Ciência
05/10/2016 às 12:39•2 min de leitura
Você pode até não conhecer os pormenores do desastre envolvendo o dirigível LZ 129 Hindenburg, mas já deve ter visto a assustadora imagem acima, não é mesmo? O acidente envolvendo a aeronave aconteceu no dia 6 de maio de 1937 e, apesar de ela ter se transformado em uma imensa bola de fogo no ar, das 97 pessoas que se encontravam a bordo, mais da metade milagrosamente sobreviveu!
Hindenburg em chamas
Sengundo Karl Smallwood, do portal Today I Found Out, o dirigível vinha de Frankfurt, na Alemanha, e tinha como destino inicial a Estação de Ar Naval de Lakehurst, localizada em New Jersey, nos EUA. O Hindenburg transportava na ocasião 61 tripulantes, 36 passageiros e uma cachorra chamada Ulla, que pertencia a um dos viajantes. A viagem durou três dias e transcorreu sem maiores incidentes — até que o dirigível começou a se preparar para pousar.
O Hindenburg foi um dos maiores dirigíveis já construídos — com 245 metros de comprimento e 41 metros de diâmetro — e podia alcançar uma velocidade de até 135 quilômetros por hora. Sua estrutura era feita de uma liga metálica chamada duralumínio coberta por uma lona de algodão tratada com óxido de ferro e acetato-butirato de celulose impregnado com pó de alumínio.
Em trânsito
Além disso, o dirigível era mantido no ar graças a 200 mil metros cúbicos de hidrogênio — que inflavam seu interior — e era impulsionado por quatro motores Mercedes-Benz de 1200 HP cada, que, por sua vez, moviam hélices de mais de 6 metros de altura, e ele tinha uma autonomia de voo de até 16 mil quilômetros. Veja mais detalhes na galeria a seguir:
Galeria 1
O problema é que, como você sabe, o hidrogênio é um gás inflamável e, para piorar as coisas, os materiais usados para cobrir a lona externa do Hindenburg também eram. Ninguém sabe ao certo o que foi que provocou o incêndio do dirigível, e até hoje existe um debate sobre o que realmente aconteceu, mas uma das explicações mais aceitas é a de que o fogo foi iniciado por uma faísca causada pela energia estática acumulada na lona por conta do atrito com o ar.
De acordo com diversas testemunhas, os primeiros sinais de que havia algo errado com o dirigível começaram a ser notados cerca de 25 minutos depois de o Hindenburg iniciar o procedimento de pouso. Segundo os relatos, uma espécie de aura brilhante começou a ser notada na traseira da aeronave, e a suspeita é de que se tratava de energia estática acumulada ou o início do incêndio propriamente dito.
Assustador
Ainda de acordo com as testemunhas, o fogo se espalhou rapidamente e consumiu o Hindenburg completamente em menos de 1 minuto. Os passageiros do dirigível entraram em pânico, evidentemente, e alguns saltaram lá de cima para a morte. Milagrosamente, a maioria dos sobreviventes esperou para abandonar a aeronave assim que ela tocou o chão, e no vídeo a seguir inclusive é possível ver vários deles fugindo. Assista:
No fim, cerca de 60% das pessoas que estavam a bordo do Hindenburg — 62 indivíduos — conseguiram escapar com vida. Ulla, a cachorra, infelizmente não sobreviveu ao acidente, e um homem que se encontrava em solo também morreu.
O mais interessante é que, apesar dos pesares, quando comparado a acidentes mais recentes da aviação civil, a verdade é que o índice de sobrevivência no desastre do Hindenburg foi bem alto. Contudo, ele marcou o fim da era dos dirigíveis no transporte de passageiros e deixou muita gente traumatizada e morrendo de medo de viajar com qualquer aeronave.