Colônias de bactérias se transformam em obras de arte psicodélica

06/08/2013 às 09:232 min de leitura

O que parece uma obra de arte psicodélica multicolorida e com detalhes incríveis é, na verdade, a imagem de uma colônia de bactérias do tipo Paenibacillus dendritiformis, que foi exposta a algumas condições para ganhar esse visual psicodélico.

Essa e as outras imagens presentes neste artigo foram produzidas pelo biólogo e físico Eshel Ben-Jacob, que descobriu no início de 1990 duas novas espécies de bactérias, sendo aquela que citamos acima e a Paenibacillus vortex. Ambas são cepas de bactérias do solo, que vivem nas raízes das plantas.

A caminho da arte

Fonte da imagem: Reprodução/Smithsonian

"Toda a colônia pode ser pensada como um cérebro grande, que recebe sinais, processa as informações e, em seguida, toma decisões sobre para onde enviar as bactérias e continua a se expandir", disse Ben-Jacob ao Smithsonian.

Para chegar aos desenhos incríveis, o biólogo criou ambientes propícios para a criação das bactérias em lâminas circulares e as expôs a diferentes condições, como variações de temperatura, por exemplo, em uma tentativa de imitar algumas das variáveis naturais de onde esses micro-organismos crescem.

Fonte da imagem: Reprodução/Smithsonian

Em vez de deixar as bactérias crescerem em condições uniformes, para fins científicos, ele as deixou crescer testando várias temperaturas e adicionando antibióticos para conseguir um efeito visual diferente. Dessa forma, as bactérias reagiam em uma espécie de “stress” e secretavam uma substância lubrificante, que permitia um movimento e a formação de padrões que pareciam fractais.

Bactérias artistas

Fonte da imagem: Reprodução/Smithsonian

Com o tempo, Ben-Jacob veio a entender os comportamentos das bactérias e passou a fazer mais experiências. "A fim de deixar as bactérias expressarem a sua arte, você tem que aprender a falar a língua delas", afirmou o biólogo.

As bactérias são naturalmente incolores e, para torná-las visíveis, Ben-Jacob usou um tipo de tinta azul para tingir os micro-organismos. Assim, as bactérias assumiram diferentes tons de azul, dependendo da densidade individual de cada uma. Então, trabalhando com fotografias das colônias em Photoshop, o cientista traduziu os tons de azul em um espectro de qualquer cor de sua escolha.

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