No estudo, os autores conseguiram aproveitar as habilidades sensoriais de um sistema de fungos para movimentar e controlar robôs bio-híbridos.

O micélio, uma rede subterrânea de filamentos (hifas) que interliga diversos cogumelos, foi usado pela primeira vez para transformar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128916-cogumelo-brota-no-corpo-de-sapo-e-cientistas-nao-conseguem-explicar-o-motivo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a atividade eletrofisiológica dos fungos</a> em energia cinética para dois dispositivos mecânicos: um robô maleável de cinco membros e um veículo autônomo de quatro rodas, sem fio.Segundo o estudo, publicado recentemente na revista Science Robotics, a equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade de Cornell, nos EUA, e da Universidade de Florença, na Itália, testou uma saborosa cultura do cogumelo ostra rei (Pleurotus eryngii), para aproveitar os sinais elétricos próprios do micélio na operação de robôs bio-híbridos.O líder do projeto, Rob Shepherd, da Cornell, explicou em um comunicado de imprensa que, "Ao cultivar micélio na eletrônica de um robô, fomos capazes de permitir que a máquina bio-híbrida sentisse e respondesse ao ambiente".&nbsp;<h2>Fundindo biologia e tecnologia</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/5ZkkaM54RH8" title="Tethered soft robot controlled by a mushroom" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe><a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127976-organismo-de-450-milhoes-de-anos-volta-a-vida-como-robo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Fundir componentes biológicos com máquinas</a> não é uma ideia exatamente nova, pois a evolução vem refinando esse tipo de integração há milhões de anos. Tanto que a rede ramificada e interconectada do micélio dos fungos tem um funcionamento parecido com a rede de neurônios e sinapses do cérebro humano.Nesse sentido, estudar e replicar os mecanismos biológicos adotados pelo reino Fungi, do qual os cogumelos fazem parte, pode revelar muitos “atalhos” e caminhos mais eficientes para o desenvolvimento da tecnologia cibernética.De simples manejo, esses fungos são facilmente cultiváveis e, por não fazerem fotossíntese, podem viver em condições difíceis para outros organismos. Suas redes subterrâneas de fios finos interconectados revelam uma espécie de “inteligência” sensível e reativa ao seu ambiente, adaptando-se às mudanças.<h2>Qual a utilidade dos robôs movidos a energia de cogumelos?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/04/04223513630000.jpg" alt="Robô com rodas controlado por sinal de micélio. (Fonte: Robert Shepherd/Divulgação)"><figcaption>Robô com rodas controlado por sinal de micélio. (Fonte: Robert Shepherd/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Os dois robôs construídos no estudo são operados por uma unidade microcontroladora alimentada por picos de atividade elétrica produzida pela eletrofisiologia extracelular do micélio, e produzidas por um estímulo externo, no caso luz ultravioleta. A produção de energia mediada pelo pequeno computador alterna respostas mecânicas dos dispositivos móveis.Para o primeiro autor do artigo, Anand Mishra, o projeto não visa apenas controlar robôs. "<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cogumelos-magicos-dessincronizam-o-cerebro-humano-por-ate-3-semanas" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Trata-se também de criar uma verdadeira conexão com o sistema vivo.</a> Porque uma vez que você ouve o sinal, você também entende o que está acontecendo. Talvez esse sinal esteja vindo de algum tipo de estresse. Então você está vendo a resposta física, porque esses sinais não podemos visualizar, mas o robô está fazendo uma visualização", diz o biorroboticista.Embora o "robomelo" possa parecer um pouco tosco, futuras versões mais sofisticadas dos seus sistemas poderiam ter aplicações em setores como agricultura, monitoramento ambiental e saúde. Esses sistemas poderiam avaliar, por exemplo, as quantidades exatas de nutrientes ou pesticidas necessárias a um determinado solo, ou reações ao aumento de poluentes.&nbsp;

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Cientistas colocam cogumelos para controlar 2 robôs; o que aconteceu?

Veja como a escassez de mão de obra resultou em máquinas que parecem personagens de ficção científica.

O Japão enfrenta um desafio crescente que vai na contramão de diversos países, incluindo o Brasil. Por lá, sobram postos de trabalho em diversos setores da economia devido à escassez de mão de obra causada pela sua persistente crise de natalidade. &nbsp;Enquanto muitos lugares ao redor do mundo ainda lutam contra o desemprego, a terra do sol nascente busca soluções criativas – e tecnológicas – para lidar com sua falta de trabalhadores. Uma dessas inovações parece ter saído diretamente de mangás e animes. Confira.<h2>Robôs gigantes nos mangás e nos trilhos</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842742579.jpg" alt="GettyImages-1569540490.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842805581.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151843008587.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842976586.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151843023588.jpg 1000w," sizes="100vw">Quem é fã de entretenimento japonês, sabe bem que os robôs gigantes são um tema recorrente em quadrinhos e animações do país. Personagens centrais de obras mundialmente famosas, como Neon Genesis Evangelion e Gurren Lagann, os Mecha saíram da fantasia para a realidade.Em um passo ousado para tentar resolver a falta de mão de obra, o Japão começou a implementar robôs gigantes na manutenção das suas ferrovias. Idealizados pela West Japan Railway (JR West), uma das principais companhias ferroviárias do país, os equipamentos têm forma humanoide, com braços que conseguem carregar objetos de até 40 kg e alcançar até 12 metros de altura, segundo informações de reportagem da NHK World Japan.<h2>Parcerias na inovação</h2>Em mais um exemplo de que a inovação acontece em equipe, a JR West firmou uma parceria com as empresas Jinki Ittai, de engenharia de controle e automação, e Nippon Signal, de sistemas de sinalização para ferrovias, para o desenvolvimento dos robôs. &nbsp;Os equipamentos são controlados a distância com uso de óculos de Realidade Virtual conectados a câmeras. Se o operador vira a cabeça, o robô faz o mesmo movimento, permitindo uma visualização completa do local de manutenção.Por enquanto, esses gigantes cumprem tarefas como aparar árvores e remover objetos que obstruam os trilhos, além de fazer pinturas. Porém, novos componentes estão sendo desenvolvidos para abarcar outros serviços.O presidente da empresa, Kazuaki Hasegawa, destacou que “expandir o uso de robôs é importante para enfrentar os desafios de manutenção e garantir operações estáveis e sustentáveis nas ferrovias”. A companhia ainda reforçou que a ideia é reduzir a carga de manutenção em até 30% e aprimorar a segurança das operações, nos casos em que o trabalho precisa ser realizado em locais perigosos, como os que envolvem eletricidade.<h2>Engenharia de Controle e Automação na UNIP</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842758580.jpg" alt="GettyImages-1483013789.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842805582.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842945584.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842945583.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/08/13/13151842945585.jpg 1000w," sizes="100vw">Projetos como este são fruto da Engenharia de Controle e Automação, também conhecida como Mecatrônica. Trata-se de uma área em constante evolução e com muitas oportunidades no mercado de trabalho. Há demanda por profissionais qualificados em setores como transportes, indústria, automobilístico e até mesmo na saúde.Para quem deseja seguir uma carreira no campo da Robótica e Automação, o curso de graduação da UNIP é uma excelente opção. Ele oferece uma formação abrangente, com grade curricular atualizada e professores renomados.Na Mecatrônica da UNIP, os alunos têm a oportunidade de trabalhar com projetos práticos em uma infraestrutura robusta, que conta com laboratórios de:<ul><li>Física e Química</li><li>Desenho</li><li>Mecânica dos Fluidos</li><li>Sistemas Digitais, Circuitos Digitais, Microprocessadores e Controle e Servomecanismos</li><li>Processos de Fabricação</li><li>Máquinas Hidráulicas e Pneumáticas</li><li>Eletrônica Digital e Analógica</li><li>Automação, Robótica e Instrumentação</li></ul>Se você quiser saber mais sobre o <a href="https://www.unip.br/">curso de Engenharia de Controle e Automação da UNIP</a>, visite o site e conheça as formas de ingresso, modalidades de ensino e oportunidades de bolsas, financiamentos e descontos que a Instituição oferece!

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Robôs gigantes já são uma realidade e estão trabalhando em ferrovias do Japão

Não vivemos sem a tecnologia, mas ainda não conseguimos confiar nela.

Um futuro totalmente mecanizado e virtual está logo ali. Na década de 1960, o movimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121649-retrofuturismo-a-maneira-de-idealizar-um-futuro-melhor-e-avancado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">retrofuturismo&nbsp;</a>despertou o sonho em muitos de um mundo operado por maquinários complexos, com braços reguláveis gigantes que serviriam para construir peça por peça de um automóvel ou até limpar uma casa inteira. Não é para menos que os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119139-automat-o-primeiro-sistema-de-fast-food-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">autômatos</a>, ou robôs, já foram encarados como “a melhor invenção do homem”.Até um tempo atrás, a<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127289-como-sabemos-se-uma-inteligencia-artificial-se-tornou-consciente.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;inteligência artificial</a>, como um conjunto de várias tecnologias que permitem que funções avançadas sejam executadas, era apenas algo que existia nas páginas dos livros de Arthur C. Clarke. Hoje, no entanto, esse recurso já significa um mercado de mais de US$ 800 bilhões, capaz de transformar coisas e lugares, emular vozes, criar músicas, escrever redações, fazer atendimento virtual, cirurgias, transações bancárias e uma série de outras funções.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10103045807040.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O mercado de inteligência artificial está avaliado em US$ 800 bilhões. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Apesar de as máquinas e a inteligência artificial terem se tornado essenciais na nossa vida e buscarmos cada vez mais por elas, o medo da tecnologia moderna, conhecido como <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119206-sindrome-de-frankenstein-o-medo-da-rebeliao-das-maquinas.htm#:~:text=O%20medo%20do%20futuro&amp;text=A%20%22tecnofobia%22%20%C3%A9%20o%20medo,e%20a%20moderniza%C3%A7%C3%A3o%20do%20cotidiano." rel="noopener noreferrer" target="_blank">tecnofobia</a>, é algo que prevalece. Quando a primeira parte da Revolução Industrial aconteceu em 1760, as pessoas temeram que a<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122755-os-10-empregos-que-desaparecerao-do-brasil-nos-proximos-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;mão de obra humana fosse substituída</a> pelo maquinário tecnológico desenvolvido, e que todos caíssem em miséria, mesmo com a fome pelo progresso se forçando em meio a esse sentimento.Depois que essa possibilidade foi afastada, o medo voltou nos momentos finais para a virada do século XXI, com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120827-o-que-aconteceria-se-uma-clonagem-humana-desse-certo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">experimentos de clonagem</a> e a criação de tecnologias de comunicação e armazenamento de dados, cimentando o que foi chamado de "modernização do cotidiano".&nbsp;Os computadores já são mais poderosos em dar respostas ou eficazes em realizar procedimentos médicos do que a capacidade intelectual humana, então&nbsp;por que os seres humanos ainda não conseguem confiar na inteligência artificial?<h2>O Dilema do Trem</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10103138911041.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>É difícil determinar qual será a tomada de decisão de uma inteligência artificial. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A relação dos humanos com IA está totalmente vinculado a psicologia. Alguns não confiam nessa tecnologia para certas coisas em sua vida porque a enxerga como é: uma inteligência alienígena. A confiança depende não apenas da previsibilidade, mas de motivações normativas ou éticas, influenciada por experiência comum. Uma IA, porém, não passa de um conjunto de sistemas com uma limitação significativa: muitos de seus funcionamentos internos são impenetráveis ou fundamentalmente inexplicáveis, ou imprevisíveis.O Dr. Mark Bailey, membro do corpo docente da National Intelligence University, onde é o Chefe do Departamento de Inteligência Cibernética e Ciência de Dados, explicou ao The Conversation que as decisões que as IA tomam são muitas vezes opacas porque são sistemas que contém trilhões de parâmetros. Seus sistemas são construídos em redes neurais de aprendizagem profunda que, de certa forma, emulam o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cerebro-humano-pode-armazenar-10-vezes-mais-informacoes-do-que-se-imaginava#:~:text=C%C3%A9rebro%20humano%20pode%20armazenar%2010%20vezes%20mais%20informa%C3%A7%C3%B5es%20do%20que%20se%20imaginava,-11%2F06%2F2024&amp;text=Utilizando%20um%20m%C3%A9todo%20inovador%20para,maior%20do%20que%20se%20pensava." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cérebro humano</a>, contendo "neurônios" interconectados com variáveis ou parâmetros que afetam a força das conexões entre eles. O problema é que o sistema de IA “aprende” a classificar cada ponto de dados não por memorização, mas prevendo o que esse ponto de dados pode ser.Portanto, ninguém faz ideia de como uma IA vai se comportar diante de uma situação, o que é o grande problema de sua explicabilidade. Essa questão, inclusive, é constantemente colocada à prova no "Dilema do Trem", de Philippa Foot, sobre o pensamento ético.&nbsp;O que uma IA controlando um carro faria se uma criança pequena corresse para o meio da pista: ela escolheria entre atropelar a criança ou desviar e bater, potencialmente ferindo seus passageiros? Essa escolha já seria difícil para um ser humano fazer, mas ele tem o benefício de ser capaz de explicar sua decisão, com racionalização moldada por normas éticas, percepções e outros comportamentos, tudo o que uma IA não dispõe.<h2>Resolvendo o problema</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10103250693044.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Pesquisadores criaram uma tecnologia chamada "Delfos" que pode fazer julgamentos morais. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em outubro de 2021, pesquisadores de um laboratório de inteligência artificial em Seattle, chamado Allen Institute for AI, desenvolveram uma rede neural chamada "Delfos", uma tecnologia projetada para fazer julgamentos morais, visando o denominado problema de alinhamento da IA.O processo foi celebrado por uns e rejeitado por outros, que consideram absurda a própria ideai de uma máquina moral. Afinal, quem consegue/está apto a ensinar ética às máquinas? Pesquisadores de IA? Gerentes de produto? Filósofos e psicólogos formados? Reguladores do governo?<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/07/10/10105228589068.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Uma inteligência artificial é construída em redes neurais de aprendizagem que emula o cérebro humano. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Enquanto isso, alguns tecnólogos, como Bailey, acreditam que uma maneira de reduzir a incerteza e aumentar a confiança nas máquinas é garantir que o público esteja envolvido na tomada de decisões que os sistemas de IA fazem. Inclusive, essa é uma abordagem adotada pelo Departamento de Defesa dos EUA, que exige que um ser humano esteja nas funções on-the-loop (quando um sistema pode iniciar a ação por conta própria e um agente humano pode interromper ou alterá-la) e in-the-loop (quando o sistema faz uma recomendação, mas é necessário o agente humano para iniciar uma ação).Essa solução, porém, não é sustentável a longo prazo. Quanto mais as empresas e instituições governamentais adotam a IA, o futuro incluirá sistemas tão aninhados que decisões cada vez mais rápidas limitará as oportunidades de intervenção das pessoas. Por essa razão que os especialistas acreditam ser importante resolver a explicabilidade e alinhamento da IA antes que seja tarde demais e os humanos não tenham outra opção senão confiar todos os departamentos de sua vida em uma inteligência alienígena.

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Por que os seres humanos não confiam totalmente na inteligência artificial?

O material, desenvolvido por cientistas japoneses, também poderá ser útil para tratamentos médicos e cirurgias plásticas.

Em uma tentativa de tornar os <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127209-conheca-os-robos-mais-estranhos-e-divertidos-da-world-robot-conference.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs cada vez mais parecidos com os humanos</a>, cientistas da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram um novo tipo de pele artificial capaz de se prender melhor ao rosto dos androides. Com isso, a máquina mostra expressões faciais muito mais realistas.Detalhes sobre a novidade foram publicadas em um estudo na revista Cell Reports Physical Science, no dia 25 de junho, mostrando que ela é feita a partir de culturas de células da pele humana. Isso a torna mais macia e oferece uma série de outras vantagens.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28103356713066.jpg" alt="Método antigo e a nova pele cultivada em laboratório, à direita. (Fonte: Universidade de Tóquio/Divulgação)"><figcaption>Método antigo e a nova pele cultivada em laboratório, à direita. (Fonte: Universidade de Tóquio / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Segundo a equipe de pesquisa, a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115937-cientistas-criam-pele-artificial-capaz-de-sentir-dor.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pele cultivada em laboratório</a> para robôs humanoides apresenta grande flexibilidade, possibilitando sua fixação a praticamente qualquer tipo de superfície. Além disso, o material se move com os componentes mecânicos, contribuindo para uma maior naturalidade das expressões.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/122385-precisamos-que-robos-parecam-humanos-termos-medo-deles.htm?f" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que precisamos que os robôs pareçam humanos para termos medo deles?</a></li></ul>Outra característica da pele artificial para robôs é a sua capacidade de regeneração, assim como acontece com a nossa pele que se recupera de lesões superficiais. Dessa forma, eventuais cortes, furos e rasgos são curados automaticamente, embora o artigo não tenha informado quanto tempo demora tal processo.<h2>Dificuldade para fixação da pele artificial</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28103545460069.jpg" alt="Os ligamentos da pele do tecido humano serviram de inspiração para os pesquisadores. (Fonte: Universidade de Tóquio/Divulgação)"><figcaption>Os ligamentos da pele do tecido humano serviram de inspiração para os pesquisadores. (Fonte: Universidade de Tóquio / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Conectar a pele ao rosto robótico foi um grande desafio para os pesquisadores, que não conseguiram concluir o procedimento em tentativas anteriores. Desta vez, eles precisaram fazer vários pequenos furos na face do androide, aplicando gel com colágeno para tampar os orifícios e fixar o tecido artificial.O método simula o modelo de fixação da pele se prendendo às estruturas subjacentes por ligamentos nos humanos. Anteriormente, os especialistas usaram mini ganchos para prendê-la, mas a técnica danificava o material à medida que o humanoide se expressava, deformando-a ou terminando em rasgos.Apesar dos avanços, os autores afirmam que vai demorar alguns anos para que o robô com sorriso realista esteja disponível. Eles ainda pretendem aumentar a durabilidade e a longevidade da pele artificial, aprimorar seu aspecto natural e torná-la capaz de apresentar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112564-nova-pele-artificial-confere-sensacoes-a-dispositivos-eletronicos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sensibilidade ao calor e toques</a>.<h2>Benefícios para a humanidade</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/06/28/28103754216072.jpg" alt="A nova pele flexível se adapta a qualquer formato de face robótica. (Fonte: Universidade de Tóquio/Divulgação)"><figcaption>A nova pele flexível se adapta a qualquer formato de face robótica. (Fonte: Universidade de Tóquio / Divulgação)</figcaption></figure></figure>Além de possibilitar a criação de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275085-conheca-5-robos-humanoides-realisticos-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs humanoides mais realistas</a>, a tecnologia pode ser útil no desenvolvimento de peles artificiais para as pessoas. Esse tipo de material contribuiria para melhorar a cicatrização de feridas, bem como outros tratamentos envolvendo o maior órgão do corpo humano.Também é possível que a técnica ajude a impulsionar as pesquisas sobre envelhecimento da pele e paralisia facial, oferecendo, ainda, novas opções de materiais para o uso em cirurgias plásticas, cosméticas e outros tipos de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128214-os-robos-e-a-ia-vao-substituir-a-profissao-dos-medicos-no-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">procedimentos cirúrgicos</a>.

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Novo tipo de pele artificial deixa robôs assustadoramente mais parecidos com humanos

Precisando relaxar sua coluna após um cansativo dia de trabalho? A empresa Aescape criou um robô capaz de resolver todos os seus problemas.

Pense em um cenário perfeito para receber uma massagem relaxante: iluminação suave, tons terrosos convidativos, um cheiro fresco e cadeiras elegantes com almofadas fofas para você empilhar suas roupas. Esse é o ambiente que as salas de massagem da Aescape oferecem aos seus clientes, mas com um toque especial.A Aescape é uma empresa sediada em Nova York que criou uma mesa de massagem "aprimorada por <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128048-cientistas-criam-1-ia-que-domina-jogos-de-diferentes-tipos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Inteligência Artificial (IA)</a>". Sendo assim, quem optar por comprar seus serviços receberá um serviço de massagem não de um ser humano especializado, mas de um robô que aparentemente foi preparado para fornecer a "massagem mais avançada do mundo".<h2>Tecnologia relaxante</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/14/14005500746023.jpeg" alt="(Fonte: Annie Colbert/PopSci)"><figcaption>Sala de massagem futurista e tecnológica. (Fonte: Annie Colbert/PopSci)</figcaption></figure></figure>Em suas páginas oficiais, a Aescape se autodenomina detentora da massagem mais avançada do mundo. Porém, em vez de se despir e se posicionar desajeitadamente sob um lençol branco, a empresa oferece roupas especiais para aluguel ou compra na hora da massagem. O conjunto consiste em calças justas em um tom cinza-escuro e uma camisa combinando — que mais parecem equipamentos de ioga.Ao chegar na sala da massagem, os clientes podem programar o robô para receberem sua sessão de relaxamento ideal por meio de um serviço de autoatendimento. Ao todo, o CEO da Aescape, Eric Litman, passou sete anos desenvolvendo essa nova tecnologia com a ajuda de US$ 80 milhões em financiamento.Em entrevista à Popular Science, ele disse que a ideia de uma mesa de massagem totalmente automatizada e orientada por IA "nasceu de um problema pessoal" de ser incapaz de ter um tratamento regular e focado para uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/128569-parte-pouco-conhecida-do-corpo-pode-ser-a-origem-de-diversas-dores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dor crônica</a>. Sendo assim, o serviço promete satisfazer completamente independentemente das necessidades de seus usuários.<h2>Experiência revolucionária</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/03/14/14005547018024.jpeg" alt="(Fonte: Annie Colbert/PopSci)"><figcaption>A tela de controle do Aescape. (Fonte: Annie Colbert/PopSci)</figcaption></figure></figure>Toda a massagem ofertada pela Aescape acontece enquanto você está deitado de bruços. O rosto dos clientes é colocado para se acomodar em um buraco acolchoado, que dá visão para um tablet do tamanho de uma tela de laptop usado para controlar todos os aspectos da massagem.A tecnologia também é equipada para mapear o corpo do cliente em busca de 1,1 milhão de pontos de dados 3D para aprimorar o tratamento. Segundo Litman, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127850-6-robos-supertecnologicos-e-superassustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robô</a> também foi desenhado para aprender mais sobre o corpo dos usuários e suas preferências de massagem a cada sessão. “Usamos IA para personalizar sua experiência de massagem. Nossos dados, treinados por massoterapeutas, aprendem com seu feedback ao longo do tempo, ajustando os tratamentos às suas preferências”, destacou.Ao longo da massagem de 30 minutos, é possível brincar com as configurações de pressão da máquina — como suavizar a pressão nas pernas e apertar mais nas costas —, criando um cenário onde os clientes podem ir ajustando o procedimento conforme suas necessidades mudam. Obviamente, a tecnologia ainda não está no ponto para se tornar uma substituta individual de uma massagem tradicional, mas é uma clara demonstração do que o futuro poderá oferecer.&nbsp;

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Pesquisadores desenvolvem robô com 'a massagem mais avançada do mundo'

Imagem de Os robôs e a IA vão substituir a profissão dos médicos no futuro? no megacurioso

Alguns acreditam que 80% dos médicos desaparecerão no futuro para dar lugar a robôs, e que a saúde será administrada por empresários, não por especialistas médicos

<head></head><body>Os autômatos, ou robôs, se assim preferir, já foram encarados como "a melhor invenção do homem" – basicamente o ápice de sua inteligência, tecnologia e evolução. Um mundo operado por maquinários complexos, com braços reguláveis gigantes, que serviriam para construir peça por peça um automóvel até limpar uma casa inteira, era o suprassumo do retrofuturismo que os soviéticos sonhavam em 1960.A fome pelo progresso ofuscou o medo inicial, despertado durante a Revolução Industrial do século XIX, de que a mão de obra humana fosse substituída pelo maquinário tecnológico que surgiu. Acredita-se, no entanto, que o verdadeiro sentido da tecnofobia – o medo da tecnologia moderna – tenha surgido nos momentos finais para a virada do século XXI, com os experimentos de clonagem e a criação de tecnologias de comunicação e armazenamento de dados, cimentando o que foi chamado de "modernização do cotidiano".De acordo com dados erguidos pelo Instituto Zippia, estima-se que o maquinário tecnológico desloque 20 milhões de empregos na manufatura dos Estados Unidos até 2030. Atualmente, o país abriga 293 mil robôs industriais, com estimativa de que esse número aumente em pelo menos 40 mil a cada ano.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04174509853323.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Estudos mostraram que a pandemia do coronavírus acelerou o processo de extinção de empregos que dependem diretamente do homem, devido à necessidade que as corporações encontraram de se reinventar durante o lockdown. Um estudo divulgado em maio de 2020 pelo Becker Friedman Institute, da Universidade de Chicago, prospectou que 42% das demissões causadas pela pandemia seriam permanentes – e eles não erraram no cálculo.E em meio a esse cenário em que cada vez mais profissões são automatizadas, complementadas com o poder e predominância tanto de máquinas como softwares cada vez mais avançados de inteligência artificial, as pessoas temem que profissões consideradas a base da sociedade sejam substituídas.Então aqui está o questionamento: os robôs e a IA vão substituir a profissão dos médicos no futuro?<h2>Robôs: amigos ou inimigos?</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04174634169324.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)A Universidade Johns Hopkins, nos EUA, está desenvolvendo um robô cirúrgico que será capaz de realizar cirurgias de forma totalmente autônoma. Equipado com visão 3D e um algoritmo de aprendizado que permite planejar e se adaptar durante uma cirurgia, o autômato já até realizou um procedimento teste de laparoscopia em modelos de tecido suíno, suturando com sucesso as extremidades de um intestino de porco.Isso só mostra que, avançando no futuro, os hospitais e a medicina moderna parecerão muito diferentes, e esse tipo de informação parece assustar cada vez mais as pessoas. A maioria das pessoas não se sente confortável em depositar a própria vida nas mãos de um equipamento que não pensa, é vulnerável a bugs, malwares e outros tipos de problemas, ainda que um ser humano seja passivo de vários tipos de erros e má conduta.Por muito tempo, introduzir máquinas no lugar de médicos pareceu, no mínimo, algo equivocado e impensável, uma vez que medicina é considerada praticamente uma arte. Como uma máquina teria o treinamento rigoroso, a educação, o traquejo profissional e toda experiência possível para saber lidar com um caso?<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04174712970325.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Mas a questão é que, a introdução da tecnologia em toda sua extensão não foi pensada como uma forma de substituir a necessidade de uma presença humana no processo, apenas auxiliá-la, ou melhor, aprimorar procedimentos cirúrgicos ou médicos que necessitam de uma precisão além dos limites da capacidade humana.Um exemplo disso foi a criação do Sistema Da Vinci, parte integrante da cirurgia em todo o mundo, que não passa de braços robóticos controlados por meio de um console por cirurgiões altamente treinados. O equipamento se faz extremamente útil em cirurgias minimamente invasivas que exigem movimentos intricados das mãos e uma destreza humanamente difícil de ser alcançada.<h2>A narrativa perigosa</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04174751788326.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não há um consenso sobre o quanto os robôs e a IA estão ajudando a comunidade médica ou "se apoderando dela", como pensa o empresário Vinod Khosla, que acredita que as máquinas substituirão cerca de 80% dos médicos no futuro, e que a saúde será administrada por empresários e não por especialistas médicos. O professor Geoffrey Hinton é um dos que não acredita na narrativa do "homem amigo da tecnologia", tanto que em 2016 disse em uma palestra que os radiologistas deveriam parar de se formar porque seu ramo de atuação desapareceria em breve.Com tantas vozes proeminentes dando sua opinião sobre o assunto, é compreensível que seja muito fácil se perder no meio disso, mas é necessário considerar alguns pontos antes de decidir, por exemplo, desistir de investir em alguma área médica por acreditar que ela não será uma profissão viável por muito tempo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04174830764327.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em termos técnicos, ainda que as máquinas possam eventualmente substituir algumas funções médicas, algoritmo nenhum jamais será capaz de ter conhecimento suficiente para alterar seu método de trabalho. Podemos pegar de exemplo um episódio da primeira temporada da série televisiva House (2004), em que uma equipe tenta descobrir como um jovem pode ter sido envenenado. Eles sensibilizaram o organismo do garoto de várias formas, mas sem sucesso. No final, descobrem, por acidente, que ele tinha uma espécie de inseticida em sua calça jeans comprada de um vendedor ambulante. A roupa não foi lavada antes de ser usada, e sua pele acabou absorvendo o veneno.Esse tipo de diagnóstico seria impossível de um algoritmo determinar, exatamente porque diagnósticos e estabelecer um plano de tratamento não são processos lineares. O trabalho de um médico requer criatividade e habilidades de resolução de problemas, algo além da capacidade de um robô. Muitos são os tipos de pacientes e de estilos de vida, e o mesmo se aplica às características das doenças. Vale lembrar que, antes da evolução das soluções digitais e da tecnologia complexa, os profissionais da saúde usavam dispositivos médicos básicos, e se esse processo não mudou, apenas foi incrementado.</body>

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Os robôs e a IA vão substituir a profissão dos médicos no futuro?

Imagem de Microrrobôs podem revolucionar a medicina regenerativa antes do que imaginamos no megacurioso

Criados a partir de células humanas, os chamados antrobôs podem assumir várias formas diferentes enquanto se movem

<head></head><body>A medicina regenerativa pode ter adicionado uma nova ferramenta ao seu arsenal. A partir de células humanas vivas, cientistas desenvolveram pequenos robôs biológicos chamados "antrobôs". Embora sejam minúsculos, esses <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127850-6-robos-supertecnologicos-e-superassustadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs</a> possuem um grande potencial para curar e tratar doenças.Todo o trabalho começou ainda em 2020, com a criação dos xenobots — uma robótica biológica a partir de células embrionários de sapos. Agora, no entanto, a tecnologia conseguiu ser repassada para ser criada a partir de células de outros organismos, principalmente a de seres humanos.&nbsp;<h2>Mudanças relevantes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/04/04180815644351.jpg" alt="(Fonte: Gizem Gumuskaya/Divulgação)">(Fonte: Gizem Gumuskaya/Divulgação)Quando os xenobots foram desenvolvidos pela primeira vez, os pesquisadores não tinham certeza se a capacidade regenerativa desses robôs se dava por conta de suas origens anfíbias. Então, eles queriam descobrir se os chamados "biobots" também poderiam ser criados a partir de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122789-atlas-de-celulas-humanas-o-projeto-que-vai-mapear-37-trilhoes-de-celulas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">células</a> de outros organismos. Os humanos, obviamente, foram os escolhidos para começar com os estudos.O ponto de partida para os mais novos antrobôs é uma única célula humana adulta retirada da traqueia. Esses tipos de células são cobertos por minúsculas estruturas semelhantes a cílios, que ajudam a manter pequenas partículas fora de nossos pulmões. Ao manipular as condições de crescimento em laboratório, a equipe conseguiu encorajar as células a se replicarem em organoides multicelulares com os cílios voltados para fora.Com a camada de cílios em forma de remo se batendo, as células tornaram-se capazes de se mover. Algumas variantes de antrobôs foram surgindo aos poucos, com formas ligeiramente diferentes e variando em tamanho entre 30 e 500 micrômetros. Dependendo da disposição dos cílios, eles se moviam de maneira diferente, podendo sobreviver no laboratório por até 60 dias antes de se degradarem naturalmente.<h2>Funcionalidade da tecnologia</h2><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/jgQZ8KzWKaA?si=bUSBAzSuKg_D4d-0" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A capacidade que os antrobôs têm de mudar de forma é uma de suas várias vantagens. “Ao contrário dos Xenobots, eles não necessitam de pinças ou bisturis para lhes dar forma, e podemos usar células adultas – mesmo células de pacientes idosos – em vez de células embrionárias”, explicou o criador da tecnologia, Gizem Gumuskaya, em comunicado oficial.Segundo Gumuskaya, esses robôs devem ser usados como uma ferramenta terapêutica no futuro. Uma dessas potenciais aplicações é na cura de feridas. A equipe de estudos observou que quando um grupo de antrobôs foi adicionado aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121394-acredite-e-possivel-criar-novos-neuronios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">neurônios</a> cultivados em laboratório, os quais haviam sido danificados ao arranhar a camada de células, esses minúsculos robozinhos estimularam o crescimento de novas células para preencher uma lacuna.&nbsp;Isso abre brecha para uma série de aplicações potenciais em doenças neurológicas, danos nos tecidos e administração de medicamentos. O fato de células crescerem naturalmente em uma variedade de estruturas mostra que, teoricamente, essa tecnologia pode ser colhida das células do próprio paciente — minimizando qualquer chance de reações imunológicas adversas.Conforme descrito pelos pesquisadores, é fascinante e inesperado que células traqueais de pacientes, sem ter seu DNA modificado, possam se mover por conta própria e estimular o crescimento de neurônios de uma região danificada. Agora, no entanto, os pesquisadores devem continuar avaliando esse mecanismo de cura para definir os próximos estágios científicos.&nbsp;</body>

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Microrrobôs podem revolucionar a medicina regenerativa antes do que imaginamos

Imagem de Cientistas imprimem mão robótica com ossos, tendões e ligamentos no megacurioso

A nova técnica pode ser a base para o desenvolvimento de robôs mais humanos

<head></head><body>Pesquisadores do Instituto Federal de Zurique, na Suíça, criaram uma mão robótica completa e parecida com a humana, trazendo ossos, ligamentos e tendões construídos em uma impressora 3D. A tecnologia pode ser a base para uma nova geração de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127209-conheca-os-robos-mais-estranhos-e-divertidos-da-world-robot-conference.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robôs</a>, conforme o estudo publicado na revista&nbsp;Nature, no dia 15 de novembro.Denominada Jato Controlado por Visão (VCJ), a técnica permite a combinação de materiais macios e duros, por meio de camadas cruzadas com até quatro tipos de plásticos. O resultado é o desenvolvimento de robôs mais complexos e duráveis, apresentando grande flexibilidade.O novo método se diferencia da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124711-cientistas-criam-fatia-de-bolo-comestivel-usando-impressora-3d.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">impressão 3D</a> tradicional que utiliza plásticos de cura rápida. No modelo convencional, a impressora produz os objetos camada por camada, com os bicos depositando o material viscoso em cada ponto e uma lâmpada UV fazendo a cura de forma imediata.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Instituto Federal de Zurique/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://ethz.ch/en/news-and-events/eth-news/news/2023/11/printed-robots-with-bones-ligaments-and-tendons.html"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/29/29103006326081.jpg" alt="(Fonte: Instituto Federal de Zurique/Divulgação)">(Fonte: Instituto Federal de Zurique/Divulgação)Ainda na tecnologia anterior, um dispositivo realiza a raspagem das irregularidades da superfície impressa após cada fase, técnica que levaria à obstrução do raspador se utilizada com os polímeros de cura lenta para a produção da mão robótica “macia”. Para resolver o problema, os cientistas optaram por digitalizar as camadas impressas.<h2>Vantagens</h2>Em vez da lâmpada UV, a impressora 3D usada no projeto ganhou um scanner a laser que verifica a superfície de cada camada produzida. Agora, ela considera cada irregularidade encontrada para imprimir a próxima camada, permitindo a construção com a espessura correta.Isso não só acelera o processo de produção como também oferece a chance de imprimir estruturas robóticas completas de uma só vez, graças ao mecanismo de feedback em tempo real. O VCJ também pode baratear todo o processo, eliminando o uso de ferramentas e processos de montagens caros.<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/54jg4uduIt0?si=vaAqyRq0G8aggtXo" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>A equipe usou polímeros de tioleno na produção da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/110956-mao-robotica-macia-usa-inteligencia-artificial-para-manipular-objetos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mão robótica</a> com aparência humana. Trata-se de materiais com propriedades elásticas interessantes e capazes de retornar ao seu estado original rapidamente após a impressão, tornando-os ideais para este tipo de trabalho, conforme a pesquisa.De acordo com o professor de robótica, Robert Katzchmann, o tioleno pode ser ajustado para a construção de robôs cada vez mais leves, flexíveis e amigáveis. “Por serem macios, há menos risco de ferimentos quando trabalham com seres humanos e são mais adequados para manusear mercadorias&nbsp;frágeis”, afirmou o pesquisador, em comunicado.<h2>Robôs mais humanos</h2>A mão robótica impressa com a técnica VCJ tem 19 estruturas semelhantes aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/127619-qual-e-o-maior-e-o-menor-musculo-do-corpo-humano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tendões</a>, tecidos responsáveis por conectar ossos e músculos. Equipada com sensores de pressão e toque, ela foi modelada a partir de dados de ressonância magnética de uma mão humana e é capaz de sentir o toque, agarrar objetos e mover os dedos, parando ao tocar algo.Um robô de seis pernas e um coração robótico, entre outras peças, também foram construídos usando a tecnologia, todos funcionais e com as mesmas características da mão, segundo a pesquisa.</body>

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Cientistas imprimem mão robótica com ossos, tendões e ligamentos

Imagem de Conheça o Cisne Prateado, a maravilha robótica de 250 anos no megacurioso

Criado para impressionar a realeza britânica em 1774, criação mecânica altamente complexa segue cativando o público até hoje

Em 1774, o inventor John Joseph Merlin teve a brilhante ideia de desenvolver um magn&iacute;fico <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/117765-carteiro-e-cisne-sao-melhores-amigos-ha-quase-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cisne</a> prateado rob&oacute;tico para impressionar a realeza brit&acirc;nica e seus convidados. O aut&ocirc;mato foi literalmente batizado de Cisne Prateado e at&eacute; hoje segue impressionando o p&uacute;blico por sua beleza complexa.
Montado no Museu Mec&acirc;nico de James Cox, um joalheiro londrino e empres&aacute;rio do s&eacute;culo XVIII, a m&aacute;quina consiste em um corpo prateado e repuxado de um cisne que esconde tr&ecirc;s mecanismos de rel&oacute;gio que controlam uma caixa de m&uacute;sica, uma piscina de vidro com peixes prateados nadando, e os movimentos realistas de pesco&ccedil;o e da cabe&ccedil;a da majestosa ave. Vendo o Cisne Prateado em a&ccedil;&atilde;o, &eacute; f&aacute;cil esquecer que essa brilhante pe&ccedil;a tem 250 anos.
<h2>Funcionamento do Cisne Prateado</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/23/23060621812412.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Carl Court/Getty Images)
Pesando incr&iacute;veis 30 kg e sendo feito de mais de 700 componentes &mdash; excluindo parafusos e fixa&ccedil;&otilde;es &mdash;, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/robos/101899-automato-bipede-cassie-mostra-grandes-avancos-na-robotica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Cisne Prateado</a> &eacute; uma obra de se impressionar. Sua exist&ecirc;ncia &eacute; t&atilde;o formid&aacute;vel que acabou sendo notada por algumas figuras famosas ao longo da hist&oacute;ria, como pelo ilustre romancista americano Mark Twain.&nbsp;
"Eu observei o Cisne Prateado, que tinha uma gra&ccedil;a viva em seus movimentos e uma intelig&ecirc;ncia viva em seus olhos &ndash; observei-o nadando t&atilde;o confort&aacute;vel e despreocupadamente como se tivesse nascido em um p&acirc;ntano em vez de em uma joalheria &ndash; observei-o agarrar um peixe prateado debaixo d'&aacute;gua e levanta a cabe&ccedil;a e faz os movimentos habituais e elaborados de engoli-lo", escreveu Twain certa vez.
A m&aacute;quina possui 99 folhas de prata, 113 an&eacute;is de prata no pesco&ccedil;o e 141 hastes de vidro. Quando o rel&oacute;gio &eacute; dado corda, a caixa de m&uacute;sica constru&iacute;da dentro do cisne come&ccedil;a a tocar e as hastes de vidro giram, dando a ilus&atilde;o de &aacute;gua corrente. Ent&atilde;o, o animal rob&oacute;tico vira a cabe&ccedil;a de um lado para o outro e se abaixa para capturar um dos peixes nadando. Ent&atilde;o, a cabe&ccedil;a do cisne retorna &agrave; sua posi&ccedil;&atilde;o original em um ato que dura cerca de 32 segundos.
<h2>Trajet&oacute;ria hist&oacute;rica</h2>
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/AOXqCuqDOiI?si=7e3TSSxCjZuCJMsS" title="YouTube video player" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
Embora tenha sido originalmente projetado para ser uma pe&ccedil;a da <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127412-5-fatos-sobre-a-monarquia-britanica-que-parecem-mentira.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">realeza brit&acirc;nica</a>, o Cisne Prateado acabou virando um item de colecionador at&eacute; parar em seu local atual. Sabe-se que o aut&ocirc;mato foi vendido diversas vezes ao longo dos anos at&eacute; parar no Museu Bowes em 2021 como parte da "Semana de Estudo do Cisne Prateado", liderada pelo relojoeiro Matthew Read.
Por&eacute;m, seu momento de maior destaque foi provavelmente em 1867, quando a pe&ccedil;a foi a sensa&ccedil;&atilde;o da Exposi&ccedil;&atilde;o Internacional de Paris. Durante o evento, os movimentos realistas do cisne e seu pre&ccedil;o exorbitante para &eacute;poca (algo em torno de US$ 200 mil) deixaram todos os presentes boquiabertos.
Cinco anos depois, os colecionares John e Josephine Bowes conseguiram compr&aacute;-lo por um d&eacute;cimo do seu pre&ccedil;o original e adicion&aacute;-lo ao museu hom&ocirc;nimo. At&eacute; hoje, essa incr&iacute;vel escultura continua sendo a estrela do Museu Bowes, mas tem enfrentado algumas dificuldades por conta de sua idade. De acordo com a imprensa local, existem relatos de que o Cisne Prateado precisa passar urgentemente por uma restaura&ccedil;&atilde;o e que atualmente serve mais como uma escultura do que um aut&ocirc;mato.

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Conheça o Cisne Prateado, a maravilha robótica de 250 anos

Imagem de Organismo de 450 milhões de anos volta à vida como robô no megacurioso

Pesquisadores planejam criar uma réplica robótica macia dos pleurocistídeos, um organismo marinho que existiu em um passado muito distante

<head></head><body>Usando evidências fósseis, um grupo de pesquisadores têm planejado uma réplica robótica suave dos pleurocistídeos, organismos marinhos que existiram na Terra há 450 milhões de anos. Acredita-se que esses organismos sejam um dos primeiros equinodermos capazes de se mover por meio de uma haste muscular.O experimento faz parte de um campo de estudo crescente: a paleobiônica. Utilizando softwares modernos, robótica com eletrônica flexíveis e materiais maleáveis, os investigadores pretendem compreender os fatores biomecânicos que impulsionaram a evolução das espécies — fazendo o uso de organismos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127546-6-especies-que-foram-extintas-por-razoes-evitaveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">extintos</a> para extrair novas informações.<h2>Aprendendo sobre o passado</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/13/13092104679024.jpg" alt="(Fonte: Carnegie Mellon/Divulgação)">(Fonte: Carnegie Mellon/Divulgação)Em declaração oficial, o autor do estudo e professor de engenharia mecânica na Universidade Carnegie Mellon, Phil LeDuc, destacou que o uso dos chamados "softbotics" pode ajudar a imitar como esses organismos realmente funcionavam. Usando simulações computacionais, LeDuc e sua equipe deram vida ao pleurocistídeo, um organismo marinho que existiu há quase 450 milhões de anos.&nbsp;Os pleurocistídeos, um membro da classe dos equinodermos como peixes-estrela e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118154-7-detalhes-curiosos-sobre-os-ouricos-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ouriços-do-mar</a>, foram um dos primeiros equinodermos capazes de se mover usando uma haste muscular. Apesar da ausência de um análogo atual, isso fez com que a espécie se tornasse alvo de muito interesse por parte dos paleontólogos devido ao seu papel fundamental na evolução de seu grupo.A equipe utilizou algumas evidências fósseis para orientar seu projeto, uma combinação de elementos impressos em 3D e polímeros para imitar a estrutura colunar flexível do apêndice móvel durante a construção do robô. Por meio desse molde, eles demonstraram que os pleurocistídeos provavelmente eram capazes de se mover sobre o fundo do mar com a ajuda de uma haste que os empurrava para frente e determinava quais movimentos amplos eram mais eficientes.&nbsp;<h2>Design curioso</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/11/13/13092435484027.png" alt="(Fonte: Phil LeDuc/Divulgação)">(Fonte: Phil LeDuc/Divulgação)De acordo com os investigadores, os testes realizados no modelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127209-conheca-os-robos-mais-estranhos-e-divertidos-da-world-robot-conference.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">robótico</a> também mostraram que o comprimento das hastes era fundamental na movimentação dessas criaturas. Afinal, quanto maior o comprimento da haste, maior a velocidade que essas criaturas conseguiam obter debaixo d'água sem forçá-las a exercer mais energia.“Essencialmente, temos que decidir sobre boas estratégias de locomoção para colocar nossos robôs em movimento. Por exemplo, um robô estrela-do-mar realmente precisaria usar 5 membros para se locomover ou podemos encontrar uma estratégia melhor?”, destacou o coautor do estudo, Zach Patterson. Uma das maiores questões remanescentes sobre os pleurocistídeos é como o tipo de superfície em que viviam afetava o seu modo de locomoção, seja areia ou lama.Agora que os pesquisadores conseguiram demonstrar o uso da robótica para projetar organismos extintos, o próximo passo deve ser testar essa tecnologia com outras espécies — como os primeiros organismos capazes de viajar do mar para a terra. Segundo LeDuc, trazer uma nova vida a algo que existia há quase 500 milhões de anos é especialmente emocionante pela quantidade de informações sobre como a vida foi se moldando na Terra que podemos extrair dessa experiência.&nbsp;</body>

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