Artes/cultura
17/06/2016 às 12:45•2 min de leitura
Você já ouviu falar a respeito do Paradoxo de Fermi? Nós já tratamos dele aqui no Mega Curioso em várias matérias, mas, basicamente, ele se refere ao fato de ainda não termos conseguido estabelecer contato com nenhum alienígena, apesar de existirem zilhões de planetas no Universo.
Pois, de acordo com Peter Dockrill, do portal Science Alert, um estudo recente sobre o tema apresentou uma nova explicação para o silêncio dos nossos — possíveis — vizinhos galácticos. Segundo os astrônomos (da Universidade Cornell, nos EUA), não é que os aliens estejam nos ignorando ou não queiram fazer amizade conosco. Existe, na verdade, a possibilidade de que eles não tenham ouvido os nossos chamados ainda ou não tenham tido tempo de responder.
Os astrônomos conduziram uma análise probabilística do Paradoxo de Fermi que, conforme explicamos no comecinho da matéria, trata do fato de não termos nos deparado com sinais de civilizações extraterrestres inteligentes ainda — embora exista um número estimado entre 100 bilhões e 400 bilhões de estrelas só na Via Láctea.
O Universo é absurdamente imenso... e a Via Láctea é gigantesca
Ainda segundo o paradoxo, levando em consideração que boa parte das estrelas que existem na nossa galáxia pode abrigar planetas habitáveis capazes de sustentar formas de vida, não seria demais imaginar que, em alguns casos, civilizações inteligentes possam ter florescido nesses mundos distantes.
E, de acordo com o paradoxo, quem garante que essas formas de vida não evoluíram o suficiente para serem capazes de desenvolver poderosas tecnologias de comunicação ou formas de viajar pelo espaço? O único problema é que, apesar de todas essas colocações, nunca, jamais, nos deparamos com um sinal (comprovado) de que essas civilizações existem. Então, será que isso significa que estamos sozinhos no Universo? Cri... cri...
Segundo os astrônomos, a humanidade vem transmitindo sinais que poderiam ser captados por civilizações alienígenas — na forma de sinais de rádio — há apenas 80 anos. Essas emissões se propagam pelo espaço a partir da Terra adotando o formato de uma esfera e, embora elas viajem à velocidade da luz pelo cosmos, desde que elas começaram, há oito décadas, as transmissões só tiveram tempo de percorrer 80 anos-luz.
Calma... um dia chegamos lá!
Para você ter uma ideia, cada ano-luz equivale a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros e, apesar de parecer uma distância impensável para nós, terráqueos, em termos astronômicos, 80 anos-luz são apenas um pulinho. Pois, considerando a análise feita pelos astrônomos com respeito às dimensões da Via Láctea, eles acreditam que as nossas transmissões não tiveram tempo de atingir estrelas suficientes.
De acordo com as estimativas, os nossos sinais não chegaram nem a 1% da galáxia ainda e, segundo seus cálculos, eles não esperam obter qualquer resposta até que as transmissões atinjam pelo menos metade das estrelas (e planetas) que existem na Via Láctea.
Só vamos torcer para que os aliens sejam do bem!
Assim, considerando que existem — uma média de — 200 bilhões de estrelas na galáxia, os astrônomos calcularam que as nossas transmissões chegaram 8.531 estrelas e 3.555 planetas semelhantes à Terra até agora. Portanto, eles estimaram que serão necessários 1,5 mil anos até que os nossos sinais tenham atingido metade da galáxia.
Mas não se deixe abater pelo período de 1,5 mil anos! Os cientistas ressaltaram que os cálculos não significam que nesse tempo todo nós não podemos ser interceptados por alienígenas. Pode acontecer que alguém no cosmos ouça os nossos chamados e mande um oi! Além disso, o estudo, caso esteja correto, também oferece uma resposta plausível sobre o motivo de não termos sido contatados por nenhuma civilização alienígena até agora.