
Estilo de vida
26/02/2022 às 11:00•2 min de leitura
O título é tão perturbador quanto real. Porém, não há muito do que se esperar de uma raça que já vendeu, escravizou e tratou como animal outros seres humanos só porque tinham a cor da pele diferente.
Talvez o que mais assuste seja o quão recente foi a prática de vender mulheres, acontecendo a partir do século XVII e se estendendo até meados do século XIX. Em uma época em que o divórcio era caro e praticamente proibido, os britânicos e, em sua maioria, os pobres, colocaram uma coleira ao redor do pescoço de suas esposas e as conduziram até tavernas, praças e feiras para leiloá-las para outros homens.
E, por incrível que pareça, essa era uma alternativa considerada aceita pelo governo e pela sociedade, por se tratar de um método mais econômico de terminar uma relação estável que não funcionava mais.
(Fonte: History/Reprodução)
Na Grã-Bretanha da década de 1750 era necessária uma lei privada do Parlamento para se divorciar formalmente. O processo era muito caro e igualmente demorado, portanto, a venda de esposas surgiu como um falso divórcio que saía mais barato e driblava toda a burocracia.
A prática também se criou como uma forma de impedir que os ex-maridos perseguissem suas ex-mulheres que já estavam em outra relação, para exigir uma espécie de indenização por sua "infidelidade", visto que ainda seguiam legalmente casadas com eles.
O homem poderia cobrar do marido atual uma taxa por ter relações sexuais com sua esposa, mas isso só beneficiava os homens, visto que as mulheres não tinham o mesmo direito de recorrer aos tribunais em caso de adultério de seus maridos — como era de se esperar. Sendo assim, a venda de esposas contornava esse risco, ainda que de maneira informal.
(Fonte: History/Reprodução)
Durante os leilões, o homem declarava quais eram as virtudes de sua esposa aos espectadores, trazendo até mesmo detalhes sórdidos para conseguir um bom preço por ela. Assim que a mulher fosse arrematada, o casamento anterior era considerado anulado, ainda que não formalmente, e o novo comprador se tornava financeiramente responsável por sua nova esposa.
E, ainda que as mulheres tivessem que concordar com o ato de serem vendidas para serem encaminhadas para o leilão, os homens simplesmente anunciavam a sua venda sem que ela fosse informada. Os historiadores ressaltam que o costume era aceito pelas mulheres por ser uma das poucas maneiras de acabar com um casamento infeliz. Além disso, na maioria dos casos, elas eram vendidas aos seus amantes.
A venda de esposas só começou a declinar em meados de 1856, quando o Matrimonial Causes Act foi aprovado pelo Parlamento Britânico, com processos de divórcio e julgamentos mais acessíveis à população. Contudo, a prática só se encerrou de vez em 1913.
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