Imagem de Tomar muito café pode nos deixar desidratados? no megacurioso

Quem aprecia um bom café sabe que as idas ao banheiro são inevitáveis


Mesmo que voc&ecirc; n&atilde;o tenha o costume de tomar caf&eacute; durante o dia, acaba ingerindo cafe&iacute;na em outros alimentos. Ela &eacute; a subst&acirc;ncia psicoativa mais consumida do planeta, encontrada tamb&eacute;m em ch&aacute;s, refrigerantes e at&eacute; mesmo no chocolate.
Na maioria dos pa&iacute;ses, n&atilde;o existe nenhum tipo de regulamenta&ccedil;&atilde;o sobre seu consumo, mas algumas pessoas responsabilizam o composto qu&iacute;mico por certos efeitos indesej&aacute;veis, como a desidrata&ccedil;&atilde;o.
<h2 dir="ltr">O que entra precisa sair</h2>
O embasamento cient&iacute;fico para afirmar que o caf&eacute; causa desidrata&ccedil;&atilde;o vem de um <a href="https://www.livescience.com/55479-does-caffeine-cause-dehydration.html">estudo</a> feito em 1928, o qual registrou um aumento na quantidade de urina expelida por pessoas que consumiram bebidas com cafe&iacute;na. Segundo Lawrence Armstrong, professor no Departamento de Cinesiologia da Universidade de Connecticut e diretor do Laborat&oacute;rio de Desempenho Humano, o resultado se espalhou rapidamente, e a partir disso a fama de que caf&eacute; desidrata se sedimentou com o tempo.
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No fim das contas, nosso corpo &eacute; um pouco mais complexo do que isso. Armstrong lembra que podemos utilizar a pr&oacute;pria &aacute;gua como referencial. Se tomarmos mais do que estamos acostumados, tamb&eacute;m vai existir um aumento na quantidade de urina, e n&atilde;o &eacute; por isso que ela nos desidrata. Em entrevista ao <a href="https://www.livescience.com/55479-does-caffeine-cause-dehydration.html">Live Science</a>, ele ressalta que &ldquo;a verdade sobre o assunto &eacute; que um pequeno aumento na quantidade de urina expelida n&atilde;o significa que o corpo est&aacute; desidratado&rdquo;.
Para obter dados mais precisos e desmistificar o consumo de cafe&iacute;na, Armstrong e um grupo de pesquisadores realizaram um experimento em 2005. Na ocasi&atilde;o, eles determinaram o que 59 homens saud&aacute;veis comeriam por 11 dias, regulando a quantidade de cafe&iacute;na ingerida por cada um atrav&eacute;s de c&aacute;psulas, 2 vezes ao dia.
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Ao contr&aacute;rio do estudo realizado no come&ccedil;o do s&eacute;culo passado, eles utilizaram 20 biomarcadores diferentes para determinar o grau de desidrata&ccedil;&atilde;o dos participantes. Trabalhos anteriores analisaram apenas os efeitos do consumo pontual de cafe&iacute;na; a pesquisa de Armstrong foi a primeira a observar as consequ&ecirc;ncias ao longo de um dia inteiro.
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Os resultados mostraram que os indicadores avaliados, dentre eles a quantidade de urina, se mantiveram similares em todos os grupos da pesquisa. Ou seja, alguns participantes consumiram p&iacute;lulas placebo em vez de cafe&iacute;na e, mesmo assim, apresentaram medi&ccedil;&otilde;es de desidrata&ccedil;&atilde;o semelhantes &agrave;s de quem realmente consumiu a subst&acirc;ncia. O mesmo aconteceu entre quem consumiu pequenas e grandes doses de cafe&iacute;na.
<h2 dir="ltr">Muito al&eacute;m da desidrata&ccedil;&atilde;o</h2>
Um bom caf&eacute; &eacute; apreciado no mundo todo, mas muitos acreditam que a cafe&iacute;na seja respons&aacute;vel por uma s&eacute;rie de problemas de sa&uacute;de, al&eacute;m da desidrata&ccedil;&atilde;o. Entre os efeitos apontados est&aacute; o desenvolvimento de c&acirc;ncer ou a influ&ecirc;ncia no crescimento de crian&ccedil;as, que n&atilde;o se desenvolveriam da forma correta por tomar a bebida.
Para Armstrong, tudo isso n&atilde;o passa de lenda urbana, pois se fosse verdade &ldquo;ter&iacute;amos emerg&ecirc;ncias de hospitais lotadas de pacientes afetados pelo consumo de caf&eacute;. Se a subst&acirc;ncia possu&iacute;sse efeitos negativos t&atilde;o pronunciados, eles certamente j&aacute; teriam sido identificados&rdquo;.
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Assim como no caso de qualquer alimento, o consumo excessivo de cafe&iacute;na pode causar a morte. A dose letal, segundo Armstrong, seria de 10 mil miligramas em um per&iacute;odo de 24 horas, mas uma x&iacute;cara de 200 ml possui apenas 95 miligramas da subst&acirc;ncia. Assim, para que voc&ecirc; consiga a fa&ccedil;anha de ingerir a dose letal de cafe&iacute;na atrav&eacute;s da bebida, precisaria ingerir apenas 20 litros de caf&eacute;.
Ao contr&aacute;rio do que muitas pessoas dizem, o caf&eacute; j&aacute; se provou uma bebida que possui diversos benef&iacute;cios em seu consumo. Os antioxidantes presentes nos gr&atilde;os podem nos <a href="https://www.sciencenews.org/article/coffee-reveals-itself-unlikely-elixir">proteger</a> contra o c&acirc;ncer no f&iacute;gado, diabetes tipo 2, diminuir a press&atilde;o sangu&iacute;nea e at&eacute; mesmo combater a dem&ecirc;ncia e a depress&atilde;o.
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Novas pesquisas ainda s&atilde;o necess&aacute;rias para determinar poss&iacute;veis efeitos nocivos em crian&ccedil;as e adolescentes, quando consomem a bebida de forma excessiva ou em conjunto com &aacute;lcool e outras drogas. De modo geral, n&atilde;o existe problema algum em beber uma x&iacute;cara de caf&eacute; por dia, j&aacute; que ela n&atilde;o vai te desidratar e pode fazer parte de uma rotina saud&aacute;vel.
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Tomar muito café pode nos deixar desidratados?

Imagem de Pesquisador diz que Leonardo Da Vinci provavelmente era estrábico no megacurioso

A surpresa é que a condição pode ter influenciado o trabalho do artista de forma positiva

Diversos fatores fazem com que problemas f&iacute;sicos n&atilde;o sejam mais impeditivos de uma vida digna e independente. As solu&ccedil;&otilde;es de acessibilidade trouxeram novas possibilidades para essas pessoas, sem falar nas op&ccedil;&otilde;es cir&uacute;rgicas que se tornaram dispon&iacute;veis, gra&ccedil;as aos avan&ccedil;os da medicina.
O estrabismo &eacute; um dist&uacute;rbio relativamente comum que, al&eacute;m da quest&atilde;o est&eacute;tica, pode provocar algumas dificuldades de vis&atilde;o. Atualmente existem formas de corrigir o problema atrav&eacute;s de cirurgia, mas durante a Idade M&eacute;dia essa n&atilde;o era uma op&ccedil;&atilde;o. O que &eacute; tratado como um problema pode ter sido o diferencial de Leonardo Da Vinci, que segundo uma pesquisa <a href="http://jamanetwork.com/journals/jamaophthalmology/fullarticle/10.1001/jamaophthalmol.2018.3833">publicada</a> recentemente era estr&aacute;bico e foi beneficiado pelo problema.
<h2 dir="ltr">Problema?</h2>
O respons&aacute;vel pelo estudo foi Cristopher Tyler, neurocientista visual na City, University of London, que analisou seis obras de Da Vinci (duas escultura, duas pinturas a &oacute;leo e dois desenhos). Existem poucos retratos do renomado artista italiano, mas o pesquisador argumenta que qualquer obra dele, at&eacute; certo ponto, possuiria suas caracter&iacute;sticas.
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Na cole&ccedil;&atilde;o de documentos deixados por Leonardo, chamado de Codex Atlanticus, ele escreveu que &ldquo;(a alma) guia o bra&ccedil;o do pintor e o faz com que ele reproduza a si mesmo, pois parece &agrave; alma que essa &eacute; a melhor maneira de representar um ser humano.&rdquo; Para Tyler, essa declara&ccedil;&atilde;o deixa expl&iacute;cito o fato de que ele utilizava as pr&oacute;prias caracter&iacute;sticas f&iacute;sicas como modelo para suas obras.
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Junto dessa declara&ccedil;&atilde;o est&aacute; o fato de que diversos artistas renomados, como Rembrandt, Durer, Degas e Picasso, tamb&eacute;m apresentavam algum grau de estrabismo, condi&ccedil;&atilde;o verificada atrav&eacute;s da an&aacute;lise de seus autorretratos. Esse dist&uacute;rbio faria com que o olho desalinhado fosse suprimido em alguns momentos, alternando entre uma vis&atilde;o monocular e espacial, situa&ccedil;&atilde;o que facilitaria a representa&ccedil;&atilde;o da realidade em uma tela.
<h2 dir="ltr">D&uacute;vidas esperadas</h2>
A falta de autorretratos do artista acaba colocando Tyler em uma situa&ccedil;&atilde;o delicada, pois as garantias de que ele tenha utilizado o pr&oacute;prio corpo como refer&ecirc;ncia para suas obras s&atilde;o baseadas apenas em probabilidades. Apesar de especialistas em arte discordarem sobre a quantidade de retratos de Leonardo, um desenho que representa o artista com giz vermelho, j&aacute; em idade avan&ccedil;ada, &eacute; a &uacute;nica reconhecida por Kenneth Clark, principal autoridade sobre a obra do artista italiano.
Mesmo assim, outros especialistas dizem que a obra representa um homem muito mais velho do que a idade de Da Vinci na &eacute;poca do registro. Eles argumentam que o retrato poderia representar o pai ou um tio do artista, apesar de alguns pesquisadores modernos acreditarem que Leonardo aparentava ser mais velho do que realmente era.
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Outra obra que provavelmente tenha sido uma representa&ccedil;&atilde;o fiel do artista, quando jovem, teria sido a escultura de Davi, feita por Verrocchio. O fato foi registrado pelo historiador Vasari, respons&aacute;vel pela biografia de diversos artistas italianos, e faz sentido j&aacute; que Da Vinci foi aprendiz de Verrocchio, que classificou o aluno como possuidor de uma &ldquo;beleza f&iacute;sica excepcional&rdquo;.
Outro fato que colabora para a tese da utiliza&ccedil;&atilde;o do pr&oacute;prio corpo como refer&ecirc;ncia foi um estudo, <a href="https://www.spiedigitallibrary.org/conference-proceedings-of-spie/8291/82911D/In-search-of-Leonardo--computer-based-facial-image-analysis/10.1117/12.904749.short?SSO=1">publicado</a> em 2012 e do qual Tyler foi co-autor, que analisou seis obras que provavelmente eram representa&ccedil;&otilde;es de Leonardo Da Vinci. A equipe concluiu que as chances de que ele tenha sido utilizado como modelo s&atilde;o bem grandes, mas ainda sim &eacute; preciso realizar um maior n&uacute;mero de compara&ccedil;&otilde;es para que os dados possam ser validados estatisticamente.
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Unanimidade entre cr&iacute;ticos de arte &eacute; algo que Tyler n&atilde;o espera, mas ele tem muita confian&ccedil;a de que suas suposi&ccedil;&otilde;es e diagn&oacute;sticos de estrabismo est&atilde;o corretas. Pesquisas como essa nos fazem pensar em como as condi&ccedil;&otilde;es de vida podiam ser duras no passado, quando a &uacute;nica op&ccedil;&atilde;o era aprender a viver com os problemas.
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Pesquisador diz que Leonardo Da Vinci provavelmente era estrábico

Imagem de Animais estão alterando seus hábitos para evitar o encontro com humanos no megacurioso

Dentro de um c&iacute;rculo de amizades, nem sempre nos damos bem com todas as pessoas. Nessas situa&ccedil;&otilde;es, acabamos nos afastando de quem n&atilde;o se comporta da forma que julgamos agrad&aacute;vel, e tudo acaba passando despercebido.
Animais n&atilde;o possuem essa op&ccedil;&atilde;o, e alguns come&ccedil;aram a alterar seus h&aacute;bitos para evitar o encontro com pessoas. Contudo,&nbsp;algo que pode parecer natural tem gerado uma s&eacute;rie de problemas.
<h2 dir="ltr">Condicionados a viver na escurid&atilde;o</h2>
Atrav&eacute;s da an&aacute;lise de 62 esp&eacute;cies de animais em 6 continentes, um grupo de cientistas percebeu altera&ccedil;&otilde;es nos h&aacute;bitos para evitar o contato com seres humanos. A principal modifica&ccedil;&atilde;o &eacute; a troca do hor&aacute;rio em que est&atilde;o ativos, causando s&eacute;rios danos pela agress&atilde;o que isso causa ao seu organismo.
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Grande parte dos animais que, longe de seres humanos, dividem de forma e equilibrada o tempo em que se mant&ecirc;m ativos durante a noite e o dia passaram a priorizar as atividades noturnas quando vivem pr&oacute;ximos a n&oacute;s.
A pesquisa, publicada na revista <a href="http://science.sciencemag.org/cgi/doi/10.1126/science.aar7121">Science</a>, mostra que n&atilde;o existe diferen&ccedil;a entre um ca&ccedil;ador e algu&eacute;m caminhando em uma regi&atilde;o de mata que abriga animais &mdash;&nbsp;eles se escondem em ambos os casos. Em vez de utilizar o dia para ca&ccedil;ar ou coletar alimentos, eles se sentem amea&ccedil;ados e dormem durante esse per&iacute;odo. Como consequ&ecirc;ncia, isso faz com que se exponham a predadores diferentes dos habituais, criando dificuldades para se alimentar durante um per&iacute;odo em que n&atilde;o est&atilde;o acostumados.
Justin Brashares, um dos autores do estudo, emitiu sua opini&atilde;o ressaltando que "os padr&otilde;es de atividade animal refletem milh&otilde;es de anos de adapta&ccedil;&atilde;o. Por isso, &eacute; dif&iacute;cil acreditar que podemos simplesmente espremer seus h&aacute;bitos para a noite e esperar que eles funcionem e os animais prosperem".
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Altera&ccedil;&otilde;es na rotina ou no hor&aacute;rio em que esses animais saem em busca de alimento s&atilde;o comuns na natureza. O grande problema &eacute; que, vivendo pr&oacute;ximo a grandes cidades, humanos est&atilde;o por perto praticamente o dia todo, e isso significa efeitos nocivos em longo prazo.
Segundo a principal autora do estudo, Kaitlyn Gaynor, "as perdas catastr&oacute;ficas em popula&ccedil;&otilde;es de animais selvagens, em decorr&ecirc;ncia da atividade humana, est&atilde;o bem documentadas, mas as maneiras mais sutis pelas quais influenciamos o comportamento animal s&atilde;o dif&iacute;ceis de detectar e quantificar".
<h2 dir="ltr">Nem tudo est&aacute; perdido</h2>
Ao mesmo tempo que alguns animais sofrem com a presen&ccedil;a humana, outros se aproveitam disso para obter prote&ccedil;&atilde;o ou alimentos. J&aacute; foi identificado na natureza um comportamento em que eles optam por se aproximar de humanos para evitar predadores que s&atilde;o mais ariscos &agrave; nossa presen&ccedil;a.
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Por isso, essa nova descoberta &eacute; relevante, mas n&atilde;o engloba todos os aspectos envolvidos na quest&atilde;o. A partir desses resultados, novos estudos podem ser realizados para verificar o momento em que a altera&ccedil;&atilde;o de rotina ocorre e quais esp&eacute;cies s&atilde;o mais prejudicadas com a mudan&ccedil;a.
Por mais pontual que possa parecer, esse tipo de influ&ecirc;ncia no habitat natural dos animais faz com que seja necess&aacute;ria uma autocr&iacute;tica sobre o quanto devemos explorar a natureza e os efeitos disso em um contexto global.
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Animais estão alterando seus hábitos para evitar o encontro com humanos

Imagem de Como funciona uma reentrada balística? no megacurioso

Opção de pouso precisou ser utilizada recentemente, logo após a falha em um dos motores do foguete Soyuz que tinha como destino a Estação Espacial Internacional

O lan&ccedil;amento de equipamentos ou pessoas para o espa&ccedil;o tem se tornado cada vez mais frequente. Apesar de a Space X ter desenvolvido um sistema revolucion&aacute;rio que reutiliza os motores do foguete, deixando o custo total muito menor, os foguetes russos Soyuz ainda n&atilde;o ca&iacute;ram em desuso.
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A op&ccedil;&atilde;o russa &eacute; utilizada desde 1967, por sua confiabilidade e efici&ecirc;ncia&nbsp;&mdash; o &uacute;ltimo acidente fatal foi registrado em 1971. Apesar do hist&oacute;rico de sucesso, problemas sempre s&atilde;o poss&iacute;veis, e a &uacute;ltima aconteceu no dia 11 de outubro. Dois minutos ap&oacute;s o lan&ccedil;amento, os motores falharam, obrigando os dois tripulantes a iniciarem os procedimentos de emerg&ecirc;ncia. &nbsp;
O que proporcionou um pouso em seguran&ccedil;a foi uma reentrada bal&iacute;stica. Voc&ecirc; sabe o que isso significa?
<h2 dir="ltr">For&ccedil;a G limite</h2>
O cosmonauta russo Alexey Ovchinin e o astronauta norte-americano Nick Hague sobreviveram sem ferimentos, apesar dos relatos do sofrimento que passaram durante o processo de descida. Isso n&atilde;o significa, por&eacute;m, que o sistema funcionou de forma incorreta, pois tudo aconteceu como planejado durante o uso do modo bal&iacute;stico.
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Ao contr&aacute;rio de um pouso programado, onde a velocidade &eacute; reduzida atrav&eacute;s de um sistema que torna a descida mais suave, a reentrada bal&iacute;stica considera que a c&aacute;psula onde est&atilde;o os tripulantes simplesmente cai em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; Terra.
Embora seja eficaz, essa t&eacute;cnica submete a c&aacute;psula a uma for&ccedil;a consider&aacute;vel de at&eacute; 8G. Antes do epis&oacute;dio mais recente, o &uacute;ltimo astronauta a passar por uma situa&ccedil;&atilde;o como essa foi o sul-coreano Yi So-yeon, em um acidente que aconteceu em 2008. Ele precisou ser atendido em um hospital ap&oacute;s o pouso, com les&otilde;es nos m&uacute;sculos do pesco&ccedil;o e na coluna vertebral.
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De menor intensidade, a descida de emerg&ecirc;ncia que aconteceu na &uacute;ltima semana chegou a 7G. Como compara&ccedil;&atilde;o, durante uma reentrada programada os astronautas precisam suportar uma for&ccedil;a equivalente a 6G, o que j&aacute; &eacute; algo bem agressivo.
<h2 dir="ltr">Escudos para baixo</h2>
A estabilidade da c&aacute;psula &eacute; essencial durante a descida; afinal, caso ela vire e enfrente a resist&ecirc;ncia do ar com a escotilha em vez dos escudos de calor, a trag&eacute;dia &eacute; uma quest&atilde;o de tempo. Por isso, um sistema faz com que ela gire em torno do seu pr&oacute;prio eixo, com o intuito de aumentar a seguran&ccedil;a.
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Girar como o proj&eacute;til disparado por um rifle &eacute; imprescind&iacute;vel para um pouso perfeito, s&oacute; que os astronautas precisam suportar os esfor&ccedil;os gerados pela rota&ccedil;&atilde;o. A astronauta Peggy Whitson era companheira do sul-coreano em 2008 e <a href="https://www.chron.com/news/nation-world/article/U-S-astronaut-recalls-terrifying-Soyuz-descent-1759455.php">descreve</a> a situa&ccedil;&atilde;o como um acidente de carro projetado para voc&ecirc; passar mal.
Em entrevista para a CNN, ela falou sobre a sensa&ccedil;&atilde;o de ser submetida a 8G: &ldquo;foi apenas um grande impacto e giro. Eu sentia meu rosto sendo puxado para tr&aacute;s, e era dif&iacute;cil respirar. Voc&ecirc; meio que precisa respirar pelo est&ocirc;mago, usando o diafragma em vez de expandir o peito&rdquo;.
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No in&iacute;cio da explora&ccedil;&atilde;o espacial, quando tudo ainda estava em constante desenvolvimento e evolu&ccedil;&atilde;o, a reentrada bal&iacute;stica era o modo padr&atilde;o de trazer de volta cosmonautas e astronautas para a Terra. Yuri Gagarin e John Glenn n&atilde;o tiveram op&ccedil;&otilde;es melhores e voltaram para casa dessa forma.
Os efeitos desagrad&aacute;veis causados por esse m&eacute;todo fizeram com que os engenheiros aeroespaciais desenvolvessem sistemas em que a descida pudesse ser controlada e a velocidade, reduzida. Mesmo assim, em casos especiais, o antigo sistema segue preparado, submetendo os tripulantes a for&ccedil;as G altas, mas pelo menos sendo capaz de os manter vivos.
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Como funciona uma reentrada balística?

Imagem de Precisa ter mais produtividade? Sair correr pode ser uma boa opção no megacurioso

Pesquisa comparou 15 minutos de corrida leve e uma sessão de relaxamento, e o resultado pode te surpreender

Imagine a seguinte situa&ccedil;&atilde;o: voc&ecirc; sabe que vai ter um dia longo e cheio de problemas pela frente. Ap&oacute;s acordar, voc&ecirc; reserva 15 minutos para se concentrar em tudo que vem pela frente. Nesse tempo, seria melhor relaxar em uma cadeira confort&aacute;vel ou sair para uma corrida leve?
<h2 dir="ltr">Energia aumentada</h2>
Diversos <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006899312004003">estudos</a> sobre a influ&ecirc;ncia de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos leves no funcionamento de nosso c&eacute;rebro j&aacute; foram <a href="https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278262612001224">realizados</a>, concluindo em sua maioria que atividades aumentam a capacidade de aten&ccedil;&atilde;o e velocidade de racioc&iacute;nio. Outras pesquisas tamb&eacute;m j&aacute; mostraram que exerc&iacute;cios aer&oacute;bicos, de forma geral, <a href="https://digest.bps.org.uk/2016/10/21/walking-lifts-your-mood-even-when-you-dont-expect-it-to/">influenciam</a> o humor e a energia de quem possui esse h&aacute;bito, mesmo quando o praticante da atividade n&atilde;o espera isso.
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O pesquisador Fabien Legrand, da Universidade de Reims Champagne-Ardenne, e sua equipe resolveram testar essas conclus&otilde;es e descobrir se os efeitos emocionais do exerc&iacute;cio poderiam ser respons&aacute;veis pela melhora nos efeitos cognitivos.
Ap&oacute;s os 101 participantes responderem a dois question&aacute;rios&nbsp;&mdash; um sobre como avaliavam sua energia no dia e outro com um teste cognitivo &mdash;, eles foram separados em duas equipes. Uma delas saiu para uma corrida bem leve ao redor do campus da universidade, com dura&ccedil;&atilde;o de 15 minutos, enquanto a outra foi colocada em uma sala onde era instru&iacute;da a realizar exerc&iacute;cios de relaxamento em grupo.
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Dois minutos ap&oacute;s o fim da corrida e da sess&atilde;o de relaxamento, os participantes foram submetidos aos mesmo testes aplicados no in&iacute;cio do processo. Quem saiu para a corrida obteve melhores resultados no teste cognitivo, que avaliou a velocidade de racioc&iacute;nio e aten&ccedil;&atilde;o. Al&eacute;m disso, eles indicaram um aumento nos n&iacute;veis de avalia&ccedil;&atilde;o de energia, mostrando que o exerc&iacute;cio auxiliou na disposi&ccedil;&atilde;o e na concentra&ccedil;&atilde;o.
Quem foi submetido &agrave; sess&atilde;o de relaxamento considerou que a atividade diminuiu sua energia. Os pr&oacute;prios pesquisadores citam o fato de que a corrida foi realizada ao ar livre e o relaxamento, em uma sala fechada&nbsp;&mdash; o que pode ter influenciado os&nbsp;resultados de algum modo.
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Para Legrand e sua equipe, "os resultados adicionam conclus&otilde;es &agrave;s recentes sugest&otilde;es de que o aumento da sensa&ccedil;&atilde;o de energia pode ter rela&ccedil;&atilde;o entre o exerc&iacute;cio aer&oacute;bico e alguns aspectos do funcionamento cognitivo".&nbsp;As diversas pesquisas sobre o assunto mostram que existem v&aacute;rios benef&iacute;cios cognitivos ligados &agrave; pr&aacute;tica esportiva; ent&atilde;o, se voc&ecirc; quiser ser mais eficiente durante o dia, &eacute; melhor deixar a pregui&ccedil;a de lado e ir suar um pouco.
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Precisa ter mais produtividade? Sair correr pode ser uma boa opção

Imagem de Conheça 5 curiosidades sobre o Terceiro Reich no megacurioso

Embora judeus fossem considerados uma raça inferior, diversos profissionais com essa origem eram protegidos e continuavam exercendo suas funções

O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alem&atilde;es, mais conhecido como Partido Nazista, foi um partido pol&iacute;tico de extrema-direita respons&aacute;vel por abusos e genoc&iacute;dios que mancharam de sangue a hist&oacute;ria mundial.
Al&eacute;m de todas as consequ&ecirc;ncias geradas durante o per&iacute;odo em que eles governaram a Alemanha, existem muitos fatos curiosos e intrigantes que n&atilde;o s&atilde;o contados nas escolas. Se voc&ecirc; se interessa pelo assunto e busca conhecimento para evitar que algo semelhante se repita, veja abaixo a lista que separamos com 5 curiosidades sobre o Terceiro Reich.
<h2 dir="ltr">1. Imunidade racial de Hitler</h2>
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Como bem sabemos, durante o Terceiro Reich pessoas eram perseguidas e mortas para que a comunidade fosse formada somente por alem&atilde;es puros, a chamada ra&ccedil;a ariana. Judeus, ciganos, homossexuais e diversas outras minorias foram mortas pelo simples fato de existirem; mas, e se o pr&oacute;prio Adolf Hitler pertencesse a uma delas?
Um artigo ingl&ecirc;s, publicado em 1933 no Daily Mirror de Londres, mostrava uma l&aacute;pide em um cemit&eacute;rio judeu em Bucareste, na Rom&ecirc;nia. Ela possu&iacute;a inscri&ccedil;&otilde;es em hebraico e indicava que um homem chamado Adolf Hitler tinha sido enterrado ali. A fim de evitar qualquer problema futuro, as leis do Reich que definiam um judeu foram elaboradas de forma que isentassem Jesus Cristo e o pr&oacute;prio Fuhrer, se necess&aacute;rio. O fato &eacute; que, apesar dos boatos, as chances de que ele possu&iacute;sse ascend&ecirc;ncia judaica s&atilde;o bem pequenas.
<h2 dir="ltr">2. Werner Goldberg, o jovem judeu nazista no cartaz</h2>
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As pol&iacute;ticas raciais utilizadas durante o Terceiro Reich pareciam selecionar bem seus pares, mas a realidade &eacute; que entre os arianos existia uma mistura muito grande de perfis. Pessoas comuns, coagidas pelo regime, lutavam ao lado de criminosos em busca de a&ccedil;&atilde;o, e essa falta de op&ccedil;&otilde;es acabou gerando uma situa&ccedil;&atilde;o completamente inusitada.
A propaganda era um dos pilares do regime, e cartazes com mensagens de esperan&ccedil;a e &ecirc;xito existiam aos montes. A grande incoer&ecirc;ncia &eacute; que a imagem escolhida para representar o soldado alem&atilde;o ideal foi a de Werner Goldberg, que se alistou porque n&atilde;o conseguia emprego, devido a suas origens judaicas.
A foto, registrada durante sua participa&ccedil;&atilde;o na invas&atilde;o da Pol&ocirc;nia, deixou Hitler encantado. Quando sua identidade foi revelada e&nbsp;Werner teve suas origens descobertas, foi for&ccedil;ado a deixar o Ex&eacute;rcito. Ele morreu em 2004 e s&oacute; sobreviveu na &eacute;poca porque fugiu de um hospital.
<h2 dir="ltr">3. Dr. Eduard Bloch, o m&eacute;dico judeu de Hitler</h2>
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Em um per&iacute;odo de guerra, quando as informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o divulgadas de forma extremamente controlada, os absurdos podem n&atilde;o parecer t&atilde;o grandes. Ao analisar os dados hoje, no entanto, vemos incoer&ecirc;ncias na persegui&ccedil;&atilde;o aos judeus, mesmo dentro da l&oacute;gica adotada pelos nazistas. Por exemplo, o m&eacute;dico que tratou da fam&iacute;lia de Hitler, inclusive do c&acirc;ncer de sua m&atilde;e, era judeu.
O detalhe &eacute; que, apesar das origens de Eduard Bloch, o ditador tratava o m&eacute;dico como uma exce&ccedil;&atilde;o e o protegia da persegui&ccedil;&atilde;o. No per&iacute;odo mais duro do regime, Hitler ordenou que a Gestapo ficasse respons&aacute;vel por Bloch, mantendo o m&eacute;dico por perto at&eacute; o fim da guerra, quando migrou para os EUA.
<h2 dir="ltr">4. O chofer de Hitler</h2>
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Emil Maurice foi um dos formadores da SS e possu&iacute;a uma estreita rela&ccedil;&atilde;o de amizade com Hitler desde antes do in&iacute;cio da guerra. Ele auxiliou o ditador durante o processo de escrita de seu famoso livro, "Mein Kampf", sendo considerado um aliado de extrema confian&ccedil;a. O pequeno detalhe &eacute; que Maurice tinha ascend&ecirc;ncia judaica comprovada.
A informa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o era um segredo, e l&iacute;deres importantes do regime, como Heinrich Himmler, queriam o chofer longe da sala de comando. Em mais um caso de exce&ccedil;&atilde;o, Hitler protegeu o amigo enquanto esteve em servi&ccedil;o.
<h2 dir="ltr">5. A admira&ccedil;&atilde;o de Hitler pela &Aacute;sia</h2>
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A ideia de uma ra&ccedil;a superior era refor&ccedil;ada a todo momento, mas apesar disso Hitler considerava a &Aacute;sia Oriental mais evolu&iacute;da em termos culturais do que a Alemanha, principalmente China e Jap&atilde;o. Os dois pa&iacute;ses eram tratados como &ldquo;arianos honor&aacute;rios&rdquo; e considerados aliados. Isso at&eacute; o in&iacute;cio de tens&otilde;es entre eles, quando o Terceiro Reich se manteve do lado japon&ecirc;s.
Em mais uma demonstra&ccedil;&atilde;o de incoer&ecirc;ncia, do l&iacute;der de uma ra&ccedil;a superior que possui semelhantes, ele declarou certa vez que: "Orgulho de uma ra&ccedil;a &ndash; e isso n&atilde;o implica desprezo por outras ra&ccedil;as &ndash; &eacute; tamb&eacute;m um sentimento normal e saud&aacute;vel. Eu nunca considerei os chineses ou os japoneses como inferiores a n&oacute;s mesmos. Eles pertencem a civiliza&ccedil;&otilde;es antigas, e eu admito livremente que sua hist&oacute;ria &eacute; superior &agrave; nossa&rdquo;. 
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5 curiosidades sobre o Terceiro Reich

Imagem de Conheça Rjukan, a cidade iluminada por espelhos no megacurioso

As montanhas ao redor da cidade fazem com que a luz solar não a ilumine por 6 meses

Apesar da imensid&atilde;o de nosso pa&iacute;s, que possui regi&otilde;es com climas completamente diferentes, n&atilde;o temos problemas com condi&ccedil;&otilde;es extremas. Para n&oacute;s, nevascas, furac&otilde;es ou terremotos s&atilde;o apenas assuntos de jornais notici&aacute;rios. Al&eacute;m disso, nossa posi&ccedil;&atilde;o no globo terrestre faz com que at&eacute; a cidade mais ao sul receba luz solar durante todo o ano de forma satisfat&oacute;ria.
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J&aacute; em outros pa&iacute;ses, a luz do Sol pode se tornar algo luxuoso nos per&iacute;odos de inverno. Isso acontece geralmente mais perto dos polos, mas mesmo assim n&atilde;o faltam solu&ccedil;&otilde;es criativas, e uma cidade norueguesa utilizou espelhos para iluminar uma regi&atilde;o que tem o Sol bloqueado por uma montanha nos meses mais frios.
<h2 dir="ltr">Rjukan</h2>
A 180 quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia de Oslo, capital norueguesa, a pequena cidade de Rjukan n&atilde;o recebe luz solar durante 6 meses. Constru&iacute;da no fundo de um vale, sua posi&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica faz com que as montanhas ao redor bloqueiem a ilumina&ccedil;&atilde;o natural de setembro a mar&ccedil;o, todos os anos.
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A cidade foi constru&iacute;da pelo engenheiro Sam Eyde, fundador da Hydro, empresa conhecida mundialmente pela produ&ccedil;&atilde;o de alum&iacute;nio. O local foi escolhido pelas facilidades que oferecia para a produ&ccedil;&atilde;o de fertilizante artificial, combinando infraestrutura de transporte e fornecimento de energia.
Os melhores engenheiros e arquitetos da &eacute;poca foram contratados pela companhia, e por isso ela ficou conhecida como &ldquo;cidade da empresa&rdquo;. A relev&acirc;ncia hist&oacute;rica da regi&atilde;o fez com que, em 2015, ela fosse agraciada com o t&iacute;tulo de Patrim&ocirc;nio Mundial da Unesco.
<h2 dir="ltr">Espelho solar</h2>
Por mais que algumas pessoas prefiram ficar longe dela, a luz solar &eacute; muito importante para a nossa sa&uacute;de. Ela ajuda na s&iacute;ntese de algumas vitaminas e pode at&eacute; mesmo auxiliar na preven&ccedil;&atilde;o de certas doen&ccedil;as.
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Ap&oacute;s a constru&ccedil;&atilde;o da cidade, em 1913, Sam Eyde pensou nos problemas que a falta de insola&ccedil;&atilde;o no inverno poderia causar aos moradores e prop&ocirc;s a constru&ccedil;&atilde;o de um espelho, que chamou de &ldquo;Solspeil&rdquo;, no topo de uma das montanhas.
Esse foi um dos &uacute;nicos objetivos que ele n&atilde;o conseguiu completar antes de sua morte. Em 1928, por&eacute;m, seu sucessor deu outra solu&ccedil;&atilde;o para o problema: optou pela constru&ccedil;&atilde;o de uma g&ocirc;ndola, que carregava os moradores at&eacute; o topo da montanha para que pudessem aproveitar a luz solar. Chamado de Krossobanen, o ve&iacute;culo funciona at&eacute; hoje e ajuda quem prefere sentir o Sol de forma direta.
Apenas em 2013 o espelho idealizado pelo fundador da cidade foi constru&iacute;do, utilizando tecnologia moderna para direcionar os grandes refletores. O aparato foi posicionado em uma montanha que fica 400 metros acima da cidade e redireciona os raios solares direto para a pra&ccedil;a da cidade.
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Tr&ecirc;s espelhos, com &aacute;rea total de 51 m&sup2;, formam um conjunto que consegue iluminar uma &aacute;rea em formato de elipse com 600 m&sup2; no centro da cidade. A intensidade da luz varia entre 80% e 100% do que atinge o topo da montanha, e todo o processo &eacute; controlado por um sistema automatizado.
A tecnologia proporciona cada vez mais solu&ccedil;&otilde;es que at&eacute; pouco tempo atr&aacute;s pareciam coisa de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica. &Eacute; incr&iacute;vel perceber que, mesmo habituados a novidades, ainda podemos ser surpreendidos por novas solu&ccedil;&otilde;es que conseguem resolver problemas centen&aacute;rios.
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Conheça Rjukan, a cidade iluminada por espelhos

Imagem de Você sabe como são os dias e noites na Lua? no megacurioso

A falta de atmosfera faz com que as temperaturas oscilem de uma forma assustadora entre os dois períodos

A coloniza&ccedil;&atilde;o de outros planetas sempre foi um assunto recorrente, principalmente entre especialistas na &aacute;rea. A atual evolu&ccedil;&atilde;o dos dispositivos de lan&ccedil;amento de foguetes est&aacute; tornando essa ideia cada vez mais plaus&iacute;vel, abrindo caminho para o turismo espacial e a amplia&ccedil;&atilde;o dos limites da civiliza&ccedil;&atilde;o humana.
Mesmo n&atilde;o sendo um planeta, a Lua &eacute; o local mais simples para uma coloniza&ccedil;&atilde;o inicial ou at&eacute; mesmo uma base para miss&otilde;es mais ousadas. Tanto que um <a href="https://www.popsci.com/we-could-be-living-on-moon-in-10-years-or-less">estudo</a>, publicado em 2016, estimou que uma pequena base lunar poderia ser constru&iacute;da por 10 bilh&otilde;es de d&oacute;lares, com entrega prevista para 2022.
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Com a constru&ccedil;&atilde;o de um assentamento lunar, os habitantes de l&aacute; precisariam se adaptar &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es adversas do novo lar. Um dos problemas seria o ciclo de dias e noites, que s&atilde;o bem diferentes do que conhecemos aqui na Terra.
<h2 dir="ltr">O lado escuro da Lua</h2>
Ao contr&aacute;rio do que muitos pensam, n&atilde;o existe um lado permanentemente escuro na Lua, mas sim um que nunca vemos da Terra. Ela &eacute; iluminada pelo Sol durante os seus movimentos de rota&ccedil;&atilde;o e transla&ccedil;&atilde;o, com a luminosidade atingindo todos os lados durante o processo.
Observando o sat&eacute;lite da Terra, vemos que sempre existe uma face oculta porque os 27 dias necess&aacute;rios para que ela complete uma volta ao redor do nosso planeta coincidem com o tempo de um giro em torno do pr&oacute;prio eixo. Isso faz com que aproximadamente 41% da superf&iacute;cie da Lua nunca sejam vis&iacute;veis da Terra.
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Exceto durante eclipses, metade da Lua est&aacute; sempre iluminada pelo Sol, e isso pode ser provado pelas fases da Lua. Tudo depende da posi&ccedil;&atilde;o relativa entre o Sol e a Terra. Ent&atilde;o, quando a Lua est&aacute; alinhada entre os dois corpos celestes, n&atilde;o recebe quase nenhuma luz na face vis&iacute;vel para n&oacute;s&nbsp;&mdash; e &eacute; chamada de Lua Nova. A configura&ccedil;&atilde;o semelhante, mas com a Terra no meio do conjunto, faz com que a face iluminada fique totalmente vis&iacute;vel&nbsp;&mdash; Lua Cheia.
<h2 dir="ltr">Dia e noite lunar</h2>
Se considerarmos um dia como o per&iacute;odo de tempo que o Sol leva, considerando nosso ponto de vista, para se deslocar e ocupar a mesma posi&ccedil;&atilde;o no espa&ccedil;o, um dia lunar possui 29,5 dias terrestres. Ou seja, imaginando que voc&ecirc; esteja em um ponto qualquer da Lua, seriam 2 semanas inteiras de ilumina&ccedil;&atilde;o solar, seguidas de outras 2 na total escurid&atilde;o.
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A pequena inclina&ccedil;&atilde;o do seu eixo de rota&ccedil;&atilde;o, que &eacute; de apenas 1,6&deg; (contra os 23,5&deg; da Terra), faz com que os polos recebam ilumina&ccedil;&atilde;o de forma constante. Por outro lado, n&atilde;o existe face escura da Lua, mas grandes crateras nos polos acabam gerando uma sombra eterna, que n&atilde;o recebe luz solar h&aacute; mais de 2 bilh&otilde;es de anos.
A aus&ecirc;ncia de atmosfera faz com que a flutua&ccedil;&atilde;o de temperatura nesses per&iacute;odos seja gigantesca, variando entre 127 &deg;C no &aacute;pice do per&iacute;odo de ilumina&ccedil;&atilde;o e - 173 &deg;C na escurid&atilde;o. Detalhes como esse precisam ser levados em conta em miss&otilde;es de explora&ccedil;&atilde;o, por isso o pouso de astronautas americanos, que come&ccedil;ou em 1969, sempre foi programado para acontecer em uma regi&atilde;o onde o &ldquo;dia&rdquo; tinha acabado de come&ccedil;ar. Assim, eles conseguiam aproveitar a ilumina&ccedil;&atilde;o natural, mas a superf&iacute;cie ainda n&atilde;o tinha alcan&ccedil;ado a temperatura m&aacute;xima.
<h2 dir="ltr">Tudo &eacute; relativo</h2>
Da mesma forma que conseguimos identificar as fases da Lua ao longo do m&ecirc;s, o morador de uma col&ocirc;nia lunar constru&iacute;da no lado onde &eacute; poss&iacute;vel visualizar o nosso planeta tamb&eacute;m veria a Terra em fases. A diferen&ccedil;a &eacute; que elas seriam sempre contr&aacute;rias; ou seja, quando daqui estiv&eacute;ssemos vendo uma Lua Cheia, o astronauta veria uma &ldquo;Terra Nova&rdquo;.
O brilho do nosso planeta, quando visto da Lua, possui uma intensidade de 43 a 55 vezes maior do que uma Lua Cheia vista daqui. Isso faz com que, mesmo durante o per&iacute;odo noturno no sat&eacute;lite, ele se mantenha iluminado pelo nosso planeta.
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Apesar da realiza&ccedil;&atilde;o de um levantamento de custo de implanta&ccedil;&atilde;o de uma base lunar, &eacute; necess&aacute;rio que algu&eacute;m banque essa empreitada. Tudo nos leva a crer que uma constru&ccedil;&atilde;o como essa &eacute; quest&atilde;o de tempo, iniciando o processo de coloniza&ccedil;&atilde;o humana pelo Universo. N&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel dizer se estaremos vivos para poder programar f&eacute;rias na Lua; por&eacute;m, caso isso aconte&ccedil;a, voc&ecirc; j&aacute; sabe que vai precisar de tapa-olhos bem potentes para dormir confortavelmente.
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Você sabe como são os dias e as noites na Lua?

Imagem de Recorde mundial ajuda cientistas a determinarem limites do corpo humano no megacurioso

O ator que interpreta o Montanha, de 'Game of Thrones', mostrou o quanto um homem pode carregar enquanto caminha

Mesmo que voc&ecirc; n&atilde;o tenha assistido &agrave; s&eacute;rie "Game of Thrones", consegue imaginar o tamanho de um personagem chamado Montanha. Na hist&oacute;ria ele &eacute; conhecido por sua for&ccedil;a, e o ator que o interpreta n&atilde;o foi escolhido &agrave; toa.
<iframe width="853" height="480" src="https://www.youtube.com/embed/JpUrXJNcS_8?start=0" frameborder="0" allowfullscreen="allowfullscreen"></iframe>
O respons&aacute;vel por interpretar o guerreiro, Hafthor Bjornsson, bateu em 2015 um recorde viking milenar e conseguiu dar 5 passos carregando um tronco de madeira com 650 quilos em seus ombros. Al&eacute;m da satisfa&ccedil;&atilde;o pessoal, ele acabou ajudando cientistas na determina&ccedil;&atilde;o das possibilidades de explora&ccedil;&atilde;o espacial por seres humanos.
<h2 dir="ltr">For&ccedil;a descomunal</h2>
A quebra do recorde mostrou o peso que um homem muito bem treinado consegue sustentar, delineando os limites humanos nesse quesito. Com essa informa&ccedil;&atilde;o, uma pequena equipe de f&iacute;sicos da Universidade de Zagreb, na Cro&aacute;cia, determinou que poder&iacute;amos explorar um planeta a p&eacute; se ele possuir uma gravidade de at&eacute; 4 g.
Mesmo assim, seria preciso estar com a academia em dia. Por isso, planetas com muita massa j&aacute; podem ser descartados de uma futura coloniza&ccedil;&atilde;o, pois n&atilde;o conseguir&iacute;amos nem ficar em p&eacute; por l&aacute;.
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Os especialistas chegaram a esse <a href="https://arxiv.org/abs/1808.07417">valor</a> analisando a compressibilidade dos ossos humanos, a flex&atilde;o dos m&uacute;sculos e o movimento natural que realizamos ao caminhar. Apesar da grande resist&ecirc;ncia isolada de nossos ossos, os esfor&ccedil;os din&acirc;micos causados por uma caminhada, combinados com o desalinhamento natural dos membros, fazem com que os limites te&oacute;ricos determinem que somos capazes de suportar uma gravidade 10 vezes maior do que a da Terra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/11/11071949117228.jpg" alt=" />
A realidade &eacute; bem mais cruel e, na combina&ccedil;&atilde;o de todas as vari&aacute;veis, incluindo a for&ccedil;a necess&aacute;ria para se manter de p&eacute;, os cientistas chegaram &agrave; conclus&atilde;o de que, com treinamentos rigorosos, conseguir&iacute;amos nos manter em p&eacute; em um ambiente com gravidade de 5 g.
<h2 dir="ltr">Ao infinito e al&eacute;m</h2>
Se j&aacute; &eacute; dif&iacute;cil se manter sentado por algumas horas, imagine viver em um lugar onde n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel andar. N&oacute;s nos locomovemos dessa forma h&aacute; 3,6 milh&otilde;es de anos, e a impossibilidade dessa fun&ccedil;&atilde;o natural traria muitos outros problemas.
Aqui na Terra, nos adaptamos a realizar todo tipo de atividade com a gravidade agindo sobre nossos corpos. Nossa maneira de caminhar exige for&ccedil;a muscular, mas tamb&eacute;m se aproveita da for&ccedil;a que nos puxa de forma constante. O ato de colocar um p&eacute; na frente do outro nada mais &eacute; que uma s&eacute;rie de pequenas quedas controladas, nas quais o movimento de todo o corpo faz com que o deslocamento ocorra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2018/10/11/11071959539229.jpg" alt=" />
Atrav&eacute;s de um modelo matem&aacute;tico, os f&iacute;sicos simularam esse movimento em ambientes com uma gravidade maior. A quebra de recorde feita por Bj&ouml;rnsson serviu como um &oacute;timo referencial, mostrando os limites que um humano real pode atingir.
Utilizando o corpo do Montanha como referencial, os cientistas conclu&iacute;ram que ele poderia se locomover em um planeta com uma gravidade de at&eacute; 4,6 g. Nosso cora&ccedil;&atilde;o come&ccedil;a a apresentar problemas quando submetido a 5 vezes a gravidade terrestre, ent&atilde;o passar disso &eacute; imposs&iacute;vel.
<h2 dir="ltr">Eliminando algumas possibilidades</h2>
Considerando suas dimens&otilde;es, o exoplaneta BD+20594b se torna um dos mais prop&iacute;cios &agrave; explora&ccedil;&atilde;o humana. Com massa semelhante &agrave; de Netuno, mas apenas com a metade de seu di&acirc;metro, a gravidade por l&aacute; seria de aproximadamente 3 vezes o que temos por aqui. O pequeno detalhe &eacute; que ele fica a meros 500 anos-luz de dist&acirc;ncia, na constela&ccedil;&atilde;o de &Aacute;ries.
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Ao determinar que somos capazes de nos mover em uma gravidade com valores entre 3 g e 4 g, 422 do 594 exoplanetas conhecidos apresentariam condi&ccedil;&otilde;es reais de explora&ccedil;&atilde;o. &Eacute; bom observar que isso diz respeito apenas &agrave; for&ccedil;a de atra&ccedil;&atilde;o deles, sem considerar outras condi&ccedil;&otilde;es nada amig&aacute;veis.
Ainda estamos sendo desafiados a colonizar planetas no nosso Sistema Solar, mas ao analisar outros locais e levantar possibilidades conseguimos projetar situa&ccedil;&otilde;es. Muito provavelmente, n&atilde;o veremos seres humanos deixando os limites do nosso sistema planet&aacute;rio, por&eacute;m algu&eacute;m precisa come&ccedil;ar a gerar informa&ccedil;&otilde;es para as gera&ccedil;&otilde;es futuras, n&atilde;o &eacute; mesmo?
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Recorde mundial ajuda cientistas a determinarem limites do corpo humano

Imagem de Experimento feito em acelerador de partículas poderia comprimir a Terra no megacurioso

Segundo astrônomo, uma das reações possíveis ao choque entre partículas no LHC poderia deixar a Terra com o tamanho de um campo de futebol

Nos desenhos, cientistas s&atilde;o sempre mostrados como pessoas aficcionadas por suas pesquisas e que acabam sofrendo com explos&otilde;es ou acidentes, causadas por seus pr&oacute;prios experimentos. Na realidade, isso n&atilde;o acontece com frequ&ecirc;ncia, mas existem riscos ao manipular for&ccedil;as desconhecidas de forma artificial.
Quem se aventurou no estudo da eletricidade, quando ela ainda era algo desconhecido, deve ter no m&iacute;nimo levado alguns choques. Conforme os experimentos crescem, os riscos envolvidos tamb&eacute;m acompanham a escala, e a declara&ccedil;&atilde;o feita pelo respeitado cosm&oacute;logo Martin Rees mostra que aceleradores de part&iacute;culas n&atilde;o s&atilde;o totalmente inofensivos.
<h2 dir="ltr">Terra comprimida</h2>
As possibilidades de um acidente s&atilde;o pequenas, mas existem. Equipamentos como o Large Hadron Collider (LHC) projetam part&iacute;culas a velocidades incrivelmente altas, proporcionando condi&ccedil;&otilde;es para o estudo do efeito desse choque. Novas part&iacute;culas foram descobertas a partir dos dados gerados pelas colis&otilde;es, mas, em seu novo livro, chamado "On The Future: Prospects for Humanity", o cosm&oacute;logo levanta possibilidades sombrias sobre esses experimentos.
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&ldquo;&Eacute; poss&iacute;vel que se forme um buraco negro, sugando tudo ao seu redor&rdquo;, disse ele em entrevista ao&nbsp;<a href="https://www.telegraph.co.uk/science/2018/09/29/earth-could-shrink-330ft-across-particle-accelerator-experiments/">Telegraph</a>. Essa possibilidade seria, sem d&uacute;vidas, catastr&oacute;fica, mas ele ainda cita outra situa&ccedil;&atilde;o, na qual &ldquo;os quarks se reagrupariam em objetos comprimidos chamados strangelets&rdquo;.
Esse objetos seriam inofensivos a princ&iacute;pio, por&eacute;m poderiam &ldquo;converter qualquer outra coisa que encontrassem em uma nova forma de mat&eacute;ria, transformando toda a Terra em uma esfera hiperdensa de cerca de 100 metros de di&acirc;metro&rdquo;. Assim, todo o nosso planeta caberia dentro de um campo de futebol &mdash; com o detalhe de que n&atilde;o existiriam mais campos de futebol como conhecemos.
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Uma terceira teoria catastr&oacute;fica aponta para a cria&ccedil;&atilde;o de um vazio, criando uma situa&ccedil;&atilde;o delicada e inst&aacute;vel que poderia ser um grande problema. &ldquo;Alguns especialistas especulam que a energia concentrada, criada quando as part&iacute;culas colidem em conjunto, poderia desencadear uma &ldquo;transi&ccedil;&atilde;o de fase" que rasgaria a estrutura do espa&ccedil;o. Isso seria uma calamidade c&oacute;smica, n&atilde;o apenas terrestre&rdquo;.
<h2 dir="ltr">Com a palavra, a equipe do LHC</h2>
Em declara&ccedil;&atilde;o publicada em seu site, o CERN indica que &ldquo;o Grupo de Avalia&ccedil;&atilde;o de Seguran&ccedil;a do LHC (LSAG) reafirma e estende as conclus&otilde;es do relat&oacute;rio de 2003, de que as colis&otilde;es do LHC n&atilde;o apresentam nenhum perigo e que n&atilde;o h&aacute; motivo para preocupa&ccedil;&atilde;o&rdquo;. Al&eacute;m disso, o texto explica que todos os experimentos realizados no LHC acontecem naturalmente desde o surgimento da Terra e de outros corpos celestes. Um &oacute;timo exemplo disso s&atilde;o os raios c&oacute;smicos, que s&atilde;o a vers&atilde;o natural do que acontece dentro do colisor de part&iacute;culas.
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Voltando ao strangelets, a teoria sobre eles foi considerada nas etapas iniciais do Heavy Iron Collider (RHIC), no ano 2000 nos Estados Unidos. Um estudo da &eacute;poca mostrou que n&atilde;o existem motivos para preocupa&ccedil;&atilde;o; mesmo assim, h&aacute; um sistema de detec&ccedil;&atilde;o que nunca identificou a situa&ccedil;&atilde;o acontecendo durante os experimentos.
At&eacute; mesmo Stephen Hawking, renomado f&iacute;sico te&oacute;rico, considerava o acelerador de part&iacute;culas algo seguro. Ele <a href="https://press.cern/backgrounders/safety-lhc">declarou</a> que &ldquo;o mundo n&atilde;o vai acabar quando o LHC funcionar. O LHC &eacute; absolutamente seguro. Colis&otilde;es liberando maior energia ocorrem milh&otilde;es de vezes por dia na atmosfera da Terra, e nada de terr&iacute;vel acontece&rdquo;.
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Apesar de ter levantado as possibilidades, Rees explica que precisamos manter os avan&ccedil;os cient&iacute;ficos arcando com os riscos. &ldquo;Inova&ccedil;&otilde;es podem ser muitas vezes perigosas, mas, se n&atilde;o renunciarmos aos riscos, renunciamos tamb&eacute;m aos benef&iacute;cios.&rdquo;
Em seu livro, ele recomenda: &ldquo;f&iacute;sicos devem ser cautelosos sobre a realiza&ccedil;&atilde;o de experimentos que geram condi&ccedil;&otilde;es sem precedentes. Muitas pessoas est&atilde;o inclinadas a descartar esses riscos como fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, mas eles n&atilde;o poderiam ser ignorados, mesmo se considerados altamente improv&aacute;veis&rdquo;.&nbsp;
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Allan França