Imagem de COP26: entenda o que deve mudar após o evento no megacurioso

40 países se comprometeram a deixar de usar carvão mineral até 2040

<p>A <span>Confer&ecirc;ncia das Na&ccedil;&otilde;es Unidas sobre as Mudan&ccedil;as Clim&aacute;ticas de 2021 (</span>COP26), promovida pela Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) com o objetivo de debater solu&ccedil;&otilde;es para minimizar os efeitos das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120363-5-resultados-positivos-na-luta-contra-o-aquecimento-global.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas</a> no mundo, foi encerrada em novembro. Com o t&eacute;rmino do evento, surgem algumas perguntas: ser&aacute; que a COP26 trar&aacute; alguma mudan&ccedil;a significativa para a resolu&ccedil;&atilde;o desse problema? Quais pa&iacute;ses se comprometeram com a diminui&ccedil;&atilde;o da emiss&atilde;o de gases poluentes? Quais metas foram estabelecidas?</p>
<p>Para responder a essas perguntas, precisamos entender alguns pontos iniciais. O primeiro deles &eacute;: por que a ONU promoveu esse encontro?</p>
<h2>Antes da COP26, tivemos a RIO-92</h2>
<p>N&atilde;o &eacute; de hoje que l&iacute;deres mundiais v&ecirc;m debatendo os impactos das atividades humanas no meio ambiente. Em 1992, centenas de l&iacute;deres se reuniram no Rio de Janeiro para participar da &ldquo;C&uacute;pula da Terra&rdquo;, tamb&eacute;m conhecida como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/107537-drops-historicos-010-sua-dose-semanal-de-historia-aqui-no-mega.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Rio-92</a>.</p>
<p>Nesse encontro, l&iacute;deres mundiais concordaram em tomar atitudes para reduzir a emiss&atilde;o de gases causadores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116050-efeito-estufa-estudo-mostra-aquecimento-recorde-na-terra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">efeito estufa</a>. Esse acordo entrou em vigor em 1994 e, atualmente, conta com a participa&ccedil;&atilde;o de 197 pa&iacute;ses.</p>
<p>Desde ent&atilde;o, praticamente todos os l&iacute;deres do mundo se re&uacute;nem anualmente para tratar de um problema comum: as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas e suas consequ&ecirc;ncias.</p>
<p>O nome COP26 vem da sigla em ingl&ecirc;s COP (<em>Conference of the Parties</em>), que pode ser traduzida como &ldquo;encontro entre partes&rdquo;. O n&uacute;mero 26 representa o total de reuni&otilde;es desse tipo que j&aacute; foram realizadas. Em 2020, esse encontro n&atilde;o foi realizado devido &agrave; pandemia de covid-19.</p>
<h2>Avan&ccedil;os obtidos na COP26</h2>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;PXHERE&nbsp;" data-fonte-url="https://pxhere.com//en/photo/1129460"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/11/22/22193134658642.jpg" alt="Relat&oacute;rio final da COP26 ressalta import&acirc;ncia de eliminar o consumo de combust&iacute;veis f&oacute;sseis, como os derivados do petr&oacute;leo." /><span class="desc">Relat&oacute;rio final da COP26 ressalta import&acirc;ncia de eliminar o consumo de combust&iacute;veis f&oacute;sseis, como os derivados do petr&oacute;leo.</span></span></p>
<p>O texto final da COP26 menciona a necessidade de os pa&iacute;ses deixarem, gradualmente, de subsidiar combust&iacute;veis f&oacute;sseis, como o carv&atilde;o mineral e o petr&oacute;leo. Dessa forma, o relat&oacute;rio final defende a gradativa migra&ccedil;&atilde;o das fontes energ&eacute;ticas para op&ccedil;&otilde;es de energias renov&aacute;veis e menos poluentes.</p>
<p>Ao mesmo tempo, um grupo formado por 40 pa&iacute;ses se comprometeu a zerar o uso de carv&atilde;o mineral at&eacute; 2040. Fazem parte desse grupo grandes pot&ecirc;ncias econ&ocirc;micas, como o Reino Unido. No entanto, os dois pa&iacute;ses campe&otilde;es na emiss&atilde;o de gases poluentes (China e EUA.) n&atilde;o assinaram esse acordo.</p>
<p>Al&eacute;m disso, as na&ccedil;&otilde;es participantes dever&atilde;o entregar at&eacute; o fim de 2022 novas metas para a redu&ccedil;&atilde;o de emiss&atilde;o de gases causadores do efeito estufa. Isso &eacute; necess&aacute;rio porque as metas atuais n&atilde;o s&atilde;o suficientes para limitar o aumento da temperatura a 1,5 &deg;C.</p>
<p>Outro avan&ccedil;o da COP26 foi o interesse mundial sobre o evento. Cerca de 3,7 mil rep&oacute;rteres de todo o mundo cobriram o encontro, algo importante para aumentar a press&atilde;o por acordos mais eficientes.</p>
<h2>Grandes decep&ccedil;&otilde;es do encontro</h2>
<p>A COP26 terminou sem estabelecer uma meta mundial para o fim do uso de combust&iacute;veis f&oacute;sseis. Algo nesse sentido havia sido ventilado no in&iacute;cio do evento, mas pa&iacute;ses dependentes desse tipo de energia e na&ccedil;&otilde;es exportadoras desses combust&iacute;veis, como Ar&aacute;bia Saudita, China, &Iacute;ndia e R&uacute;ssia se posicionaram contra a iniciativa.</p>
<p>Outro desfecho considerado um fracasso &eacute; a inexist&ecirc;ncia de um plano para financiar a&ccedil;&otilde;es ambientais em pa&iacute;ses em desenvolvimento. Na&ccedil;&otilde;es desenvolvidas se comprometeram a doar US$ 100 bilh&otilde;es at&eacute; 2025, mas o valor &eacute; insuficiente, de acordo com o relat&oacute;rio final da COP26.</p>

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COP26: entenda o que deve mudar após o evento

Imagem de Alzheimer: como ajudar um paciente com essa doença? no megacurioso

O Mal de Alzheimer é uma doença que atinge a capacidade de raciocínio e exige paciência dos familiares

<p>De acordo com a Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Alzheimer (Abraz), mais de 1 milh&atilde;o de idosos convivem com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119381-qual-a-diferenca-entre-demencia-e-alzheimer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">mal de Alzheimer</a> no Brasil. Trata-se de uma doen&ccedil;a degenerativa que faz o indiv&iacute;duo ter a sua capacidade de racioc&iacute;nio e mem&oacute;ria afetados. Portanto, n&atilde;o &eacute; exagero dizer que essa condi&ccedil;&atilde;o pode atingir a vida de toda uma fam&iacute;lia.</p>
<p>Ainda n&atilde;o h&aacute; cura para essa doen&ccedil;a. O tratamento &eacute; feito com a inten&ccedil;&atilde;o de controlar os sintomas. Sendo assim, &eacute; necess&aacute;rio aprender a conviver com a enfermidade, ajudando o paciente de Alzheimer a ter uma vida mais confort&aacute;vel.</p>
<p>Ent&atilde;o, que tal aprender a identificar os sintomas do Alzheimer?</p>
<h2>Sintomas comuns do Alzheimer</h2>
<ul>
<li>Perda de mem&oacute;ria.</li>
<li>Perguntas repetitivas.</li>
<li>Confus&atilde;o e desorienta&ccedil;&atilde;o.</li>
<li>Del&iacute;rios.</li>
<li>Problemas ao dormir entre outros.</li>
</ul>
<p>Lembre-se que caber&aacute; sempre ao m&eacute;dico fazer o diagn&oacute;stico e propor o tratamento para qualquer doen&ccedil;a, incluindo o Alzheimer.</p>
<h2>Cuidando de uma pessoa com Alzheimer</h2>
<p>Conviver com uma pessoa doente, independentemente do que ela tem, exige que voc&ecirc; entenda o problema. Por isso, acompanhe o paciente em consultas m&eacute;dicas e tire suas d&uacute;vidas com quem o est&aacute; atendendo.</p>
<h3>Tenha uma rotina</h3>
<p>A rotina ir&aacute; melhorar a situa&ccedil;&atilde;o de duas maneiras. A primeira &eacute; facilitando as atividades, j&aacute; que ser&aacute; mais dif&iacute;cil perder o controle de a&ccedil;&otilde;es cotidianas, como preparar as refei&ccedil;&otilde;es, marcar consultas, tomar rem&eacute;dios etc.&nbsp;A segunda &eacute; que uma rotina contribui para o tratamento da doen&ccedil;a, j&aacute; que o seu principal sintoma &eacute; a perda de mem&oacute;ria.</p>
<h3>Proponha atividades</h3>
<p>&Eacute; poss&iacute;vel driblar o t&eacute;dio e fazer o paciente de Alzheimer se sentir mais feliz se voc&ecirc; propor atividades a ele. <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/116715-bailarina-com-mal-de-alzheimer-relembra-coreografia-por-meio-da-musica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Coloque um disco para tocar</a>, leve-o para passear, chame-o para cozinhar com voc&ecirc;, dentre outras atividades.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Freepik&nbsp;" data-fonte-url="https://www.freepik.com/free-photo/old-woman-confronting-alzheimer-disease_16518311.htm"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2021/08/03/03140143978291.jpg" alt="O idoso com Alzheimer deve interagir com as pessoas ao seu redor e n&atilde;o ficar isolado" /><span class="desc">O idoso com Alzheimer deve interagir com as pessoas ao seu redor e n&atilde;o ficar isolado.</span></span></p>
<p>Em hip&oacute;tese alguma deixe-o sozinho no quarto, uma vez que a falta de est&iacute;mulos pode acelerar o processo de degenera&ccedil;&atilde;o.</p>
<h3>Converse sobre temas cotidianos</h3>
<p>Conversas que ajudem o paciente a se situar no tempo e espa&ccedil;o podem ser importantes para pessoas idosas: &ldquo;O inverno est&aacute; chegando, n&atilde;o &eacute; mesmo?&rdquo;; &ldquo;O que faremos para o seu anivers&aacute;rio?&rdquo;; &ldquo;O que vai acontecer na novela hoje?&rdquo;. Essas perguntas simples podem ajud&aacute;-lo a compreender o calend&aacute;rio &nbsp;e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118700-6-tecnicas-que-podem-ajudar-a-melhorar-nossa-memoria.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">exercitar a mem&oacute;ria</a>.</p>
<h3>Tenha paci&ecirc;ncia</h3>
<p>Atividades como se vestir, escovar os dentes e escolher que roupa usar podem levar mais tempo de execu&ccedil;&atilde;o para os pacientes com essa doen&ccedil;a. Contudo, &eacute; muito importante que eles tentem desempenh&aacute;-las, que continuem tendo algum grau de independ&ecirc;ncia. Por isso, tenha paci&ecirc;ncia e estimule que eles fa&ccedil;am algumas atividades sozinhos.</p>
<p>Os tratamentos para o mal de Alzheimer est&atilde;o evoluindo. &Eacute; poss&iacute;vel que em um futuro n&atilde;o muito distante, essa doen&ccedil;a deixe de ser um problema. Enquanto esse futuro n&atilde;o chegar, vamos ajudar nossos idosos que convivem com essa condi&ccedil;&atilde;o &mdash; afinal de contas, envelhecer &eacute; algo natural.</p>

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Alzheimer: como ajudar um paciente com essa doença?

Imagem de Como a intolerância à lactose afetava os povos antigos? no megacurioso

Intolerância à lactose pode ter impedido que indivíduos deixassem descendentes

<p>Um estudo publicado na revista cient&iacute;fica <em>Current Biology</em> levanta hip&oacute;teses sobre a import&acirc;ncia do leite na dieta dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/104933-galera-da-era-do-bronze-usava-material-extraterrestre-para-criar-artefatos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">povos europeus durante a Idade do Bronze</a> (em torno de 1200 a.C.) &mdash; e como a intoler&acirc;ncia &agrave; lactose pode ter impedido que pessoas que n&atilde;o podiam digerir leite deixassem tantos descendentes quanto aquelas que podiam, ilustrando a Teoria da Evolu&ccedil;&atilde;o, de Charles Darwin, nos humanos daquele per&iacute;odo.</p>
<p>Os pesquisadores conseguiram sequenciar o DNA encontrado nos ossos de soldados que morreram &agrave;s margens do rio Tollense, na atual Alemanha, e descobriram que a maior parte deles era considerado intolerante &agrave; lactose, que &eacute; um tipo de a&ccedil;&uacute;car presente nos leites.</p>
<p>Contudo, a taxa de pessoas que podiam tomar leite cresceu rapidamente nos anos seguintes. No per&iacute;odo medieval, cerca de 2 mil anos depois da Idade do Bronze, aproximadamente 60% das pessoas eram capazes de consumir a bebida.&nbsp;</p>
<h2>Quais vantagens o leite trouxe para esses povos?</h2>
<p>Os pesquisadores ainda trabalham com hip&oacute;teses nesse sentido. Acreditam que o consumo do leite pode ter ajudado esses indiv&iacute;duos a driblarem problemas graves, como a contamina&ccedil;&atilde;o de fontes de &aacute;gua.</p>
<p>Nesse sentido, em vez de correrem o risco de sofrer com uma intoxica&ccedil;&atilde;o por beber &aacute;gua contaminada, eles beberam leite, uma bebida com menor risco de contamina&ccedil;&atilde;o &mdash; principalmente em uma &eacute;poca em que conceitos como tratamento de &aacute;gua e esgoto ainda estavam distantes.</p>
<p>A falta de alimentos causada pelas mudan&ccedil;as no tempo, como secas ou chuvas intensas, tamb&eacute;m poderia ser minimizada consumindo leite.</p>
<p>De acordo com os pesquisadores, os indiv&iacute;duos capazes de digerir o leite puderam incluir o seu valor energ&eacute;tico na dieta, vivendo mais e deixando descendentes que tamb&eacute;m n&atilde;o eram intolerantes &agrave; lactose, fazendo com que, com o passar dos s&eacute;culos, o n&uacute;mero de pessoas que podia consumir leite crescesse na Europa.&nbsp;</p>
<p>Ainda de acordo com os pesquisadores, os indiv&iacute;duos que n&atilde;o eram intolerantes &agrave; lactose tiveram 6% mais chances de deixar descend&ecirc;ncia do que aqueles que n&atilde;o podiam tomar leite.</p>
<p><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Pixabay&nbsp;" data-fonte-url="https://pixabay.com/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/09/04/04140718765541.jpg" alt="A intoler&acirc;ncia &agrave; lactose foi caindo na popula&ccedil;&atilde;o europeia com o passar dos anos. (Fonte: Pixabay)" /><span class="desc">A intoler&acirc;ncia &agrave; lactose foi caindo na popula&ccedil;&atilde;o europeia com o passar dos anos. (Fonte: Pixabay)</span></span></p>
<h2>Mam&iacute;feros bebem leite para sempre?</h2>
<p>O ser humano &eacute; &uacute;nico mam&iacute;fero que desenvolveu a capacidade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/43179-sabia-que-o-leite-pode-nao-ser-tao-bom-assim-para-a-saude.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tomar leite depois de adulto</a>. Outros animais n&atilde;o conseguem digerir a lactose depois de desmamarem &mdash; e &eacute; por isso que n&atilde;o se deve dar leite aos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113444-descubra-7-curiosidades-sobre-o-incrivel-cerebro-dos-caes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">c&atilde;es</a> e gatos depois que eles deixam de ser filhotes.</p>
<p>De acordo com o Departamento Cient&iacute;fico de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 40% dos brasileiros com mais de 3 anos de idade sofrem com sintomas leves ao consumir produtos &agrave; base de leite.</p>

Everton Lima

COP26: entenda o que deve mudar após o evento

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