Animação mostra as curiosidades acerca da criação da pólvora [vídeo]

Você sabia que a pólvora foi criada pelos chineses enquanto eles buscavam a fórmula para a imortalidade? Essa e muitas outras curiosidades sobre a pólvora estão reunidas na animação criada pelo TED Ed e intitulada “The deadly irony of gunpowder”, que pode ser livremente traduzido como “A ironia mortal da pólvora”.

Com informações do educador Eric Rosado e animação de Dinos Hadjidemetri e Maria Savva, o vídeo mostra a curiosa história da substância que é capaz de criar lindos fogos de artifício e, ao mesmo tempo, dar origem a armas que já ajudaram a destruir civilizações. Como o vídeo ainda está sem as legendas disponíveis, resumimos o conteúdo logo abaixo para que você fique por dentro da história da pólvora.

A invenção da pólvora

Apesar da pólvora ser um ingrediente fundamental para criar os incríveis fogos de artifício, nem sempre a substância esteve relacionada às comemorações. Na sua origem, que data da metade do século 19, a pólvora foi descoberta por alquimistas chineses que curiosamente tentavam criar uma fórmula para a imortalidade.

O problema é que, em vez de garantir a vida eterna, eles criaram uma substância altamente inflamável que acabou, inclusive, queimando muitas de suas casas. Logo os alquimistas descobriram que a pólvora – que eles chamavam de “remédio de fogo” – não tinha nada a ver com a eternidade.

Nesse momento, eles ainda não sabiam bem o que era preciso para que a pólvora explodisse, mas o exército já utilizava a substância para fazer foguetes. Assim que eles descobriram o segredo das explosões, o material foi ainda mais utilizado, dando origem aos fogos de artifício (que eram usados para espantar os maus espíritos) e as bombas (que foram lançadas contra a Mongólia).

A pólvora e as guerras

Depois de sofrer com os ataques da China, os mongóis descobriram como recriar a pólvora e foram os principais responsáveis por tornar a substância conhecida pelo mundo. Com a ajuda da pólvora, a Mongólia conquistou territórios como a Pérsia e a Índia.

William de Rubruck, que foi uma espécie de embaixador europeu para os mongóis, foi o responsável por trazer a pólvora para a Europa por volta de 1254. Depois disso, engenheiros e inventores militares criaram uma grande variedade de armas de destruição, como bombas, armas e canhões. A partir de então, o poder destrutivo da pólvora pode ser visto em diferentes partes do mundo.

A pólvora e os fogos de artifício

Você já deve ter visto nos desenhos animados um rastro de pólvora que queima até chegar a um barril e gerar uma explosão. Mas a pergunta é: por que a trilha de pólvora não explode?

Quando em contato com o fogo, o explosivo libera energia e gases. Enquanto a trilha está pegando fogo em um espaço aberto, essas substâncias são facilmente liberadas no ar. Mas quando a pólvora está armazenada em um recipiente fechado, a energia e os gases não podem se dissipar com a mesma facilidade e isso acaba causando um estouro.

Os fogos de artifícios funcionam a partir desse principio. A energia liberada é canalizada e é isso que lança o foguete ao céu. Já a reação de combustão da pólvora é o que faz com que o foguete exploda e forme as belas figuras que vemos no céu.

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Embora os alquimistas chineses nunca tenham encontrado a fórmula da imortalidade, eles descobriram uma substância que influenciou todas as civilizações e causou inúmeros momentos trágicos na história da civilização, mas, ao mesmo tempo, é capaz de nos trazer esperança sempre que observamos o céu colorido em uma noite de celebração.