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Você sabe como funcionam os mísseis Tomahawk?

07/04/2017 às 06:273 min de leitura

Você deve estar acompanhando os desdobramentos do ataque de armas químicas que ocorreu na cidade de Khan Sheikhoun, na Síria, e que resultou na morte de mais de 80 pessoas, certo? A ação despertou revolta em todo o mundo e levou os EUA a lançarem uma ofensiva contra a base militar síria de Shayrat, onde os serviços de inteligência norte-americanos acreditam que al-Assad mantinha armas químicas — e a partir da qual teria saído a frota de aviões que conduziram o ataque.

A base militar abrigava tropas do exército sírio e russo — embora os militares russos tenham sido avisados de antemão sobre o ataque —, e a ofensiva dos EUA teve como objetivo destruir edifícios usados pelas tropas de al-Assad como armazéns de munição, radares, hangares e outras estruturas. E como os norte-americanos fizeram isso? Lançando 59 mísseis Tomahawk a partir de navios de guerra situados no Mediterrâneo. E você sabe como essas armas funcionam?

Maravilha bélica

Você já deve ter ouvido falar muitas vezes a respeito dos Tomahawk — ou BMG-109 Tomahawk —, não é? E eles são mesmo notáveis. Essas poderosas armas são mísseis de cruzeiro, isto é, mísseis guiados equipados com motor a jato, subsônicos e de longo alcance, que fizeram suas primeiras aparições no início da década de 90, durante a Guerra do Golfo. Mais precisamente, os mísseis “debutaram” na “Operação Tempestade no Deserto”, em 1991.

Essas belezinhas foram originalmente projetadas pela General Dynamics e hoje são fabricadas pela Raytheon Company. Os mísseis têm pouco mais de 5,5 metros de comprimento, quase 52 centímetros de diâmetro, uma envergadura de asa que passa dos 2,6 metros, pesam mais de 1,3 mil quilos e foram projetados para operar em baixas altitudes e manter velocidades subsônicas.

Atualmente, existem diferentes versões do Tomahawk, cada uma focada em carregar explosivos distintos, como o UGM-109A, que leva uma ogiva nuclear W80, o RGM/UGM-109C, equipado com uma ogiva convencional de 450 quilos, e o RGM/UGM-109D, que transporta uma bomba de fragmentação que contém 166 submunições.

O modelo mais recente da “família” é o RGM/UGM-109E Tomahawk, que carrega 450 quilos de explosivos e pode alcançar velocidades de 900 quilômetros por hora. Ademais, esses mísseis têm uma autonomia de aproximadamente 1,6 mil quilômetros e podem mudar sua altitude de voo durante a trajetória — e são operados a distância, o que significa que a vida de pilotos e soldados não precisam ser colocadas em risco durante os ataques. Pois foram esses aí os usados na ofensiva norte-americana lançada nesta madrugada. Veja:

Além de todas as características que descrevemos acima, vale destacar que uma das grandes vantagens dos Tomahawk é que, embora eles possam ser lançados a partir de aviões bombardeiros — como os Boeing B-52 Stratofortress, Rockwell B-1 Lancer e Northrop Grumman B-2 Spirit —, o lançamento também pode se dar em navios de guerra e submarinos.

Os mísseis são disparados a partir de um tubo de lançamento à pressão que também serve de proteção durante o transporte e a armazenagem. Uma vez no ar, as asas e os dispositivos aerodinâmicos dos Tomahawk se abrem e os motores entram em ação. A navegação é realizada por meio de sistemas de GPS e satélite que guiam os mísseis em cursos preestabelecidos que, conforme mencionamos anteriormente, podem ser alterados durante o deslocamento.

Além disso, câmeras e sensores presentes nos Tomahawk fornecem imagens e dados relacionados com o trajeto e o alvo aos comandantes das missões que ficam acompanhando toda a ação em segurança nos centros de comando — no caso do ataque desta madrugada, de dois navios de guerra situados no Mediterrâneo oriental.

A última vez que os EUA lançaram um ataque com Tomahawk foi em outubro do ano passado, contra três localidades no Iêmen, depois que rebeldes liderados por Hussein Badreddin al-Houthi dispararam mísseis em direção a diversos navios norte-americanos.

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