamentos podem diminuir a produção de lágrimas durante o choro devido a efeitos colaterais que interferem nas glândulas lacrimais, dificultando não apenas o ato físico de chorar, mas também impactando a capacidade do indivíduo de processar e expressar emoções de maneira completa e saudável.Chorar é uma expressão emocional poderosa. E, apesar de ser controlável em certo grau, o choro continua sendo uma resposta fisiológica complexa que não pode ser completamente suprimida, semelhante a outras funções autônomas do corpo humano.

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Por que choramos? Conheça as surpreendentes respostas da ciência

Casos históricos mostram que prender o espirro pode ser um ato um tanto quanto perigoso.

Você provavelmente já ouviu de algum parente próximo que segurar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/por-que-algumas-pessoas-espirram-tao-mais-alto-que-outras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">espirro</a> não é algo que você deveria estar fazendo na sua vida. De acordo com algumas lendas urbanas, esse ato poderia até mesmo fazer com que seus olhos pulassem para fora da sua cabeça. Contudo, essa informação não passa de um enorme mito sem qualquer prova científica.Mas será que prender um espirro realmente pode ser algo perigoso? Por mais raro que isso seja, existem alguns registros científicos de que esse tipo de ação pode acarretar em sérios danos ao corpo humano. Portanto, é melhor não se restringir!<h2>Riscos de segurar um espirro</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/09/09211305474009.jpg" alt="Homem teve sua traqueia rompida em caso inusitado de espirro preso. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Homem teve sua traqueia rompida em caso inusitado de espirro preso. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Existem alguns registros médicos sobre os eventuais riscos de se segurar um espirro. O primeiro deles é bastante preocupante: uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128331-caso-de-traqueia-rasgada-por-segurar-espirro-e-registrada-por-medicos-pela-1-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">traqueia rasgada</a>. Estudos mostram que um homem passando por sintomas alérgicos decidiu apertar seu nariz e fechar a boca em vez de espirrar enquanto dirigia. Pouco tempo depois, o motorista começou a sentir fortes dores no pescoço e inchaço.Imediatamente, ele se direcionou ao hospital. Ao chegar ao pronto-socorro, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125388-1-raio-x-de-atomo-unico-do-mundo-e-registrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">raio-X</a> revelou que o homem havia sofrido um enfisema cirúrgico, que nada mais é do que uma lesão traumática que vaza ar sob a pele. O responsável por isso teria sido um rasgo na traqueia causado pelo ato de segurar um espirro.Outro caso curioso envolveu um homem de 34 anos, que também tampou nariz e boca para evitar um espirro, e sentiu uma "sensação de estalo" no pescoço. Em consultas médicas, especialistas identificaram o chamado sinal de Hamman — um estalo que ocorre quando o coração se choca contra um tecido cheio de ar. Exames posteriores revelaram que o paciente havia rompido a parte de trás do pescoço, potencialmente por ter prendido seu espirro.<h2>Maiores riscos e prevenção</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/09/09211439160011.jpg" alt="Estudos indicam que espirros podem soprar ar para fora do nosso corpo em velocidades de até 56 km/h. (Fonte: GettyImages)"><figcaption>Estudos indicam que espirros podem soprar ar para fora do nosso corpo em velocidades de até 56 km/h. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>De acordo com pesquisadores, segurar um espirro também pode acabar agravando ferimentos já existentes no corpo humano. Um belo exemplo disso é o caso de um homem de 38 anos que piorou uma lesão em sua bochecha direita ao tentar não espirrar, o que causou um enorme inchaço na região.Posteriormente, descobriu-se que ele estava andando com uma fratura não diagnosticada no seio maxilar direito, o que causou um enfisema subcutâneo da face. Obviamente, os exemplos citados acima são apenas resultados raros do que pode acontecer com quem costuma segurar espirros — mas não deixa de ser um belo aviso sobre os eventuais riscos.Por mais surpreendente que seja, essa é uma ação relativamente perigosa, uma vez que um espirro pode forçar o ar para fora do nosso corpo em velocidades de até 56 km/h. Sendo assim, da próxima vez que você for espirrar, cubra a boca para não sair disseminando germes por aí, mas não tente impedir o seu espirro de sair!

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Segurar um espirro é perigoso?

Sucesso do procedimento de transplante de laringe leva esperança a milhares de pessoas.

Um homem nascido no Massachussetts, nos Estados Unidos, se tornou a primeira pessoa a receber um transplante total de laringe enquanto ainda se tratava para o câncer. É a terceira vez que essa cirurgia é realizada, mas a primeira em uma pessoa ainda enferma pela doença.Com essa notícia, o paciente Marty Kedian, de 59 anos, se juntou a um grupo muito pequeno de pessoas que já haviam sido submetidas a essa cirurgia. A esperança é que, em breve, o procedimento possa ser oferecido a mais indivíduos que perderam a voz nessa situação.<h2>A função da laringe</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10181204639390.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>A laringe funciona como uma válvula que se abre e fecha, controlando o fluxo de ar. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A laringe é uma pequena estrutura tubular localizada acima da traqueia e na frente do esôfago. Ela atua como uma espécie de válvula, que se abre e fecha conforme for necessário para regular o fluxo de ar. Ainda contém as cordas vocais, que formam a voz humana, mas também a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/103921-que-tal-entender-a-mecanica-do-sistema-respiratorio-com-estes-fatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">epiglote</a>, que impede a entrada de alimentos e líquidos.Uma doença como o câncer pode afetar a laringe, gerando a necessidade de removê-la. Ocorre que isso pode causar impactos marcantes na vida de um paciente. Dependendo do caso, ele pode necessitar de um tubo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/121491-traqueostomia-6-fatos-essenciais-sobre-este-procedimento.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">traqueostomia</a>, um tubo de gastrostomia ou mesmo perder a capacidade de se comunicar verbalmente.Para melhorar a vida desses pacientes, o transplante de laringe foi testado pela primeira vez há cerca de 26 anos. Mas se trata de uma cirurgia complicada e que nem sempre é possível prever quais serão os resultados.<h2>O experimento de transplante de laringe</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/H9fOyKUrDmQ?si=axdLFWQRIayNSTnk" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Uma equipe da Mayo Clinic, no Arizona, que está pesquisando sobre esse procedimento, submeteu Marty Kedian à cirurgia no dia 29 de fevereiro de 2024. Seu caso foi diferente aos dois anteriores em que esse transplante foi feito pelo fato de que ele era um paciente de câncer (os outros dois haviam sofrido lesões no órgão).Durante o seu tratamento, Kedian já havia passado por vários procedimentos para retirar o câncer e preservar a função da laringe, mas acabou ficando com dificuldades para engolir e falar, o que o levou a uma traqueostomia. Por isso, os médicos avaliaram a possibilidade de um transplante.Ele precisou esperar 10 meses até que surgisse uma doação de laringe no tamanho correto. O procedimento envolveu uma microcirurgia que levou cerca de 21 horas, e que reconectou os nervos que controlam a deglutição e o movimento das cordas vocais.Após apenas três semanas, o paciente conseguiu falar "olá", sua primeira palavra com a nova <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127913-6-fatos-estranhos-e-curiosos-sobre-a-nossa-voz.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">laringe</a>. Desde então, ele está melhorando. Em declaração à Associated Press, Kedian disse que, desde que ficou sem sua voz, passou a se sentir muito estranho e perdeu a vontade de ir aos lugares. "Eu adoro falar com as pessoas em todos os lugares que vou, e eu simplesmente não conseguia. Eu queria (recuperar a voz) para poder conversar e respirar normalmente com minha nova neta. Quero ler suas histórias para dormir com minha própria voz", compartilhou.Agora, após passar pelo transplante, ele tem uma nova chance de isso acontecer. Embora este seja um câncer bastante raro (que contava com 184.615 casos globais em 2020), a perda da laringe acarreta um impacto muito significativo à vida dos pacientes. Agora, milhares de pacientes podem ter esperança de recuperar a sua voz, assim como ele.

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Homem se torna a 1ª pessoa a realizar um transplante total de laringe

Doença, que provoca dores incapacitantes, chamou a atenção por conta de uma brasileira que está organizando uma vaquinha para realizar a eutanásia na Suíça.

Recentemente, chamou a atenção o caso de uma médica veterinária brasileira de 27 anos que anunciou estar buscando recursos para ir para a Suíça realizar a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/o-debate-sobre-a-etica-da-eutanasia-nos-paises-baixos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eutanásia</a>, onde o procedimento é legalizado. Ela quer encerrar a própria vida por conviver desde os 16 anos com uma dor crônica causada pela Neuralgia do Trigêmeo.Trata-se de uma condição de saúde que causa dores intensas e constantes na face, e que já foi categorizada como a "pior dor do mundo".<h2>O que é neuralgia do trigêmeo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/06/06125346558001.jpg" alt="X"><figcaption>A neuralgia do trigêmeo pode levar o portador da doença a ficar incapacitado. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A neuralgia do trigêmeo é uma doença crônica que atinge o nervo trigêmeo, localizado na face, desde a testa até o fim do queixo. Ele é responsável por permitir a nossa sensibilidade na pele nessa área.A hipótese mais forte é que essa doença seja causada por uma compressão de um vaso sanguíneo sobre as raízes do nervo. Ela também pode estar relacionada a outras enfermidades, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128937-nanocristais-de-ouro-podem-ajudar-com-doenca-parkinson-e-esclerose-multipla.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esclerose múltipla</a>, isquemias vasculares, tumores do ângulo pontocerebelar e tumores do próprio nervo.Trata-se de uma dor crônica, pois ela perdura por mais de três meses. Inclusive, ela pode se tornar incapacitante, afastando o paciente de atividades sociais e profissionais. Os relatos são de uma dor permanente semelhante a um choque em um dos lados do rosto. Mas, quando há uma crise, chamada de paroxística, a dor pode permanecer por meses.O problema é que, depois dos períodos de remissão da dor, ela costuma voltar mais forte, e passa a ser desencadeada por qualquer estímulo sensorial na face, como o ato de mastigar, falar e escovar os dentes. Até um vento frio pode provocar um choque no rosto.Por se tratar de uma dor permanente e incômoda, é muito comum que os pacientes desenvolvam <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressão</a>, já que precisam conviver com um desconforto terrível e que nunca se encerra.&nbsp;<h2>Há tratamento para a neuralgia do trigêmeo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/06/06130846415007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Não há cura para a neuralgia do trigêmeo, apenas tratamentos. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Infelizmente, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/35965-7-condicoes-fisicas-mais-dolorosas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neuralgia do trigêmeo</a> não tem cura. O que existe são tratamentos que buscam controlar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente. E o mais preocupante é que se trata de uma enfermidade relativamente comum: 4,5 por 100 mil indivíduos no Brasil possuem essa condição.No caso de suspeita sobre esse tipo de situação, as especialidades da medicina recomendadas para o diagnóstico da doença são a neurologia e a neurocirurgia, que atuam em tratamentos combinados com otorrinolaringologistas e cirurgiões bucomaxilofaciais.Como essa doença não reage tão bem aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/107076-como-o-analgesico-sabe-qual-lugar-do-seu-corpo-esta-doendo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">analgésicos</a> mais comuns, como o paracetamol ou a dipirona, é preciso haver o acompanhamento permanente, para que o médico avalie o uso de outras drogas. Há ainda a possibilidade de cirurgia como uma forma de combater as dores, por meio da descompressão neurovascular, rizotomia por radiofrequência ou glicerol.&nbsp;Outro tratamento usado é a inserção de um balão de compressão inserido dentro da bochecha do paciente, oferecendo conforto para um longo tempo, com taxas de controle da dor que podem chegar a 91% em 6 meses.&nbsp;A boa notícia é que os pesquisadores seguem investigando tratamentos novos para essa questão. Recentemente, cientistas do Instituto de Física de São Carlos tiveram resultados muito positivos ao testar uma terapia com laser de baixa potência como tratamento complementar aos medicamentos usados pelos pacientes.Vale lembrar que o caso da veterinária brasileira, que sofre com dores incapacitadas e que não respondem aos tratamentos, é uma exceção. Segundo o neurocirurgião Marcelo Senna, que acompanha o caso da jovem, a maior parte dos pacientes responde bem a medicamentos.

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Neuralgia do trigêmeo: entenda a doença que causa "pior dor do mundo"

O estudo mostra que, a partir dos 65 anos, pessoas já conseguem analisar, e até mesmo, mudar alguns marcadores vitais para chegar aos 100, com saúde.

Da década de 1970 para cá, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/as-pessoas-realmente-viviam-ate-os-100-anos-ou-mais-nos-tempos-antigos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">o grupo demográfico que mais cresceu na população mundial, o dos centenários</a>, vem dobrando seu número de sobreviventes a cada dez anos, sem nenhuma causa aparente.Tentando entender os motivos pelos quais essa galera idosa passou a viver mais, e levando uma vida saudável, um grupo de cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, realizou o maior estudo comparativo de perfis de biomarcadores medidos durante a vida já feita até hoje. O artigo com os resultados foi publicado ano passado na revista GeroScience.&nbsp;Comparando perfis de pessoas excepcionalmente longevas com as de vida mais curta, os autores concluíram que a maioria dos centenários mostrou perfis de biomarcadores bastante homogêneos. A boa notícia é que esses valores já ficam disponíveis a partir dos 65 anos, permitindo que as pessoas tenham um vislumbre da sua longevidade em exames de sangue corriqueiros.<h2>Como foi feita a pesquisa sobre a longevidade a partir de 100 anos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01182900825265.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Doze biomarcadores foram incluídos na metodologia. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O estudo comparou perfis de biomarcadores de pessoas que passaram dos 100 anos com seus pares de vida mais curta, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128352-estudo-liga-5-marcadores-sanguineos-ao-suicidio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e analisou a possível associação entre os valores observados e a chance de se tornar centenário</a>. A coorte, parte de um estudo epidemiológico chamado AMORIS, incluiu 44 mil indivíduos com idades entre 64 e 99 anosDoze biomarcadores sanguíneos foram incluídos na metodologia e relacionados à inflamação (ácido úrico), metabolismo, função hepática e renal, potencial desnutrição e anemia.Da população analisada por até 35 anos, 1.224, ou 2,7% do total, viveram até os 100 anos.<h2>O que os cientistas descobriram sobre as pessoas com mais de 100 anos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/01/01182632366264.jpg" alt="X. (Fonte: Getty Images/Reproduççao)"><figcaption>Centenários têm níveis mais baixos de glicose, creatinina e ácido úrico. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Tentando determinar a probabilidade de completar 100 anos, os autores descobriram que todos os 12 biomarcadores (exceto ALAT e albumina) <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123337-exame-de-sangue-pode-diagnosticar-transtornos-psiquiatricos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mostraram conexões diretas com a longevidade</a>. Por exemplo, pessoas que sopraram 100 velinhas têm uma tendência a apresentar níveis mais baixos de glicose, creatinina e ácido úrico a partir dos 60 anos.Por outro lado, pessoas com níveis mais altos nesses três marcadores, e também nos da função hepática, têm uma chance maior de partir antes dos 100. A baixa probabilidade de se tornar um centenário também se estende aos que estão no mais baixo dos cinco grupos para os níveis de colesterol total e ferro.&nbsp;Embora, no geral, essas diferenças tenham sido bastante pequenas, elas revelaram uma potencial ligação entre saúde metabólica, nutrição e longevidade excepcional. E mesmo sem conseguir identificar os fatores responsáveis pelos valores dos exames de sangue, ficou claro que controlar nossos marcadores renais e hepáticos, bem como glicose e ácido do úrico, pode ser uma valiosa dica para quem deseja colocar três dígitos em sua idade.

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