Saiba mais sobre a data que mistura solidariedade, tradições esportivas e compras imperdíveis.

Muito popular em países como Reino Unido, Canadá e Austrália, o Boxing Day pode soar estranho para quem não está familiarizado com suas origens. À primeira vista para algo relacionado ao boxe, né? Mas, na verdade, não tem nada a ver com isso.O termo, que pode ser traduzido como “dia da caixa”, remete às caixas de presentes distribuídas aos trabalhadores e necessitados após o Natal. Mas, o Boxing Day se transformou ao longo do tempo e hoje é uma data que mistura história, solidariedade e diversão. Vamos entender melhor a história por trás do Boxing Day e como ele é comemorado.&nbsp;<h2>Origens históricas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/06/06105115665056.jpg" alt="Boxing Day vem da tradição de dar presentes aos trabalhadores e fazer doações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Boxing Day vem da tradição de dar presentes aos trabalhadores e fazer doações. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para entender o Boxing Day, precisamos voltar à era vitoriana, um período marcado por tradições que moldaram o Natal como conhecemos hoje. Naquela época, o dia 26 de dezembro era dedicado aos trabalhadores que haviam se esforçado para garantir as celebrações do Natal das famílias mais ricas.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/datas-comemorativas/101523-7-coisas-que-muita-gente-odeia-no-natal-mas-tem-vergonha-de-admitir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 coisas que muita gente odeia no Natal, mas tem vergonha de admitir</a></li></ul>Como forma de agradecimento, os empregadores preparavam caixas com presentes, dinheiro ou comida para seus empregados. Essas caixas de Natal deram origem ao nome do feriado. Mas não foi só isso.Outro costume muito comum envolvia as igrejas, que arrecadavam doações em caixas durante o ano. No Boxing Day, essas caixas eram abertas e os fundos distribuídos para os mais necessitados. Era um gesto de solidariedade que reforçava o espírito de união e cuidado com o próximo, típico do período natalino.<h2>Como é comemorado hoje</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/06/06105815097058.jpg" alt="Torcedores britânicos se reúnem para celebrar o espírito festivo e apoiar seus times em partidas emocionantes no Boxing Day. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Torcedores britânicos se reúnem para celebrar o espírito festivo e apoiar seus times em partidas emocionantes no Boxing Day. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se antigamente a data era sobre caixas de presentes e doações, hoje tem outro tom. No Reino Unido e em países da Comunidade Britânica, esse é um dos dias mais movimentados do ano. É quase impossível ignorar as enormes promoções, que fazem do Boxing Day o equivalente britânico da Black Friday. Muitos consumidores encaram filas gigantescas — e algumas brigas por descontos — para garantir itens com preços irresistíveis.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/alem-da-black-friday-outras-datas-famosas-ideais-para-fazer-compras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Além da Black Friday: outras datas famosas ideais para fazer compras</a></li></ul>Mas o feriado não é apenas para compras. Para os amantes de esportes, o dia é sinônimo de diversão. Corridas de cavalos, partidas de rúgbi e jogos de futebol fazem parte do calendário. Agora, uma curiosidade: por muitos anos, as partidas de futebol aconteciam no dia 25 de dezembro, logo após a ceia.Com o tempo, essa prática mudou, e a última partida de Natal foi em 1957. Desde então, o Boxing Day, em 26 de dezembro, se consolidou como o grande dia do futebol no Reino Unido, e os jogos viraram uma verdadeira celebração do esporte e do espírito festivo.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107785-confira-uma-breve-historia-das-origens-do-futebol-e-da-copa-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Confira uma breve história das origens do futebol e da Copa do Mundo</a></li></ul>E claro, o feriado também é uma extensão das festas de Natal. Muitas famílias usam a data para relaxar e saborear as famosas “sobras” natalinas. Sanduíches de peru e tortas de carne são o prato do dia.Então, o Boxing Day é mais do que apenas o dia seguinte ao Natal; é uma data repleta de séculos de história e tradição, que combina gestos de generosidade com celebrações modernas. Embora seu significado tenha evoluído ao longo do tempo, a essência de união e comunidade permanece intacta, mantendo viva a verdadeira essência do feriado.

large_o-que-e-o-boxing-day-thumb.png

medium_o-que-e-o-boxing-day-thumb.png

small_o-que-e-o-boxing-day-thumb.png

thumbnail_o-que-e-o-boxing-day-thumb.png

o-que-e-o-boxing-day-thumb.png

O que é o Boxing Day?

Mesmo as restaurações bem intencionadas podem acabar em resultados terríveis. 

A conservação da arte envolve o uso de técnicas incríveis que são empregadas para preservar as obras-primas da história para a apreciação das futuras gerações. No entanto, muitas vezes, especialistas e leigos acabam obtendo péssimos resultados.Isso pode acontecer por várias razões, como falta de conhecimento, decisões erradas ou só descuido mesmo. O fato é que, em certos momentos, essas terríveis tentativas de restauração desfiguraram obras de arte bastante famosas. O mais irônico é às vezes as restaurações ruins ficam até mais conhecidas que o original.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/114969-lembra-do-ecce-homo-nova-restauracao-desastrosa-viraliza-na-web.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lembra do Ecce Homo? Nova restauração desastrosa viraliza na web</a></li></ul><h2>1. O teto da Capela Sistina com pinturas lavadas em excesso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03194748538060.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Uma limpeza apagou detalhes do teto da Capela Sistina. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Pintado por Michelangelo no início do século XVI, o teto da Capela Sistina é uma das obras mais icônicas da arte ocidental. Entretanto, um projeto de restauração executado entre 1980 e 1994 simplesmente danificou esse patrimônio artístico.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127630-obra-perdida-de-gentileschi-e-redescoberta-em-deposito-e-restaurada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Obra perdida de Gentileschi é redescoberta em depósito e restaurada</a></li></ul>Críticos disseram que a restauração retirou alguns dos detalhes originais de Michelangelo, como as suas sutis técnicas de sombreamento, conhecidas como chiaroscuro. A limpeza em excesso alterou a profundidade e a textura pretendidas por Michelangelo para a sua obra-prima. O Vaticano, por outro lado, se defendeu argumentando que o projeto foi um esforço necessário para preservar a obra.<h2>2. A nova pintura de A Última Ceia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03195139719064.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>Uma restauração de&nbsp;A Última Ceia apagou elementos da pintura de Da Vinci. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Última Ceia,&nbsp;de Leonardo da Vinci, é uma obra-prima renascentista que também sofreu danos por conta de tentativas de restauração. O caso mais famoso ocorreu no século XVIII e foi executado pelo pintor Giuseppe Mazza, que tentou "consertar" o afresco retocando a obra original.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/ninguem-sabe-mas-leonardo-da-vinci-foi-um-grande-perfumista" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Ninguém sabe, mas Leonardo Da Vinci foi um grande perfumista</a></li></ul>Acontece que Mazza usou tintas a óleo em vez de têmpera, o que acabou obscurecendo a delicada pincelada de Da Vinci, além de acelerar a degradação do afresco. Por sorte, técnicas mais modernas conseguiram estabilizar a pintura, mas muito do que foi feito pelo pintor italiano acabou se perdendo.<h2>3. A restauração horrorosa da estátua de São Jorge</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03195321092065.jpg" alt="(Fonte: Youtube / Reprodução)"><figcaption>O São Jorge do século XVI na Igreja de San Miguel de Estella foi transfigurado por um amador. (Fonte: Youtube / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 2018, foi feita uma tentativa desastrada de restauração de uma escultura de madeira de São Jorge do século XVI que fica na Igreja de San Miguel de Estella, na Espanha. A estátua, que mostra São Jorge matando o dragão, foi confiada a um professor de arte sem experiência em conservação.&nbsp;O resultado foi escandaloso: o santo foi repintado com bochechas cor de rosa, uma expressão ensimesmada e uma paleta de cores que não se relaciona com a sua época original. O caso provocou indignação entre historiadores e especialistas em conservação artística, que lamentaram os danos irreversíveis ao artefato.<h2>4. A restauração cômica de Ecce Homo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03194927504061.jpg" alt="(Fonte: MDig / Reprodução)"><figcaption>A idosa Cecilia Giménez tornou o afresco Ecce Homo mundialmente famoso. (Fonte: MDig / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E talvez o caso recente mais famoso seja esse: em 2012, um afresco de Jesus Cristo chamado&nbsp;Ecce Homo ficou mundialmente famoso por conta de uma tentativa amadora de restauração que foi, no mínimo, uma tragédia. A obra é de autoria do artista do século XIX Elías García Martínez, e fica na igreja do Santuário da Misericórdia em Borja, Espanha.&nbsp;<ul><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/cupons/lojas/amazon">Aproveite o cupom Amazon e economize em livros sobre história da arte!</a>&nbsp;</li></ul>O cômico da história é que quem fez isso foi uma senhorinha bastante religiosa chamada Cecilia Giménez que, cheia de boas intenções, tentou restaurar a obra deteriorada. Mas houve até um lado bom nessa história: a restauração terrível acabou transformando a pequena cidade de Borja em um destino turístico. Até hoje, visitantes vão até lá para ver o afresco pessimamente reformado.

large_4-restauracoes-catastroficas-de-obras-de-arte-thumb.png

medium_4-restauracoes-catastroficas-de-obras-de-arte-thumb.png

small_4-restauracoes-catastroficas-de-obras-de-arte-thumb.png

thumbnail_4-restauracoes-catastroficas-de-obras-de-arte-thumb.png

4-restauracoes-catastroficas-de-obras-de-arte-thumb.png

4 restaurações catastróficas de obras de arte

Descubra a origem das histórias que encantam gerações e como elas evoluíram para se tornar ícones da literatura mundial.

Você já parou para pensar de onde vêm as histórias mágicas que fazem a nossa imaginação viajar? Os contos de fadas são narrativas em que personagens encantados e lições valiosas se misturam com os medos e desejos da sociedade. Ao longo do tempo, eles se transformaram para conquistar gerações, com histórias que ainda hoje fazem nossos olhos brilharem.<h2>As raízes dos contos de fadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/30/30223128339002.jpg" alt="Os contos de fadas nasceram da tradição oral. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os contos de fadas nasceram da tradição oral. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>A origem dos contos de fadas está lá atrás, em tempos antigos, quando as histórias eram passadas de geração em geração, principalmente ao redor de fogueiras ou em reuniões familiares. Em uma época em que não existiam livros ou internet, as histórias eram contadas de memória, adaptadas de acordo com a região e o contexto.E, se hoje pensamos em histórias mágicas e encantadoras, saiba que nem sempre foi assim. Originalmente, esses contos tinham um tom bem mais sombrio, com personagens ameaçadores como bruxas e monstros. Não eram histórias fofas para dormir, mas lições sobre os perigos do mundo.Com o tempo, as narrativas foram suavizadas e ganharam influências da Igreja, que adicionou um toque de moralidade, destacando a luta entre o bem e o mal. Ainda assim, a magia e o encanto sempre permaneceram.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120660-os-contos-de-fadas-mais-famosos-de-todos-os-tempos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Os contos de fadas mais famosos de todos os tempos</a></li></ul><h2>A influência de Perrault e dos Irmãos Grimm</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/11/30/30223307896003.jpg" alt="Os Irmãos Grimm adaptaram os contos de fadas, suavizando-os para crianças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Os Irmãos Grimm adaptaram os contos de fadas, suavizando-os para crianças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Agora, vamos avançar para o momento em que essas histórias começaram a ganhar as versões que conhecemos hoje. Nos séculos 17 e 19, dois nomes se destacaram na transformação dos contos de fadas: o francês Charles Perrault e os irmãos alemães Jakob e Wilhelm Grimm.Perrault foi o responsável por transformar contos populares em histórias refinadas para a corte francesa, criando versões mais elegantes e suaves de clássicos como Cinderela e A Bela Adormecida. Mesmo com esse toque de realeza, ele manteve os elementos mágicos e as lições valiosas que dão vida ao gênero, equilibrando sofisticação e encanto sem perder a essência original.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/as-origens-obscuras-da-cinderela" rel="noopener noreferrer" target="_blank">As origens obscuras da Cinderela</a></li></ul>Já os irmãos Grimm, lá na Alemanha, foram atrás de preservar as histórias mais tradicionais. Eles se dedicaram a documentar contos populares que refletiam a cultura e os valores alemães, como Branca de Neve e João e Maria.Na época dos irmãos Grimm, essas histórias eram bem mais sombrias e assustadoras. Para torná-las mais amigáveis às crianças, eles adaptaram os contos, suavizando os momentos mais pesados, mas sem abrir mão das lições de coragem, moral e da magia que as tornavam tão especiais.<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-tantas-historias-comecam-com-era-uma-vez" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que tantas histórias começam com "era uma vez"?</a></li></ul>Hoje, essas histórias continuam a encantar, a ensinar e a emocionar. E não importa o quanto o tempo passe, as lições que esses contos de fadas oferecem nunca vão sair de moda. Afinal, quem não gosta de um pouco de magia e finais felizes, não é mesmo?

large_como-surgiram-os-contos-de-fadas-thumb.png

medium_como-surgiram-os-contos-de-fadas-thumb.png

small_como-surgiram-os-contos-de-fadas-thumb.png

thumbnail_como-surgiram-os-contos-de-fadas-thumb.png

como-surgiram-os-contos-de-fadas-thumb.png

Como surgiram os contos de fadas?

Criado como uma fortaleza inexpugnável para os inimigos, Lesoto se transformou na nação mais alta do planeta.

Menor do que muitos estados brasileiros, Lesoto, país conhecido o "Teto da África" ou "Reino no Céu" faz jus aos apelidos. Ele é um único país do mundo que tem todo o seu território de 30,4 mil km2 acima de uma altitude de 1,4 mil metros. Ou seja, o país inteiro é mais alto do que as montanhas mais altas de muitos países do mundo.Isso torna esse enclave da África do Sul (país totalmente cercado pelo território do outro) uma espécie de oásis, pois, embora seja geograficamente um país tropical, seu clima temperado de altitude, com viés para frio, é totalmente diferente de todos os seus vizinhos.<ul><li>Conheça:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/la-rinconada-o-local-de-maior-altitude-do-planeta-habitado-por-humanos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">La Rinconada: o local de maior altitude do planeta habitado por humanos</a></li></ul>O resultado dessa elevação incomum provoca invernos rigorosos e longos, e verões curtos e amenos. Tempestades de neve são comuns durante o inverno, quando as temperaturas caem abaixo de zero, com um clima predominantemente frio, enquanto a cerca de 400 km dali, turistas curtem o verão mediterrâneo de Camps Bay.&nbsp;<h2>Por que Lesoto é totalmente isolado dos outros países?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/02/02135627216120.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Lesoto se libertou da Coroa Britânica em 1966. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Lesoto é um caso típico em que a história teve influência direta na geografia. E a origem do isolamento do país começou no início do século 19, quando o povo Zulu, comandado pelo líder militar Shaka Zulu, estabeleceu um exército permanente, partiu para conquistar nações vizinhas e expandiu a nação no sudeste da África.Entre os povos que fugiram do expansionismo zulu, chamado de Mfecane ("esmagamento"), estava um clã formado por diversos grupos étnicos sotho, liderado pelo rei Moshoeshoe I, que decidiu construir, nas montanhas, um reino inexpugnável para qualquer tipo de invasor.&nbsp; O local resistiu até mesmo a pressões coloniais britânicas e bôeres (colonos holandeses).<div data-is-streaming="false">Moshoeshoe I se tornou então o primeiro rei de Lesoto que, de forma diplomática e hábil, conseguiu preservar a autonomia do seu povo e elevar o país à categoria de entidade política independente tanto da África do Sul, em 1884, como da própria Coroa Britânica, em 1966.<h2>Lesoto: nação mais montanhosa do planeta</h2></div><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/02/02170258852212.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Lesoto é conhecido como Reino do Céu. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Diversas nações na mesma situação de Lesoto, ou seja, montanhosas e sem acesso ao litoral, têm alguns pontos mais altos, com o exemplo mais famoso sendo o Nepal, onde está o pico do Monte Everest&nbsp;que, com seus 8.848, é o mais alto do planeta. No entanto, o distrito de Jhapa, no extremo leste do país, tem apenas 60 metros acima do nível do mar.&nbsp;<ul><li>Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/lesoto-o-pais-com-a-maior-taxa-de-suicidios-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Lesoto, o país com a maior taxa de suicídios do mundo</a></li></ul>Outro país, o Butão, chamado de Reino das Nuvens, tem uma altitude média de 3,3 mil metros e um dos picos mais altos do mundo, o Gangkhar Puensum, com 7,6 mil metros. No entanto, a cidade de Phuntsholing, na fronteira com a Índia, está a 300 metros acima do nível do mar.Dessa forma, ninguém ganha de Lesoto quando o assunto é altitude: além de nação mais montanhosa do planeta, o Reino do Céu jamais desce abaixo dos 1,4 mil metros.

large_o-unico-pais-do-mundo-totalmente-acima-dos-1000-m-de-altitude-nao-e-o-que-voce-imagina-banner.png

medium_o-unico-pais-do-mundo-totalmente-acima-dos-1000-m-de-altitude-nao-e-o-que-voce-imagina-banner.png

small_o-unico-pais-do-mundo-totalmente-acima-dos-1000-m-de-altitude-nao-e-o-que-voce-imagina-banner.png

thumbnail_o-unico-pais-do-mundo-totalmente-acima-dos-1000-m-de-altitude-nao-e-o-que-voce-imagina-banner.png

o-unico-pais-do-mundo-totalmente-acima-dos-1000-m-de-altitude-nao-e-o-que-voce-imagina-banner.png

O único país do mundo totalmente acima dos 1000 m de altitude não é o que você imagina

Em 89 d.C., o imperador romano Domiciano ofereceu um jantar macabro no qual os convidados pensaram que seriam assassinados.

Os poderosos imperadores romanos foram capazes de muitas loucuras. Mas no topo das mais tenebrosas, está certamente o banquete oferecido pelo imperador Domiciano em 89 d.C. para um grupo de senadores.Tudo em torno daquele jantar era lúgubre e assustador. Mas os convidados logo se deram conta de que estava sendo oferecido a eles um evento que normalmente era presenteado aos mortos.<ul><li>Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/42299-7-fatos-interessantes-sobre-o-imperio-romano-que-voce-talvez-desconheca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">7 fatos interessantes sobre o Império Romano que você talvez desconheça</a></li><li><a rel="noopener noreferrer" target="_blank">Aproveite: </a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank" href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm?ab=true&amp;">garanta os melhores livros sobre história romana com desconto aplicando o cupom Amazon!</a><a rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;</a></li></ul><h2>O famoso banquete de Domiciano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03190847163044.jpg" alt="(Fonte: GettyImages / Reprodução)"><figcaption>O imperador Domiciano era conhecido por sua crueldade. (Fonte: GettyImages / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Naquela fatídica noite, o salão de banquete estava pintado de preto do teto ao chão. Na pouca luz que pairava, os senadores foram convidados a verificar seus nomes em uma fileira de lápides colocadas diante das cadeiras na mesa.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125144-6-festas-de-arromba-que-entraram-para-a-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 festas de arromba que entraram para a história</a></li></ul>Meninos nus pintados de preto vinham servir os homenageados. Só que as bandejas traziam oferendas que costumavam ser oferecidas aos mortos. É claro que, a essa altura, os próprios senadores começaram a se perguntar se logo eles mesmos seriam assassinados.Domiciano oferecia a eles um banquete romano tradicional, chamado de "memento mori". Assim que o jantar se encerrou, os convidados ficaram esperando o momento em que seriam executados. Até que, pela manhã, o imperador enviou mensageiros para informá-los que as lápides (agora reveladas como sendo feitas de prata maciça), os pratos caros e os meninos escravizados estavam sendo dados a eles como presentes.De acordo com Dio Cassius, historiador do século III, que é autor do único relato sobre esse jantar, o efeito de tudo isso aos convidados, como se pode imaginar, foi terrível. Durante o banquete, o imperador falava “apenas sobre tópicos relacionados à morte e à matança”. Enquanto isso, cada um dos senadores “temia e tremia e era mantido em constante expectativa de ter sua garganta cortada no momento seguinte”.<h2>Os imperadores romanos e seus banquetes de mau gosto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/03/03191746833048.jpg" alt="(Fonte: Ancient Rome / Reprodução)"><figcaption>O Larva convivalis era um presente mórbido dado aos convidados em um jantar. (Fonte: Ancient Rome / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Tito Flávio Domiciano foi o terceiro membro de sua família a se tornar imperador de Roma. Ele ficou conhecido pela sua crueldade, e relatos especulam que ele tenha assassinado seu próprio irmão mais velho, Tito.<ul><li>Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100244-o-que-afinal-era-um-vomitorio.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O que, afinal, era um “vomitório”?</a></li></ul>Ainda assim, há dúvidas se realmente o relato sobre o "banquete negro" oferecido pelo imperador é real ou apenas uma lenda. O que se afirma é que Domiciano poderia estar promovendo a longa tradição do “memento mori”, que consistia em jantares funestos que eram relativamente comuns. Nessas ocasiões, os convidados eram lembrados de aproveitar todos os momentos, já que a vida poderia se encerrar a qualquer momento. Eles ainda recebiam de presente o&nbsp;Larva convivalis, que eram pequenos esqueletos de bronze feitos com membros articulados.Aparentemente, tudo apenas se tratava de uma brincadeira (de mau gosto, vale dizer). Mas o fato é que Domiciano poderia bem mandar matar os seus convidados, uma vez que eram atribuídas a ele várias mortes. Outra possibilidade é que ele estivesse agindo assim por se sentir ameaçado pelos senadores.Entretanto, Domiciano não foi o único imperador a aterrorizar seus convidados. De acordo com Sêneca, Calígula ordenou a execução de um jovem e depois convidou o pai do homem para jantar no mesmo dia. O homem conversou e brincou com o imperador, pois sabia que, se mostrasse o menor sinal de tristeza, Calígula ordenaria a morte de seu outro filho.Há ainda o imperador Heliogábalo, que também apreciava brincadeiras macabras. Ele oferecia a seus convidados travessas de comida falsa feitas de cera, madeira ou mármore, enquanto ele mesmo devorava iguarias de verdade. Eventualmente, o imperador servia a seus convidados pinturas de refeições ou guardanapos bordados com imagens da comida que ele estava comendo.Para piorar, Heliogábalo às vezes mandava soltar leões e leopardos entre os seus convidados. Sem saber que os animais eram domesticados, os presentes ficavam apavorados, o que fazia Heliogábalo se regozijar de prazer. Com certeza, receber um convite de um imperador não era nada legal, mas certamente não havia como recusar.

large_10181026063508.jpeg

medium_10181026063508.jpeg

small_10181026063508.jpeg

thumbnail_10181026063508.jpeg

10181026063508.jpeg

Memento Mori: o banquete romano em que os convidados podiam morrer

Um professor de Uganda transformou a sua vila ao levar o esporte de Harry Potter para a sua comunidade.

Em 2013, um professor chamado John Ssentamu estava sentado em um ônibus em Kampala, a capital de Uganda, e viu um companheiro de viagem lendo uma página de um livro chamado&nbsp;Harry Potter e a Pedra Filosofal.&nbsp;Encantado com aquele mundo da fantasia, Ssentamu pediu o livro emprestado para o colega, que cedeu.Mais tarde, ele ficaria fascinado pelo jogo de quadribol, um esporte fictício mostrado no livro e que é disputado em vassouras voadoras. Tudo isso mudaria em breve a sua vida e da sua comunidade.<ul><li>Veja mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/nos-humanos-surgimos-na-africa-mas-por-que-especificamente-la" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nós, humanos, surgimos na África. Mas por que especificamente lá?</a></li></ul><h2>O quadribol em Uganda</h2><div style="padding:56.25% 0 0;position:relative;"><iframe style="height:100%;left:0;position:absolute;top:0;width:100%;" src="https://player.vimeo.com/video/1038248084?badge=0&amp;autopause=0&amp;player_id=0&amp;app_id=58479" frameborder="0" title="The Ugandan Quidditch Movement"></iframe></div>Ao lado de sua esposa, John Ssentamu se mudou em 2013 para a cidade de Katwadde, onde tinha a missão de levar a educação para vilas rurais. Neste local, as crianças não iam à escola. Ssentamu decidiu intervir nessa realidade – e, para fazer isso, usaria o quadribol.Para inspirar a comunidade local na sua escola, ele resolveu adaptar para a vida real o quadribol por meio de um jogo que fosse envolvente para meninos e meninas. O novo esporte adaptado se transformou em uma paixão para Ssentamu e uma experiência que transformou a escola.<ul><li>Conheça mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120537-como-harry-potter-mudou-o-mundo-do-cinema-e-da-literatura.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como Harry Potter mudou o mundo do cinema e da literatura</a></li></ul>Tudo isso foi registrado pelo documentarista e diretor de cinema Ben Garfield em um filme chamado The Ugandan Quidditch Movement. Em janeiro de 2023, ele e sua equipe passaram oito dias na vila de Katwadde, filmando a história de Ssentamu sobre a criação do primeiro time de quadribol de Uganda. O time cresceu tanto que foi selecionado para a Copa do Mundo Internacional de Quadribol. Infelizmente, eles acabaram não indo por conta dos custos e das restrições da pandemia de covid-19.<h2>O projeto de John Ssentamu</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/14/14141207041004.jpg" alt="(Fonte: Atlas Obscura / Reprodução)"><figcaption>&nbsp;John Ssentamu transformou sua cidade com o quadribol. (Fonte: Atlas Obscura / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora o time ainda não tenha participado da Copa, John Ssentamu disse ao documentário que esse não é o seu objetivo principal. "Chegar à Copa do Mundo não é o objetivo final em si. Era para lançar luz sobre o trabalho que o quadribol estava fazendo por eles em casa, combatendo a pobreza, o analfabetismo e a discriminação de gênero em Uganda e, esperançosamente, na África em geral", afirmou Doug Baldinger, produtor do filme.O curioso é que a maior parte das crianças nunca havia ouvido falar sobre Harry Potter, mas se envolveu com o esporte. "Uma das outras forças motrizes do quadribol não era apenas a diversidade de gênero, mas a capacidade de uma comunidade rural competir. Não há muita infraestrutura construída em torno do quadribol. Não há treinadores particulares de quadribol que você possa contratar, ou times de quadribol de escolas particulares chiques em operação, então todo mundo está meio que começando do zero", acrescentou Baldinger.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/harry-potter-o-hobbit-e-os-6-livros-de-literatura-infantil-mais-valiosos-do-mundo" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Harry Potter, O Hobbit e os 6 livros de literatura infantil mais valiosos do mundo</a></li></ul>O time de Ssentamu utilizava pneus ocos como aros e gravetos como vassouras. O objetivo do esporte é a unificação dos jogadores de um time e dos entusiastas do quadribol ao redor do mundo. "Independentemente de onde alguém esteja, nós compartilhamos algumas coisas. O quadribol pode ser praticado em qualquer lugar. Pode ser amado em qualquer lugar", afirmou Ssentamu.Ao longo de uma década, o jogo se tornou um ponto de orgulho para a vila e para Uganda. Os membros que começaram no time ainda crianças na escola se tornaram adultos e passaram a jogar em times regionais, espalhando o esporte e os valores por trás dele. Richard, uma das estrelas do time, abriu uma instituição de caridade com seu irmão, com foco em educar outras crianças órfãs.O sonho de John Ssentamu ainda não chegou ao fim, e agora ele nutre esperanças de levar um time seu para uma Copa do Mundo. “Se eu conseguir fazer isso, mesmo que eu morra, morrerei um homem feliz”, conclui.

large_como-o-quadribol-transformou-uma-comunidade-em-uganda-thumb.png

medium_como-o-quadribol-transformou-uma-comunidade-em-uganda-thumb.png

small_como-o-quadribol-transformou-uma-comunidade-em-uganda-thumb.png

thumbnail_como-o-quadribol-transformou-uma-comunidade-em-uganda-thumb.png

como-o-quadribol-transformou-uma-comunidade-em-uganda-thumb.png

Como o quadribol transformou uma comunidade em Uganda

De acordo com pesquisadores, contos sobre o aglomerado de estrelas batizado de "Sete Irmãs" são uns dos mais antigos do mundo e eram passados de geração para geração em fogueiras na África. 

Se você estiver no hemisfério norte entre outubro e março, não deixe de olhar para o céu noturno. Pode ser que você esteja contemplando a inspiração para a história mais antiga já contada na Terra! Estamos falando das Plêiades, também conhecidas como as Sete Irmãs, um dos aglomerados de estrelas mais famosos do céu.<ul><li style="text-align:justify;">Leia também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/122565-6-constelacoes-fascinantes-que-voce-deveria-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">6 constelações fascinantes que você deveria conhecer</a></li></ul>Localizado na constelação de Touro, o aglomerado é composto por mais de mil estrelas, mas as mais brilhantes são estrelas azuis luminosas que se formaram há cerca de 100 milhões de anos.&nbsp;Apesar de parecer uma simples formação estelar, essas irmãs celestiais possuem lendas associadas a elas em várias culturas do mundo — e é aí que o mistério começa a ganhar forma.<h2 style="text-align:justify;">Mitos conectados pelo tempo e pela cultura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17193852025336.jpg" alt="Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda. (Fonte: Wikimedia Commons)"><figcaption>Lenda das sete irmãs carrega consigo tradição indígena australiana e já foi até mesmo representada em moeda. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Na mitologia grega, as Plêiades eram filhas de Atlas e Pleione. Como Atlas estava ocupado sustentando o céu, ele não pôde proteger suas filhas. Para evitar que fossem perseguidas por Órion, o caçador, Zeus as transformou em estrelas. Interessante, não? Mas o mais curioso é que histórias parecidas surgiram em culturas do outro lado do planeta, como entre os povos indígenas australianos.<ul><li style="text-align:justify;">Relacionado:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-aborigenes-australianos-surgiram-e-se-adaptaram-ao-continente" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Como os aborígenes australianos surgiram e se adaptaram ao continente?</a></li></ul>Os mitos aborígenes contam que um caçador tenta perseguir as irmãs, exatamente como Órion faz na lenda grega. Em ambos os casos, são sete irmãs que aparecem nas histórias, mesmo que, a olho nu, apenas seis estrelas sejam visíveis. "A semelhança entre os mitos aborígenes e gregos das Plêiades e Órion inclui três elementos específicos: ambos identificam as Plêiades como um grupo de meninas jovens, ambos identificam Órion como um homem e ambos afirmam que ele está tentando se relacionar com as meninas das Plêiades", explica a pesquisa publicada no livro Advancing Cultural Astronomy.A parte mais intrigante dessa história é como esses mitos se mantiveram tão semelhantes em culturas que não tiveram contato por milhares de anos. Afinal, os ancestrais dos europeus e dos australianos se separaram há cerca de 100 mil anos, quando saíram da África.&nbsp;Isso sugere que a história das Sete Irmãs pode ter sido contada à luz das fogueiras desde aquela época remota.<h2 style="text-align:justify;">Por que Sete Irmãs?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/17/17193735621335.jpg" alt="Embora seja chamada de "><figcaption>Embora seja chamado de "Sete Irmãs", aglomerado de estrelas é composto por apenas seis estrelas. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>Mas se só vemos seis estrelas brilhantes, por que os mitos falam de sete? Para responder a isso, os pesquisadores fizeram simulações do céu de 100 mil anos atrás e descobriram que, naquela época, uma sétima estrela — chamada Pleione — era visível. Hoje, Pleione está tão próxima de Atlas que, para nossos olhos, elas parecem uma única estrela.Isso reforça a ideia de que a história das Sete Irmãs surgiu quando os humanos ainda viam sete estrelas distintas. "Quando os australianos e os europeus estavam juntos pela última vez, em 100 mil [a.C.], as Plêiades apareciam como sete estrelas", diz a pesquisa. Essa descoberta dá ainda mais peso à hipótese de que essa história é uma das mais antigas da humanidade, passada de geração em geração por milênios.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115802-megaconstelacoes-de-satelites-impactarao-no-estudo-de-astronomos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Megaconstelações de satélites impactarão no estudo de astrônomos</a></li></ul>E essa não é a única lenda ancestral que resiste ao tempo. Os Gunditjmara, um povo indígena do sul da Austrália, contam a história de um gigante que se transformou em uma montanha e cuspiu lava. Em 2020, cientistas descobriram que o vulcão associado a essa lenda entrou em erupção há cerca de 37 mil anos. Ou seja, a tradição oral pode guardar registros surpreendentemente antigos.

large_lenda-das-sete-irmas-historia-indigena-australiana-pode-ter-100-mil-anos-thumb.png

medium_lenda-das-sete-irmas-historia-indigena-australiana-pode-ter-100-mil-anos-thumb.png

small_lenda-das-sete-irmas-historia-indigena-australiana-pode-ter-100-mil-anos-thumb.png

thumbnail_lenda-das-sete-irmas-historia-indigena-australiana-pode-ter-100-mil-anos-thumb.png

lenda-das-sete-irmas-historia-indigena-australiana-pode-ter-100-mil-anos-thumb.png

Lenda das Sete Irmãs: história indígena australiana pode ter 100 mil anos

Cientistas confirmar que pinturas na Caverna Maltravieso, na Espanha, são as mais antigas do mundo, feitas há mais de 66 mil anos pelos neandertais.

A Caverna Maltravieso, em Cáceres, Espanha, guarda um legado impressionante: 71 silhuetas de mãos feitas há mais de 66 mil anos. Estudos recentes revelaram que essas pinturas não são obra de humanos modernos, mas sim de neandertais, desafiando o conceito de que nossa espécie é a única capaz de expressar criatividade. Feitas ao soprar pigmentos ao redor das mãos, as marcas resistiram ao tempo, tornando-se um marco crucial para reescrever a história da evolução artística.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/crianca-encontra-machado-prehistorico-usado-por-neandertais" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Criança encontra machado pré-histórico usado por neandertais</a></li></ul>Pesquisadores da Universidade de Southampton usaram datação urânio-tório para analisar as crostas de carbonato que se formaram sobre as pinturas, determinando que as obras são pelo menos 20 mil anos mais velhas que a chegada dos humanos modernos à Europa. Essa descoberta evidencia que os neandertais, longe de serem apenas “brutos”, eram artistas pioneiros, capazes de deixar mensagens simbólicas.<h2 style="text-align:justify;">A história por trás da Caverna Maltravieso</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/16/16174026759199.jpg" alt=" A entrada cercada da Caverna Maltravieso, no oeste da Espanha. (Fonte: Mario Modest/Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>A entrada cercada da Caverna Maltravieso, no oeste da Espanha. (Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure></figure>A descoberta da caverna em 1951 já intrigava os arqueólogos, mas foi apenas décadas depois, com avanços tecnológicos, que sua verdadeira importância emergiu. A técnica de datação usada revelou que essas pinturas datam do Paleolítico Médio, um período entre 300 mil e 50 mil anos atrás, quando os neandertais dominavam a Europa.Os artistas antigos utilizaram pigmentos soprados em torno das mãos, criando silhuetas que carregam não apenas criatividade, mas também simbolismo. “Essas pinturas são a prova mais antiga de arte rupestre, anteriores à chegada dos humanos modernos”, afirmou o arqueólogo Chris Standish. Sua equipe acredita que as obras refletem um senso de identidade e conexão social entre os neandertais.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também:&nbsp;<a href="http://Humanos%20e%20neandertais%20se%20misturaram%20geneticamente,%20mas%20onde%20isso%20aconteceu?" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Humanos e neandertais se misturaram geneticamente, mas onde isso aconteceu?</a></li></ul>Essas descobertas mudam o entendimento sobre a cognição dos neandertais, sugerindo que eles tinham habilidades intelectuais e emocionais semelhantes às nossas, incluindo a capacidade de deixar um legado artístico.<h2 style="text-align:justify;">Neandertais: mais do que sobreviventes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/16/16190413153214.jpg" alt="Artistas incompreendidos? Estudo mostra que neandertais tinham técnicas sofisticadas para a época. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Artistas incompreendidos? Estudo mostra que neandertais tinham técnicas sofisticadas para a época. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Por muito tempo, os neandertais foram vistos como inferiores em relação aos Homo sapiens, mas a Caverna Maltravieso prova o contrário. Suas pinturas mostram que essa espécie tinha não apenas criatividade, mas também intenção simbólica, algo antes associado apenas à nossa linhagem.As silhuetas de mãos, aparentemente simples, revelam uma história rica e complexa. Estudos indicam que os neandertais usavam pigmentos e técnicas elaboradas, reforçando que eram mais sofisticados do que se acreditava. Eles deixaram marcas que transcendem milênios, desafiando a ideia de que arte e cultura pertencem apenas aos Homo sapiens.<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/fabrica-de-piche-neandertal-de-65-mil-anos-e-encontrada-em-gibraltar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">"Fábrica de piche" neandertal de 65 mil anos é encontrada em Gibraltar</a></li></ul>Essas obras são muito mais do que desenhos; são evidências de que a criatividade é universal. A Caverna Maltravieso não é apenas um local arqueológico, mas também um testemunho duradouro de que os neandertais, assim como nós, buscavam expressar e preservar sua existência.

medium_desenhos-de-maos-em-caverna-espanhola-sao-as-mais-antigas-do-mundo-thumb.png

small_desenhos-de-maos-em-caverna-espanhola-sao-as-mais-antigas-do-mundo-thumb.png

thumbnail_desenhos-de-maos-em-caverna-espanhola-sao-as-mais-antigas-do-mundo-thumb.png

desenhos-de-maos-em-caverna-espanhola-sao-as-mais-antigas-do-mundo-thumb.png

Desenhos de mãos em caverna espanhola são as mais antigas do mundo

Uma importante escultura em mármore do deus grego Hermes foi encontrada por acaso ao sul da Acrópole de Atenas.

Enquanto trabalhavam na construção da expansão da rede de gás natural em Atenas, na Grécia, trabalhadores da concessionária fizeram uma importante descoberta arqueológica por acaso: uma importante estátua grega antiga. Perto do antigo teatro Odeão de Herodes Ático, os instaladores de gás encontraram uma representação do deus grego Hermes no estilo Ludovisi.Segundo um comunicado do Ministério da Cultura, a estátua estava em "muito bom estado", e foi encontrada "dentro de uma estrutura construída com tijolos retangulares" entre "vilas construídas por burgueses ricos naquela época".<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-tantas-estatuas-gregas-romanas-e-egipcias-nao-tem-nariz" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que tantas estátuas gregas, romanas e egípcias não têm nariz?</a></li></ul>Estátuas Hermes Ludovisi fazem parte de um importante conjunto de esculturas de Hermes feitas durante a chamada antiguidade clássica. Essas representações são famosas por sua qualidade artística e importância histórica, representando o deus da velocidade e do comércio em diversas poses e contextos mitológicos.<h2>O local onde a estátua foi descoberta</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15112518299007.jpg" alt="O Odeão de Herodes Ático é usado até hoje. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>O Odeão de Herodes Ático é usado até hoje. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O lado sul da Acrópole de Atenas, onde a estátua foi descoberta, já foi, segundo o portal&nbsp;Greek Reporter, um distrito de residências luxuosas e vilas durante a era romana, entre os séculos 1 d.C. e 5 d.C. Portanto, é bastante provável que essa suposta estátua de Hermes Ludovisi tenha sido parte do acervo de uma dessas famílias.&nbsp;No comunicado do Ministério da Cultura da Grécia, o local é assim descrito: "Suas residências eram ricamente decoradas com pisos de mosaico e esculturas, que eram obras de famosas oficinas neoáticas [estilo artístico helenístico entre 100 a.C. e 100 d.C.]".&nbsp;Concluída a documentação da descoberta da escultura, os especialistas do Eforato de Antiguidades, agência que administra sítios arqueológicos e antiguidades na Grécia, irão transportá-la para um laboratório de conservação da capital.&nbsp;<h2>Como é uma estátua de Hermes Ludovisi?</h2>&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15142353988000.jpg" alt="x"><figcaption>Hermes Ludovisi retrata o mensageiro dos deuses do Olimpo e deus do comércio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um autêntico Hermes Ludovisi é uma estátua de mármore do icônico deus mensageiro grego, conhecido como Psicopompo, ou seja, “guia de almas”. Ele conduzia as almas (psychai em grego) através do caminho (pompos), até o mundo subterrâneo governado por Hades. A estátua é uma cópia do original grego de bronze, provavelmente de autoria do escultor Fídias.Nessa representação acima, o deus é apresentado como um jovem sem barba, vestindo o petasos, um chapéu de viajante que reforça seu papel como mensageiro e viajante divino. Na estátua mostra, Hermes aparece com uma expressão contemplativa e sombria, com o braço direito levantado segurando uma bolsa de moedas.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/esculturas/99657-por-que-as-estatuas-gregas-tinham-penis-tao-pequenininhos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Por que as estátuas gregas tinham pênis tão pequenininhos?</a></li></ul>O nome Ludovisi é uma associação com uma tradicional família de nobres romanos. O cardeal Ludovico Ludovisi adquiriu a famosa estátua original no século 17, e ela se tornou uma peça notável em sua famosa coleção. Atualmente, o objeto artístico se encontra em exposição no Palazzo Altemps em Roma, na Itália.

large_famosa-estatua-de-hermes-e-achada-em-expansao-da-rede-de-gas-de-atenas-thumb.png

medium_famosa-estatua-de-hermes-e-achada-em-expansao-da-rede-de-gas-de-atenas-thumb.png

small_famosa-estatua-de-hermes-e-achada-em-expansao-da-rede-de-gas-de-atenas-thumb.png

thumbnail_famosa-estatua-de-hermes-e-achada-em-expansao-da-rede-de-gas-de-atenas-thumb.png

famosa-estatua-de-hermes-e-achada-em-expansao-da-rede-de-gas-de-atenas-thumb.png

Famosa estátua de Hermes é achada em expansão da rede de gás de Atenas

Descoberta no Cáucaso pode revelar novos segredos sobre culturas antigas e conexões entre civilizações.

Uma tabuleta de basalto do tamanho de um livro, inscrita com uma escrita desconhecida, foi encontrada por pescadores no Lago Bashplemi, na Geórgia, e agora intriga pesquisadores ao redor do mundo. Medindo pouco mais de 24 centímetros e gravada com 60 símbolos misteriosos, a peça parece remontar ao fim da Idade do Bronze ou início da Idade do Ferro.&nbsp;Apesar de diversas tentativas de decifração, sua língua permanece um enigma, alimentando debates sobre possíveis conexões entre culturas antigas e a complexidade das civilizações do Cáucaso.<h2 style="text-align:justify;">Do fundo do lago</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15143425149001.jpg" alt="Visão aérea do lago . (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação) "><figcaption>Visão aérea do lago Bashplemi. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A descoberta aconteceu quase por acaso no outono de 2021, quando pescadores locais retiraram a peça do fundo do lago. Curiosos, limparam-na com um prego de ferro, felizmente sem danificar as delicadas inscrições feitas com ferramentas avançadas da época.&nbsp;<ul><li style="text-align:justify;">Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128234-5-linguas-mortas-que-ainda-conversam-conosco.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">5 línguas mortas que ainda 'conversam' conosco</a></li></ul>Os pesquisadores identificaram 39 símbolos únicos organizados em sete linhas horizontais, com semelhanças parciais a sistemas do Oriente Médio, Índia e Egito, mas sem vínculo direto com alfabetos conhecidos, sugerindo um sistema único de uso cerimonial ou administrativo.A ligação com a escrita proto-kartveliana do 4º milênio a.C. e outras tradições do Cáucaso, como as runas colchianas e o alfabeto georgiano antigo Mrgvlovani, sugere que a região pode ter desempenhado um papel maior do que se pensava na história dos sistemas de escrita.&nbsp;<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15144200129002.jpeg" alt="Quem diria que perdida no meio de um lago na Geórgia estaria uma tábua misterioso. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgacão)"><figcaption>Quem diria que perdida no meio de um lago na Geórgia estaria uma tábua misteriosa. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgacão)</figcaption></figure></figure>Há ainda ecos de alfabetos como o fenício e o aramaico, reforçando a hipótese de que o Cáucaso era um ponto de contato entre diversas culturas da Antiguidade.<ul><li style="text-align:justify;">Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128428-quais-seriam-as-linguas-mais-estranhas-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Quais seriam as 'línguas mais estranhas' do mundo?</a></li></ul>A qualidade técnica da inscrição é outro ponto fascinante. Os símbolos foram feitos com uma broca cônica para criar contornos precisos, que depois foram alisados com ferramentas de ponta arredondada. Essas marcas atestam o alto nível de habilidade dos artesãos da época e sugerem um propósito significativo para o artefato.&nbsp;Ainda assim, o conteúdo da tabuleta permanece indecifrado. Entre as hipóteses levantadas pelos especialistas, o texto pode listar despojos de guerra, registrar um grande projeto de construção ou mesmo ser uma oferenda religiosa.<h2 style="text-align:justify;">Um lugar rico em história</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/12/15/15145209090006.jpeg" alt="Identificação dos 60 símbolos na misteriosa tábua. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação)"><figcaption>Identificação dos 60 símbolos na misteriosa tábua. (Fonte: R. Shengelia et al., Journal of Ancient History and Archaeology / Divulgação)</figcaption></figure></figure>O contexto da descoberta também adiciona camadas de mistério. O Lago Bashplemi, situado em um planalto vulcânico pouco explorado, já revelou outros artefatos como cerâmicas e pedras de argamassa, indicando intensa atividade humana no passado. No entanto, poucos estudos detalhados foram conduzidos na área, o que torna a tabuleta uma peça única na narrativa arqueológica da região.<ul><li style="text-align:justify;">Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128924-escrita-misteriosa-da-ilha-de-pascoa-e-anterior-a-colonizacao-europeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Escrita misteriosa da Ilha de Páscoa é anterior à colonização europeia</a></li></ul>A autenticidade do achado não deixa dúvidas. Além de corresponder à geologia local, marcas de desgaste indicam que a peça foi manuseada ao longo dos séculos, talvez sem que as populações modernas reconhecessem seu valor histórico.&nbsp;Mais importante, a descoberta desafia ideias preconcebidas sobre a periferia cultural do Cáucaso, sugerindo que a&nbsp;região pode ter sido um centro significativo de inovação e troca cultural entre o Oriente Próximo e o Mediterrâneo.Embora ainda faltem respostas definitivas, a tabuleta de Bashplemi já é um marco no estudo de sistemas de escrita antigos. Sua análise abre portas para novas investigações sobre a história cultural do Cáucaso e levanta questões sobre a preservação de línguas e tradições perdidas.&nbsp;

Artes/cultura

Novidades