Ciência
27/04/2015 às 06:51•5 min de leitura
Não apenas o Reino Unido como o mundo todo parece estar com as atenções voltadas à duquesa de Cambridge, Kate Middleton, que está prestes a dar à luz. Ainda que a chegada do novo bebê pareça atrair todas as atenções para a família real britânica, uma possível teoria da conspiração bizarra tem tentado abalar as estruturas do clã da Rainha Elizabeth II.
Há alguns anos surgiram os rumores a respeito de uma possível filha do príncipe Charles com Lady Di, que teria nascido ainda antes do príncipe William. A filha em questão se chama Sarah, tem 33 anos e até agora viveu no anonimato. O caso chama atenção também pelo fato de Sarah ser mais velha que William, que nasceu após 11 meses do casamento dos pais. Como, então, seria possível que Diana e Charles tivessem tido outro filho?
A resposta para isso está em uma grande teoria maluca, que afirma que em dezembro de 1980 Lady Di, que então tinha 19 anos e era virgem, foi convocada pela família real britânica a fazer uma série de exames que pudessem comprovar que ela poderia ter filhos sem problemas. Só assim o noivado dela com Charles poderia ser anunciado oficialmente.
Os testes foram feitos, e o laboratório em questão produziu embriões a partir das células reprodutoras de Lady Di e de Charles. Os resultados dos testes foram considerados positivos, e o noivado real teria sido finalmente aprovado e anunciado.
Acontece que, depois dos exames, o médico que realizou as fertilizações deveria destruir os embriões produzidos, mas em vez disso ele teria implantado um deles na própria esposa, secretamente, sem que nem mesmo ela soubesse que se tornaria mãe de um filho de Diana e Charles.
O bebê teria nascido em outubro de 1981, dez semanas após o casamento de Charles e Diana. O primeiro filho do casal, o príncipe William, nasceria apenas em junho de 1982.
Sarah teria afirmado que buscou informações sobre sua concepção quando já tinha passado dos 20 anos, depois que seus pais morreram em um acidente de carro. Ao vasculhar os documentos do pai, acabou encontrando um diário no qual estava escrito que ela havia sido gerada a partir de uma fertilização in vitro – procedimento considerado avançado para a época.
Instigada com a revelação, Sarah disse que começou a pesquisar quem eram seus pais biológicos e, há cerca de dois anos, ela disse ter recebido uma mensagem intimidadora em sua secretária eletrônica, dizendo que ela deveria parar de investigar seu passado. Assustada, a jovem, que até então vivia na Inglaterra, mudou-se para os EUA, onde mora até agora.
O fato de a história de Sarah ter vindo à tona justamente quando Kate está prestes a dar à luz ao segundo neto de Lady Di faz com que muitas pessoas desacreditem dos relatos da moça. Em contrapartida, uma amiga próxima de Diana afirmou que a princesa chegou a comentar sobre os testes de fertilidade pelos quais foi obrigada a passar antes de se casar.
Ao que tudo indica, os testes de fertilização foram realizados pelo médico de confiança da realeza britânica, o cirurgião ginecologista Sir George Pinker. Ainda que a ideia pareça absurda demais, se a princesa realmente realizou tais exames, a fertilização in vitro seria possível.
O fato é que não é de hoje que a história de Sarah ganha espaço em tabloides de todo o planeta, até mesmo porque qualquer teoria da conspiração envolvendo a família real britânica sempre rende. Em 2011, Nancy E. Ryan, do New York Times, publicou um romance chamado “O Desaparecimento de Olívia”.
A escritora, que nunca conheceu Lady Di, sempre teve interesse pela história da fertilização in vitro, especialmente pelo caso do primeiro bebê concebido dessa maneira: Louise Joy Brown, nascida em 1978. Nancy também sempre gostou da história da Princesa Diana e imaginava como seria se a Diana tivesse uma filha mulher.
Em seu livro, Nancy conta a história de Olivia Franklin, uma oncologista que admirava Lady Di e que, depois de um tempo, acaba descobrindo que é a filha secreta da princesa. Assim como Sarah afirma ter sido concebida, a personagem Olivia seria o resultado de uma fertilização in vitro sem o conhecimento da realeza britânica. Com medo da repercussão que sua existência teria na família real, Olivia se manteve escondida por muito tempo.
Nancy comentou sobre as possibilidades de sua história ser verdadeira, no final das contas: “Eu acredito que minha história poderia ter sido verdadeira. Muita gente já me disse que acredita que minha história é inteiramente plausível”, disse a escritora em declaração publicada no Daily Mail.
De acordo com a escritora, muitas pessoas acreditam que foi o próprio príncipe Charles quem praticamente obrigou que a princesa passasse por testes de fertilização, por ter uma vontade realmente grande de se tornar pai. O fato é que o livro foi publicado em 2011 e, de uma hora para a outra, começaram a surgir cada vez mais especulações a respeito de uma possível filha secreta de princesa Diana.
A revista Globe chegou a publicar, à época, uma edição cuja capa estampava a imagem de uma jovem muito parecida com a princesa e com a manchete que falava do livro que havia revelado a história da filha secreta de Lady Di. Muitas pessoas acreditam que a revista manipulou as imagens para que a suposta Sarah ficasse ainda mais parecida com Lady Di.
Se um dia for confirmado que a imagem de Sarah foi criada pela revista, a própria existência de Sarah poderia ser questionada ainda mais. Será que essa história foi apenas uma invenção da imprensa norte-americana para vender mais tabloides? Não se pode negar que isso é uma possibilidade.
A história de Sarah foi resgatada pela própria revista Globe, há cerca de quatro meses, anunciando que Kate havia conhecido a suposta cunhada, que continuaria evitando aparecer e dar entrevistas. Na ocasião, a revista afirmou que a duquesa de Cambridge teria ido a Nova York para encontrar a tal filha misteriosa de Diana – a publicação até mesmo fala sobre o livro de Nancy, que teria sido lido pelo príncipe William.
Por outro lado, sabe-se que a visita de William e Kate a Nova York, que aconteceu em dezembro de 2014, havia sido planejada com meses de antecedência – a Globe noticiou a ida do casal real à cidade como algo decidido em pouco tempo.
A publicação se baseou em depoimentos dados por uma pessoa que preferiu não ser identificada e que teria presenciado o encontro entre Kate e Sarah. Essa fonte secreta afirmou que Sarah é uma mulher alta, elegante e incrivelmente parecida com a princesa Diana. Sarah e Kate teriam passado exatos 44 minutos juntas, conversando sobre a história da tal inseminação in vitro.
Como se trata de uma teoria da conspiração moderna, há muitas perguntas que precisariam ser respondidas antes de a história ser levada a sério. Por exemplo, como questionou a própria publicação do Daily Mail: William, que sempre demonstrou imensa preocupação com a esposa, deixaria que ela conversasse sozinha com a suposta irmã? Isso faria algum sentido, afinal de contas?
A revista Globe, por outro lado, especula o fato de que a filha secreta, por ser mais velha que William, teria direito à coroa. Segundo o Daily Mail, essa lógica de herança da coroa por idade se aplica somente a pessoas nascidas depois de 2011, que foi quando a legislação real foi alterada. Além do mais, por não ter sido criada nem gerada dentro da realeza, ainda que a existência de Sarah se prove um dia verdadeira, ela dificilmente teria os mesmos direitos dos membros da família real.
A Globe voltou a comentar o assunto neste mês de abril de 2015, alegando que Sarah teria viajado ao Reino Unido para conversar com Charles. A revista afirma, inclusive, que existe um vídeo que mostra a conversa dos dois, mas por enquanto essas imagens ainda não foram divulgadas.
Até lá, fica a pergunta que não quer calar: se essa pessoa existe realmente e está falando a verdade, não seria o caso de um exame de DNA para comprovar o acontecido? O que você acha? Sarah existe ou é apenas um personagem inventado por uma revista desesperada para vender mais exemplares? Compartilhe sua opinião com a gente nos comentários!