Artes/cultura
10/03/2014 às 12:00•2 min de leitura
Você deve estar acompanhando as notícias sobre o avião da Malaysia Airlines que desapareceu neste último sábado sem deixar vestígios, não é mesmo? A aeronave, um Boeing 777-200, transportava 239 pessoas — entre membros da tripulação e passageiros — de Kuala Lumpur para Pequim, mas desapareceu dos radares apenas 40 minutos após ter decolado da capital malaia.
No entanto, de acordo com a BBC, apesar da enorme mobilização para localizar o avião — ou seus destroços —, o desaparecimento continua sendo um enorme mistério, dando lugar a muitas especulações sobre o que pode ter acontecido.
Fonte da imagem: Reprodução/BBC
Segundo a publicação, 40 navios e 34 jatos — de nove países — estão vasculhando os mares do Vietnã e da Malásia em busca de qualquer sinal do voo MH370 da Malaysia Airlines, mas, apesar dos intensos esforços, nada foi encontrado até o momento. Entre as 239 pessoas a bordo, havia 38 passageiros malaios e 153 chineses, dos quais 19 eram artistas que tinham se apresentado em Kuala Lumpur.
O voo MH370 partiu da Malásia às 00h41 — horário local — e deveria ter pousado em Pequim por voltas das 06h30. Os controladores perderam contato com a aeronave à 01h30 quando esta sobrevoava o Mar do Sul da China. Aparentemente, o parente de um dos passageiros teria feito contato através do celular em um horário não revelado. A companhia tentou ligar para o mesmo número diversas vezes depois sem conseguir completar a chamada.
Entretanto, além do sinistro sumiço do avião, outro fato estranho foi a descoberta de que dois dos passageiros viajavam com passaportes falsos. Segundo a Interpol, os documentos pertenciam a um cidadão austríaco e um italiano e foram roubados na Tailândia, e os homens que os carregavam embarcariam para a Europa depois de chegar à China. Essa “pista” levanta a hipótese de um possível ato de terrorismo.
Fonte da imagem: Reprodução/O Estado de S.P.
Normalmente, os desastres aéreos estão associados a problemas técnicos, fenômenos meteorológicos ou erro humano. Contudo, o Boeing 777-200 é considerado um modelo bastante seguro e conta com apenas um desastre com vítimas em seu histórico. Além disso, as condições climáticas eram boas e o piloto — de 53 anos e com mais de 18 mil horas de voo no currículo — era experiente e trabalhava para a Malaysia Airlines desde 1981.
Segundo o portal O Globo, a aeronave não fez qualquer chamada de emergência, e a falta de destroços sugere que, em vez de ter sido destruída ao se impactar contra o mar, ela pode ter se desintegrado no ar. De momento, os investigadores acreditam que — seja lá o que aconteceu — se trata de algo muito repentino, pois, mesmo que os pilotos sofressem uma perda total de motores em pleno voo, eles teriam tido tempo suficiente para lançar um alerta.
Fonte da imagem: Reprodução/CBC News
A presença de dois homens com passaportes falsos entre os passageiros levantou a suspeita de que o desaparecimento possa estar conectado a um ato de terrorismo, dando origem à teoria de que o piloto possa ter mergulhado de propósito com a aeronave no mar. De qualquer maneira, o caso lembra o desastre ocorrido com o voo 447 da Air France em 2009, que partia do Rio de Janeiro com destino a Paris e caiu no Oceano Atlântico com 228 pessoas a bordo.
Na época, o avião da companhia francesa desapareceu no meio da noite e se passaram dias até que os destroços fossem localizados. A caixa preta só foi recuperada quase dois anos depois do acidente, revelando que as causas se deviam a uma infeliz combinação de fatores que incluíam falhas técnicas e — em grande parte — erro humano. E você, leitor, tem algum palpite sobre o que pode ter acontecido com o voo MH370 da Malaysia Airlines?