Estilo de vida
20/03/2019 às 09:00•3 min de leitura
Atualmente, algumas das maiores aves que conhecemos são as emas, os albatrozes e as avestruzes, mas elas são até pequenas se comparadas com alguns pássaros que percorriam o planeta Terra em um passado remoto.
Aves gigantes que mediam entre dois e três metros de altura, tinham envergadura imensa com sete metros de extensão e poderiam lhe fazer picadinho se vivessem em nosso mundo atual. Abaixo estão alguns representantes desses gigantes voadores que, provavelmente, nunca veremos vivos novamente, de acordo com um artigo do Mental Floss:
Existiam quatro ou cinco espécies do gênero pássaro Gastornis, que viveram na América do Norte, Europa e Ásia de 55 a 40 milhões de anos atrás. O pássaro norte-americano era anteriormente conhecido como Diatryma antes de ser reclassificado. Os Gastornis eram grandes aves que não voavam, sendo que a maior espécie era o Gastornis giganteus, que tinha quase dois metros de altura.
Mas ele não oferecia risco a outros animais, pois era vegetariano. Seu poderoso bico era usado para esmagar sementes e frutos. No entanto, ele poderia muito bem usá-lo também como uma defesa contra ataques de predadores.
Até pouco tempo atrás, pensava-se que o Pelagornis chilensis tinha o maior envergadura possível para um pássaro, sendo de cerca de 5,1 metros. Esse pássaro viveu no Chile de 5 a 10 milhões de anos atrás.
Essa grande envergadura era necessária para sustentar seu corpo de aproximadamente trinta quilos em voo. A ave é classificada como uma pelagornithid ou ósseo-dentada. Algumas outras espécies de pelagornithids podem ter sobrevivido o suficiente para terem sido vistas por seres humanos.
A ideia de que 5,1 metros era o limite de envergadura superior para os pássaros que voam foi quebrada em 2014, quando foi descoberto que o Pelagornis sandersi era a maior ave voadora que já existiu, com uma envergadura de até sete metros de extensão! O fóssil da ave foi encontrado em Charleston, na Carolina do Sul em 1983, mas foi mantido em depósito por trinta longos anos até ser detalhadamente estudado.
O Andalgalornis steulleti era uma ave da família Phorusrhacidae, que tinha cerca de 1,35 de altura e pesava, em média, 40 quilos. As 18 espécies da família Phorusrhacidae são comumente chamados de "pássaros do terror", porque eram grandes predadores carnívoros durante a era Cenozóica.
O Andalgalornis viveu na Argentina há cerca de seis milhões de anos atrás e tinha um crânio rígido ósseo que lhe proporcionava mais resistência na sua mordida poderosa em comparação com outras aves.
A maior “ave do terror” foi a Kelenken guillermoi, que viveu há 15 milhões anos atrás, também na Argentina. As aves Kelenken tinham entre dois a três metros de altura. Esta ave que não voa pesava cerca de 225 quilos e matava as suas presas com seu enorme bico (que media em torno de 45 centímetros).
Outra “ave do terror”, o Titanis walleri, tornou-se um Phorusrhacidae americano como resultado das espécies que se deslocavam ao longo do Istmo do Panamá, há cerca de três milhões de anos atrás. Seus fósseis foram encontrados no Texas e na Flórida. Esta ave tinha cerca de dois metros e meio de altura e pesava mais de 135 quilos.
A águia de Haast é extinta, mas não exatamente pré-histórica. Os cientistas acreditam que os fósseis mais jovens podem ter apenas 500 anos de idade, o que significa que extinção da águia foi, provavelmente, resultado da caça humana pelas suas principais presas, a moa (os outros pássaros no solo que você vê na ilustração acima).
A águia de Haast (Harpagornis moorei) era nativa da Nova Zelândia e foi a maior águia que já viveu. A fêmea, maior que o macho, pesava entre 10 a 15 kg e tinha uma envergadura de cerca de três metros, sendo até relativamente estreita para o seu peso.
O Dinornis, ou o moa gigante, era a principal fonte de alimento da águia de Haast, até que foi caçado até a extinção no século 15. A fêmea da espécie Dinornis robustus tinha cerca de 3,6 metros de altura e pesava mais de 225 quilos, sendo que alguns chegavam a quase 280 quilos!
A Nova Zelândia não tinha mamíferos antes de os colonizadores humanos chegarem da Polinésia. Por isso, essas aves prosperaram por 40.000 anos, apesar dos ataques da águia de Haast.
Com uma envergadura estimada de sete metros de extensão, a Argentavis magnificens é a única ave extinta que pode se aproximar da envergadura do Pelagornis sandersi.
Esses pássaros viveram há cerca de seis milhões de anos atrás, na Argentina e pesavam entre 60 a 80 quilos. O Argentavis preferia carniça em vez de presas vivas e está relacionado com os abutres modernos.
*Publicado em 10/09/2014