Entenda por que a 1ª Guerra Mundial foi muito pior do que você pensa

27/12/2024 às 15:002 min de leituraAtualizado em 27/12/2024 às 15:00

Também chamada de Grande Guerra, a Primeira Guerra Mundial foi um conflito marcante que envolveu as principais potências do mundo. Iniciada em 1914 por causa do assassinato do arquiduque Franz Ferdinand, da Áustria-Hungria, ela durou nada menos que quatro anos.

A guerra só foi encerrada em 11 de novembro de 1918, quando os alemães entraram em um acordo de armistício com os Aliados. Sabemos muitas informações sobre esse conflito gigantesco, mas alguns detalhes horríveis até hoje são pouco conhecidos.

1. A guerra foi brutal para os soldados

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A vida era brutal para os soldados das trincheiras. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Os soldados que estiveram na frente de combate realmente passaram por coisas terríveis. Muitos deles precisaram cavar valas na terra para se protegerem dos tiros inimigos, assim como tiveram que ficar por semanas em locais construídos com tábuas de madeira, sacos de areia, gravetos, arame farpado ou simplesmente lama.

Na Primeira Guerra Mundial, as tropas já usavam metralhadoras e faziam ataques de artilharia do ar. À medida que o conflito foi avançando, as forças aliadas entrincheiradas tinham cada vez mais possibilidade de serem vítimas de ataques alemães durante a noite. 

Nas trincheiras eram que aconteciam as mortes em massas, de ambos os lados da guerra. Por exemplo, só na Batalha do Somme, ocorrida em 1916, as forças britânicas sofreram mais de 57 mil baixas — sendo que mais de 19 mil mortes ocorreram no primeiro dia da batalha. 

2. As tropas enfrentavam doenças misteriosas

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Soldados passaram por uma doença que os médicos não conseguiam diagnosticar. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Não eram apenas os ataques que vitimavam os soldados. Em 1915, médicos que trabalhavam na Frente Ocidental se viram tendo que cuidar de centenas de soldados que estavam sofrendo com uma doença misteriosa, com sintomas que incluíam dores de cabeça, dores nas costas, tontura e rigidez nas canelas. A doença não identificada chegou até a ganhar um apelido: "febre das trincheiras".

Embora não fosse fatal, essa doença se tornou um pesadelo para os comandantes, pois os doentes eram afastados de combate por até três meses. Mais adiante, os médicos finalmente determinaram a causa dessa enfermidade: o piolho comum, que soltava excrementos que eram transmitidos para a corrente sanguínea por meio de abrasões na pele. 

A praga acabou sendo controlada com uma pasta que misturava creosoto, iodofórmio e naftalina, que era aplicada nas costuras dos uniformes, trazendo bons resultados.

3. Nessa guerra foram inventadas muitas armas químicas

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Muitas armas químicas foram introduzidas durante a Primeira Guerra Mundial. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Um aspecto terrível dessa guerra foi a introdução em larga escala de armas químicas. A primeira nação a utilizar esse artefato foi a França, que lançou granadas carregadas com acetato de etila de bromo, também conhecido como gás lacrimogêneo. 

Os alemães aumentaram a aposta ao desenvolver um método para dispersar nuvens de gás cloro, o que era especialmente perigoso para os inimigos, mas também às próprias tropas da Alemanha, caso o vento mudasse de direção.

Mas a arma química mais comum usada durante a Primeira Guerra Mundial foi o chamado "gás mostarda", uma substância que causava lesões na pele, olhos, pulmões e trato gastrointestinal. Mesmo que ele causasse poucas mortes, o gás provocava danos psicológicos fortíssimos.

4. Muitos soldados não receberam tratamento para estresse pós-traumático 

(Fonte: GettyImages / Reprodução)
Muitos soldados após a guerra sofreram com estresse pós-traumático. (Fonte: GettyImages / Reprodução)

Obviamente, uma grande quantidade de soldados desta guerra testemunhou coisas terríveis, manifestando posteriormente sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. Mas, depois da Primeira Guerra Mundial, o distúrbio ainda não era levado tão a sério, e foi apelidado de "choque de granada".

Um médico britânico chamado Charles S. Myers foi o primeiro a apontar que as massas de soldados incapazes de viver funcionalmente estavam sofrendo de estresse pós-traumático. Contudo, ele enfrentou uma batalha difícil para convencer as autoridades que aqueles veteranos de guerra não eram apenas preguiçosos ou covardes. Por conta disso, muitos desses soldados simplesmente não receberam qualquer apoio psicológico.

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