Imagem de Gruinard: a ilha britânica da morte da 2ª Guerra Mundial no megacurioso

Até hoje, ninguém acredita que o local seja totalmente seguro

<head></head><body>Localizada entre Gairloch e Ullapool, na Escócia, a Ilha Gruinard foi mencionada pela primeira vez pelo clérigo Dean Munro, que viajou para a área em meados do século XVI, e a denominou como "um território cheio de florestas, um ótimo refúgio para prender rebeldes e ladrões". No entanto, desde 1945, nada mais vive no local, inclusive as plantas, em seus 2 quilômetros de comprimento.Ainda hoje, é difícil Gruinard receber visitantes, isso porque têm sido uma zona proibida por quase 80 anos após ter se tornado um centro secreto do Reino Unido durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a> para testar <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119826-bioterrorismo-qual-a-sua-origem.htm#:~:text=As%20armas%20biol%C3%B3gicas%20s%C3%A3o%20compostas,matar%20ou%20ferir%20as%20pessoas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">armas biológicas</a>.<h2>Uma ameaça</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14222537792003.jpg" alt="(Fonte: Press and Journal/Reprodução)">(Fonte: Press and Journal/Reprodução)Quando os russos sitiaram a Ilha Vozrozhdeniya, atualmente dividida entre o território do Cazaquistão e Uzbequistão, para darem início a experimentos com bombas de patógenos que causam a doença antraz, os britânicos já estavam ocupados fazendo testes em Gruinard.Tudo começou em 1942, quando a cepa virulenta do antraz, a Vollum 14578, foi usada para encher bombas. Os cientistas do Exército sabiam que a mesma nuvem de poeira marrom mortal que fizeram chover sobre um rebanho de ovelhas poderia facilmente contaminar as cidades alemãs a ponto de torná-las inabitáveis por décadas.Em seu livro&nbsp;Biological Weapons, o autor Sharad S. Chauhan ressalta como o poder do antraz fez crescer os olhos dos cientistas quando as ovelhas do primeiro teste em Gruinard começaram a morrer 3 dias após a exposição, deixando claro o nível de destruição daquele tipo de dispositivo.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Scotsman&nbsp;" data-fonte-url="https://www.scotsman.com/images-e.jpimedia.uk/imagefetch/http://www.scotsman.com/webimage/Prestige.Item.1.75022100!image/image.jpg?width=640"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14222640432005.jpg" alt="(Fonte: Scotsman/Reprodução)">(Fonte: Scotsman/Reprodução)O relatório enviado para o governo também demonstrava certa preocupação com o bem-estar dos envolvidos, visto que os arranjos para biossegurança eram mínimos, surpreendendo até mesmo em como houve poucas ou nenhuma baixas humanas que conduziam o experimento.Os testes na ilha foram abandonados pelo time de 50 cientistas do Exército britânico nos momentos finais da guerra, e foi então que o problema começou.<h2>Infestação</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Discover Magazine&nbsp;" data-fonte-url="https://images.ctfassets.net/cnu0m8re1exe/4dSkTddoSkFqDMkFQb2pZ8/076311340929afb4fe274ce2f5ebfec3/gruinard_anthrax_sheep1-copy.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14222930948007.jpg" alt="(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)">(Fonte: Discover Magazine/Reprodução)No mesmo ano em que os testes foram encerrados, o Ministério do Abastecimento reconheceu que a ilha Gruinard estava totalmente contaminada, portanto, não poderia ser desapropriada até que fosse considerada segura.Em 1946, o governo britânico concordou em adquirir a ilha e assumir responsabilidade por ela, com os herdeiros e o proprietário podendo recomprá-la por 500 euros quando fosse declarada adequada para habitação de homens e animais. No entanto, apenas marcadores foram colocados ao redor da costa alertando que o local era uma zona proibida, mas nenhum trabalho de limpeza foi feito.Quando uma ovelha infectada com antraz apareceu no continente, em 1979, um grupo de protestantes autodenominado "Operação Colheita Negra" começou a enviar porções de solo da ilha para instalações governamentais em todo o Reino Unido, exigindo que ela fosse limpa.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Scotsman&nbsp;" data-fonte-url="https://www.scotsman.com/images-e.jpimedia.uk/imagefetch/http://www.scotsman.com/webimage/Prestige.Item.1.75022131!image/image.jpg?width=640"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14223020776009.jpg" alt="(Fonte: The Scotsman/Reprodução)">(Fonte: The Scotsman/Reprodução)Mais tarde foi descoberto que as amostras de terra não continham antraz, porém o terror psicológico teve efeito. Em 1986, o governo começou a limpar Gruinard, pulverizando todo o local com uma solução de formaldeído e água do mar. Então foram transportadas ovelhas diariamente do continente para pastar na ilha por um ano e garantir que estivesse segura.Em 1997, a história do projeto foi desclassificada pela primeira vez para o público, e o governo enviou o Ministro da Defesa Michael Neubert para posar para câmeras removendo os pinos de alerta da costa. Logo depois, a ilha foi recomprada pelo herdeiro do proprietário original pelo preço inicial de venda de 500 euros.Até hoje, ninguém acredita que a ilha seja realmente segura, portanto, nada se aproxima dela.</body>

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Gruinard: a ilha britânica da morte da 2ª Guerra Mundial

Imagem de 4 curiosidades sobre como era viajar de avião na década de 1970 no megacurioso

Entre o final da década de 1960 e início de 1970, voar era menos seguro e repleto de prós e contras

<head></head><body>Tem quem ame ou odeie viajar de avião devido a todo o estresse que pode ser gerado, desde a compra das passagens até o momento de pegar sua bagagem na esteira. Afinal de contas, você pode estar sujeito a ter o voo atrasado ou cancelado; as malas extraviadas; passar horas em escalas; ter inúmeros problemas com sua passagem; ter que lidar com um assento ruim ou com pessoas sendo inconvenientes durante todo o trajeto.As possibilidades são gigantescas, bem como o nível de chateação. Por outro lado, viajar de avião proporciona o conforto da rapidez, segurança e acessibilidade em vários aspectos, apesar de tudo. Há 107 isso é possível graças aos progressos da aviação comercial, que não foram poucos, tanto em questões estruturais quanto organizacionais.Entre o final da década de 1960 e início de 1970, voar era menos seguro e repleto de prós e contras.<h2>1. A comida a bordo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;VOX&nbsp;" data-fonte-url="https://cdn.vox-cdn.com/thumbor/2F8qQ0VV0E1kGupG34_tLyToJnk=/1400x0/filters:no_upscale()/cdn.vox-cdn.com/uploads/chorus_asset/file/19662653/GettyImages_514911078.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14203921008043.jpg" alt="(Fonte: Vox/Reprodução)">(Fonte: Vox/Reprodução)Servir-se de vinho, sobremesas, frutas frescas, uma variedade de entradas, sopas e até caviar, atualmente é um luxo desfrutado apenas por quem viaja na classe executiva; contudo, na década de 1970, não havia essa distinção — e certamente isso era o que havia de melhor em voar naquela época.Mas para tristeza dos passageiros, refeições típicas de bordo já estavam surgindo no horizonte, ainda mais porque o transporte aéreo estava começando a se popularizar. A British European Airways, por exemplo, foi uma das primeiras a começar a servir sanduíches de rosbife com tomate, pepino e limão, acompanhado de um mini bolo de chocolate e uma lata de Coca-Cola.<h2>2. A segurança no embarque</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;The Boston Globe&nbsp;" data-fonte-url="https://www.bostonglobe.com/resizer/te0rq7upNGyZ4c5jqAqK_FNNaQQ=/arc-anglerfish-arc2-prod-bostonglobe/public/23YGSUQHTRB7RJDQGIHOB4NSNM.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14204226289047.jpg" alt="(Fonte: The Boston Globe/Reprodução)">(Fonte: The Boston Globe/Reprodução)Foi só em meados de 1973 que verificações de segurança se tornaram uma exigência das companhias aéreas, quando aconteceu o aumento exponencial no número de passageiros. Ainda assim, toda a burocracia de check-in era uma realidade muito remota, visto que as pessoas precisavam chegar apenas com 30 minutos de antecedência do horário de seu embarque para poder passar pela revista e se despedir de amigos ou familiares.Essa mudança no setor aéreo também aconteceu devido à grande incidência de sequestros de voos durante os anos de 1961 e 1972, acontecendo pelo menos uma vez por semana.Os detectores de metais e máquinas de raios-X foram os primeiros métodos de prevenção contra esse tipo de crime, antes somente usados no sistema prisional norte-americano. A maioria das pessoas ficou confortáveis em serem submetidas à nova tecnologia.<h2>3. Os preços para viajar</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14204338539049.jpg" alt="(Fonte: HuffPost/Reprodução)">(Fonte: HuffPost/Reprodução)Hoje, por mais que o destino escolhido seja barato, as passagens e tarifas aéreas nunca são, o que dificulta muito a vida de quem quer escolher um lugar para viajar. No século passado, o Conselho de Aeronáutica Civil (CAB) era o responsável por determinar desde rotas até os preços das passagens, o que significava que a competição entre as companhias aéreas ficava apenas entre alimentação, qualidade de voo e atendimento.A era das viagens econômicas para qualquer lugar no mundo durou até a crise energética do início dos anos 1970, quando o então presidente dos EUA, Jimmy Carter, iniciou o processo de desregulamentação com a Lei de Desregulamentação de Companhias Aéreas de 1978, que reduziu o preço dos voos domésticos em cerca de 50% de 1978 a 2013, em um momento em que o embargo do petróleo de 1973-1974 havia feito os valores subirem demais.<h2>4. Os fumantes a bordo</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14204429789050.jpg" alt="(Fonte: Aeroin/Reprodução)">(Fonte: Aeroin/Reprodução)Até 1973, os passageiros eram livres para fumarem em qualquer lugar da aeronave, um hábito tão comum quanto pedir uma bebida. Isso mudou quando foram implementadas seções para fumantes e não fumantes, que durou até os anos 2000, quando o governo federal proibiu fumar em voos nos EUA.A determinação partiu da nova legislação que visava diminuiu o consumo de tabaco no país, sendo que, só em 1970, mais de 37% da população norte-americana fumava, conforme dados da American Lung Association. Após a implementação da lei, esse número despencou para 23,3%, depois para 13,7% em 2018.</body>

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4 curiosidades sobre como era viajar de avião na década de 1970

Imagem de 'Avenida da morte': a linha de trem assassina na Nova York de 1900 no megacurioso

E assim começou a primeira batalha cívica da cidade

No fim de 1852, o trem apelidado de "O A&ccedil;ougueiro", que trafegava entre a 10&ordf; e 11&ordf; Avenida West Side, em Nova York (EUA) transportando mercadorias de Albany ao centro da cidade por um bairro industrial de corti&ccedil;os, havia causado a morte de 436 pessoas, segundo o Bureau of Municipal Research.
Pouco antes de 1906, quando o senador Henry Saxe se sentou com os burocratas ricos de Upper East Side e Lower Manhattan na c&acirc;mara estadual para dizer que o trem precisava ser interrompido, o ve&iacute;culo j&aacute; havia matado 200 moradores da regi&atilde;o, em sua maioria crian&ccedil;as em idade escolar.
Os senadores se opuseram fortemente, alegando quest&otilde;es burocr&aacute;ticas e econ&ocirc;micas, como o custo para redirecionar o trem e a rota de carga. No fim das contas, ningu&eacute;m se importava com o qu&atilde;o perigoso o trem era, apenas que a vida dos pobres urbanos n&atilde;o valia tanto quanto a conveni&ecirc;ncia econ&ocirc;mica dos homens do com&eacute;rcio mais ricos da cidade.
<h2>A guerra p&uacute;blica</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Terminal Warehouse&nbsp;" data-fonte-url="https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTHJ-3hKCk_btYs4pu-E9_cI0aswELPwS3XKSZcDDzd88-x_Jw0GmDwGGBmVa4VevmZ0dw&amp;usqp=CAU"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14205314967052.jpg" alt="(Fonte: Terminal Warehouse/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Terminal Warehouse/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
O governo s&oacute; se mexeu ap&oacute;s a morte prematura e perturbadora de um garoto em 1906, cujo corpo ficou mutilado sobre os trilhos do trem. Eles votaram a favor do projeto de lei de Saxe, que apresentou uma nova proposta em 1908, ou a cidade condenaria a propriedade pertencente &agrave; Central Hudson Railway Company, onde o trem foi constru&iacute;do, para poder tomar o controle de suas opera&ccedil;&otilde;es.
Ainda no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, surgiu a primeira batalha de influ&ecirc;ncia c&iacute;vica sobre a indigna&ccedil;&atilde;o da classe trabalhadora desprivilegiada contra uma ind&uacute;stria capitalista, visando a prioridades na infraestrutura urbana quando os interesses comerciais entraram em conflito com os direitos das popula&ccedil;&otilde;es, incorporando todos os elementos da &eacute;poca para uma reforma progressista.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14205516077053.jpg" alt="(Fonte: Science Photo Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Science Photo Library/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Em 25 de setembro de 1908, a guerra na "Avenida da Morte", como ficou conhecida, atingiu seu &aacute;pice quando Seth Low Hascamp, de apenas 7 anos, estava tocando e cantando com seus amigos quando&nbsp;o trem o atropelou.
A revolta social ganhou ainda mais for&ccedil;a com a declara&ccedil;&atilde;o do m&eacute;dico legista, que alegou que apenas o garoto era culpado pela pr&oacute;pria morte, n&atilde;o a Central Hudson Railway Company.&nbsp;
Um m&ecirc;s depois do acidente horr&iacute;vel, mais de 500 pessoas marcharam em protesto contra a circula&ccedil;&atilde;o do trem, com muitos benfeitores ricos tomando partido da indigna&ccedil;&atilde;o da comunidade pobre massacrada pelo "boom" econ&ocirc;mico e pela urbaniza&ccedil;&atilde;o que os descartava.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14210157188057.jpg" alt="(Fonte: History101/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: History101/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
A cidade recebeu propostas de v&aacute;rias entidades corporativas e organiza&ccedil;&otilde;es c&iacute;vicas com ideias do que construir para substituir o trem da Avenida da Morte, enquanto a empresa detentora da ferrovia fazia campanhas para tentar conquistar o interesse do povo.
O governo chegou a uma conclus&atilde;o de como beneficiar a cidade das duas maneiras em 1929, com a cria&ccedil;&atilde;o da antiga linha de trem High Line, que passava por cima de armaz&eacute;ns e f&aacute;bricas em vez de ruas movimentadas. O empreendimento ficou pronto em 1934 e permaneceu at&eacute; 1941.
Atualmente, o local &eacute; um parque suspenso muito prestigiado em Nova York.

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Avenida da Morte: a linha de trem assassina na Nova York de 1900

Imagem de Oak Ridge: a cidade secreta fundada para o Projeto Manhattan no megacurioso

Com 75 mil habitantes, as pessoas não sabiam nem o trabalho que estavam oferecendo ao governo

<head></head><body>Foi em meados de 1942, no apogeu da <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112268-entenda-como-comecou-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, que o governo dos Estados Unidos decidiu adquirir de maneira secreta mais de 60 mil acres no leste do Tennessee como parte do infame e notório <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119975-projeto-manhattan-cientistas-injetaram-plutonio-em-pacientes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Projeto Manhattan</a>, responsável por fabricar e detonar as bombas Little Boy e Fat Man sobre as cidades de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hiroshima e Nagasaki</a>.Os EUA precisavam de mais terras para poder construir suas imensas instalações e desenvolver materiais nucleares para novas armas, de um modo que não atraísse a atenção de espiões ou inimigos. Assim nasceu Oak Ridge. &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;<h2>A cidade secreta no meio do nada</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14210610063059.jpg" alt="(Fonte: Love These Pics/Reprodução)">(Fonte: Love These Pics/Reprodução)Desde meados do século XIX, Oak Ridge sempre foi uma cidade voltada para comunidades agrícolas e, até momentos antes do governo iniciar o experimento de torná-la um centro de experimentos, possuía uma população de quase 3 mil habitantes.Por ser remota, a cidade foi considerada o local perfeito, então o Exército a construiu praticamente do zero para o novo fluxo de funcionários/residentes, aumentando para 75 mil habitantes em apenas 3 anos.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14210810688060.jpg" alt="(Fonte: NTHP/Reprodução)">(Fonte: NTHP/Reprodução)A cidade parecia como qualquer outra cidade pitoresca do sul dos EUA, com centros de natação, bibliotecas, mercearias, salões de dança, parques e cinemas. O que a diferia eram os soldados armados nas torres de guarda espalhadas pela cidade, a cerca gigante cobrindo todo o perímetro, e o fato de que absolutamente ninguém sabia exatamente que tipo de trabalho oferecia ao governo.Cada trabalhador exercia uma atividade diferente, pela qual era remunerado normalmente, e somente os cientistas do Projeto Manhattan sabiam como essas tarefas se relacionavam. Por exemplo, uma pessoa era contratada para permanecer na lavanderia, passar um dispositivo sobre cada peça de roupa e marcar o quanto ele apitava, sem se dar conta de que estava verificando a radiação com um contador Geiger.<h2>Não confie em ninguém</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14211017172061.jpg" alt="(Fonte: TimeToast/Reprodução)">(Fonte: TimeToast/Reprodução)O governo oferecia uma casa confortável, um emprego estável e muito bem remunerado para que essas pessoas tivessem uma vida, aparentemente, normal, então quem eram elas para questionarem tudo isso?A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/113731-o-que-e-e-qual-e-a-importancia-da-quarentena-na-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">quarentena</a> que não os permitia sair da cidade em hipótese alguma era monitorada 24 horas. Privacidade era uma palavra não muito conhecida em Oak Ridge, onde todas as correspondências eram abertas, lidas e inspecionadas por agentes de segurança do governo.Os soldados tentavam intervir diretamente na vida dos cidadãos o mínimo o possível, mas desconfiavam de tudo, tanto que mais de 7 pessoas andando juntas pela rua era visto como atividade suspeita. Os moradores evitavam esse tipo de contato porque sabiam que não era bom, visto que testemunharam a expulsão de alguns moradores da cidade por condutas consideradas "hostis".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14211156360062.jpg" alt="(Fonte: Chick History/Reprodução)">(Fonte: Chick History/Reprodução)Além disso, a pessoa corria o risco de ser sentenciada a 10 anos de prisão, ou receber uma multa de até US$ 100 mil. Nunca foi escondido de ninguém que estavam ali prestando serviço para o governo de modo a ajudar o país, mas só ficaram sabendo o que era quando as bombas foram liberadas sobre as cidades japonesas.Dois anos após o fim da guerra, Oak Ridge foi liberada e entregue aos civis, tornando-se um local histórico onde marcas da época foram preservadas, como algumas das antigas torres de guarda nos limites da cidade.Também foi estabelecido o Museu Americano de Ciências e Energia, que possui um acervo grande de peças da época, como os reatores de grafite e os outdoors que lembravam explícita e diariamente os funcionários de que tudo o que acontecia nas instalações de pesquisa e da própria cidade, ficavam ali.Incorporada em 1959, atualmente a cidade conta com pouco mais que 31 mil habitantes, segundo dados do censo de 2020, e todo o mês de junho é realizado o Festival da Cidade Secreta, em que atores reencenam alguns acontecimentos da Segunda Guerra Mundial.</body>

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Oak Ridge: a cidade secreta fundada para o Projeto Manhattan

Imagem de Pesquisadores tentam evitar a extinção dos odores do mundo no megacurioso

<head></head><body>O olfato&nbsp;certamente é um dos sentidos que mais estimulam a memória. O cheiro de um lugar, de um perfume, comida ou produto pode te levar para diversos momentos em sua vida. Como mostra uma matéria do The Harvard Gazette, os cheiros estão ligados à emoção e à memória de maneira intrínseca, visto que passam pelo sistema límbico do nosso cérebro, responsável pelas respostas comportamentais.Você provavelmente também já testemunhou um cheiro simplesmente "morrer", quando um local favorito de infância fechou ou quando aquele cheiro do moletom de alguém que você gostava tanto sumiu no momento em que ela deixou de existir.Já se perguntou como um cheiro simplesmente morre? Será que se extingue para sempre ou só não o encontramos mais?<h2>Recolhendo parte do tempo</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Shutterstock" data-fonte-url="https://images.ctfassets.net/cnu0m8re1exe/4TWKoFnc4NHTHzpLkxbXLD/d7adffbaa8254b39bb92292eca887e2c/shutterstock_689186398.jpg?fm=jpg&amp;fl=progressive&amp;w=660&amp;h=433&amp;fit=fill"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14204912432051.jpg" alt="(Fonte: Shutterstock)">(Fonte: Shutterstock)É isso que a ciência quer saber, ou melhor, quer fazer. Cientistas têm tentado reviver cheiros que entraram em "extinção", por assim dizer. A pesquisadora Cecilia Bembibre, do Instituto de Patrimônio Sustentável da UCL, têm feito experimentos com o cheiro dos livros porque acredita que a fragrância deles carregam um imenso valor patrimonial cultural.Bembibre entrou em uma jornada para tentar resgatar os odores do passado que já foram considerados extintos, e também preservar para o futuro os que estão ao nosso redor hoje."Eu queria abordar uma questão que tem sido pouco pesquisada — que tem a ver com os cheiros como herança olfativa da humanidade", disse a pesquisadora em entrevista à BBC. Ela ressalta que o engajamento que o governo faz para a preservação dos patrimônios culturais sempre tem a ver com a parte visual, nunca com a estimulação dos sentidos.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;CNN&nbsp;" data-fonte-url="https://cnnespanol.cnn.com/wp-content/uploads/2016/10/161004192334-cnnee-encuentro-intvw-cecilia-bembibre-olores-historia-00034108-full-169-e1475631208404.jpg?quality=100&amp;strip=info"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15091552077053.jpg" alt="Cecilia Bembibre. (Fonte: CNN/Reprodução)">Cecilia Bembibre. (Fonte: CNN/Reprodução)Mas como fazer isso? Segundo Bembibre, um dos métodos envolve a exposição de uma fibra de polímero ao odor para que os compostos químicos causadores do cheiro no ar possam grudar nela. Em seguida, é analisado a amostra em laboratório, dissolvendo os compostos presos à fibra, separando-os e os identificando.&nbsp;A outra maneira de extração do cheiro é através da separação e identificação dos compostos diretamente das amostras de gás — um método muito comum na indústria de perfumes, alimentos e bebidas, pois permite a identificação de compostos ativos de odor volátil.&nbsp;<h2>A importância de um cheiro</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Sensory Cities&nbsp;" data-fonte-url="http://www.ksta.de/image/23638888/2x1/940/470/c77708efcb8b253d87a8852e87cd94ba/TU/71-96217441--null--29-02-2016-07-39-26-038-.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15091710436054.jpg" alt="(Fonte: Michael Bause/Sensory Cities)">(Fonte: Michael Bause/Sensory Cities)Recorrer a "narizes especialistas", como o de perfumistas ou designers de aromas, também é uma alternativa importante. "Caracterizamos o cheiro do ponto de vista humano, e isso é importante porque, se queremos preservá-lo para o futuro, depende de muitos fatores. Não apenas a composição química, mas também a nossa experiência", acrescenta Bembibre.Apesar de a Unesco ter adotado uma convenção desde 2003 para proteger o patrimônio cultural imaterial, que inclui práticas sociais, tradições orais e artes cênicas, os aromas não figuraram a lista.Só o Japão classificou os 100 lugares mais cheirosos do país, que incluíam odores naturais e culturais, por ordem do ministro do Meio Ambiente para reconhecer a importância histórica dos odores da nação. Em 2016, o Centro de Pesquisa para Civilizações da Anatólia, na Universidade Koç, em Istambul, abriu a exposição "Scents and the City" para explorar 4 mil anos de História através dos cheiros.<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;American Chemical Society&nbsp;" data-fonte-url="https://acs-h.assetsadobe.com/is/image//content/dam/cen/95/47/09547-scitech1-opener-new.jpg/?$responsive$&amp;wid=700&amp;qlt=90,0&amp;resMode=sharp2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/15/15091916343055.jpg" alt="(Fonte: American Chemical Society/Reprodução)">(Fonte: American Chemical Society/Reprodução)Segundo Alex Rhys-Taylor, da Goldsmiths University, especialista na experiência multissensorial do espaço urbano, embora possa levar algum tempo para criar um arquivo de cheiros reconhecido, inclusive pela Unesco, o processo final deve considerar a diversidade de classes sociais e evitar preservar apenas os aromas de espaços privilegiados."Me preocuparia se estivéssemos apenas curando ou coletando os aromas de um setor social específico", disse ele. Rhys-Taylor ressalta que o cheiro de um pub com fumaça, homens, cerveja derramada no chão e desinfetante saindo dos banheiros também faz parte de uma coleção muito importante para história social de Londres, por exemplo.Para o especialista, estes cheiros representam mais verdadeiramente um lugar ou cultura do que qualquer outro.</body>

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Pesquisadores tentam evitar a extinção dos odores do mundo

Imagem de Como era a vida de um soldado americano na Guerra do Vietnã no megacurioso

O conflito foi tão horrível que até minou o patriotismo dos guerrilheiros

O governo de Vietn&atilde; divulgou em 1995, ap&oacute;s 20 anos do fim da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121131-operacao-babylift-a-evacuacao-dramatica-de-orfaos-da-guerra-do-vietna.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Guerra do Vietn&atilde;</a>, sua estimativa oficial de mortes durante o conflito: cerca de 2 milh&otilde;es de civis em ambos os lados, mais de 1 milh&atilde;o de combatentes norte-vietnamitas e vietcongues. J&aacute; para o governo dos Estados Unidos, o Arquivo de Dados de Extra&ccedil;&atilde;o de Conflitos do Vietn&atilde; dos Arquivos de Extra&ccedil;&atilde;o do Sistema de An&aacute;lise de Acidentes de Defesa (DCAS) registrou 58.220 baixas de militares norte-americanos, enquanto os pr&oacute;prios estimaram que entre 200 mil a 250 mil soldados sul-vietnamitas morreram.
Isso tudo durante 20 anos infernais de conflito. A Guerra do Vietn&atilde; foi considerada uma das mais sangrentas e dif&iacute;ceis de serem travadas, e o reflexo disso &eacute; que centenas de soldados <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119223-fragging-o-ato-de-matar-os-proprios-companheiros-de-guerra.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tiravam a pr&oacute;pria vida</a> para n&atilde;o serem recrutados para o conflito, bem como <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120724-como-desertores-americanos-viraram-estrelas-na-coreia-do-norte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desertavam para a Coreia do Norte</a>. A maioria daqueles que resistiram e, principalmente, sobreviveram, acabaram enlouquecendo com doen&ccedil;as psicol&oacute;gicas oriundas da guerra.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24172818177648.jpg" alt="(Fonte: Horst Faas)" />(Fonte: Horst Faas)
Nem mesmo as duas grandes guerras mundiais se compararam com o que aconteceu no territ&oacute;rio literalmente selvagem do Vietn&atilde;. Em 18 de junho de 1965, o fot&oacute;grafo Horst Faas capturou a imagem do soldado Larry Wayne Chaffin com as palavras &ldquo;Guerra &eacute; um inferno&rdquo; escrita &agrave; m&atilde;o em seu capacete, se transformando em uma das fotos mais emblem&aacute;ticas que definiram o que foi o Vietn&atilde; da guerra para os soldados.
Essa foi a vida dos soldados americanos durante o conflito. &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;
<h2>Desuni&atilde;o</h2>
Dos 26 anos na Segunda Guerra Mundial, o recrutamento de soldados para a Guerra do Vietn&atilde; caiu para 19 anos, e ningu&eacute;m queria ir, portanto, o governo americano passou a fazer sorteios para determinar qual jovem homem seria enviado. Por&eacute;m, nada imparcialmente, os afro-americanos foram mais convocados do que os brancos, representando mais de 16% de todos os recrutados e 23% das tropas de combate; apesar de serem apenas 11% da popula&ccedil;&atilde;o civil em 1967, como apontou uma mat&eacute;ria do The New York Times.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20220602698001.jpg" alt="(Fonte: National Archives/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: National Archives Catalog)
Em meio a um per&iacute;odo de forte tens&atilde;o racial nos EUA, com os negros lutando pelos seus direitos e sofrendo com a repres&aacute;lia do extremo racismo, o Vietn&atilde; foi a primeira grande guerra em que os soldados negros foram integrados com os brancos, por&eacute;m recebendo piores ra&ccedil;&otilde;es, puni&ccedil;&otilde;es e acomoda&ccedil;&otilde;es do que os brancos.
Ent&atilde;o, em um conflito j&aacute; desunido, quando o mundo recebeu a not&iacute;cia de que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120958-como-henry-d-thoreau-influenciou-martin-luther-king-jr.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Martin Luther King Jr.</a> havia sido assassinado, muitos soldados brancos desfilaram ao redor da base Cam Ranh Bay em vestes da<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119006-operacao-red-dog-quando-supremacistas-tentaram-derrubar-um-governo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;Ku Klux Klan</a>, celebrando a not&iacute;cia. E isso s&oacute; piorou o cen&aacute;rio interno de conviv&ecirc;ncia.
<h2>Exaust&atilde;o</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20220804042003.jpg" alt="(Fonte: Quora/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Everett Collection/Alamy Stock Photo)
Diferente das trincheiras de combate da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119035-pesadelo-a-vida-nas-trincheiras-durante-a-1-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Primeira Guerra Mundial,</a> ou dos planos de batalha em bombardeiros e canh&otilde;es da Segunda Guerra Mundial, os soldados do Vietn&atilde; precisaram caminhar exaustivamente por dias pela floresta cerrada do territ&oacute;rio sul do pa&iacute;s, de modo a recuper&aacute;-lo dos comunistas.
Eles caminhavam por dias e semanas, patrulhando a terra para que guerrilheiros vietcongues ou membros do ex&eacute;rcito norte-vietnamita fossem abatidos. Eles n&atilde;o tomavam banho, nem comiam e dormiam direito, enquanto carregavam nas costas tudo o que tinham para sobreviver, de suplementos a muni&ccedil;&otilde;es. No processo, eles foram infectados por picadas de bichos venenosos, sofreram les&otilde;es pelo terreno dif&iacute;cil e foram atacados por animais.
A maior parte da guerra aconteceu na mente dos soldados, for&ccedil;ados a conviver com o medo de serem aniquilados em um territ&oacute;rio onde estavam totalmente expostos, e do qual n&atilde;o conheciam quase nada.&nbsp;
Isso piorava quando associado ao fato de que a guerra chegou a possuir at&eacute; 6 meses em que nada acontecia, e os soldados precisavam lidar com esse marasmo que s&oacute; tornava o prop&oacute;sito ainda mais sem sentido em suas mentes, despertando o &oacute;dio at&eacute; mesmo pela pr&oacute;pria na&ccedil;&atilde;o.
<h2>A selva mortal</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20220941433004.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Historic Fine Art America)
N&atilde;o foram s&oacute; os vietcongues e norte-vietnamitas que tentavam matar os soldados americanos, mas o territ&oacute;rio tamb&eacute;m. Milhares de soldados foram atacados por enxames de mosquitos que espalharam dengue pelos campos, bem como as mais de 30 diferentes esp&eacute;cies de cobras venenosas cujas picadas s&atilde;o fatais.
Tudo isso sobre uma terra que os afundava e os encharcava com a quantidade de chuva. Quando n&atilde;o estava chovendo, o ambiente era quente e &uacute;mido, ent&atilde;o eles nunca estavam completamente secos, fosse de &aacute;gua ou suor.
<h2>Drogas: a &uacute;nica sa&iacute;da</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20221155448005.jpg" alt="(Fonte: HIstory/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Bettmann/Getty Images)
A droga foi o caminho para atenuar o estresse, a fome, o medo e at&eacute; causar um pouco de emo&ccedil;&atilde;o durante aqueles per&iacute;odos de completa inatividade por meses. O governo dos EUA prescreveu mais de 225 milh&otilde;es de comprimidos para seus soldados, ent&atilde;o n&atilde;o era preciso ir muito longe para conseguir alguma divers&atilde;o.
As tropas receberam carregamentos imensos de Dexedrine, apelidado de "p&iacute;lulas estimulantes", uma anfetamina que tinha o dobro da for&ccedil;a dos estimulantes que os militares haviam prescritos em guerras anteriores.
Nesse combo, entrou tamb&eacute;m os analg&eacute;sicos e ester&oacute;ides, para aumentar a resist&ecirc;ncia, for&ccedil;a e agressividade durante as miss&otilde;es de longo alcance; e antipsic&oacute;ticos, como Thorazine, que anestesiava os efeitos psicologicamente traum&aacute;ticos do combate.&nbsp;
O uso deliberado das drogas farmac&ecirc;uticas foi o respons&aacute;vel por uma das maiores explos&otilde;es de casos de transtorno de estresse p&oacute;s-traum&aacute;tico entre os veteranos no p&oacute;s-guerra da Hist&oacute;ria.
Bettmann

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Como era a vida de um soldado americano na Guerra do Vietnã

Imagem de Venda de esposas: a bizarra prática de divórcio do século XVII no megacurioso

E que durou até o século XIX, por incrível que pareça

<head></head><body>O título é tão perturbador quanto real. Porém, não há muito do que se esperar de uma raça que já vendeu, escravizou e tratou como animal outros seres humanos só porque tinham a cor da pele diferente.Talvez o que mais assuste seja o quão recente foi a prática de vender mulheres, acontecendo a partir do século XVII e se estendendo até meados do século XIX. Em uma época em que o divórcio era caro e praticamente proibido, os britânicos e, em sua maioria, os pobres, colocaram uma coleira ao redor do pescoço de suas esposas e as conduziram até tavernas, praças e feiras para leiloá-las para outros homens.E, por incrível que pareça, essa era uma alternativa considerada aceita pelo governo e pela sociedade, por se tratar de um método mais econômico de terminar uma relação estável que não funcionava mais.<h2>"Vai levar, vai?"</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20221625230006.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)Na Grã-Bretanha da década de 1750 era necessária uma lei privada do Parlamento para se divorciar formalmente. O processo era muito caro e igualmente demorado, portanto, a venda de esposas surgiu como um falso divórcio que saía mais barato e driblava toda a burocracia.A prática também se criou como uma forma de impedir que os ex-maridos perseguissem suas ex-mulheres que já estavam em outra relação, para exigir uma espécie de indenização por sua "infidelidade", visto que ainda seguiam legalmente casadas com eles.&nbsp;O homem poderia cobrar do marido atual uma taxa por ter relações sexuais com sua esposa, mas isso só beneficiava os homens, visto que as mulheres não tinham o mesmo direito de recorrer aos tribunais em caso de adultério de seus maridos — como era de se esperar. Sendo assim, a venda de esposas contornava esse risco, ainda que de maneira informal.<h2>Uma vida melhor</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/20/20221702323007.jpg" alt="(Fonte: History/Reprodução)">(Fonte: History/Reprodução)Durante os leilões, o homem declarava quais eram as virtudes de sua esposa aos espectadores, trazendo até mesmo detalhes sórdidos para conseguir um bom preço por ela. Assim que a mulher fosse arrematada, o casamento anterior era considerado anulado, ainda que não formalmente, e o novo comprador se tornava financeiramente responsável por sua nova esposa.E, ainda que as mulheres tivessem que concordar com o ato de serem vendidas para serem encaminhadas para o leilão, os homens simplesmente anunciavam a sua venda sem que ela fosse informada. Os historiadores ressaltam que o costume era aceito pelas mulheres por ser uma das poucas maneiras de acabar com um casamento infeliz. Além disso, na maioria dos casos, elas eram vendidas aos seus amantes.A venda de esposas só começou a declinar em meados de 1856, quando o Matrimonial Causes Act foi aprovado pelo Parlamento Britânico, com processos de divórcio e julgamentos mais acessíveis à população. Contudo, a prática só se encerrou de vez em 1913.</body>

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Venda de esposas: a bizarra prática de divórcio do século XVII

Imagem de As perturbadoras sombras criadas pela bomba atômica de Hiroshima no megacurioso

Certamente um dos vestígios mais doentios do estrago que a bomba causou

&Agrave;s 9h15 de 6 de agosto de 1945, o bombardeiro Thomas Ferebee abriu as comportas do avi&atilde;o B-29 Superfortress, Enola Gay, e lan&ccedil;ou aos ares de Hiroshima a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115935-castle-bravo-a-maior-bomba-nuclear-ja-detonada-pelos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bomba at&ocirc;mica&nbsp;</a><a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Little Boy,</a> que despencou 9 mil metros em apenas 43 segundos antes de detonar a uma altitude de 609 metros do ch&atilde;o.
A bomba explodiu com a for&ccedil;a de mais de 15 mil toneladas de TNT diretamente sobre uma cl&iacute;nica cir&uacute;rgica a 152 metros da Ponte Aioi. Menos de 2% do ur&acirc;nio contido na bomba atingiu o ponto de fiss&atilde;o, mas foi o suficiente para a rea&ccedil;&atilde;o envolver a cidade em um flash ofuscante de luz e calor, com o solo atingindo uma temperatura de 3 mil graus Celsius em menos de 1 segundo.
A explos&atilde;o vaporizou pessoas a 800 metros do marco zero e derreteu est&aacute;tuas de bronze, telhas fundidas e peles expostas a quil&ocirc;metros de dist&acirc;ncia, devido &agrave; energia infravermelha desencadeada pela rea&ccedil;&atilde;o. Cerca de 80 mil pessoas morreram instantaneamente.
Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119302-taramae-e-matsuo-duas-sobreviventes-de-hiroshima-e-nagasaki.htm" target="_blank">Taramae e Matsuo: duas sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki</a>
<h2>As sombras &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14211517407064.jpg" alt="(Fonte: Forum Outer Space/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Forum Outer Space/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Ainda que todo o dano f&iacute;sico desse atentado de 77 anos atr&aacute;s tenha se dissipado gra&ccedil;as ao tempo e perseveran&ccedil;a japonesa, restando apenas a mem&oacute;ria avassaladora, ainda assim existem alguns ind&iacute;cios horripilantes do estrago causado pela Little Boy. Um exemplo disso s&atilde;o as denominadas&nbsp;"Sombras de Hiroshima".
Logo ap&oacute;s a explos&atilde;o at&ocirc;mica, que aconteceu tanto em Hiroshima como em Nagasaki, v&aacute;rias sombras de humanos e objetos surgiram espalhadas pelas cal&ccedil;adas e edif&iacute;cios das cidades.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14211819454065.jpg" alt="(Fonte: Forum Outer Space/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Forum Outer Space/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Segundo o Dr. Michael Hartshorne, administrador em&eacute;rito do Museu Nacional de Ci&ecirc;ncia e Hist&oacute;ria Nuclear de Albuquerque, no Novo M&eacute;xico, em entrevista &agrave; LiveScience, a luz intensa e o calor se espalharam fora do ponto de implos&atilde;o quando a bomba detonou. Os objetos e pessoas no caminho dela protegeram os objetos atr&aacute;s deles, absorvendo a luz e energia, enquanto a luz circundante branqueava o concreto ou a pedra ao redor da sombra feita.
Ou seja, essas sombras que surgiram s&atilde;o, na verdade, como a cal&ccedil;ada ou o pr&eacute;dio pareciam antes da explos&atilde;o nuclear. S&atilde;o os restos das superf&iacute;cies branqueadas, fazendo a &aacute;rea regularmente colorida parecer uma sombra escura.
<h2>Formando as sombras</h2>
<span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Wikipedia&nbsp;" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2f/Atomic_cloud_over_Hiroshima_-_NARA_542192_-_Edit.jpg/640px-Atomic_cloud_over_Hiroshima_-_NARA_542192_-_Edit.jpg"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/14/14212200157067.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" />(Fonte: Wikimedia Commons)
A intensa energia liberada durante uma explos&atilde;o at&ocirc;mica &eacute; o resultado de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117474-nucleo-do-demonio-a-massa-nuclear-que-matou-seus-criadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">fiss&atilde;o nuclear</a>, que acontece quando um n&ecirc;utron atinge o n&uacute;cleo de um &aacute;tomo pesado. Durante essa colis&atilde;o, o n&uacute;cleo do elemento &eacute; quebrado, liberando uma grande quantidade de energia, e essa colis&atilde;o inicial desencadeia uma rea&ccedil;&atilde;o em cadeia que s&oacute; acaba quando todo o material original se esgota.
A bomba de Hiroshima foi alimentada com ur&acirc;nio 235 e plut&ocirc;nio 239, que liberaram energia em uma enorme quantidade de calor e radia&ccedil;&atilde;o gama de ondas muito curtas. Nessas ondas longas e curtas est&atilde;o os comprimentos das ondas vis&iacute;veis que cont&eacute;m energia &mdash; que nossos olhos percebem como cores. Contudo, diferente das ondas de r&aacute;dio, que s&atilde;o do tipo longas, as ondas da radia&ccedil;&atilde;o gama s&atilde;o destrutivas para o corpo humano porque atravessam as roupas e a pele, danificando tecidos e o DNA.
A radia&ccedil;&atilde;o gama liberada pela bomba viajou com uma energia t&eacute;rmica que pode atingir 5 mil graus Celsius e, quando atingiu um objeto ou uma pessoa, foi absorvida, protegendo os objetos no caminho e criando um efeito de branqueamento fora da sombra.
Estima-se que havia milhares de sombras logo ap&oacute;s a explos&atilde;o, mas a maioria delas foi destru&iacute;da pelas ondas e o calor subsequente.&nbsp;Uma das poucas sombras que prevaleceram foi a de uma pessoa sentada nos degraus do Banco Sumitomo. Esta permaneceu no local por mais de 20 anos antes de ser removida e levada para o Museu Memorial da Paz de Hiroshima.

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As perturbadoras sombras criadas pela bomba atômica de Hiroshima

Imagem de Voo Helios Airways 522 passou 3 horas com todos inconscientes no megacurioso

Entre os 114 passageiros e tripulantes, apenas um estava consciente — e não era o capitão

<head></head><body>Era 01h25 de 14 de agosto de 2005, quando o Boeing 737-31S da pequena companhia aérea Helios Airways chegou no Aeroporto Internacional de Larnaca, no Chipre, para seu voo programado para sair às 9h para o Aeroporto Internacional de Atenas, antes de seu destino no Aeroporto Internacional Ruzyne de Praga.Foram 115 passageiros, entre cipriotas e gregos, e 6 tripulantes que embarcaram na aeronave; sendo estes 93 adultos e 22 crianças, dos quais 67 desceriam em Atenas e o restante seguiria até Praga.Para o capitão Hans-Jürgen Merten, um alemão de 58 anos com mais de 16 mil horas de voo, era mais uma viagem de rotina, nada muito diferente do que estava acostumado.&nbsp;Mas não foi isso o que aconteceu.<h2>Sem ar &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24161033180559.jpg" alt="(Fonte: Wikipedia/Reprodução)">(Fonte: Wikipedia/Reprodução)Ao lado do primeiro oficial Pampos Charalambous, de 51 anos e com 7.549 horas de voo em sua carreira, Merten decolou às 9h do aeroporto, e quando atingiu 12 mil pés de altura, o alerta de altitude da cabine soou, informando aos pilotos que o avião não estava devidamente pressurizado. Contudo, o alarme foi ignorado porque soou idêntico ao aviso de configuração de decolagem, que só deveria soar quando estivessem no solo.Sem entender o que estava acontecendo, os pilotos contataram o centro de operações da companhia aérea, que não soube informar nada sobre o problema. Instantes depois, as máscaras de oxigênio caíram na cabine, disparando um alerta mestre, que também podia indicar que alguns sistemas estavam superaquecendo, o que só fez os pilotos pensarem que este era o problema.&nbsp;O equívoco foi agravado quando as luzes de aviso de resfriamento do equipamento acenderam no painel, mostrando que o fluxo de ar era insuficiente através dos ventiladores de resfriamento.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24161147602561.jpg" alt="(Fonte: Free Movie and TV Show/Reprodução)">(Fonte: Free Movie and TV Show/Reprodução)Mas a essa altura, o oxigênio estava começando a ficar ainda mais rarefeito, alterando a capacidade dos pilotos de raciocinarem bem. Eles perderam a consciência logo em seguida. Enquanto isso, respirando através das máscaras, os comissários e os passageiros aguardavam o que achavam ser uma turbulência, enquanto o Boeing continuava a subir no piloto automático em vez de descer a uma altitude com ar respirável.Quando atingiu a altitude de cruzeiro, 12 minutos depois, os geradores de oxigênio desligaram e, em 30 segundos, todo o ar se esvaiu, deixando todos inconscientes devido à hipóxia, exceto o comissário de bordo e mergulhador Andreas Prodromou.<h2>O homem solitário</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24161359633563.jpg" alt="(Fonte: Avia Klub/Reprodução)">(Fonte: Avia Klub/Reprodução)O homem seguiu até a cabine usando uma máscara de oxigênio extra localizada ao longo das fileiras de assentos, depois abriu uma das 4 garrafas de oxigênio suplementar que durariam 1 hora.Desesperado, Prodromou tentou acordar os pilotos inconscientes conforme o avião voava no automático em um padrão de espera que durou 40 minutos até que a Força Aérea grega enviasse caças para interceptarem o Boeing que não respondia à torre de comando, temendo que se tratasse de uma situação de sequestro.Os pilotos do caça notaram que não havia nenhum movimento na cabine, e todos no avião pareciam inconscientes ou mortos. Eles seguiram o Boeing por 25 minutos até que o único sobrevivente aparecesse na cabine.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24161517727575.jpg" alt="(Fonte: Greek City Times/Reprodução)">(Fonte: Greek City Times/Reprodução)Logo que Prodromou se sentou no lugar do capitão e sinalizou para os caças, o motor esquerdo do Boeing 737 queimou devido à falta de combustível, e o avião iniciou sua derradeira queda. Prodromou tentou reanimar o copiloto colocando a máscara de oxigênio, mas foi em vão. Ninguém ouviu seu pedido de socorro no rádio porque ainda estava sintonizado na frequência de Larnaca, então o comissário não podia receber nenhuma instrução.Dez minutos depois, o motor direito do aparelho falhou e desligou, lançando o avião em uma descida mais rápida para a iminente colisão. Resignado, Prodromou deixou a cabine e, a essa altura, todos já estavam mortos devido aos danos cerebrais causados pela falta de oxigenação. Ele era o único sobrevivente.Às 12h03, o avião bateu em Grammatiko Hill, no leste da Ática, incinerando todos a bordo.<h2>O que aconteceu</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24161616837579.jpg" alt="(Fonte: Code7700/Reprodução)">(Fonte: Code7700/Reprodução)O Boeing 737-31S já vinha apresentando alguns problemas mecânicos antes daquele fatal 14 de agosto de 2005. Oito meses antes, a aeronave havia sofrido uma descompressão repentina durante outro voo porque a porta traseira havia se aberto parcialmente. O avião teve que fazer um pouso de emergência para que a porta fosse consertada e pudesse seguir viagem.Nos primeiros momentos da manhã do dia que decolaria o voo 522 da Helios Airways, os problemas com a mesma porta reaparecem. A equipe percebeu que gelo havia se formado ao redor da vedação, por isso a aeronave foi submetida a um teste de pressurização, em que nenhum problema foi detectado.No entanto, os mecânicos cometeram um erro fatal: eles deixaram o botão no painel de pressurização da cabine definido como "manual", o que significa que o avião não pressurizaria automaticamente durante o voo, a menos que recebesse ordens para isso.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24161827212583.jpg" alt="(Fonte: India Today/Reprodução)">(Fonte: India Today/Reprodução)O Boeing então decolou sem pressurizar a cabine conforme a altitude aumentava. Os pilotos nunca perceberam o erro, e a lenta perda de oxigênio também ajudou a prejudicar seu julgamento e percepção.Após a tragédia, a Federal Aviation Administration dos Estados Unidos determinou que luzes de advertência indicando especificamente um problema de pressurização fossem adicionadas às aeronaves.&nbsp;Hoje em dia, o voo 522 da Helios Airways adquiriu um caráter praticamente mítico pela maneira como todo o acidente se desenrolou, principalmente devido à solidão do comissário Andreas Prodromou, que teve que enfrentar a própria morte da maneira mais sombria o possível.</body>

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Voo Helios Airways 522 passou 3 horas com todos inconscientes

Imagem de Liu Bowen: profeta chinês do séc. XIV previu pandemia de covid-19? no megacurioso

O homem é considerado o Nostradamus da China e um dos maiores profetas do seu tempo

<head></head><body>Para aqueles que possam estar se perguntando, sim, Liu Bowen era o equivalente ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/futurologia-e-previsoes/98733-5-coisas-que-voce-nao-previu-sobre-a-vida-de-nostradamus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nostradamus</a> na China, tanto que ficou conhecido por essa alcunha tanto quanto pelas profecias inquietantes, antes de dar seu suspiro final em 16 de maio de 1375, aos 63 anos.Além de ser um profeta, Bowen também foi um filósofo, poeta, estrategista militar e político, responsável por fazer o imperador Zhu Yuanzhang criar a dinastia Ming. Sua conexão espiritual acontecia através da meditação, igual Nostradamus, e também era a maneira que encontrava para buscar inspirações para suas profecias, escritas em forma lírica, com previsões escondidas em enigmas.A sua predição mais notória, que o consagrou como o grande profeta do século XIV, foi a famosa "Canção da Panqueca", em que ele previu a invasão mongol de 1449, a Guerra Sino-Japonesa, o aparecimento de Sun Yat-Sem, pioneiro da China republicana do século XVIII; e a fundação da República da China, em 1911.<h2>A profecia do século XXI</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24163325087603.jpg" alt="Liu Bowen. (Fonte: Vision Times/Reprodução)">Liu Bowen. (Fonte: Vision Times/Reprodução)A canção surgiu durante uma tarde com o imperador Hongwu que, para testar as habilidades proféticas de Bowen, escondeu o lanche que comia antes que o profeta pudesse entrar na sala. Então, pediu que o homem adivinhasse o que ele estava comendo, e Bowen disse que eram panquecas.O século XXI também foi alvo das predições de Bowen que, como mostra uma matéria do Epoch Times, pode ter previsto a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118567-a-era-das-pandemias-sera-essa-a-nossa-realidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a> através de seu poema The Ten Worries, inscrito na Montanha Baishan, revelando que uma grande praga teria início nos anos do porco e do rato no zodíaco, que foram 2019 e 2020, respectivamente.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2022/02/24/24163642915605.jpg" alt="(Fonte: inf.news/Reprodução)">(Fonte: inf.news/Reprodução)“Independentemente se você for rico ou pobre, se você não melhorar, a morte logo estará diante de você”, adverte Bowen na profecia.O profeta chinês também ressalta que o verdadeiro tesouro da vida são os altos valores morais que permitirão que as pessoas vivam em paz. Essa é uma concepção muito disseminada pelos sábios orientais, que enxergam a esperança na moralidade.O poema de Bowen termina dizendo que esse período de tribulação se encerrará nos anos do dragão e da cobra, ou seja, 2024 e 2025, respectivamente.</body>

Julio Cezar de Araujo