3 anos da Boate Kiss: conheça outras 7 tragédias em casas noturnas

27/01/2016 às 15:163 min de leitura

Há exatamente três anos, o Brasil foi palco de uma das maiores tragédias em casas noturnas do mundo. Mesmo que a catástrofe seja um marco na história do país, nada foi alterado na legislação federal de prevenção e combate a incêndios em boates.

O deputado federal Paulo Pimenta, do PT, é o relator da proposta na Câmara dos Deputados e pede que existam critérios mínimos de segurança para o funcionamento de estabelecimentos com capacidade de 100 pessoas ou mais, além de se adotarem as orientações de entidades, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), e de especialistas em segurança.

É importante notar que, nos últimos anos, grande parte dos casos de incêndios em boates foram causados pelo uso de sinalizadores ou fogos de artifício pelas bandas durante as apresentações. Relembre 7 casos:

7. The Station (Estados Unidos): 100 mortos

Muito semelhante ao caso da boate Kiss, o incêndio que vitimou 100 pessoas na boate The Station, em 20 de fevereiro de 2003, foi causado pelo uso de fogos de artifício durante a apresentação de uma banda. O incidente fez com que as leis referentes a locais públicos  fossem alteradas.

6. Lame Horse Club (Rússia): 154 mortos

Novamente o uso de artefatos pirotécnicos causou uma tragédia: 154 pessoas morreram durante uma explosão no Lame Horse Club, na Rússia.  

5. Ozone Disco Club (Filipinas): 160 mortos

A capacidade do Ozone Disco Club foi excedida de maneira surpreendente em 18 de março de 1996: 350 pessoas ocupavam um espaço planejado para menos de 50. Um incêndio acabou matando 160 delas.

4. Beverly Hills Supper Club (EUA): 165 mortos

Até hoje não se sabe exatamente o que causou o incêndio que vitimou 165 pessoas após a recepção de um casamento em Kentucky, nos Estados Unidos, em 20 de maio de 1977. Apesar de a investigação oficial apontar falha elétrica, há quem acredite que a queima foi proposital.

3. República Cromagñon (Argentina): 194 mortos

Novamente a impudência causou uma fatalidade, desta vez na Argentina, em 30 de dezembro de 2004. A faísca de um sinalizador usado pela banda que se apresentava na boate causou um incêndio que levou 194 pessoas à morte.

2. Discoteca de Luoyang (China): 309 mortos

Mesmo não sendo um feriado nacional na China, centenas de pessoas comemoravam o dia 25 de dezembro de 2000 em uma casa noturna localizada em um estabelecimento comercial (o shopping Dongdu), na cidade de Luoyang, na China. O fogo, que começou no subsolo, logo se propagou para os outros andares, atingindo a festa, que acontecia no quarto andar do prédio.

Morreram 174 mulheres e 135 homens, totalizando 309 vítimas. Ao tentar escapar das chamas, muitos jovens pularam pelas janelas. Apenas 60 pessoas saíram com vida da festa. 

1. Cocoanut Grove (Estados Unidos): 492 mortos

Ocorrida em 28 de novembro de 1942, a calamidade na boate Coconut Grove, em Boston, começou com um incêndio em uma palmeira de mentira e se espalhou pelo local em questão de minutos, matando 492 pessoas.

Relembre o caso da Boate Kiss

No dia 27 de janeiro de 2013, a boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, recebeu a festa "Agromerados", organizada por alunos de seis cursos universitários da Universidade Federal de Santa Maria. Embora a capacidade máxima da casa fosse de 691 pessoas, no dia do incidente havia de 1 mil a 1,5 mil pessoas, segundo a polícia.

Durante a apresentação da segunda atração da noite, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira acendeu um sinalizador no palco. O artefato, conhecido como "sputnik", só deve ser usado externamente, já que suas faíscas chegam a 4 metros de altura. Ao ser acionado em cima do palco, suas faíscas atingiram o teto e incendiaram a espuma de isolamento acústico, que não tinha proteção contra o fogo. Em menos de 3 minutos, a fumaça tóxica já havia se espalhado pela boate.

Por falta de comunicação, os seguranças localizados na porta de saída da boate, sem saber do acidente, não deixavam que ninguém deixasse a casa, temendo que os estudantes não pagassem suas comandas. Sem saídas de emergência, os jovens acabaram entrando nos banheiros, onde, posteriormente, 90% dos corpos foram encontrados.

Com 242 vítimas fatais, os bombeiros precisaram usar caminhões frigoríficos para transportar os corpos, que foram levados até o Centro Desportivo Municipal Miguel Sevi Viero.

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